sexta-feira, 31 de julho de 2015

Fará sentido construir uma nova mesquita em Lisboa na Mouraria ?

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Pondo de parte a tolerância religiosa, fará sentido construir uma nova mesquita em Lisboa na Mouraria? E que para isso tenham de ser demolidos prédios entre as ruas da Palma e do Bem Formoso? Será legítimo a câmara de Lisboa financiar esse projecto em 3 milhões de euros?





Razões duvidosas...


"Pode dizer-se que a rua é nossa", diz o presidente da Comunidade Islâmica do Bangladesh e vice-presidente da Associação Europeia do Bangladesh. Isto porque porta sim, porta sim há uma loja de imigrantes originários da Ásia: telecomunicações, mercearias, talhos, restaurantes, roupas, souvenirs, artigos orientais, jornais e revistas.


"A Mesquita Central fica na Praça de Espanha e estamos no Martim Moniz. É muito longe, tem de se ter o passe. Aqui há muitos muçulmanos, vivemos aqui e trabalhamos aqui. Fazemos cinco orações diárias, não dá para ir à Praça de Espanha." Razões de Mohd Mohabub, 44 anos, comerciante (roupa e souvenirs) e que chegou a Portugal há dois anos.




A demolição de edifícios e sua substituição por uma mesquita nessa zona irá alterar as suas careteristicas. Pode-se também questionar a necessidade de mais uma mesquita em Lisboa, quando já existe uma, para servir 50 000 muçulmanos existentes em Portugal (já foram cerca de 70 000).

 





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Criança de 3 anos suspeita de potencial terrorista !

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A paranóia securitária fez com que fosse aprovado, no Reino Unido, no início do ano, o chamado programa "Channel", que consiste, em nome da luta anti-terrorista, em sinalizar nas escolas qualquer aluno suspeito de poder vir a ser um potencial terrorista.
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Um desenho com bombas ou armas, ou uma composição relatando um atentado à bomba, podem ser suficientes para que um professor sinalizem este comportamento suspeito às autoridades.


Neste contexto, dos mais de 4 000 referenciados, 484 são adolescentes ou crianças suspeitas de estar em vias de radicalização dos quais 84 têm menos de 12 anos e o mais novo tem apenas...3 anos de idade!






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sexta-feira, 24 de julho de 2015

A barbárie da mutilação genital feminina

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Pratica milenária, sobretudo em África, a mutilação genital feminina é dos actos mais cruéis e cobardes praticados pelos seres humanos.


Não existe, hoje em dia, qualquer justificação para tal pratica, nem as religiões, frequentemente prometoras de certas praticas absurdas, justificam estes actos crueis.


Esta pratica só revela, o medo inconsciente (ou consciente) do homem em relação à mulher e a sua tentativa de a manter sob o seu poder a qualquer custo, o que revela em certa medida a sua inferioridade.








 
Evocar a "tradição" não chega...


Apelidada de tradição, a mutilação genital feminina, nas tribos ancestrais, marcava a passagem da mulher-criança ao estado de mulher-adulta.


Nas sociedades longuinquas agro-pastorais, em que o homem era caçador e guerreiro e tinha de se ausentar durante semanas ou meses, encontrou uma maneira de mutilar as suas mulheres para esvanecer nelas qualquer instinto de mulheres, através do controle da sua libido e assim as controlar.


Ao longo dos séculos esta tradição bárbara não conseguiu encontrar qualquer justificação. Nem as justificações religiosas, muitas vezes invocadas para a pratica de acto bárbaros teve eco. Nem a Bíblia, o Corão ao a Tora preconizam tais actos.


Este rito iniciático não faz qualquer sentido e deve ser proscrito.










Das praticas barbares,,,


Há diversas variações de circuncisão feminina, as quais são dividas basicamente em 4 tipos distintos pela OMS:
Tipo I: consiste na remoção total ou parcial do clitóris e/ou da região que o envolve, incluindo o prepúcio;

Tipo II: é a remoção parcial ou total do clitóris e dos pequenos lábios, com ou sem a excisão dos grandes lábios;

Tipo III: consiste na infibulação mais excisão, em outras palavras, o estreitamente do canal vaginal através do corte e junção dos pequenos e/ou grandes lábios, com ou sem a excisão do clitóris. Também é conhecida como circuncisão faraônica. 

Tipo IV: termo aplicado a todos os outros tipo de mutilação nocivos à genitália feminina, sem fins medicinais, como furar, dilacerar, queimar, machucar e cauterizar. Este tipo é encontrado mais entre grupo étnicos isolados na África.



Estima-se que haja cerca de 130 milhões de mulheres afectadas de alguma forma por este tipo de prática, com cerca de 2 milhões de circuncisões sendo realizadas a cada ano, o que está amplamente concentrado nos países africanos. O Egipto continua sendo o líder de casos, seguido pelo Sudão, Etiópia e Mali.










O número de mortes causadas por essa prática tribal ancestral é incerto, mas estima-se que, nas regiões onde há escassez de antibióticos, um terço das meninas morra imediatamente em decorrência dela e 100 mil adolescentes morram a cada ano por complicações de parto associadas à mutilação.



