Mostrar mensagens com a etiqueta America Sul e Central. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta America Sul e Central. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 18 de março de 2016

Golpe de Estado em curso no Brasil?

.










Existe corrupção no Brasil? Claro que sim, como na grande maioria dos países da América do Sul e Central e em todos os países africanos!


Essa mesma corrupção também existe na América do Norte e na Europa, mas nestes países veste uma forma mais subtil, porque exercida por grandes empresas multinacionais com a conivência do poder jurídico e que contagia o poder político instalado por essas economias dominantes.









A ilusão de alternância do poder.


Claro que se alega, que no países democráticos, de quatro em quatro anos podemos mudar o rumo das políticas instaladas. Mas essa "alternância" coloca no poder sempre os mesmos, numa rotatividade perversa. Promove apenas uma sensação popular de mudança quando na realidade os lugares e os tachos são sempre ocupados pelos mesmos do costume, estão sempre nos lugares dominantes.


Será que o voto é livre quando os média dominantes nos "fazem" escolher um determinado candidato?


Os portugueses não escolheram recentemente o "simpático" candidato presidencial promovido durante mais de uma década pelos média dominantes?


Pois é, quando alguém tenta quebrar este ciclo vicioso é atacado pelos média, isto é, pelo poder instituído, que quer manter os seus privilégios.









Diferenças entre país "desenvolvidos" e "subdesenvolvidos".


A principal diferença é que nos países ocidentais as leis existentes estão de tal forma construídas que nos fazem crer que qualquer indivíduo está protegido por essas mesmas leis, quando na verdade está subjugado ao poder económico vigente através dos grandes grupos de advogados que introduziram nessas mesmas leis de maneira as contornar.


Nos países ditos subdesenvolvidos as leis são mais rudimentares, só existem para fazer crer que existe uma real separação de poder, entre o executivo, o legislativo e o (teoricamente independente) judicial.


No caso do Brasil, todas as leis existentes estão a ser subjugadas por interesse económicos dominados por grupos com interesses americanos na região, prova disso: detenção arbitrária de um cidadão sem causa formada (o ex-presidente Lula) e sobreposição de interesses do poder judicial (perdendo toda a sua imparcialidade) sobre os outros poderes.


Quando não se inventam rebeliões de "primaveras árabes" ou quando já não é possível pura e simplesmente destituir um dirigente para colocar no poder um feito à nossa medida, utiliza-se o poder jurídico vigente para depor regimes incómodos.


Estamos perante um "suave" golpe de estado patrocinado pelos média nas mãos de capitais estrangeiros.








Reflexões de José Mujica...

"Dá a impressão que existe uma espécie de cabaré jurídico no Brasil. Isso também acontece noutros países. Tem gente na Justiça que cria denúncias muito espalhafatosas, feitas sob medida para ter repercussão na imprensa .Estão desesperados por encontrar qualquer coisa que desacredite o Lula".


"Acho que há interesses muito pesados em jogo, a respeito de tudo isso que acontece com o Lula, eu não poderia dizer se é esse ou aquele grupo que está envolvido, mas que há gente interessada em tirar o Lula da disputa presidencial, da disputa política".


"Não tenho dúvidas que há gente nos Estados Unidos que está incómoda com o Brasil, que sente que o Brasil pisou no calo deles em alguns assuntos".


"Golpe no Brasil? Veja, eu vou te responder com uma anedota, uma coisa caraterística do meu país: nos bairros populares, onde vive o povo pobre, as pessoas dizem "eu não acredito em bruxas, mas que elas existem , existem". Isso é o que eu diria , sobre um golpe no Brasil, entende?"



A sociedade brasileira está fracturada entre os que querem voltar ao passado e os que não aceitam o domínio estrangeiro. Oxalá saiba escolher uma via independente para o seu povo.







.


quinta-feira, 17 de março de 2016

Brasil: e se se trata-se de um golpe de Estado...

.












Independentemente das acusações jurídicas sobre Lula, convém ver o que realmente está em causa: a destruição de um país que teve a ousadia de se intrometer nas regras da economia mundial dominada pelos Estados Unidos.



 


Os BRIC: uma utopia?


Lula foi o porta-voz de "um outro mundo possível ao movimento alter-mundialista com propostas para sair da crise e do sistema". As oligarquias mundiais nunca lhe perdoaram tais veleidades.


