quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Holocaustos...

.












As comemorações dos 70 anos da libertação de Auschwitz vêm lembrar que os media complacentes vitimizam certos povos, quando existe um silenciamento em relação a outros.

Não existe um genocídio pior que outro que não devem ser minimizados com pretexto de números ou de atitudes religiosas.




Genocídio bíblico.


Convém lembrar que os que acreditam nos livros bíblicos assistem logo de início e um genocídio da população mundial, com um Deus "enervado" que decide dizimar a população mundial através de um diluvio, preservando apenas Noé, a sua mulher, os seus três filhos e respectivas mulheres. Esse mesmo Deus irá mais tarde aniquilar outros povos.



Definir termos...


Convém, quando falamos em genocídios definir certos termos que nos repetem vezes sem conta na comunicação social.


Genocídio: termo consagrado em 1945 para deferir assassinato deliberado de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas ou políticas.


Solução final: tradução do alemão "endlosung" e inventada pelos nazis, sem contexto histórico.


Holocausto: do grego "holos" (todo) e "kaustos" (queimado), refere-se a um sacrifício religioso através do fogo pela religião judaica.


Shoah: em ebraíco significa "a catástrofe" (em iídiche, churben ou hurban, destruição), em termos bíblicos designa uma destruição fatal natural ou não.



O negacinismo.


Se a negação do holocausto judeu é punido na maioria dos países europeus, o mesmo não seria de esperar de outros genocídios? A França também pune a negação de genocídio do povo arménio. Mas não será a punição da negação de genocídios re-escrever a história e a uma limitação da liberdade de expressão?


O negacionismo ou a propaganda de genocídios, mais terríveis uns de que outros, conduz inevitavelmente que alguns sejam legitimados, directa ou indirectamente, através de ideologias que permitiram esses massacres.



Os povos índios.


Os americanos mataram milhões de índios. Actualmente vivem (a maioria em reservas) cerca de 2,7 milhões de índios no Estados Unidos. A idade média de vida desse índios é de 6 anos a menos do que o resto dos americanos. Têm um risco acrescido de morrer de alcoolismo de 770%, de tuberculose de 665%, de diabetes de 420% e de pneumonia de 52%.


No Canadá, as populações autóctones foram deliberadamente exterminadas pela supremacia racial com a coniviencia da igreja. As numerosas crianças autóctones internadas em pensões tinha uma taxa de mortalidade, em 1907, superior em 50% em relação ao resto da população.


Muitas foram mortas por tortura ou expostas a doenças por empregados remunerados pelas igrejas e o governo, seguindo um plano de "solução final" concebido pelo Ministério dos Negócios dos Indígenas e das igrejas católicas e protestantes.


Esses autóctones tiveram em curso um programa de esterilização sexual das crianças internadas com a finalidade de limitar a sua população.



Os ciganos.


Ao mesmo tempo que os nazis exterminavam os judeus, os ciganos também eram exterminados pela simples razão da sua etnia, eram um bode expiatório ideal não tendo Nação. Os milhares de mortes dessa etnia raramente é citada. Para não falar nos homossexuais e comunistas



Genocídios.


Quando falamos em genocídio é sempre difícil estabelecer como definição o numero de vitimas.  Esse paràmetro torna-se grotesco, quando cada morto é uma pessoa que merece respeito, mas os medias salientam constantemente o numero de judeus exterminados, então comparações vêm à memória.


O que pensar das 200 000 pessoas mortas em Ho Chi Minh, das 300 000 do regime de Idi Amin Dada, das 600 000 de Saddam Hussein, das 1 000 000 de vitimas do Ruanda em três meses, das 600 000 do regime Norte Correano, dos 2 500 000 mortos (20% da população) de Pol Pot, dos milhões de mortes de Joseph Staline ou de Mao Ze Dong?


E para acabar o que dizer das milhares de vitimas provocados pela as guerras de religião, sendo que a actual muçulmana matou milhares.