A circuncisão feminina traz dores inimagináveis, prejudica a fertilidade, tira da mulher a possibilidade de ter prazer sexual, objectivo último desses "Homens"... 









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segunda-feira, 20 de julho de 2015

A pobreza aumentou, e muito, em Portugal

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A pobreza em Portugal é uma realidade, de nada servem os números de que as exportações têm aumentado, que o consumo interno está a aumentar, a verdade é que os portugueses estão mais pobres. A classe média empobreceu, os pobres estão mais pobres e os ricos mais ricos.



As casas mais caras são as que se vendem melhor, a venda de caros de topo de gama está a aumentar, mas isto só demonstra que os que se aproveitarem da crise estão bem. O resto da população teve cortes nas pensões, baixa do poder de compra e aumento do preço dos bens essenciais.









Apesar do que diz a presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, Isabel Jonet, de que "em Portugal há aquilo a que chamamos a transmissão intergeracional da pobreza e temos que quebrar com essa transmissão. Há profissionais da pobreza habituados a andar de mão estendida, sem qualquer preocupação em mudar, e as instituições, por mais assistencialistas que sejam, têm que fazer o acompanhamento e a supervisão, para que se quebrem os ciclos de pobreza". 



Todo isto não passa de uma meia verdade, mas também de uma meia mentira. O pobre não é pobre por opção, mas por circuntâncias da vida.








Portugal voltou aos níveis de pobreza e exclusão social de há dez anos. Agora, como em 2003 ou 2004, uma em cada cinco pessoas é pobre. Dois milhões de portugueses. É este o retrato cru que se retira do inquérito às condições de vida e rendimento, publicado nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Quando olhamos para aquilo que aconteceu até 2009, vemos que grande parte da redução da pobreza se deveu às políticas sociais, em particular às que foram dirigidas à pobreza e à exclusão social – o Complemento Solidário para Idosos (CSI), o Rendimento Social de Inserção (RSI), as pensões sociais”, diz Farinha Rodrigues, acrescentando que a “neutralização dessas políticas” nos últimos três anos explicam, com a subida galopante do desemprego, o “aumento das fragilidades sociais”.




Portugal foi o país em que mais aumentou o risco de pobreza e exclusão social em 2014, logo seguido pela Grécia, segundo o Relatório da Crise da Cáritas Europa 2015.

Apesar de toda a austeridade e de todos os sacrifícios pedidos, tem a segunda maior dívida pública em comparação com o PIB (128%) logo a seguir à Grécia (174,9%).




O fosso entre ricos e pobres diminuiu, mas Portugal continua entre os países mais desiguais e com maiores níveis de pobreza consolidada da OCDE.



No ano passado, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social.

http://expresso.sapo.pt/sociedade/portugal-tem-mais-210-mil-pessoas-em-risco-de-pobreza-ou-exclusao-desde-2010=f918474 






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“Nos primeiros anos da crise, a desigualdade de rendimentos antes dos impostos e benefícios aumentou fortemente, mas os impostos e benefícios amorteceram a subida. Nos anos mais recentes, enquanto a desigualdade de rendimentos antes dos impostos e benefícios continua a subir, o efeito de amortecimento abrandou, acelerando a tendência geral de aumento de desigualdade do rendimento disponível”, refere o relatório da OCDE.
- See more at: http://www.rtp.pt/noticias/economia/portugal-e-dos-paises-mais-pobres-e-desiguais-da-ocde_n830439#sthash.mND2aeC9.dpuf
“Nos primeiros anos da crise, a desigualdade de rendimentos antes dos impostos e benefícios aumentou fortemente, mas os impostos e benefícios amorteceram a subida. Nos anos mais recentes, enquanto a desigualdade de rendimentos antes dos impostos e benefícios continua a subir, o efeito de amortecimento abrandou, acelerando a tendência geral de aumento de desigualdade do rendimento disponível”, refere o relatório da OCDE.
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“Nos primeiros anos da crise, a desigualdade de rendimentos antes dos impostos e benefícios aumentou fortemente, mas os impostos e benefícios amorteceram a subida. Nos anos mais recentes, enquanto a desigualdade de rendimentos antes dos impostos e benefícios continua a subir, o efeito de amortecimento abrandou, acelerando a tendência geral de aumento de desigualdade do rendimento disponível”, refere o relatório da OCDE.
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sábado, 18 de julho de 2015

Votar não serve para nada...

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O direito de voto, símbolo das democracias, garante da expressão da soberania universal, essencial para a pretensa ideologia democrata, não serve para nada.



O debate ideológico está actualmente limitado a promessas eleitorais que, uma vez um determinado partido eleito pode (e frequentemente) quebrar as sua promessas sem que seja possível  (ou muito dificilmente) alterar o seu rumo.


As verdadeiras decisões são tomadas fora dos parlamentos nacionais, em Bruxelas ou em Nova Iorque, cozinhadas em reuniões secretas ou semi-secretas como as dos Bilderberg.


As decisões fundamentais são ditadas por grupos financeiros e lobbies, como as agências de rating ou grupos de influência ligados ao petróleo, industria farmacêutica ou agro-alimentar.