Desde a criação do acrónimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) pelo banco Goldman Sachs, que estas potências emergentes estavam destinadas a ter um papel fundamental no mundo económico e financeiro: um crescimento sustentado, recursos naturais e uma economia estabilizada. Mas também estavam condenadas ao fracasso por serem intoleráveis perante o sistema mundial vigente.


Lula lembrava nas Nações Unidas, em 2008, em plena crise financeira, que apesar da anarquia dos mercados, "desde 2003, o Brasil criou 10 milhões de postos de trabalho, conseguiu redistribuir a riqueza, melhorou os serviços públicos, tirou 9 milhões de pessoas da pobreza extrema e conseguiu que 20 milhões de pessoas atingissem o estatuto de classe média".


Estávamos na época brasileira da utopia e de que um mundo melhor e diferente era possível. Nada menos verdade, esta seria absorvida, pouco a pouco, pelo implacável sistema dominado pelos interesses das grandes multinacionais e ditadura das grandes potências.









Os BRIC: um alvo a abater...


Os BRIC eram uma afronta ao sistema vigente dominado pelas multinacionais americana e britânicas e a suas pretensões de um sistema monetário alternativo à ditadura do dólar, petro-dólar.. Chegaram a constituir o seu sistema bancária e a recusar transacionar as suas economias em dólares.


Esta situação explica que esses países tenham sido alvo de vários ataques.


A Rússia, foi atacada com o problema da Ucrânia, liderada por revoltas nacionalistas promovidas pelo ocidente. Foi alvo de ataques à sua moeda nacional. Foi acusada e diabolizada pelos meios da comunicação social pelos seus "ataques" contra "rebeldes" na guerra contra o Daesh. Isto além da "inundação" mundial de petróleo por parte da Arábia Saudita e Qatar para prejudicar as exportações de petróleo por parte da Rússia e assim fragilizar a sua economia.


A China foi alvo de ataques bolsistas e acusada de "agressões" no mar da China meridional.


Sendo a Índia um país à parte, de difícil controle e ainda pouco influente, sobrava o elo mais fraco: o Brasil.




Reconquistar o Brasil...


Os Estados Unidos nunca viram com bons olhos este país emergente, outrora sob seu controle, com líderes escolhidos por si. Subitamente este país tinha-se tornado na oitava potência económica mundial com taxas de crescimento de 7%.


Petrobas era uma empresa estatal muito eficaz e representava 18% do PIB brasileiro. Este estatuto, juntamente com a descoberta de enormes reservas na chamada "Pré-Sal", vendida a preço de saldo a empresas americanas, representava o início do fim desta empresa estatal.




Os BRIC tentaram mudar as regras do jogo internacional no mercado mundial, mas ainda não foram suficientemente fortes para mudar o mundo.


Tudo isto não vai impedir um golpe de estado institucional no Brasil. Existem várias forças aliadas para derrubar o poder brasileiro: os média na mão do capital, o poder judicial e a maioria do poder legislativo. 


Isto assemelha-se a mais um golpe de estado, desta vez sob a forma de um processo judicial. Uma velha forma de um suave golpe de estado, para mudar o sistema político actual, substituído-o por um outro mais conforme às regras ditadas pelo sistema hegemónico vigente.












.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Honduras: violência sem fim à vista

.











Tráfico de droga, extorsão e proxenetismo, o Honduras é o país mais violento do mundo com a maior taxa de homicídios mundial. É dominado por gangues violentos.

Um caso extremo que também gangrena, em menor escala, muitos outros países, alguns dos quais ocidentais.






A maior taxa mundial de homicídios...

O Honduras é um pequeno país da América Central, com uma superfície ligeiramente maior que Portugal e uma população de 8 500 000 de habitantes.


San Pedro Sula, com uma população de mais de 500 000 habitantes é a segunda cidade mais povoada (a seguir à capital Tegucigalpa) e é a cidade com a maior taxa de homicídios do mundo com 170 mortos por 100 000 habitantes, 16 vezes mais elevada que em São Paulo, no Brasil.


A taxa de homicídios, no Honduras, é a mais alta do mundo com 90 mortes por 100 000 habitantes, 100 vezes mais do que em França e 25 vezes mais do que nos Estados Unidos. 









Os gangues ditam as leis...

Nos bairros mais violentos da cidade de San Pedro Sula, como o de Rivera, às oito da noite não se vê ninguém nas ruas. 


