quinta-feira, 11 de março de 2010

No seu prato, um bife rico em substâncias químicas...

Nos Estados Unidos, 16% dos antibióticos são utilizados para tratar as pessoas, 14% para tratar o gado doente, e os restantes 70%?... São utilizados no gado saudável!

Mesma coisa no Canada onde estes produtos assim como certas hormonas são autorizadas.

Na União Europeia, as hormonas estão proibidas no sector pecuário desde 1988 e os antibióticos desde 2006. Podemos comer o nosso bife descansados?









Bifes com antibióticos...



Os antibióticos são utilizados desde há mais de 60 anos na pecuária para o tratamento dos animais doentes (10%), na prevenção de doenças (50%), mas também como estimulador do crescimento (40%). Hoje em dia, os produtores utilizam 20 vezes mais antibióticos do que há 30 anos.

Alguns desses antibióticos são produtos espantosos: quando administrados aos animais, estes necessitam de comer menos e o seu peso aumenta. Em pequenas doses, os antibióticos inibem o metabolismo da flora intestinal e estes consomem menos nutrientes e produzem menos moléculas tóxicas, com grande vantagens financeira para os produtores.




Resistência aos antibióticos.



Tudo parecia ideal, tanto para o dono do animal, como para o consumidor final que podia assim ter um produto mais barato. Mas o problema é que as bactérias dos animais, como as dos seres humanos aprendem a resistir aos antibióticos.


Os genes bacterianos resistentes, sob a forma de plasmidos, chegam ao nosso organismo através da cadeia alimentar. Cada vez mais utilizamos novas moléculas de antibióticos muitos próximas das usadas na pecuária.


Desta resistência cruzada, surgem infecções humanas cada vez mais difíceis de tratar com os antibióticos de que dispomos. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 1977 que "a utilização massiva de antibióticos nos animais deveria ser interrompida imediatamente, e que esta tinha conduzido ao enfraquecimento dos humanos, perante agentes infecciosos que se tornaram resistentes aos antibióticos".


Toda produção animal está sujeita à administração de antibióticos: vacas, porcos, galinhas, peixes e até abelhas. Os próprios vegetais são frequentemente contaminados pelas fezes dos animais usadas como adubo pelos agricultores.




Bifes com hormonas...



As hormonas de crescimento como o estradiol, a progesterona ou a testosterona, permitem que uma vaca, por exemplo, cresça 5 a 15% mais rapidamente. Devido ao stress dos animais, criados em instalações exíguas, até ansiolíticos lhes são administrados.







As máfias das substâncias proibidas...



Nos Estados Unidos e no Canadá, todos estes produtos que acabamos de ver são autorizados. Na União Europeia não.

Mas para contornar esta situação existem já ácidos orgânicos, probióticos e fitases, que apesar de mais caros, permitem os mesmos resultados. Temos ainda a fiscalização nem sempre eficiente, mas sobretudo os mercados paralelos de antibióticos e hormonas organizados em verdadeiras máfias.





Cada vez mais, são utilizados cocktais de hormonas naturais praticamente indetectáveis nas análises. A constatação da existência de cada vez uma maior concentração de hormonas naturais nas urinas e excrementos dos animais é mais que suspeita.
A tentação é grande para o dono de uma exploração pecuária de ver o seu rendimento aumentar significativamente com a utilização destes produtos. Rapidamente, várias rede mafiosas tomaram conta desta oportunidade de mercado. Este tráfico inclui farmácias e veterinários.



http://www.ass-ahimsa.net/vege2.html

http://www.larecherche.fr/content/recherche/article?id=17300

http://www.rtbf.be/info/societe/consommation/viande-la-mafia-des-hormones-toujours-bien-active-en-belgique-156861

http://michelbouffioux.skynetblogs.be/post/3737325/hormones-140906

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