Vivemos numa ilusão democrática, ensinada nas escolas, manipulada pelos media, amplificada pelos partidos políticos do centro que alternadamente nos fazem crer na alternância do poder (quando no fundo são a mesma coisa) e subjugados a organismos não eleitos (como a União Europeia).









Bem vimos no recente caso da crise grega a inutilidade do voto e da suposta vontade popular:

- Os gregos elegeram um partido que iria romper com o "establishment".

- Passado uns meses, esses eleitos, afinal muitos deles, já estavam coniventes com o sistema capitalista que diziam combater.

- Realizarem um referendo "fictício" em que a escolha era 100% de medidas drásticas ou "apenas" 95% dessas medidas.

- Julgando votar com um voto rebelde, contra mais austeridade, votaram em "apenas" 95% de medidas impostas de austeridade, julgando que estavam a votar "contra".

- Os mercados financeiros fizeram o resto, criando o medo, com limitações nos levantamentos de dinheiro e o sufoco da economia grega.

- Uma semana depois desse voto, o partido "rebelde", que elegeram, aprova 120% de medidas de austeridade.



Junker declarou recentemente: "Não é possível existirem escolhas democráticas opostas aos tratados europeus"...





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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Onde foi parar todo o dinheiro emprestado à Grécia?

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Afinal, o que toda a gente questiona é: onde foram parar os mais de 225 mil milhões de euros recebidos pela Grécia desde maio 2010 até hoje, mais do PIB anual grego?


A ideia alimentada pelos média é que serviu para pagar os funcionários do Estado e manter esquemas de corrupção no seio do governo. Nada disto é verdade.


A Grécia, durante esse período conseguiu reduzir as despesas do Estado, ao ponto de ter um excedente primário positivo em 2013.




Mas vejamos então onde foi gasta essa soma fabulosa:


- Os gasto com a gestão do Estado grego representara, apenas, 11% desse valor (deficit primário + outras necessidades de tesouraria do governo)

- Pagamento das dívidas ao BCE: 32%

- Pagamento das taxas de juros ao BCE: 16%

- Reembolso ao FMI: 3%

- Pagamento do PSI (participações de iniciativa do sector privado): 14%. Esta parcela refere-se ao facto de após uma relativa estabilidade da Grécia, os principais bancos da zona euro terem transferido o problema para o sector privado. 

- Recapitalização do sector bancário: 19%

- Compra de dívida: 4%




Resumindo, o Estado grego só beneficiou de todo este dinheiro para relançar a sua economia em cerca de 11%, todo o resto foi para dívida, juros de dívida e recapitalização bancária.


Em contrapartida foi obrigada a cortes na saúde e educação, e outros sectores, e a vender grande parte das suas empresas públicas a preço de saldo.







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segunda-feira, 13 de julho de 2015

A água não pode ser privatizada.

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A água é um bem público, garantido a todos os cidadãos e que não pode ser usada numa lógica meramente mercantil.


Constata-se que os consumidores dos cinco concelhos servidos pela empresa "Águas do Planalto" têm a segunda ou terceira água mais cara do país.


A privatização da água, a que chamam concessões, acabam por ter o mesmo princípio: beneficiar uma determinada empresa privada que tem por objetivo o lucro, ao contrário do que faz um serviço municipalizado, que defende o bem público prestando um bom serviço aos cidadãos.






Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão prepara-se para aprovar um regulamento ruinoso para os consumidores de água.








A Associação de Municípios da Região do Planalto Beirão, que concedeu a exploração da água à empresa Águas do Planalto, prepara-se para fazer aprovar um regulamento do serviço público de distribuição e fornecimento de água que visa, no essencial, legitimar as ilegalidades cometidas pela AMRPB na assinatura da Adenda ao contrato de concessão ocorrida em 2007, bem como fazer pagar aos consumidores ainda mais pelo serviço de distribuição de água que deveria ser um serviço público.
 
 
Este regulamento está em consulta pública até 30 de julho, e o MUAP (Movimento de Utentes das Águas do Planalto) vem, desde já, alertar para as consequências da aprovação desse regulamento.
 
 
 
 
 
 
 
 
No artigo 7º referem-se os princípios da gestão na qual se inclui o “Princípio da sustentabilidade económico financeira do sistema”. Em lado nenhum se impõe um princípio do lucro justo que impediria a Águas do Planalto de ter taxas de rentabilidade do seu capital social superiores a 40% ao ano.
 
 
Nos deveres da Águas do Planalto está previsto ter um serviço de atendimento aos utilizadores, mas não obriga a que haja, pelo menos, um desses serviços em cada concelho.
 
Estabelece ainda que compete à Águas do Planalto “Promover a atualização anual do tarifário nos termos previstos no contrato de concessão”. Este ponto é de uma gravidade extrema uma vez que visa legitimar as alterações ao contrato inicial de concessão feitas através da Adenda assinada em 2007 e que o MUAP tem vindo a contestar a sua legalidade. Cada membro das câmaras municipais, ou cada membro das assembleias municipais que aprovar este ponto, estará a ser conivente com a ilegalidade que foi a assinatura da Adenda e desta forma a legitimar essa mesma Adenda.
 
