quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Baixo consumo de sal aumente risco de morte cardiovascular

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Ja foi aqui abordado neste blogue, há um ano atrás, o mito do sal na hipertensão

Desta vez, um estudo recente publicado na revista JAMA, até sugere que o baixo consumo de sal, além de não ter qualquer significado em relação à hipertensão, aumenta o risco de morte por doença cardiovascular.





A ideia do que o consumo de sal aumentaria a pressão arterial baseia-se em questões químicas e fisiológicas. Sabendo-se que o sal leva a uma retenção de água, isso levaria a um aumento transitório do volume sanguíneo e portanto a um aumento transitório da pressão arterial.


O organismo vai corrigir esse aumento com a excreção de sódio na urina. No caso de um doente hipertenso, o organismo deverá aumentar ainda mais a pressão arterial para manter o nível de sódio satisfatório.


Isto é a teoria que levou aconselhar à população em geral e aos hipertensos em particular a redução do consumo de sal. No entanto, falta demonstrar a existência de  uma ligação clínica entre o consumo de sal, a pressão arterial e o risco cardiovascular na população em geral. 



Em maio deste ano, a prestigiada revista de medicina JAMA (Journal of the American Medical Association) publicou um estudo que põe em questão um dos mitos mais tenaz da medicina: o consumo de sal aumenta a pressão arterial e o risco cardiovascular.


Neste estudo, foram seguidas 3681 pessoas durante 8 anos, e foi medida a excreção urinária de sal. Foram assim constituídos 3 grupos:

- baixo consumo de sal (média de 107 mmol de sódio),
- médio consumo de sal (média de 168 mmol de sódio),
- elevado consumo de sal (média de 260 mmol de sódio).

(De assinalar que a excreção de sal na urina não equivale obrigatoriamente ao consumo de sal.)




Foram avaliados dois parâmetros: 

1 - A existência de uma correlação entre o consumo de sal e a tensão arterial.

No grupo de baixo consumo, verificou-se o aparecimento de uma hipertensão em 27% dos doentes, no grupo de médio consumo a hipertensão foi verificada em 26,6% e nos de elevado consumo em 25,4%. 

Conclusão: não existe qualquer relação entre o consumo de sal e o aparecimento de hipertensão arterial.


2 - A existência de uma correlação entre o consumo de sal e a mortalidade cardiovascular.

Durante estes 8 anos, verificou-se o falecimento por doença cardiovascular de 84 doentes. No grupo de baixo consumo: 50 mortes, no de médio consumo: 24 mortes e no de elevado consumo: 10 mortes. 

Conclusão: o risco de morte cardiovascular é 54% mais elevado nos que consomem pouco sal.




Este estudo põe assim em questão, geralmente admitida pela classe médica: a existência de uma relação entre o consumo de sal e o aumento da pressão arterial ou de morte cardiovascular. Neste estudo, a morte cardiovascular até seria mais elevada nos que consomem pouco sal.

Estes resultados também levantam a questão de se criarem leis em relação à restrição do sal na alimentação.







 http://jama.ama-assn.org/content/305/17/1777.abstract?sid=22267316-7de3-4721-84d6-d7658d359332



  

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Futebol: a grande mentira

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O futebol é de facto um desporto fantástico, provavelmente pela incógnita do resultado, muitas vezes imprevisível, dado que o ser humano é mais hábil a jogar com as mãos do que com os pés. 


O futebol foi assim promovido a desporto planetário, em grande parte para fazer esquecer os problemas diários e assim adormecer os povos. Com esse fim, foi estimulado e exacerbado o nacionalismo e o clubismo. 


O futebol tornou-se, ao mesmo tempo, sinónimo de movimentação de milhões de euros. Ao ver um jogo, apesar de criticar a arbitragem, acreditamos no resultado. Nada mais errado, numerosos são os resultados fabricados por potentes redes mafiosas, muitas delas com a conivência da própria FIFA.




Como falsificar um resultado de futebol


Em 2008, o jornalista canadiano Declan Hill, escreve um livro bombástico: "Comment Truquer un match de foot" em que descreve que vários jogos do mundial da Alemanha em 2006 foram comprados.