A Polícia Nacional, com apenas 700 efectivos para toda a cidade, não penetra na maioria das zonas da cidade, a Polícia Militar também não, essas patrulhas estão a cargo de uma força especial, transportada em blindados, chamada Chamelecón.


Aqui quem dita as leis são os gangues Mara Salvatrucha e Mara 18. A lei hondurenha permite que cada cidadão possa ser dono de cinco armas. Qualquer mercado, farmácia ou restaurante tem um guarda armado.







Maras e suas origens...

O quartel general do crime de San Pedro Sula é pardoxalmente a prisão central. Com cerca de 2 300 presos, os criminosos continuam a controlar a cidade. São eles que fazem as leis, circulam à vontade na prisão, como se de uma pequena vila se tratasse, com zonas de comercio, de lazer e controle dos postos de vigilância.


Os Maras são gangues armados que controlam o tráfico de estupefacientes.


O nome "Maras" vem da abreviatura de marabunta, formigas "caçadoras" que promovem grande destruição quando se deslocam em grande número.


Os Maras estão sobretudo presentes no Honduras, El Salvador e Guatemala, em menor grau no México, na Nicarágua e na Costa Rica. 


Os dois principais são o Mara 18 (M18), em referência à 18ª rua de Los Angeles, inicialmente composto por mexicanos, e o Mara Salvatrucha 13 (MS13), em referência à 13ª rua de Los Angeles, formado inicialmente por salvadorenhos.


Após os desacatos de 1992 em Los Angeles, os Estados Unidos decidiram a expulsão de todos os implicados em gangues violentos. Esta decisão fez com que fossem "colonizar" grande parte dos seus países de origem, sendo muitas vezes acolhidos como heróis. 


Chegados aos países de origem, e alguns países vizinhos, impuseram as suas leis com a conivência de Estados demasiado fracos e corruptos. Foram conquistando bairros e territórios cada vez mais extensos extorquindo as suas populações.


Esses bairros foram pouco a pouco delimitados por graffitis e por tatuagens dos seus membros. Vivem do tráfico de droga, vinda da América do Sul em direcção aos Estados Unidos. Lutam entre eles com assassinatos para conquistar uma parcelas de território. São maioritariamente compostos por adolescentes.








Sem fim à vista...

Uma verdadeira economia subterrânea mais rentável que a economia real domina o país. 80% dos carros existentes no país são provenientes de tráfico ilegal com origem nos Estados unidos.


Quase todos os membros das Maras exibem imponentes tatuagens do seu gangue e que serve de aviso aos gangues rivais, assim como uma sensação de pertença a um determinado grupo social que representa a sua "família".


A integração nestes gangues está sujeita a um ritual que passa por matar um rival. A partir daí, as suas vidas limitam-se a matar ou serem mortos.


A polícia local tornou-se quase tão perigosa quanto os gangues. De dia obtêm os seus lucro à custa dos automobilistas e à noite participam no crime organizado. Quando não são os cabecilhas de grupos de narcotráficos, fecham os olhos para perpetuar os crimes.


O erro é ver a situação do Honduras como um caso isolado. Existem numerosos bairro no mundo, muitos deles nos países ocidentais com os mesmos problemas. Mais tarde ou mais cedo ficarão incontroláveis.


Neste caso, 51% da população do Honduras tem menos de 18 anos, 40% vive abaixo do limiar da pobreza e a emigração implodiu as famílias. 14 homicídios por dia. qual o futuro?







.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Brasil: o mundial do medo

.















A revista FRANCE FOOTBALL traz sempre belíssimas capas, ilustradas com fotos de lances sensacionais, golos, troféus, torcidas celebrando com suas bandeiras, etc.... Mas esta semana veio com uma "Edição de Luto".
 

A capa toda negra, onde se lê "Peur sur le Mondial", algo como: "O mundial do medo", sendo que a letra "O" da palavra "mondial" está na bandeira do Brasil, e onde deveria estar escrito "Ordem e Progresso", foi colocada uma tarja negra. 





Do paraíso à realidade.
 
No subtítulo diz: Atingido por uma crise económica e social, o Brasil está longe de ser aquele paraíso imaginado pela FIFA para organizar uma Copa do Mundo, a menos de 5 meses do mundial, o Brasil tornou-se uma terrível fonte de angústia.