 
 
O artigo 11ª dá mais poderes aos fiscais da Águas do Planalto do que qualquer legislação dá às forças policiais ao permitir a sua entrada livre na habitação de cada um.
 
 
 
O artigo 18º estabelece que passa a ser obrigatória a ligação de todas as casas à rede pública com a agravante que os utilizadores poderão ter que pagar a expansão da rede pública de distribuição de água. Já não basta os consumidores terem que pagar a ligação ao ramal, agora terão também que pagar diretamente a expansão da rede pública de abastecimento.
 
 
 
Apesar do artigo 32º prever que se possa denunciar o contrato em caso de não ocupação do prédio, o artigo 18º estabelece que apenas as casas que estejam em manifesta ruina e desabitadas possam ser dispensadas da obrigação de ter a ligação e pagar os respetivos custos mensais por um serviço que não é usado por ninguém, ficando claro que o artigo 18º se sobrepõe ao artigo 32º com claras vantagens para a Águas do Planalto.
 
 
 
O artigo 27º estabelece que não é possível o consumo de água numa casa que não seja a água fornecida pela Águas do Planalto. Fica assim proibido o consumo de água de poços particulares que os utilizadores tenham.
 
Para além da obrigatoriedade de cada casa estar ligada à rede e a pagar os custos fixos mesmo que nada consumam, passa agora a ser obrigatório o consumo da água para assim se aumentarem os já escandalosos lucros da Águas do Planalto.
 
Relembra-se que os 5 concelhos são essencialmente rurais e que muitos dos seus habitantes dispõem de sistemas alternativos de captação de água, cujos custos foram obrigados a suportar, e agora ficam impedidos de os usar. Com este regulamento, os consumos de água ficam garantidos, os lucros da Águas do Planalto aumentarão e os consumidores, como sempre, pagarão a fatura.
 
 
 
No artigo 51º refere-se que o utilizador responderá por todo o dano, deterioração ou perda do contador. Para quem já não se lembra, há uns anos atrás, fruto de uma noite especialmente fria, muitos contadores da Águas do Planalto rebentaram devido ao gelo. A Águas do Planalto apresentou a fatura da substituição dos contadores aos consumidores, e só após a intervenção da DECO é que a Águas do Planalto assumiu essas despesas. Com a aprovação deste regulamento fica agora claro que é o consumidor que terá que pagar essas despesas.
 
 
 
O artigo 54º estabelece que as leituras dos contadores são feitas com uma frequência mínima de duas vezes por ano e com um distanciamento máximo entre de 2 leituras de 4 meses. Alguém está a precisar de voltar à escola primária para aprender a fazer contasDe nada servem porém estas regras sobre as leituras dos contadores se o mesmo artigo permite que a Águas do Planalto altere, a seu belo prazer, estas mesmas regras.
 
 
 
O artigo 56º volta a querer legitimar a Adenda ao contrato considerando os preços aí estabelecidos como sendo os preços do contrato de concessão. Refere-se que sem a Adenda o contrato de concessão já deveria ter terminado em 2012.
 
 
 
O artigo 66º vem não só legitimar a sobre taxa do artigo 21º como permitir o seu aumento para todos os consumidores.
 
 
 
Não fica claro no artigo 69º que será a Águas do Planalto a suportar os custos das tarifas especiais, pelo que nos parece que esse custo vai ser, uma vez mais, suportado diretamente pelos consumidores, ou indiretamente pelos consumidores através das câmaras municipais. Os lucros da Águas do Planalto é que não podem ser alterados para menos, apenas para mais.
 
 
 
O artigo 72º passa para a responsabilidade dos proprietários os valores não pagos por inquilinos que celebraram contrato com a Águas do Planalto, onde esses mesmos proprietários não são parte ativa. A Águas do Planalto exige assim o pagamento a uma terceira pessoa dos valores de um contrato que essa pessoa não assinou e do qual não é legalmente responsável.
 
 
 
O artigo 76º prevê coimas que vão de 1.500€ a 3.740€ para quem não fizer a ligação à rede pública da água. Os mesmos valores das coimas são aplicados a quem usar água dos seus furos, poços ou minas nas suas casas.
 
 
 
O artigo 83º prevê uma comissão de acompanhamento da qual não fazem parte os consumidores, mas apenas representantes da Águas do Planalto e da AMRPB.
 
 
 
 
O MUAP compre assim a sua missão de informar todos os cidadãos dos nossos concelhos sobre esta nova tentativa de nos extorquirem mais dinheiro na conta da água.
 
 
MUAP, 12 de Julho de 2015

 















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domingo, 12 de julho de 2015

A grécia à venda...

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Por imposição dos credores, a Grécia está à venda. 



Existe um Fundo, imposto pela Troika, em que tudo está à venda na Grécia, pronto a ser privatizado a preço de saldo, e tudo é mesmo tudo.




Esse Fundo chama-se TAIPED, em que o Estado, pouco a pouco transfere tudo a que a TroiKa exigiu que fosse privatizado. É uma espécie de empresa encarregada das privatizações.