Trata-se dos jogos:
Brasil-Gana (oitavos de final, 3-0)
Inglaterra-Equador (oitavos de final, 1-0)
Itália-Gana (fase de grupos, 2-0)
Itália-Ucrânia (quartos de final, 3-0)

No dia 25 de maio de 2006, na presença do jornalista, Lee Chin fala com quatro homens num KFC em Bancoque. Objectivo da reunião: falsificar os resultados de certos jogos para beneficiar três gigantes do futebol mundial o Brasil, a Inglaterra e a Itália.


Principal vítima: o Gana, que apesar de ter sempre tido bons jogadores, é um país pobre e sempre foi um alvo fácil dos apostadores.


Os jogadores corrompidos são quase sempre os dos países mais fracos, sendo o valor pago para os corromper relativamente baixo e a vitória do mais forte tida como normal. Assim, o misterioso intermediário Lee Chin terá dito que no caso do jogo Brasil-Gana: "não é o Brasil que irá ganhar o jogo, é o Gana que irá perder". O que se viu, foi, não só o Gana perder o jogo, como se viu uma equipa estranhamente desmotivada que parecia jogar para perder.


Quando mais tarde o jornalista viajou até ao Gana, o capitão da equipa, Stephen Appiah, confirmou terem sido contactados para "desacelerar" durante esse famoso jogo. Stephen Appiach revela o que Chin tinha dito, cada jogador terá recebido 30 000 dólares, tendo sido comprados uma média de oito jogadores por jogo.


O mercado das apostas tem vindo pouco a pouco a transferir-se da Inglaterra e da Rússia para a Ásia, e sobretudo para o imenso mercado chinês.



Centenas de resultados adulterados


Em novembro de 2009, dizia-se ter sido desmantelada uma rede mafiosa de falsificação de apostas que teria intervindo em mais de 200 jogos em vários países, incluindo a Espanha e a Alemanha, envolvendo jogadores, árbítros e treinadores.


Hoje em dia, para fazer apostas nos jogos de futebol, basta ir a um dos cerca de 3000 sites da internet e apostar no resultado final de um encontro, no nome do jogador que vai marcar o primeiro golo, no primeiro canto,...Estas apostas tornam-se assim, para as redes mafiosas, fáceis de manipular. As apostas online estão pouco a pouco a matar a verdade do futebol.


Em agosto deste ano, o "New York Time" publicou um artigo de investigação sobre os jogos amigáveis organizados pela FIFA. Resultado: corrupção, falsificação de resultados e desvio de dinheiro.




No Brasil, está em curso um inquérito para averiguar o jogo amigável de 2008 entre Portugal e Brasil. Ricardo Teixeira, presidente da federação brasileira de futebol e um alto responsável da FIFA, estão acusados de terem desviado 6 milhões de euros, obtidos durante esse jogo. Esse dinheiro terá sido depois investido numa empresa de telecomunicações pertencendo a Ricardo Teixeira.


Os jogos amigáveis são excelentes para falsificar os resultados. É muito difícil falsificar jogos importante como a liga dos campeões porque têm muito público a assistir, em contrapartida, encontros com algumas centenas de espectadores, muitos deles sem cobertura televisiva, são os ideais.


Para detectar jogos possivelmente comprados, os organismos anti-corrupção tentam descobrir apostas inabituais.
Por exemplo, em fevreiro deste ano, repararam que num jogo amigável entre a Estónia e a Bulgária, um site tinha uma aposta de 5 milhões de euros em como o resultado final seria de 4 golos. Este montante era muito superior às médias observadas normalmente. Resultado final do jogo: Estónia 2 - Bulgária 2.



A luta da FIFA contra a corrupção no futebol pode não passar de uma cortina de fume para desviar as atenções de questões tão importantes como a falta de transparência na gestão financeira das federações de futebol e da própria FIFA:


Após a atribuição do mundial de 2018 à Rússia, alguns responsáveis ingleses e australianos (dois dos países candidatos) queixaram-se de terem sido abordados por membros da FIFA pedindo subornos para serem os escolhidos.






http://chine.aujourdhuilemonde.com/un-chinois-t-il-truque-la-coupe-du-monde-de-football

http://www.rue89.com/2010/01/05/paris-truques-les-jeux-en-ligne-vont-ils-tuer-le-football-132424

http://www.sunukeur.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2017:fifa--le-scandale-des-matches-amicaux&catid=34:football&Itemid=88

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

FIFA: a Máfia

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A FIFA , Federação Internacional de Futebol, possui mais membros (208)  do que a  ONU (192), e tem a sua sede em Zurich, na Suíssa, onde tem o estatuto de utilidade pública, o que lhe permite ter enormes privilégios fiscais.