A revista FF é a mais respeitada publicação de futebol no mundo. O prêmio "Ballon d'Or" foi criado por ela, e a FIFA teve que pagar para ter o direito de promover tal prêmio. Também foi dela a série de reportagens que culminaram na suspensão do campeonato Italiano de 2005/06, assim como as denúncias de corrupção que resultaram na queda de João Havelange.



ALGUNS FATOS SOBRE A COPA:


POLÍTICA:

- Apesar do lema brasileiro: "Ordem e Progresso", o que menos se vê na preparação deste mundial, é Ordem ou Progresso.

- A FIFA não pediu ao Brasil para sediar a Copa, foi o Brasil que procurou a FIFA e fez a proposta.

- A corrupção no Brasil é endêmica, do povo ao governo.

- A burocracia é cultural, tudo precisa ser carimbado, gerando milhões para os Cartórios.

- Tudo se desenvolve a base de propinas.

- Todo o alto escalão do governo Lula está preso por corrupção, mas os artistas e grande parte da população acham que eles são honestos, e fazem campanhas para recolher dinheiro para eles.

- Hoje, tudo o que acontece de errado no Brasil, a culpa é da FIFA, antes era dos EUA, já foi de Portugal, o brasileiro não tem culpa de nada.

- O Brasileiro dá mais importância ao futebol do que à política.

- O Brasileiro elege jogadores de futebol para cargos públicos.

- Romário (ex-Barcelona) é hoje deputado. Aproveita o descontentamento com a Copa para se auto promover, mas nunca apresentou um projeto de lei sobre saúde ou educação. A sua meta é ingressar no da Copa para pobre (como se essa fosse a prioridade para um pobre brasileiro)

- O Deputado mais votado do Brasil é um palhaço analfabeto e banguela, que faz uma dança ridícula, com roupas igualmente ridículas, e seu bordão é: "pior que está não fica". Será?

- Numa das suas músicas deste palhaço analfabeto ele diz: "Ele é ladrão, mas é meu amigo!", Isso traduz bem o espírito do Brasileiro.

- Brasileiros identificam-se com analfabetos.

- A carga tributária do Brasil é altíssima maior  do que da França, e os serviços públicos são péssimos comparáveis aos do Congo...





Publicado por:
.

sexta-feira, 15 de março de 2013

A nomeação do papa Francisco para destruir os regimes progressista da América Latina

.



 






É curioso constatar que o "Espírito Santo", que guia os cardeais na escolhas de um novo papa, tenha tido sempre um visão geopolítica conveniente para ajudar os interesses das potências ocidentais dominantes.

Depois de um papa polaco, João Paulo II, em 1978, que contribui de forma decisiva para o fim da URSS, tivemos um papa alemão para combater a teologia da libertação. 

Agora foi eleito um papa argentino para destruir os governos progressista da América do Sul.





A religião ao serviço do poder político.


As religiões sempre estiveram intimamente ligadas ao poder político; a mais flagrante é a judaica onde o projecto sionista se confunde com a religião, mas também a muçulmana onde a "charia" se sobrepõe ao direito civil. No caso da religião cristã os jogos de poder são mais subtis, desde os reis que "nomeavam" os papas até papas que legitimavam os reis.


Desde então, poucas coisas mudaram. Cientes do peso da igreja, o verdadeiro ópio do povo, as grandes potências ocidentais sempre manipularam essa crença em seu favor. Para além das organizações mais ou menos secretas ou cabalísticas como a Opus Dei, as escolhas papais estão sujeitas e comandadas pelo poder estabelecido das grandes nações dominantes.



João Paulo II, um papa que vem mesmo a calhar.


Vendo a história recente, toda gente achou "normal" a eleição de um papa polaco em 1978, isto após o assassinato de João Paulo I, incómodo pela limpeza que pretendia no seio dos negócios de lavagem de dinheiro por parte da banca do Vaticano. Estávamos em plena Guerra Fria. Era essencial para os Estados Unidos derrotar a URSS e os países de Leste Europeu. 


A Polónia, o país mais católico dos Países de Leste da Europa, refugiava-se do domínio comunista através da religião que representava uma esperança espiritual. A eleição de João Paulo II em 1978 foi decisiva para estimular a greves de Gdanks na Polónia e mais tarde o desmoronamento da URSS. Mais uma vez, o "Espírito Santo", sempre atento, viu bem as coisas.