Porque é que só a exterminação judaica tem direito de horas mediáticas para comemerar as suas vitimas quando existem tantas esquecidas ou branqueadas pelas nações dominantes?









.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

"Marcha Republicana": a marcha da hipocrisia

.









 
 
Estiveram presentes presente na "Marcha Republica", este domingo em Paris, uma espécie de G20 alargado a alguns representantes fantoches de regimes totalitários.



Desde logo, porquê uma marcha "republicana" e não uma marcha "pela liberdade de expressão"? O próprio slogan publicitário "somos todos Charlie" esvazia qualquer discurso ou questão incómoda.


Não estão aqui em questão os milhares de pessoas que genuinamente integraram esta marcha, mas sim o aproveitamento mediático e político da mesma.


Presentes nesta marcha temos países em que a liberdade de expressão jornalistica ou em blogues é sistematicamente controlada e reprimida: Turquia, Rússia, Argélia, Egipto, Gabão, Emiradso Árabes Unidos,...


Nem sequer vale a pena referir a presença de Israel e a "obrigação" da representação da autoridade palestiniana.


Se o objectivo era denunciar a violência dos terroristas islâmicos, então deveria-se reflectir sobre o financiamento e armamento de extremistas pelos Estados Unidos, por exemplo no Afeganistão para lutar contra a Rússia.


Nestas condições é difícil dizer não ao terrorismo, quando são os maiores países mundiais (USA, China, Rússia, União Europeia, Arábia Saudita ou Qatar) que os financiam.


Fácil nestas circonstancias de emoção extrema, pela barbárie dos ataques ocorridos, designar um bode expiatório, o Islão, quando tais actos não são exclusivo desta religião e não são exclusivos das religiões.


Durante os últimos anos, o ocidente apontou os árabes como os "maus da fita" derrubando regimes para lá instalar as suas marionetas por razões geo-estratégicas. Fácil nestas condições de culpabilizar o Islão fumentando ao mesmo tempo os radicais.


Todas as religiões e ideologias políticas tiveram ao longo da história momentos de barbárie, e fora delas sempre houve grupos ou indivíduos fanático que cometeram crimes.


Se a ideia era defender a liberdade de expressão, então, toda esta panóplia de representantes estatais, directa ou indirectamente, também tm sangue nas mãos.




"A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude" (Rochefoucauld).







.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo: os limites da liberdade de opinião

.







Texto à direita: "Maomé: nasceu uma estrela"




Charlie Hebdo, que agora toda gente reivindica como um símbolo da liberdade de impressa é na verdade um jornal islamofóbico. Semana após semana o único objectivo era caricaturar e denegrir a religião muçulmana.


A religião muçulmana, como todas as outras pode (e deve) ser objecto de crítica, como qualquer ideologia politica, mas então os critérios devem ser os mesmos para todos em nome da liberdade de opinião, o que não é verdade.


Podemos criticar a teologia islâmica, as suas atitudes em relação às mulheres, a sua ausência de leis civis prevalecendo a charia e muitas outras coisas.


Mas qualquer órgão de informação que critique a religião hebraica é acusado de anti-semita e em muitos países punido pelas leis vigentes. Qualquer pessoa que ponha em causa o holocausto é punido de prisão em certos Estados.


Não gostar e criticar os muçulmanos é visto como natural no ocidente, mas alguns partidos de extrema direita que não gosta e criticam os negros é perseguido em justiça, por ser racista.


Não emitem essas pessoas ou órgão políticos ou sociais opiniões que por definição deveriam ser livres?


O egocentrismo judaico-cristão dominante não se deve sobrepor aos valores que defende mas não cumpre, ou então a liberdade de impressa e de opinião não existe e tem limites. O problema é que esses limites são sempre impostos pelas civilizações dominantes.







.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo: um atentado demasiado perfeito

.











Qualquer ataque, como o que aconteceu às instalações de "Charlie Hebdo", é condenável, apesar do facto deste jornal satírico obsessivamente atacar a religião muçulmana.