 
Entre 2007 e 2010 pagou apenas 3,1 milhões de francos suíços de impostos quando se fosse considerada uma empresa teria pago 180 milhões.

 
Só no ano passado, a FIFA distribuiu 50 milhões de francos suíços aos seus dirigentes o que para uma organização considerada de utilidade pública não deixa de ser ridículo

 
Durante o último mundial na África do Sul, a FIFA ficou isenta de impostos, pelo governo sul africano, por já pagar impostos na Suíça

 
Durante esse mesmo mundial na África do Sul, a FIFA realizou 2,35 mil milhões de francos suíços enquanto esse país teve perdas de 3 mil milhões.



Estas são alguns exemplos e privilégios da FIFA onde reina a corrupção a todos os níveis, seja para a eleição do seu presidente ou para a atribuição da Copa do Mundo, tudo funciona com subornos.



 
Subornos


O jornalista de investigação (ainda existem) britânico Andrew Jennings realizou um documentário onde revela que a FIFA funciona internamente como uma verdadeira máfia.


Tudo começou com a falência da empresa ISL de Zurich, encarregue pela FIFA dos direitos de marketing e transmissão televisiva dos mundiais de 2002 a 2006. Durante a auditoria, constatou-se que altos funcionários da FIFA tinham recebido dinheiro em contas no estrangeiro.


Durante esse período, dá-se um incidente: um montante que deveria ter sido depositado num paraíso fiscal vai parar directamente nas contas da própria FIFA. O caso é abafado ao mais alto nível, isto é, pelo tribunal de Lausana que impõe o segredo sobre os montantes e a identidade dos corruptos.


Durante o inquérito, o jornalista descobre que esse dinheiro destinava-se ao antigo presidente da FIFA, Joao Havelange e a Jean-Marie Weber, vice presidente da ISL, amigo íntimo do actual presidente da FIFA.


Muitas empresas multinacionais recorriam à ISL, que detinha a exclusividade publicitária, para verem a sua marca aparecer ao lado do logótipo da FIFA. Como contrapartida, essas empresas pagavam avultadas somas como suborno. Assim, Joao Havalange terá recebido 250 000 francos suíços



Manipulação eleitoral


O sistema eleitoral para a eleição do presidente da FIFA parece dos mais democráticos: um país, um voto. Na realidade, tudo é feito para subornar os votantes, como é o caso do presidente da CONCACAF que representa os votos do continente da América do Norte, América Central e Caraíbas. Nada mais, nada menos do que 35 votos dos 208 possíveis.


O presidente da CONCACAF é Jack Warner e esta confederação terá recebido várias dezenas de milhões de euros da FIFA para influenciar as votações. Além disso, Jack Warner é dono de uma agência de viagens, a Simpaul, que tem a exclusividade da venda de bilhetes para os mundiais dessa confederação em Trindade e Tobago.


Em 1984 e 1986, para a realização do campeonato sub-20 da CONCACAF, a construção dos estádios esteve a cargo de um dos filhos de Jack Warner e o serviço de restauração entregue a outros dos seus filhos.


Na FIFA tudo fica em família. Philipe Blatter, filho de Joseph Blatter, recebeu 50% dos direitos televisivos do último mundial. Para manter o alto estilo de vida com que vive e se deslocam os altos dirigentes da FIFA, até os bilhetes que sobram são vendidos discretamente no mercado negro a um preço proibitivo.



Corrupção


Na FIFA não existe contestação, todos veneram o seu presidente. Como numa máfia, esta organização vive do tráfico de bilhetes, subornos e corrupção. A rede está bem montada.


Jack Warner, por exemplo recebeu graciosamente no último mundial, da parte da FIFA, 6000 bilhetes: benefício 1 milhão de euros.