A lista é longa e vertiginosa. Alguns exemplos:


- 38 aeroportos

- 12 portos

- a companhia de electricidade

- os caminhos de ferro

- Hellenic Petroleum

- 4 estações termais

- a companhia de electricidade

- a companhia de gás

- os correios

- 700 km de autoestradas

- uma centena de portos recreio

- 110 praias


Estas eram as privatizações já negociadas, mum vasto programa de privatizações até 2016, e ainda faltam as imposições da Troika "negociadas" durante este fim de semana...







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Taxa de suicídios dispara na Grécia

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A Grécia tinha uma das mais baixas taxas de suicídios da Europa em 2009, após os resgates a que foi sujeita, tem das taxas mais elevadas.




Calcula-se que um aumento de 1% da taxa de desemprego represente um aumento de 0,79% da taxa de suicídio. 3% de desemprego significa um aumento da taxa de suicídio de 4,45%.


No caso da Grécia, só entre 2009 e 2011 houve um aumento da taxa de suicídio em cerca de 36%.


Na Grécia, cristã ortodoxa, em que o suicídio é mal aceite, esse valor poderá ser ainda mais elevado, em relação aos números oficiais.


Além do desemprego como factor desencadeante, temos de ter em conta que o orçamento atribuído aos hospitais públicos, por imposição dos credores, foi reduzido de 50% entre 2010 e 2014. Houve fecho de hospitais, redução salarial de médicos, enfermeiros e pessoal hospitalar na ordem dos 10%, o que conduziu a emigração de 14 000 médicos durante esse período e supressão de 2 000 camas hospitalares.


Entre o período de 2010 e 2014 houve um aumento das infecções por HIV, da toxicodepêndencia, de 100% da tuberculose e de 250% nas depressões.


A taxa de desemprego na Grécia é actualmente de cerca de 30%, sendo que a taxa de desemprego dos menos de 25 anos se situa nos 60%.








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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Tsipras ao serviço da Troika

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O Syrisa pertence ao antigo sistema político grego, populista e pró-europeu.


A desilusão no Syriza passa pelos seus quadros, caválos de troia, ao serviço do sistema económico mundial.





A maioria dos ministros do Syriza não fazem nada, a não ser explicar na televisão o que deveriam fazer os ministros franceses ou alemâes.


Em 2012, Tsipras passa por Londres, apesar de criticar Angela Merkel, o seu discurso de esquerda radical e do não pagamento da dívida, passa a ser o da renegociação da dívida.


No ano seguinte, em 2013, é convidado pelos membros do Congresso Americano, conclui o seu discurso com a frase: "Espero ter-vos convencido que não sou tão perigoso como alguns pensam".


Em maio deste ano dizia: "Digo-o com toda a força da minha voz, que nosso país está do lado ocidental, com a sua filiação à União Europeia e à NATO, isto não é contestável".


Apesar do referendo, em que a escolha era a proposta da Troika com "100%" de medidas de autoridade não serem muito diferentes das de Tsipras com "apenas" 95% dessas propostas, o governo grego está agora disposto a aceitar medidas muito mais drásticas.


Pálida imagem de um governo heróico que passou a ser um governo subserviente, uma cópia do governo de Papandréu.


Após a "star" Varoufakis, o motar descontraído, que estudou nos Estados Unidos, passou pelo Reino Unido e pela Austrália (onde adquiriu a nacionalidade australiana), que começou com boas intenções e acabou por apoiar o sistema de autoridade da Troika, é a vez de Tsipras aderir aos credores.


Durante o seu périplo nos Estados Unidos, Tsipras esteve constantemente a tranquilizar os dirigentes americanos que caso o Syriza vencesse a eleições, podiam contar com ele como pilar da estabilidade do sistema capitalista e limitar os impulsos revolucionários da classe operária.


Seis meses depois da sua eleição, Tsipras entregou a Grécia à Troika.









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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Assassinato cruel de animais? Qual a justificação das tradições?

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Mais de 50 000 pessoas juntam-se para a tradicional festa espanhola de "Toro de la Vega", em Tordesilhas. Tradição medieval, portante em nome da tradição, é aceite como "normal".
 
 

Esta tradição medieval consiste em pessoas munidas com lanças que acambam por matar um touro. Tradição.
 
 
 
 
 
 
 
 
Barbárie como tradição.


Também na vizinha Espanha, a festa do "Touro de San Juan", Coria, Cáceres, segundo uma tradição medieval, um jovem é escolhido entre os rapazes do povoado para correr pelas ruas, fugindo de um touro, usando apenas duas navalhas como defesa. Este macabro espetáculo terminava com a morte do jovem, mas a história mudou quando um rapaz conseguiu inverter a situação, colocando o touro em seu lugar. Atualmente, soltam um touro em um local murado, onde os habitantes podem lançar zarabatanas durante horas, até que o touro agonize e, por fim, morra com um tiro. Esta festa também é considerada de interesse turístico.


