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Nesta nossa época em que o verde está na moda, em que o verde "lava mais branco" à custa de benefício de milhões só par alguns, que temos de ser ecológicos a qualquer custo, em suma em que existe uma verdadeira ditadura ecológica, aqui fica um texto desconcertante mas real do mito ecológico actual.
Eu não Reciclo.
Vou ser insultado várias, porque poucos vão ler este artigo até ao fim.
Em 20 anos apenas, apagaram a memórias do vasilhame, do farrapeiro, da compras por grosso, dos sacos de pano.
Em 20 anos apenas, formataram pessoas a reciclar, a comprar e a reciclar.
No
final da década 80, no inicio da forte campanha à reciclagem, quando se
comprava água ou um refrigerante, comprava-se a embalagem, e era
possível, trocar por outra cheia ou vender a embalagem.
As
garrafas não tinham fim de vida, mas vida continua. Curioso, como em 20
anos, a vida da garrafa(agora de vido ou plástico), só tem uma vida.
Sim, só tem uma vida, mas que nos dizem que vai ter nova vida, depois de
um gasto energético brutal, isso já não o dizem. Há 20 anos, existiam
garrafões de agua e de vinho em vidro, reutilizáveis. Agora existem
garrafões de plástico recicláveis.
Há 20 anos, existiam os
farrapeiros, que nos compravam o papel e farrapos para a reciclagem.
Hoje existem bidões que damos o papel ou cartão que pagamos, quando
compramos um qualquer produto, porque isso é bom para o ambiente, mas o
que não nos dizem é que para reciclar e lavar esse todo papel existe um
gasto brutal de energia, água e lixívias para tornarmos a ter papel
muito branco. Pois, em 20 anos, criaram-se mais embalagens de cartão e
papel, que pagamos quando adquirimos um qualquer produtos, e depois
entregamos aos bidões gratuitamente.
Há 20 anos, o arroz, o
feijão e outros produtos que tais comprava-se a grosso e levava-se um
saco de pano. Agora existem muitas embalagem em plástico, para qualquer
produto alimentar, que depois recicla-se, para isso basta colocar no
bidão, porque é bom para o ambiente, mas não interessa as necessidades
de energia para tal.
Agora quem recicla é amigo do ambiente, quem
não o faz um criminoso. Mas, eu não quero reciclar, quero ter
vasilhames, sacos de pano e comprar a grosso e entregar o excesso de
papel ao farrapeiro que me dá dinheiro.
Agora pago 3 vezes, pela
mesma embalagem, quando compro o produto, quando pago a taxa de resíduos
na factura da água, e quando reciclo. Mas, eu só quero pagar a Taxa de
lixo.
Neste novo século as campanhas à reciclagem alargaram-se
aos electrodomésticos e “novas tecnologias”, pois estas “coisas” duram
pouco temo e se deitar-mo ao lixo fazem mal ao ambiente. Mas, eu quero
aparelhos que durem muito tempo. Será que os aparelhos estão programados
para durar pouco tempo? Eu, diria que sim. Mas, seguindo a lógica
devo-me actualizar e entregar os desactualizados no bidão. Mas eu paguei
por esse produto, e vão reutilizar esse material, então eu quero que me
paguem.
Neste novo século paga-se taxa na entrega de velhos
pneus e óleos e pilhas, mas eu pago quando compro estes produtos,
entrego-os e depois são reutilizados para fazer estradas, energia e
novas pilhas. Eu, quero que me paguem quando entrego os meus pneus
velhos e óleos usados e pilhas. Até parece que alguns lucram com isto, e
até o ambiente.
Mas as campanhas que mais me chateiam são a de
recolha de rolhas e de material orgânico. Essas sim têm realmente ainda
mais piada.
No caso das rolhas o grupo Amorim em Associação com
as grandes superfícies e até uma conceituada Associação Ambientalista,
pedem para as pessoas entregarem as rolhas num qualquer Supermercado,
pois em troca plantam sobreiros. Pois, não contam, é que por não terem
tido um visão de sustentabilidade há 20 anos não plantaram sobreiros,
não era preciso, havia muitos e dava para as encomendas. Não contam
também, que o custo em água e energia para obter estilha de cortiça, a
partir das rolhas é muito superior à da cortiça retirada directamente do
sobreiro. Mas, porreiro para os amigos do ambiente, pois passam a pagar
pela rolha, pela plantação de sobreiros que o Grande grupo não o fez, e
pelos novos produtos resultantes da estilha.
A compostagem está
na moda, até nos dão embalagens para fazer em casa, mas pagas na mesma a
Taxa de lixo na factura da água. Coisa estranha, então se eu seguir a
regras todas da reciclagem, ainda pago uma taxa de recolha de resíduos.
Pois, a reciclagem é amiga do ambiente, e tu és amigo da Lipor e da
ValorSul e outras que tais. Mas, e os orgânicos que vão para o aterro?
Já não vão estas empresas criam composto e vendem aos agricultores e
agora em novas embalagens ao consumidor final em qualquer supermercado.
Mas, então eu compro composto, do composto que dou? Sim, assim és amigo
do ambiente e pagas 3 vezes, quando compras os produtos compostaveis, a
taxa de resíduos na factura da água e depois quando compras composto ou
sacos de terra.
Agora, já posso ser insultado pois todos ganham, o
ambiente (dizem), as autarquias e a empresas de recolha e triagem de
resíduos (não o dizem), e ganhas tu (mentem).
Eu quero é vasilhame, farrapeiros e saquinhos de pano e pagar a Taxa de resíduos na factura da água. Posso?
Fonte: http://ecotretas.blogspot.com/2011/11/eu-vou-passar-nao-reciclar.html
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