Nicolas Leoz, presidente da confederação sul americana, o único identificado em vários subornos recebidos nas suas contas em paraísos fiscais, nos anos 90, continua como membro executivo da FIFA.


A FIFA decretou, no último, a proibição da venda de qualquer alimento, por parte dos habitantes dos bairros pobres sul africanos, perto dos estádios para não prejudicar o seu principal sponsor, Mc Donald.


Não existe qualquer documento que permita saber quanto ganha Joseph Blatter, quando é possível saber quanto ganha qualquer político ou chefe de estado.


A atribuição do mundial à África do Sul só foi possível porque o continente africano (50 votos) tinha participado na eleição do padrinho da máfia da FIFA, era a contrapartida.





 
Baseado em: http://www.cpolitic.com/cblog/2010/06/03/du-foot-et-du-fric-la-mafia-de-la-fifa/




terça-feira, 16 de agosto de 2011

11 de setembro e falsos documentos...




CeeCee Lyles era assistente de voo na United Airlines. Segundo a versão oficial, CeeCee morreu no ia 11 de Setembro de 2001, pois encontrava-se no voo UA 93, que se despenhou em Shanksville, Pennsylvania.

A sua carta de condução foi um dos documentos que sobreviveu ao desastre e que foi recuperado pelo FBI.

 
Pouco antes de morrer, CeeCee ligou para o marido, que de profissão é polícia; como ele, Lorne Lyles, tinha acabado o tunro da noite, não ouviu o telefone tocar e só reparou no telefonema depois de acordar.

Lorne estranhou, pois sabia que na altura a mulher estava a trabalhar no avião; por isso declarou numa entrevista televisiva:
"Mas como é que é possível? Não é possível telefonar dos aviões com os telemóveis, pensei eu."
De facto não é possível, mas CeeCee e outros passageiros dos aviões sequestrados conseguiram. Potência do terrorismo.

 

Mas a coisa ainda mais estranha é o documento em si.

Este é um duplicado do original, emitido pelo Department of Motor Vehicles da Florida, em Junho de 2001. O original tinha sido emitido em 1997:




Em 1997 tinha sido emitida a carta de condução de CeeCee Ross Lyles. Mas CeeCee e Lorne casaram apenas em 2000, como demonstra a cópia do acto de casamento:


Como podia CeeCee em 1997 ter o apelido do homem com o qual casou em 2000? Na verdade, em 1997 CeeCee era casada com outro homem, Danilo Castrillo, do qual divorciou em 1999...

 
Poderia o duplicado ter o apelido actualizado? A resposta é não. O regulamento do DMV da Florida é especifico neste aspecto: o nome e o número da carta de condução são indissoluvelmente ligados, ao mudar um tem que mudar o outro também. Isso é: não um duplicado mas um documento novo.

"United States Citizen:A name change may be handled at any driver license office by presenting proof of legal name change, the incorrect license, all other required documents and paying the license replacement fee. A new license will be issued which could also include an address change."

Parte em negrito: Um novo documento será impresso.

Moral: o documento é falso. E parece não ser o único.




Artigo publicado no blogue: http://informacaoincorrecta.blogspot.com/2011/08/911-ceecee-e-carta-de-conducao.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+InformaoIncorrecta+%28Informa%C3%A7%C3%A3o+Incorrecta%29

Baseado em: http://www.luogocomune.net/site/modules/news/article.php?storyid=3812

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Société Générale: como perder 3,8 mil milhões de euros em duas horas...

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Apesar do "Mail On Sunday" não ter a reputação do "Financial Times", foi esse jornal que lançou o pânico com o rumor de que o segundo maior banco francês, a Société Générale, estava à beira da falência.

Foi o suficiente para que em menos de duas horas, o banco perdesse 3,8 mil milhões de euros.



 
Na terça feira, o jornal pedia desculpas pelo erro cometido no Mail On Sunday e entretanto o artigo que tinha dado origem a essa informação errada tinha desaparecido do site do jornal.

Já era tarde, o mal estava feito. No final, a Société Générale tinha perdido 15% do seu valor.



Como se manipula o mercado? Quem beneficia com estas práticas? 



