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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Estado Novo: pobreza honrada

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Porque a memória é curta...



Muito do Estado Novo assentava em alguns mitos fundadores, entre os quais o mito da ruralidade e o mito da "pobreza honrada", com isso vivia-se na miséria e havia muita fome.






- Portugal era um país pobre, com cerca de 50% da população vivendo da agricultura, muitas vezes de subsistência.


- As crianças das aldeias ajudavam a família logo a partir dos 6 ou 7 anos nos trabalhos do campo.


- No caso das famílias mais pobres, migravam para vilas e cidades - as raparigas muitas vezes para servir de criadas na casa de pessoas ricas ou abastadas.


- O povo vivia em grande pobreza, por isso, os Portugueses começaram a emigrar, cerca de dois milhões até 1974.


- A emigração para o estrangeiro, tinha como resultado as remessas dos rendimentos de trabalho dos emigrantes. Desde finais da década de 60 e toda a década de 70, foi uma das principais fonte de receitas do País.


Em 1970, mais de 36,0% dos alojamentos familiares não possuía electricidade.


- Cerca de 42,0% não tinha esgotos.


- Quase 53,0% não tinha água canalizada.







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sábado, 26 de abril de 2014

Estado Novo: manter as colónias a qualquer custo

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Porque a memória è curta...


Perdidas as riquezas atlânticas, o Estado Novo apostava tudo na fixação dos emigrantes portugueses em África para que pudessem amealhar receitas. 





- Salazar via nas colónias portuguesas mais do que uma questão económica, política ou administrativa, o colonialismo português prende-se com a ontologia de Portugal, uma nação, por definição, colonizadora.


- A guerra em África mobilizou mais de 800 000 soldados.


- Morrerem cerca de 9 000 soldados portugueses, metade foram atribuída a mortes em combate e a outra metade a "acidentes" e "doença".


- 30 000 feridos evacuados, em mais de 100 000 doentes e feridos.


- 14 000 deficientes dos quais 5 000 com deficiência superior a 60%.


- 140 000 com stress pós-traumático.


- Os recursos financeiros gastos com a guerra colonial representava 33% dos recursos do Estado, tendo atingido na segunda metade da década de 60 mais de 40%.


- Em 1930, a dívida à metrópole das colónias, nas quais se destacava Angola, ascendia a cinco por cento do PIB português.


- Salazar "deixou" sair mais de 900 000 portugueses de forma clandestina para fazer transparecer que se tratava de um fluxo impossível de controlar.


- No total, durante esse período saíram de Portugal mais de 2 000 000 de portugueses à procura de uma vida melhor.









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Estado Novo: pouca saúde e pouca educação

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Porque a memória é curta...




Uma das primeiras medidas do Estado Novo fui diminuir as despesas com a saúde e a educação.




 
- A mortalidade infantil era de 80 por 1000, a mais alta da Europa, é actualmente de 2,5 por 1000.


-  Apenas 18% dos partos eram efectuados em estabelecimento hospital, com elevada morte materna. A mortalidade materna era de 80 por 100 000, actualmente é de 5 por 100 000.


-  As despesas da saúde correspondiam a menos de 1% do PIB.


- A Providência Social, criada em 1935, não abrangia o meio rural, e deixava a descoberto o desemprego, os acidentes trabalho, a tuberculose e a maternidade.


- A mendicidade, era um crime público eram encerrados em albergues de mendicidade sob a tutela da PSP que controlava a Mitra.


-  A instrução pública obrigatória durava apenas quatro anos (dos 7 aos 11 anos de idade).


- O Estado Novo construiu os chamados “postos escolares” ou “postos de ensino”, que deveriam substituir as escolas elementares, eram dirigidos pelos chamados regentes (indivíduos muitas vezes semi-alfabetizados e com parcos vencimentos) que substituíram na prática os professores na tarefa de ensinar a ler e escrever. 


- A taxa real de escolarização da população com ensino secundário era de 3,8%.


-  Em 1930 em cada 100 portugueses 70 não sabiam ler. Em 1950 ainda era de 42%, em 1960 de 33%, hoje é menos de 5%.









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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Estado Novo: a subjugação da mulher

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Porque a memória é curta...



O Estado Novo esforço-se para consercar a mulher no seu posto tradicional: mãe, dona-de casa e submissa ao marido.






- O marido era o "chefe" de família.


- As mulheres (na sua maioria) não tinha direito a voto.


- A mulher não tinha direito ao exercício de qualquer cargo político.


- A lei atribuía à mulher casada os trabalhos domésticos como obrigação.


- O divórcio era proibido, devido ao acordo estabelecido com a Igreja Católica na Concordata de 1944, pelo que todas as crianças nascidas de uma nova relação, posterior ao primeiro casamento, eram consideradas ilegítimas. E havia duas alternativas no acto do registo: a mulher ou dava à criança o nome do marido anterior ou assumia o estatuto de "mãe incógnita". O que não podia era dar o seu nome e o do marido actual.


- As mulheres não tinham o direito ao exercício de certas profissões, reservadas aos homens, como a magistratura, a diplomacia ou a política.


- As enfermeiras não podiam casar, e as as professoras só podiam casar com um homem que tivesse um vencimento superior ao delas e tinham de ter a autorização publicada no Diário da República.


- Uma mulher casada tinha de ter a autorização do marido para se deslocar ao estrangeiro.


- O marido está autorizado pela leia a abrira correspondência da sua mulher.


- O marido podia chegar a uma empresa ou estabelecimento público e dizer: eu não autorizo a minha esposa a trabalhar. E ela tinha que vir embora, tinha que ser despedida.


- A falta de virgindade da mulher ao tempo do casamento era considerada motivo para anulabilidade do casamento. O marido poderia até matar a mulher em flagrante adultério, ou a filha em flagrante corrupção, tendo como pena o desterro de 6 meses para fora da comarca.


-  Os espaços públicos, como cafés, eram destinados aos homens, e recusavam-se a servir uma mulher que não estivesse acompanhada por alguém do sexo masculino.


- Nos livros escolares estava explícito que à mulher competia-lhe os cuidados domésticos, educação dos filhos e prestar ao marido os deveres conjugais e a submissão que lhe eram devidos como chefe de família.



- Em 1970 havia cerca de 31% de mulheres analfabetas contra 19,7% de homens analfabetos.









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