Simpático e bonacheirão, ninguém analisou que se tratava de uma pessoa que defendia os valores mais desprezíveis da moral humana, como a liberdade de relacionamento entre duas pessoas sem que seja para procriar, a recusa do preservativo, mesmo para pessoas infectadas ou o menosprezar da mulher que sempre teve na igreja católica e que continua a ter,  um papel subalterno A igreja é coisa de "homens".



Bento XVI, da libertação à devoção.


Surgiu depois Bento XVI, um teólogo conservador que perante a emancipação de uma igreja mais perto das pessoas, sobretudo na América Latina, combateu e perseguiu a teologia da libertação. Muitos desses padres que apregoavam uma nova forma de libertação humanista foram afastados dos seus locais de culto quanto aproavam a justa libertação dos povos.


A libertação passou à devoção, a oposição ao consolo, a análise à utopia. As histórias bíblicas do Exode deram lugar ao Apocalypto e aos santos. Com uma proliferação de nomeações de santos que já vinha do seu antecessor .


A rotura da América do Sul com as suas antigas potências coloniais iniciou-se com Hugo Chávez, polémico porque dava voz aos mais desfavorecidos e fazia frente ao Estados Unidos para poder beneficiar o seu povo. Muitos outros países da América do Sul lhe seguiram as suas pesadas: a Argentina, o Equador ou a Bolívia.


A América Latina, quintal dos Estados Unidos, não pode ter a veleidade de se tornar autónoma e com ideias democráticos que projedicam as grandes multinacionais. Num continente profundamente cristão, a influência da igreja vale mais de que qualquer controlo dos média. Entre duas opiniões será ela que será ouvida.


Francisco: o papa da destruição da América Latina.


Então, a eleição deste papa será fundamental para domar estes países que pensavam poder mudar o mundo, com as suas pretenções de dar voz ao povo. É eleito um papa, simpático, que até ande em transportes público, portanto próximo do povo. Ele é o povo.


Esquecendo a colaboração da igreja com o fascismo durante a ditadura argentina do qual este papa faz parte como agente activo.


Entre outras coisas, defende, o ponto de vista desta religião que se diz humanista, o impensável: o não aborto, mesmo nos casos de violação da mulher. Condenação da vítima em benefício do agressor.






.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Criminalidade: o fracasso do regime de Hugo Chávez

.












A criminalidade na Venezuela, com uma das taxas mais altas do mundo, sempre foi o tendão de Aquiles do regime de Hugo Chávez. Escondido durante muitos anos, o facto é que o regime sempre foi confrontado com uma elevada taxa de homicídios. 

O incómodo vizinho da Colômbia e o combatido tráfico de droga, que sempre existiu, não foi controlado. Na Venezuela, com a desculpa da desigualdade social, temos um homicídio em cada meia hora.




Apesar da diminuição das desigualdades sociais na Venezuela, a insegurança continua a ser um dos principais problemas. A partir das 8 horas da noite, poucos são os que param no semáforos vermelhos em Caracas com medo de serem assaltados.


Fala-se em 50 homicídios, por ano, por 100 000 habitantes, talvez mais tendo em conta que se considerar-mos que só na aglomeração de Caracas, esse número pode atingir os 120 homicídios por 100 000 habitantes. Por comparação em Portugal, essa taxa é ligeiramente superior a 1 homicídios por 100 000 habitantes.


A título de comparação, no México, onde existe uma guerra entre gangues para o controlo do tráfico de droga, a taxa é de 15 homicídios por 100 000 habitantes. Caracas tornou-se assim a capital mais perigosa da América Latina.


A aposta na redução das desigualdades, que Chávez conseguiu durante este anos todos, não foi suficiente para controlar a violência que tem vindo a crescer na Venezuela. Várias medidas foram tomadas recentemente, como o controlo da venda de armas ou reforço policial.


A maioria dos delinquentes são jovens entre 12 e 15 anos de idades. Porte de armas ilegais, abuso de álcool, tráfico de droga, diminuição das detenções, corrupção nas forças da ordem e ineficácia dos tribunais são apontados como fonte do problema.





.

terça-feira, 12 de março de 2013

50 verdades sobre Hugo Chávez e a Revolução Bolivariana

.




Hugo Chávez, caricaturado pelos média ocidentais como um ditador louco, fez mais pelo seu povo do que qualquer marionette colocada no poder para servir os interesses das grandes empresas multinacionais. 

Dúvidas? Basta ler os números das estatísticas:







 
1 - Desde a sua chegada ao poder em 1999, 16 eleições, 15 ganhas por Hugo Chávez.