Devido a sua crueldade peculiar, algumas festas dessa natureza têm sido proibidas. Destaca-se a festa da Cabra de Manganeses de la Polvorosa (Zamora), que não acontece desde o ano 2000, quando os participantes se negaram a lançar uma cabra morta ao invés de uma com vida. Antes disso, uma cabra viva era arremessada do alto do campanário da igreja diante de pessoas que se posicionavam em frente à igreja para, com muita alegria, comemorar o ato. A festa havia sido proibida em 1992, mas os incidentes provocados pelos habitantes locais por causa da proibição fizeram com que as autoridades retrocedessem em sua decisão.


Outra tradição que está fadada a desaparecer é a “Corrida de Galos”, que acontece em Guarrate (Zamora). É uma festa muito antiga, relacionada ao rito de passagem da infância para a idade adulta. Consiste em pendurar um galo (nas edições mais atuais, utilizam um galo já morto) na praça da cidade. Depois de fazer um discurso, o jovem deve montar em seu cavalo e, utilizando uma espada, cortar a cabeça do animal.
 
 
 
 
 
 
 
 
Touradas como divertimento.


O incrível, na touradas, é que tentam disfarçar ou camuflar as corridas de touros em algo benéfico como a touradas beneficentes com a pretensa finalidade de arrecadar fundos para crianças do terceiro mundo ou deficientes. Tentam ainda fazer do toureiro um herói que combate um touro bravio e forte. Ninguém fala do estado de atordoamento e fraqueza física em que está o touro ao sair de um local totalmente escuro e entrar de repente numa claridade ofuscante aos gritos de uma multidão enfurecida. Ninguém menciona que o grande herói “toureiro” jamais enfrenta o touro antes de cansá-lo e provocar-lhe terríveis hemorragias com a perda de sangue.
 
 
 
 
 
 
 

Um tratamento cruel: o foie gras.
 
 
O foie gras é o orgão doente dum ganso ou dum pato, engordado de maneira forçada, várias vezes por dia, com um tubo de metal de 20 a 30 centímetros enfiado na garganta até o estômago. Para obrigar o seu corpo a produzir o patê de fígado, a ave tem de engolir em somente alguns segundos uma tal quantidade de milho, que o fígado acaba por atingir praticamente dez vezes o seu tamanho normal, e desenvolve uma doença chamada esteatose hepática.
 
 
Debatendo-se quando o tubo é violentamente inserido na sua garganta, ou pela simples contracção do esófago provocada pela necessidade de vomitar, a ave arrisca-se a asfixiar e a se perfurar mortalmente o pescoço.
 
 
A introduçao do tubo provoca lesões no pescoço no qual se desenvolvem dolorosas inflamações e infecções. Esta desequilibrada superalimentação provoca frequentemente doenças no sistema digestivo, que podem ser mortais.
 
 
Pouco após este choque diário da engorda, a ave sofre imediatemente de diarreias e de arquejos. Para além disso, as dimensões do seu fígado hipertrofiado tornam a respiração difícil e o andamento doloroso.
 
 
Se este tratamento continuasse, provocaria a morte dos animais engordados. A matança chega a tempo de dissimular as consequências da engorda. Os mais fracos chegam muitas vezes à sala de matança jà moribundos, e outros tantos nem conseguem resistir até lá : a taxa de mortalidade dos patos é de dez a vinte vezes mais elevada durante o período de engorda.
 
 
 
 
 
 
 
 
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terça-feira, 7 de julho de 2015

E se o referendo grego não passasse de um show?

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Sem tirar mérito à coragem do povo grego que, apesar das difíceis circunstâncias, votou não no referendo, coloca-se a questão de saber se tudo isto não passou de um "show" orquestrado pelas potências financeiras mundiais.




De salientar que o referendo foi organizado em apenas nove dias, um recorde mundial.


O próprio texto do referendo era algo confuso: "O plano de acordo, submetido pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional durante a reunião do Eurogrupo de 25/06/12, que inclui duas partes e constitui as suas propostas comuns, deve ser aceite? O primeiro documento intitulado "Reformas para o fim do programa actual do programa e para além" e o segundo "Análise preliminar da sustentabilidade da dívida"

Se aceite responda: sim. Se não aceita responde: não.


Enigmática, foi esta a questão colocada ao povo grego.


Portanto a questão foi interpretada como um sim ou não às medidas de austeridade preconizadas pelas instâncias credoras com mais austeridade, ou não queremos, menos austoridade. Venha o diabo e escolha.


Fácil é de pensar que a grande maioria dos gregos (de lembrar que cerca de 40% das pessoas nem sequer votaram) votaram: "não, não aceitamos mais austeridade", nos termos colocados pela pergunta, o que não significa: saímos do Euro e da União Europeia.


Mas qual é, de facto a alternativa? 


As propostas do governo grego eram, no fim de seis meses de negociações, muito pouco diferentes das impostas pelos seus credores. Foram cedendo até as diferenças se resumirem a meros 0,5%.


O referendo era, de forma velada: não aceitamos 100% das medidas impostas pelos credores ou aceitamos as propostas negociadas pelo governo grego com 95% das propostas dos credores.


Ganhou o não, portanto estamos dispostos a 95% das propostas dos credores.


Este referendo, legitimado pelos credores para dar um "ar" de decisão popular tem como finalidade legitimar os objectivo dos credores: cortar as veleidades de qualquer povo europeu de ir contra as instâncias europeias e fazer com que esses mesmos povos se submetam às suas regras estabelecidas por mecanismos financeiros e pessoas, não eleitos, que controlam os Estados.