É verdade, que no início do ano este banco apresentou algumas perdas nos lucros e alguns analistas até suspeitam que tenha "mascarado" perdas de cerca de 5 mil milhões de euros na gestão de activos. Pode este banco não estar muito saudável, como outros, mas daí à falência o caminho ainda seria longo.



 

Manipular o mercado com as vendas a descoberto


A venda a descoberto (short selling), permite vender acções bolsistas sem as ter, para as comprar mais tarde a um preço mais baixo. Passa-se assim: vão-lhe ser emprestadas acções, em troca de um custo, para que vocês as possa vender. Como essas acções devem ser devolvidas a quem lhas emprestou, vai ter de comprar essas mesmas acções mais tarde no mercado, só que desta vez a preço mais baixo.

A finalidade destas operações é vender as acções para mais tarde as comprar a um preço inferior ao preço a que foram vendidas.A diferença de preço será o seu lucro.


Por exemplo:

Está convencido que uma determinada acção vai descer, ou tem uma informação "privilegiada" de que vai descer, ou pretende inundar o mercado com essas acções para fazer baixar o preço. Pede emprestadas 10 acções com um valor unitário de 33 euros. Decide vende-las, portanto ganha 330 euros dessa venda. O valor dessas acções baixa. Vai então comprar essas mesmas acções, agora por um valor de por exemplo 20 euros cada, gasta portanto nessa aquisição 200 euros. Entrega as acções a quem lhas emprestou. Portanto fez um benefício de 130 euros (330 - 200 euros).


Mais espantoso ainda é o chamado naked short selling. Neste caso, vocês vende acções que nem sequer tem mas que diz ter e que as irá fornecer dias depois. Após a baixa do valor dessas acções, vocês compras essas acções que apresentará a seguir como sendo as que detinha à partida. Conseguiu um benefício ainda maior, porque não tem de pagar o custo de as pedir emprestadas.
No início da crise financeira de 2008, muitas vozes estavam a favor de por em prática uma legislação que impedisse a venda a descoberto. A verdade é que, de lá para cá, nada foi feito para impedir este tipo de manipulação especulativa do mercado.




http://eco.rue89.com/2011/08/10/les-rumeurs-font-plonger-la-bourse-la-societe-generale-veut-savoir-217469

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2023302/France-Italy-stand-bail-biggest-banks-euro-crisis-worsens.html








quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Escândalos nos ensaios clínicos

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Julga que todos os medicamentos que toma foram sujeitos a uma rigorosa investigação e ensaios clínicos fidedignos? 

Engana-se, grande parte desses ensaios é falsificada para que os resultados favoráveis permitam a sua colocação no mercado. 





Ensaios clínicos falsificados.


A FDA (Food and Drug Administration) fez um inquérito rigoroso à Cetero, a maior empresa americana do género, subcontratada pelos laboratórios farmacêuticos, que tratam dos ensaios clínicos antes da obtenção da autorização de colocação dos medicamentos no mercado. Resultado: numerosos dossiês foram manipulados ou falsificados.

Entre abril de 2005 e junho de 2009, muitos dos responsáveis pelos ensaios clínicos, aquando do inquérito, estavam simplesmente ausentes, quando deveriam estar a realizar os testes. Esta situação aconteceu 1600 vezes. A FDA chegou igualmente à conclusão que muitos dos resultados também tinham sido falsificados para serem colocados rapidamente no mercado, como sendo eficazes e sem perigo.


"Os erros apurados são suficientemente graves para suscitarem preocupações quanto à integridade de todos os dados fornecidos pela Cetero durante este período de cinco anos", revelou a FDA.


Contudo, nenhum laboratório farmacêutico é citado, e a FDA até pede que os que recorreram à Cetero para se identificarem! Chega mesmo a acrescentar, que "a segurança e a eficácia dos medicamentos actualmente comercializados provavelmente não serão afectados". 


Temos que, por um lado descobre-se que dados de ensaios clínicos foram falsificados e por outro, para não mexer no lobby farmacêutico, diz-se que esses mesmos medicamentos são seguros.



Dr. Reuben, um novo coso Murdoch.