2 - Todas as organizações internacionais foram unanimas em reconhecer a transparência dos escrutínios.

3 - James Carter, antigo presidente dos USA, declaro o sistema eleitoral da Venezuela como "o melhor do mundo".

4 - Campanhas de alfabetização permitiram que 1,5 milhões de venezuelanos aprendessem a ler e escrever.

5 - A UNESCO, em 2005, decretou o anafebetismo erradicado na Venezuela.

6 - O número de crianças escolarizadas passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011, a taxa de escolarização é agora de 93,2%.

7 - A taxa de escolarização no ensino secundário passou de 53,6% em 2000 para 73,3% em 2011.

8 - A criação de novas universidades permitiu que os estudantes universitários passasse de 895 000 em 2000 para 2,3 milhões.






9 - A criação de um serviço nacional de saúde publico garante o seu acesso gratuito, entre 2005 e 2012 foram criados 7 873 centros médicos.

10 - O número de médicos passou de 20 por 100 000 habitantes para 80 para 100 000 habitantes, ou seja um aumento de 400%.

11 - Em 1998 menos de 3 milhões de pessoas tinha acesso aos cuidados médicos, em 2010 eram 17 milhões.

12 - A taxa de mortalidade infantil passou de 19 por 1 000 para 10 por 1 000, ou seja uma redução de 49%.

13 - A esperança média de vida passou de 72,2 anos em 1999 para 74,3 anos em 2011.

14 - Durantes o período de governação de Chávez 1,5 milhões de venezuelanos foram operados a cataratas e outra enfermidades oculares tendo recuperado a visão.






15 - Entre 1999 e 2011 a taxa de pobreza passou de 42,8% para 26,5% e a taxa de pobreza extrema de 16,6% para 7%.

16 - No Índice de Desenvolvimento Humano, a Venezuela passou do lugar 83 em 2000 para 73 em 2011.

17 - O coeficiente GINI que mede a desigualdade num país (sendo 0 a igualdade absoluta de riqueza entre todos) passou de 0,46 em 1999 para 0,39 em 2011.

18 - O coeficiente GINI é o mais baixo da América Latina, logo o país com menos desigualdade.

19 - A taxa de desnutrição infantil foi reduzida em 40% desde 1999.

20 - O acesso a água potável por parte da população passou de 82% em 1999 para 95% em 2011.

21 - Os gastos sociais aumentaram em 60%.

22 - As pessoas a receber pensões de reforma passaram de 387 000 em 1999 para 2,1 milhões.

23 - Desde 1999 foram construídas 700 000 novas habitações.






24 - Desde 1999 foram entregues mais de 1 milhão de hectares de terras aos povos aborígines do país.

25 - A reforma agrária permitiu a dezenas de milhares de agricultores serem donos das suas terra, tendo sido distribuídos mais de 3 milhões de hectares.

26 - Em 1999 a Venezuela produzia 51% dos alimentos que consumia, em 2012 essa produção é de 71%, apesar do aumento do consume de alimentos ter aumentado 81% durante esse período. 

27 - A criação de uma cadeia de 22 000 armazéns de distribuição alimentar, com subvenção aos produto, permitiu um aumento em 50% da taxa de calorias consumidas.

28 - Em 1999 a alimentação escolar gratuita atingia 250 000 crianças, agora atinge 5 milhões de crianças.

29 - A taxa de desnutrição passou de 21% em 1998 para menos de 3% em 2012.

30 - Segundo a FAO, a Venezuela foi o país da América Latina que mais progrediu na erradicação da fome.






31 - A nacionalização da empresa petrolífera PDVSA em 2003 permitiu à Venezuela recuperar a sua soberania energética.

32 - A nacionalização dos sectores de electricidade e de telecomunicações permitiu por termo a situações de monopólio e universalizar o acesso a estes serviços.

33 - Desde 1999 foram criadas 50 000 cooperativas em todos os sectores da economia.

34 - A taxa de desemprego passou de 15,2% em 1998 para 6,4% em 2012.

35 - O salário mínimo passou de 100 bolívares (16 dólares) em 1998 para 247 bolívares (330 dólares) em 2012, ou seja um aumento de 2 000%, sendo o salário mínimo mais elevado da América Latina.

36 - Em 1999 65% da população ganhava o salário mínimo, em 2012 é de 21,1%.