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Porque é que os USA "metem o nariz" na crise grega?

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Os Estados Unidos mostraram-se muito "preocupados" com o referendo na Grécia e o próprio presidente Obama apelou ao vote no "sim".


A última vez que os Estados Unidos manobraram os destinos da Grécia foi em 2010, ano do início da crise grega, após anos de governos pró-americanos aconselhados e financiados pelos bancos Goldman Sachs, Meryll Linch e Morgan Stanley.



Veio-se a descobrir mais tarde que Goldman Sachs tinha ajudado o governo grego, da altura, a falsificar as contas gregas e desviar dinheiros. Isto tudo com a ajuda das agência de "rating" americanas que regularmente desencadeiam crises.


O principal credor a curto prazo da Grécia é o FMI, FMI esse que a Comissão Europeia foi buscar em 2011 para resgatar os países europeus em dificuldade.


Ora o FMI é os Estados Unidos, único país que possui direito de veto nas suas decisões. FMI esse que não tem qualquer interesse, antes pelo contrário, em "salvar" o Euro, dado que iria destruir o Dólar como moeda de reserva e de troca a nível mundial.



A "construção" de crises financeiras é benéfica para os bancos:
 
Nos últimos anos um nome surge com frequência no sistema financeiro internacional: Goldman Sachs. Entre escândalos e corrupção este banco de investimento nunca teve tantos lucros e influencia.

Bem-vindo ao submundo dos verdadeiros governantes mundiais.
 
 
O caso grego é paradigmático da actuação da Goldman Sachs (GS) ao ajudar este país a esconder a sua dívida para depois tirar benefícios do seu "investimento".
 
 
Entre 2001 e 2004, a Grécia vendia a sua dívida soberana no mercado emitindo obrigações em euros ou outra moeda aconselhada pela GS. Em 2009 perante uma dívida cada vez maior, aconselhada por Gary Cohn, o número dois da GS, a Grécia vai ser "ajudada" a sair da crise. 
 

No fim de 2009, numa operação concertada, a agência de notação Fitch baixa o rating da Grécia. Pouco depois, no dia 27 de Janeiro de 2010, a Goldman Sachs faz correr o a informação falsa de que a China tinha recusado comprar 25 mil milhões de euros de emissão de dívida à Grécia. Apesar do desmentido grego oficial, foi o suficiente para aumentar a taxa de juro do dinheiro pedido. Goldman Sachs tinha um interesse particular nesta operação: ganhar mais-valias. 
 

Pouco depois, a Grécia, pressionada pela União Europeia teve de substituir o seu responsável pela dívida pública Spyros Papanicolau por Petros Christodoulou. O que se esquecem de dizer é que, antes deste posto, Petros Christodoulou trabalhava para ... a Goldman Sachs.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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segunda-feira, 6 de julho de 2015

A nova guerra do petróleo agora é no Mediterrâneo

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A recente descoberta de jazidas de petróleo e gás na zona pouco explorada do Mediterrâneo Oriental mudou a geo-estratégia mundial com a promessa de se tornar num novo "Golfo Pérsico". 


Grécia, Turquia, Chipre, Israel, Síria e Líbano tornaram-se países sujeitos a inúmeras pressões internacionais, o que explica em parte, os conflitos nestas regiões, o centro geo-político voltou-se para esta região "vítima" da maldição do petróleo.






Tudo começou numa descoberta espectacular em 2010, numa gigantesco jazida de gás natural ao largo de Israel, que este considera fazendo parte da sua Zona Económica Exclusiva, Israel tem a cooperação com a empresa americana Noble Energy.


Para se ter uma ideia, estas reservas são suficientes para abastecer Israel em gás natural durante um século. Para comparação, a Sibéria dispõe da maior reserva de gás do mundo, com 18 200 mil milhões de metros cúbicos, no caso do Mediterrâneo oriental esta reservas estão estimadas a 9 700 mil milhões de metros cúbicos.









Síria

Enorme reservatório de gás na sua costa e ponto estratégico na passagem de oleodutos e gasodutos. Os conflitos militares recentes são, claro,  puro acaso.



Chipre

Um país aparentemente pacífico, sem grandes problemas, recentemente foram descobertas enormes reservas de petróleo e gás, pouco depois foi "degrada" pelas agência de rating e sujeita a ajuda financeira.



Turquia

Revendica uma Zona Económica Exclusiva com a Grécia rica em gás e petróleo. Está  no poder um pró-americano: Erdergan.




Líbano

País martirizado por inúmeros conflitos regionais, tenta revendicar a sua Zona Económica Exclusiva revendicada por Israel que tem todo o interesse em manter um conflito latente.



Grécia

Finalmente a Grécia. Poderia pagar a sua enorme e insustentável dívida com o petróleo descoberto nas suas costas. Sujeita a regastes após regastes que a obrigaram a vender os seus portos e empresas petrolíferas. Asprepostas de negociações são: ficar com 20 % do lucro advindo do petróleo, a Turquia com outros 20% e a Noble Energy american com 60%...