O DR. Scott Reuben, anestesista, é um desses investigadores que efectuam ensaios clínicos, pagos a preço de ouro, para indústria farmacêutica. No dia 10 de março deste ano, o director do hospital onde Reuben trabalha, revela, ao New-York Times, uma informação que teve o efeito de uma bomba: "o Dr. Reuben nunca efectuou pelo menos 21 dos 72 ensaios clínicos em que diz ter participado e publicados nas revistas científicas desde 1996".


Todos os seus estudos clínicos estão assim postos em causa. A gravidade do caso ainda é maior, quando se sabe que o Dr. Reuben tinha realizado os estudos clínicos que permitiram a colocação no mercado de medicamentos como Celebrex, o Efexor  ou o tristemente célebre Vioxx. Ultimamente este médico recebia muitos trabalhos do laboratório Pfizer, em contrapartida, este laboratório pagava bem ao médico para que estes estudos lhe fossem favoráveis e na promoção de palestras em que glorificava os seus medicamentos.


Como lembra o antigo redactor-chefe da prestigiada revista médica "New England Journal of Medicine, Dr. Jereome Kassire, "quando os investigadores têm grande parte do seu salário dependente de um laboratório farmacêutico, existe uma tendência para que os resultados obtidos sejam favoráveis a essas empresas".


No caso do Vioxx, no qual trabalhou Reuben, a FDA calcula que desde 1999, só nos Estados Unidos, o Vioxx terá sido responsável por 160 000 enfartes e AVC, e que terá estado na origem de 28 000 mortes. Quando foi finalmente retirado do mercado em 2004, já há muito tempo que existiam estudos independentes que referiam a sua perigosidade.




Mais barato do que chimpanzés!


Cada vez mais, o laboratórios farmacêutico deslocalizam os seus ensaios clínicos. Motivo: o recrutamento de cobaias humanas é mais fácil, ficam mais baratos, as normas de segurança são mais laxistas e essas pessoas consomem menos medicamentos o que reduz as possíveis interacções medicamentosas.


Nos Estados Unidos, 78% dessas cobaias humanas são recrutadas nos estrangeiro, na Europa reprsentam 61%. Os países "fornecedores" são africanos, asiáticos, América latina e cada vez mais países de leste. Nestas condições é extremamente difícil avaliar as condições e qualidade desses ensaios clínicos.


Além da dificuldade de extrapolar os efeitos clínicos que provêm de populações com condições de vida e perfis genéticos completamente diferentes dos nossos, põe-se a questão ética de utilizar uma população maioritariamente analfabeta, onde todos os abusos são possíveis.


Só no ano passado, é que o governo dos Estados Unidos pediu formalmente desculpas à população do Guatemala pelas experiências feitas em 1940. Nessa altura tinha sido injectado, por médicos investigadores, a sífilis a presos, mulheres e doentes mentais, sem que estes tivessem conhecimento, para testar a eficácia da várias terapêuticas.


Para testar medicamentos, e isto mais recentemente, no estado de Connecticut, foi deliberadamente inoculado o vírus da hepatite em doentes mentais. No estado de Nova Iorque foi o caso da inalação do famoso vírus da gripe pandémica a prisioneiros. Em Maryland temos a injecção de células cancerosas num hospital de Nova Iorque em afro-americanos. E esta lista é longa. Jornalistas de investigação da Associated Press encontraram mais de 40 "estudos" deste género. 


Com o grande desenvolvimento da indústria farmacêutica, nos anos 50, nos Estados Unidos, a experimentação em prisioneiros era autorizada em pelo menos metade dos estados. Durante uma audição perante o Congresso, os responsáveis da indústria farmacêutica explicaram que essas cobaias humanos eram mais baratas do que os chimpanzés.


