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As comemorações dos 70 anos da libertação de Auschwitz vêm lembrar que os media complacentes vitimizam certos povos, quando existe um silenciamento em relação a outros.
Não existe um genocídio pior que outro que não devem ser minimizados com pretexto de números ou de atitudes religiosas.
Genocídio bíblico.
Convém lembrar que os que acreditam nos livros bíblicos assistem logo de início e um genocídio da população mundial, com um Deus "enervado" que decide dizimar a população mundial através de um diluvio, preservando apenas Noé, a sua mulher, os seus três filhos e respectivas mulheres. Esse mesmo Deus irá mais tarde aniquilar outros povos.
Definir termos...
Convém, quando falamos em genocídios definir certos termos que nos repetem vezes sem conta na comunicação social.
Genocídio: termo consagrado em 1945 para deferir assassinato deliberado de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas ou políticas.
Solução final: tradução do alemão "endlosung" e inventada pelos nazis, sem contexto histórico.
Holocausto: do grego "holos" (todo) e "kaustos" (queimado), refere-se a um sacrifício religioso através do fogo pela religião judaica.
Shoah: em ebraíco significa "a catástrofe" (em iídiche, churben ou hurban, destruição), em termos bíblicos designa uma destruição fatal natural ou não.
O negacinismo.
Se a negação do holocausto judeu é punido na maioria dos países europeus, o mesmo não seria de esperar de outros genocídios? A França também pune a negação de genocídio do povo arménio. Mas não será a punição da negação de genocídios re-escrever a história e a uma limitação da liberdade de expressão?
O negacionismo ou a propaganda de genocídios, mais terríveis uns de que outros, conduz inevitavelmente que alguns sejam legitimados, directa ou indirectamente, através de ideologias que permitiram esses massacres.
Os povos índios.
Os americanos mataram milhões de índios. Actualmente vivem (a maioria em reservas) cerca de 2,7 milhões de índios no Estados Unidos. A idade média de vida desse índios é de 6 anos a menos do que o resto dos americanos. Têm um risco acrescido de morrer de alcoolismo de 770%, de tuberculose de 665%, de diabetes de 420% e de pneumonia de 52%.
No Canadá, as populações autóctones foram deliberadamente exterminadas pela supremacia racial com a coniviencia da igreja. As numerosas crianças autóctones internadas em pensões tinha uma taxa de mortalidade, em 1907, superior em 50% em relação ao resto da população.
Muitas foram mortas por tortura ou expostas a doenças por empregados remunerados pelas igrejas e o governo, seguindo um plano de "solução final" concebido pelo Ministério dos Negócios dos Indígenas e das igrejas católicas e protestantes.
Esses autóctones tiveram em curso um programa de esterilização sexual das crianças internadas com a finalidade de limitar a sua população.
Os ciganos.
Ao mesmo tempo que os nazis exterminavam os judeus, os ciganos também eram exterminados pela simples razão da sua etnia, eram um bode expiatório ideal não tendo Nação. Os milhares de mortes dessa etnia raramente é citada. Para não falar nos homossexuais e comunistas
Genocídios.
Quando falamos em genocídio é sempre difícil estabelecer como definição o numero de vitimas. Esse paràmetro torna-se grotesco, quando cada morto é uma pessoa que merece respeito, mas os medias salientam constantemente o numero de judeus exterminados, então comparações vêm à memória.
O que pensar das 200 000 pessoas mortas em Ho Chi Minh, das 300 000 do regime de Idi Amin Dada, das 600 000 de Saddam Hussein, das 1 000 000 de vitimas do Ruanda em três meses, das 600 000 do regime Norte Correano, dos 2 500 000 mortos (20% da população) de Pol Pot, dos milhões de mortes de Joseph Staline ou de Mao Ze Dong?
E para acabar o que dizer das milhares de vitimas provocados pela as guerras de religião, sendo que a actual muçulmana matou milhares.
Porque é que só a exterminação judaica tem direito de horas mediáticas para comemerar as suas vitimas quando existem tantas esquecidas ou branqueadas pelas nações dominantes?
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