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sábado, 4 de julho de 2015

A coragem da Grécia

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A Grécia, ao fim de cinco meses de negociações, foi colocada perante os seus credores, perante as mesmas medidas de asfixia financeira.


Com um toque de humilhação, os países do norte da Europa propõem mais do mesmo: autoridade.





Os planos de ajustamento económicos levaram ao desastre: de 2010 a 2014 o PIB baixou de 25%, o desemprego passou a 26%, os salários baixarem 30%, a taxa de pobreza atingiu 36%, a dívida passou de 103% a 178%.


Sejam qual forem as opiniões, a Grécia da uma bela lição de coragem política, de defesa da soberania e da democracia. A Grécia necessita de tempo, como todos os países que precisam de reformas, mas o que a União Europeia propõe é uma redução do poder de compra. Não se pode condenar um país à autoridade perpétua.


 Parte da dívida grega pode ser renegociada e parte perdoada para relançar a sua economia. 


Fala-se muito que a dívida grega deverá ser paga por cada um dos europeus, mas esquecem de dizer que esses Estados emprestaram dinheiro com taxas de 5% quando o obtinham a 1%. Por exemplo os empréstimos franceses deram lucros de 2010 a 2014 de 729 milhões de euros.


A Grécia, berço da democracia, deu à Europa uma bela lição de democracia.






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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Crise grega com cheiro a petróleo

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Porquê esta insistência em manter a Grécia no Euro (apenas 2,3% do PIB da zona euro)?

Porquê insistir num país "menor" que economicamente não "vale" grande coisa?

E se toda a crise grega tivesse como pano de fundo a cobiça pelo seu petróleo e gás natural?












O petróleo grego tornaria a Grécia o maior produtor europeu.


2010, a descoberta de importantes reservas de gás nas águas israelitas no Mediterrâneo incitou os países vizinhos à prospecção das suas águas. Resultado: as águas do Mediterrâneo Oriental têm imensas reservas de petróleo e gás natural não exploradas.


Este facto têm enormes consequência políticas, económicas e geo-políticas na região. Estas reservas tiveram consequências militares na Síria, mas também em Chipre, na Turquia e agora na Grécia.


No caso da Grécia essa descoberta lançou o desafio de quem iria controlar essas reservas. Segundo as estimativas, representa 22 mil milhões de barris no Mar Jónico e 4 mil milhões de barris no Mar Egeu.


A Grécia poderia reembolsar a sua dívida só com esse petróleo em 25 anos.










Então porque é que isto não funciona?


Porque foi criada uma divida cada vez maior na Grécia por parte do FMI e UE, impagável com taxas de juros altíssimas, em troca de por exemplo a venda dos seus portos e empresas públicas, nas quais lá está as suas companhias petrolíferas.


Além disto, existe um problema com a Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Grécia que nunca foi bem definida, dado que não havia grande necessidade das definir no passado, esse problema tem sobretudo a haver com a vizinha Turquia.


2011, Hillary Clinton vai a Atenas para discutir as questões energéticas. Leva com ela Morningstar, antigo especialista no desmembramento da ex-União Soviética que tinha como o objectivo o de cercar a Rússia e a fazer cair no caos.


Washington quer unir a Grécia e a Turquia no que e diz respeito à exploração do petróleo e gás natural. A ideia é que a Grécia fique com 20% do lucro, a Turquia com 20% do lucro e a empresa americana Noble Energy com 60% do lucro da exploração das riquezas.


Já em 1974, Kissinger organizou a invasão de Chipre juntamente com ao Reino Unidos, para justificar a presença norte americana na região e fazer escutas militares nesta região durante a guerra fria e eventualmente ter "um pé" nos potencias recursos naturais desta região.









O Syrisa encurralado.


A Grécia foi prepositadamente sujeita a uma crise monetária, apoiada pelas agências de "rating" (norte americanas) e de seguida obrigada a recorrer a intervenções de resgate do FMI e UE para sobreviver, em troca, como já foi dito, teve de vender os seus portos e companhias petrolíferas. Isto não foi puro acaso.


Esta região do Mediterrâneo Oriental é actualmente um dos mais importantes locais geo-estratégico mundiais, dado que, só a Grécia, poderá a ela só, fornecer na próxima década, à Europa inteira, todo o petróleo e  gás natural que necessita, e além disso é uma importante "fronteira" estratégica entre a Europa, o Médio Oriente e a Rússia.


O Syrisa está encurralado porque teve de fazer um acordo com um partido de extrema direita para ter maioria absoluta, partido esse que controla parte das forças armadas que sempre tiveram uma importância fundamental na Grécia, basta lembrar a "era da ditadura dos coronéis".


As forças armadas absorvem o dobro do PIB que absorve a média do países europeus, a Grécia tem o dobro de soldados da média dos países europeus, tudo fruto da guerra fria em que a NATO armava esta parte da Europa no limite ocidental europeu durante a guerra fria.


O Syrisa tem de jogar com esta realidade: o poderoso militar militar está na mente de todos os gregos e pode a qualquer momento tomar o poder em caso de rotura do governo, empurrada pelos Estados Unidos e a União Europeia.








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