Com a proibição da utilização de prisioneiros, esse "chimpanzés" são agora a população africana e cada vez mais a população dos países de leste. Países onde a vida humana vale menos do que a dos chimpanzés...



http://www.lesmotsontunsens.com/scandale-grande-ampleur-industrie-pharmaceutique-3706

http://www.lesmotsontunsens.com/medicaments-des-essais-cliniques-falsifies-10925

http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm265559.htm

http://www.lesmotsontunsens.com/medicaments-les-essais-cliniques-delocalises-10467

http://www.lesmotsontunsens.com/etats-unis-plus-de-40-experimentations-medicales-sur-des-prisonniers-des-noirs-et-des-malades-mentaux-9188

http://www.lemonde.fr/ameriques/article/2010/10/01/les-etats-unis-presentent-leurs-excuses-pour-des-experiences-medicales-menees-au-guatemala_1419193_3222.html




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Massacre de Oslo: "Só mais uma coisa........... " (como diria o inspector Columbo)

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Mais rápido que a polícia...


Como é que um homem, agindo só, pode ter planificar e organizar um atentado à bomba em Oslo, fazer uma viajem de carro e ir de barco até à ilha de Utoya em uma hora, segundo as fontes policiais, enquanto a essas mesmas forças policiais demoraram uma hora e meia?



Um homem carregado...


Como é que um único homem, pesadamente armado, conseguiu disparar, sem parar, durante uma hora e meia? Uma única pessoa não poderia transportar uma tal carga de munições. Uma metralhadora, em que o peso de uma munição é de cerca de 8 g e com uma média de disparos  de 500 tiros por minuto equivale a um peso de 4 kg de munições por minuto de tiro. Supondo que terá disparado 25% do tempo, isto equivale a 100 kg de munições.



O carro que se dilata...


Como é que um único carro terá tido tido a capacidade de transportar 6 toneladas de fertilizante? A massa volúmica do nitrato de amónio é de 850 a 1150 kg/m3. Seis toneladas equivalem a cerca de 7 metros cúbicos. Sendo que o carro em questão tem volume interior, mesmo sem os bancos de trás e da frente, de 2 metros cúbicos, seriam necessários pelo menos 3 ou 4 carros.



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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O inexplicável atraso da polícia no massacre de Oslo

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Uma das questões centrais, que poderá explicar o que terá  realmente acontecido no massacre de Oslo, poderá estar em compreender a inexplicável demora das força de intervenção em chegar ao local. Os media oficiais não falam desse facto, no entanto, parece ser fundamental.  



Forças especiais "amadoras".

 
Entre o início dos disparos de Anders Breivik, e  após as rocambolescas peripécias das forças de intervenção, a chegada à ilha demorou uma hora e meia. Que forças especiais são essas que estando apenas a 40 km do local do massacre demoram tanto tempo? Ainda para mais, convém não esquecer, que a Noruega pertencendo à NATO, tem os seus serviços secretos e as suas unidades especiais de intervenção a trabalhar em estreita colaboração com, entre outros, as experientes CIA e Mossad.




Quando antigos polícias noruegueses trabalham para os USA...


Em outubro do ano passado, a televisão norueguesa TV2 Nyhetskanalen revelava que a embaixada amricana em Oslo tinha contratado umas vinte pessoas para vigiar os noruegueses que viessem a participar em manifestações hostis aos USA.  Essas pessoas foram recrutadas no meio de antigos polícias noruegueses reformados, a maioria de altas patentes. Portanto, temos que, desde 2000, antigos polícias noruegueses vigiavam os seus concidadãos ao serviço dos Estados Unidos.


Este tipos de unidades ao serviço da secreta americana, que também existem noutros países, tem o nome de Surveillance Detection Unit (SDU) e fazem parte do SIMAS (Security Incident Management Analysis System). As pessoas consideradas suspeitas são fotografadas e colocadas num ficheiro com os seus dados pessoais.


Nessa altura, após a emissão televisiva, o porta-voz da diplomacia norueguesa disse que o ministério dos Negócios Estrangeiros questionou o seu homologo americano, para saber se essa informação era verdadeira e em que consistia o programa. Interrogado pela TV2, o porta-voz do departamento de Estado americano, P.J. Crowley, afirmou que essas actividades tinham tido o acordo das autoridades norueguesas. O governo norueguês disse não ter conhecimento de acordo.