Ao analisar o "modus operandi" deste ataque verificamos numerosos factos estranhos.





Este ataque foi planeado e executado com um rigor militar.


- Deu-se à hora exacta em que toda a redacção estava reunida,

- Neutralizaram os dois seguranças que se encontravam dentro do edifício,

- Não houve qualquer destruição do local, apenas execuções,

- Os executantes envergavam equipamento do tipo militar,

- Disparam com as suas metralhadoras uma bala de cada vez em vez de rajadas, o que demonstra um treino apurado, 

- Durante a fuga mantêm a calma e o sangue frio,

- Depois de saírem do edifício ainda se deram ao "trabalho" desnecessário de executar um polícia caído no chão em vez de iniciarem a fuga,

- Um pormenor interessante é o facto de antes de entrarem no carro e saírem do local, um dos executantes, com sangue frio, apanha um dos sapatos que tinha caído junto do automóvel.




Saída do local e percurso automóvel impecáveis.


- O carro da polícia chamado ao local, sabendo de um tiroteio com mais de dez minutos, deixou-se infantilmente surpreender pelos atacantes,




- O polícia abatido com um tiro com uma metralhadora a um metro de distância, provoca qualquer sangramento no chão claro do passeio,





- Apesar da zona estar bastante policiada e do transito lento neste local de Paris, o carro conseguiu percorrer metade da cidade sem ser interceptado, fazendo prova de um percurso perfeito.



Poucas horas depois já tínhamos a identidade dos culpados.

- Apesar de encapuzados, pouco tempo depois já era anunciada a identidade dos supostos atacantes,

- Inacreditavelmente, este comando, super preparado e organizado, terá esquecido o bilhete de identidade de um deles no carro que serviu para o assalto! 









.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Ter ou não ter um cancro é uma questão de pura sorte

.












O cancro será na maioria das vezes devido a "falta de sorte". Pelo menos são as conclusões de um estudo publicado hoje na revista Science. A parte aleatória será preponderante sobre os riscos devido ao estilo de vida e ao factor genético.




À partida, os dois investigadores questionaram-se sobre o facto do risco de vir a ter um tumor maligno durante a vida ser de 6,9% para o pulmão contra 0,6% para o cérebro e de apenas 0,00072% para a laringe.


A exposição a substâncias cancerígenas ou a susceptibilidade genética não explicam estas diferenças. Os cancros de intestino delgado, por exemplo, são 20 vezes menos frequentes do que os do cólon.


Estudaram 31 tipos de cancro, e para 22 desses cancros, o factor sorte é preponderante. Dois terços desses cancro são assim devido a mutações genéticas aleatórias.


Para substituir as nossas células que morrem no vários órgãos, o nosso corpo produz novas células, mas durante este processo podem cometer alguns pequenos erro, são as mutações.


O resultado deste estudo vem desculpabilizar os doentes que não percebem porque é que ficaram com um cancro, quando sempre tiveram uma vida saudável e regrada.


De facto tem se vindo muito a insistir, nos últimos tempos, sobre a supressão dos factores de risco em relação ao cancro, tais como o tabaco, o alcool, as gorduras ou outras toxinas.


Uma pessoa poderá ter um risco aumentado de cancro do pulmão se fumar, mas as pessoas que fumam ao longo da vida ou as que fazem um exposição continua ao sol sem protector, sem vir a ter um cancro, não são pessoas que forçosamente têm "bons genes", mas sim porque tiveram "muita sorte".


Mudar os nossos hábitos de vida poderá ser eficaz para alguns cancros, mas não terá qualquer actuação para a maioria dos cancros.


Estes resultados vêm confirmar que os cancros são sobretudo uma doença do envelhecimento das populações, bem mais do que o resultado de causas exógenas.











http://news.sciencemag.org/biology/2015/01/simple-math-explains-why-you-may-or-may-not-get-cancer?rss=1

 

 

 

.