Estes agentes de espionagem, que trabalhavam para os Estados Unidos, sendo antigas altas-patentes da polícia norueguesa tinham toda a facilidade para infiltrar as actuais forças policiais e forças de intervenção. A inexplicável demora na intervenção da unidade especial de Oslo poderá ter aqui uma explicação. Todo o processo de socorro no massacre de Oslo poderá ter sido voluntariamente atrasada do interior, nas ordem de comando, na indisponibilidade de um helicoptero, na inexistencia de um barco e na curiosa avaria no primeiro barco, por alguns elementos dessas forças infiltradas.



Claro, que esta teoria  cruel é inaceitável para o nosso cérebro pela sua atrocidade, temos dificuldade em aceitar que tudo tenha partido do interior. Todavia, esta situação não seria inédita,  lembra o também inexplicável e inexplicado atraso na intervenção dos aviões de caças da força aérea americana quando dos atentados do 11 de setembro.




http://www.rtl.be/info/monde/international/750471/norvege-l-ambassade-americaine-accusee-d-avoir-surveille-des-centaines-de-gens




 

Massacre de Oslo: a "Al-Qaida Branca"

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Vamos cada vez mais assistir a atentados como de Oslo, realizados por extremistas de direita ou de esquerda ou fanáticos ocidentais, religiosos ou não. Desde o 11 de setembro de 2001, cada vez que um um atentado se produzia, era obra da Al-Qaida, estes eram os suspeitos do costum, a Al-Qaida funcionava como uma espécie de marca registada. 


Estamos a assistir neste momento a uma viragem na manutenção do medo do terrorismo com a criação de uma "Al-Qaida Branca".


Actualmente, para ter impacto e falar de terrorismo, o visado tem de ser uma personalidade de envergadura mundial ou fazer um grande número de mortos como foi o caso deste massacre de Oslo. A frieza e o método deste norueguês impressionam e dão o sinal de um novo terrorismo.


O facto de terem sido massacrados europeus por europeus e não por uma pessoa de origem árabe foi criado para desestabilizar profundamente a nossa sociedade. 


Existe uma inversão do movimento desta guerra do terror, o alvo já não é o muçulmano, mas sim nós próprios. Em vez de fazer mártires com a morte de muçulmanos, criam-se culpados implícitos: os nossos filhos.


Ao matar europeus, é como se o terrorista coloca-se simbolicamente a arma nas mãos desses muçulmanos. 


Esta nova atitude suscita a incompreensão no nosso cérebro e um tempo de latência em que o nosso raciocínio passa por um período de adaptação que poderá ser aproveitado para "aceitar" outros atentados deste tipo.


Este acto deixa-nos psicologicamente desarmados e fisicamente incapazes de prevenir crimes semelhantes. A partir de agora, o vizinho do lado poderá ser um potencial criminoso, dado que este tipo de atentado faz com que quem o pratique seja um criminoso invisível até ao momento do crime.


Apesar do método ter mudado, os culpados continuam a ser os mesmo, os muçulmanos. São eles no fim de contas, os verdadeiros responsáveis por deste mal-estar da nossa sociedade. O importante é ter um inimigo. 


Este tipo de acto permite ilibar a nossa sociedade, dado que é praticado por uma única pessoa que assume a responsabilidade da sua actuação.


Esta nova forma de  terrorismo tenta também marginalizar as minorias. Passa a imagem de que todos os que não se revêem nos blocos centrais, políticos ou religiosos, são perigosos e potenciais assassinos. Ora, a grande maioria dos que pertencem a essas ditas minorias, mais não reivindicam que o direito à diferença.


Em outros termos, faz com que a sociedade desconfie de quem pensa de uma maneira diferente e obriga a que todos para serem aceites integrem a massa amorfa e acéfala da maioria.


Como exemplo mais flagrante, temos que em todas as democracias ocidentais existem sempre dois grandes partidos políticos, em Portugal o PS e o PSD, que se vão alternando no poder para nos dar a sensação que aquando do nosso voto, podemos escolher, quando na realidade são exactamente a mesma coisa. 


Os que ocultamente  manipulam esses partidos, são os mesmos e, as leis eleitorais de todos esses países impedem que sejam substituídos por outros. 


Esta nova forma de terrorismo foi também criada com esse fim: reunir o rebanho no "centro", desconfiar dos que estão à sua volta e claro, criar mecanismos para nos proteger, mesmo que seja à custa da perda das nossas liberdades.




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