37 - Os mais velhos que nunca trabalharam dispõem de uma proteção de ingresso equivalente a 60% do salário mínimo.

38 - As mulheres desprotegidas e os deficientes recebem uma ajuda equivalente a 60% do salário mínimo.

39 - O horário laboral foi reduzido para 6 horas diárias e 36 horas semanais, sem redução salarial.

40 - A dívida pública passou de 45% do PIB em 1998 para 20% em 2011, tendo pago por antecipação as suas dívidas ao FMI e ao banco mundial.






41 - A taxa de crescimento da Venezuela foi de 5,5% em 2012, uma das mais elevadas do mundo.

42 - O PIB por habitante passou de 4 100 dólares em 1999 para 10 810 dólares em 2011.

43 - Segundo o boletim anual da World Happiness de 2012, a Venezuela é o segundo país mais feliz da América Latina, atrás da Costa Rica, e 19º a nível mundial.

44 - A Venezuela oferece um apoio directo ao continente americano, tendo sido de 8 800 milhões de dólares em donativos em 2007.

45 - A Venezuela dispõe  dos seus próprios satélites e é soberana do ponte de vista de tecnologia espacial, havendo internet e telecomunicações em todo o território.

46 - A criação da Petrocaribe em 2005 permite que 18 países da América Latina e Caraíbas adquirir petróleo subvencionado em 40% a 60%.

47 - A Venezuela ajuda as comunidades mais desfavorecidas dos Estados Unidos proporcionando combustível com tarifas subvencionadas.

48 - A criação da Alianza Bolivariana Para los Pueblos de nuestra América (ALBA) em 2004 permite entre esses países cooperação e reciprocidade com vista à luta contra a pobreza e exclusão social.

49 - Hugo Chávez está na origem da criação em 2011 da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caraíbas que agrupa pela primeira vez os 33 países da região, emancipando-se assim da tutela dos Estados Unidos e do Canadá.

50 - Hugo Chávez desempenhou um papel fundamental no processo de paz na Colúmbia. 






Baseado no artigo de Salim Lamrani, publicado em http://operamundi.uol.com.br/conteudo/babel/27651/50+verdades+sobre+hugo+chavez+y+la+revolucion+bolivariana.shtml





.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Mentiras mediáticas sobre as eleições na Venezuela

.








A imprensa ocidental procurou mais uma vez denegrir e influenciar a eleição de Hugo Chavez descrevendo-o como um ditador e a Venezuela um caos. Em França, jornais como Le Monde, Libération ou Le Figaro colocaram essa eleição nas primeiras páginas, hoje depois da sua reeleição, a sua vitória foi relegada para as últimas páginas.




Um "progressista" contra Chavez.


O media ocidentais apresentaram Capriles Radonski como um democrata progressista, alguns não hesitaram em qualificá-lo como um candidato de "centro esquerda". Muito poucos jornais ou televisões falaram do seu programa eleitoral, pudera, esse programa de 166 páginas é um programa tipicamente neoliberal que nada tem de progressista.


Nele consta a privatização da companhia petrolífera nacional, mas foi justamente à custa da redistribuição do dinheiro do petróleo que Hugo Chavez conseguiu em poucos anos financiar a saúde e a educação para todos, acabar com o analfabetismo, apoiar as pequenas e médias empresas, promover o crescimento económico, aumentar o salário mínimo, ...As reformas foram aumentadas, essas mesmas reformas que o programa de Capriles queria ver privatizadas.


Capriles, o "progressista", queria desmantelar o Estado social o qual permitiu tirar da pobreza 80% da população enquanto a elite beneficiava no antigo regime de fortunas colossais com o dinheiro do petróleo, da qual faz parte a família de Capriles.



Um candidato financiado pelos Estados Unidos.


Quem é Capriles que os media ocidentais consideram uma alternativa democrática? Em 1998 foi eleito deputado pelo então partido democrata cristão, partido ultra-neoliberal, depois fundou o "Primeiro Justicia", partido de direita financiado pela CIA através da National Endowment for Democracy (NED) e o International Republican Institute (IRI).


Em 2002, aquando da tentativa de golpe estado para derrubar Chavez, financiado e desenhado pelos Estados Unidos, ele próprio participou no ataque à embaixada de Cuba.



Chavez "o louco".


Os media ocidentais utilizam contra Chavez a mesma táctica que utilizaram e utilizam noutras ocasiões: diabolizar. Nunca falam dos extraordinários progressos sociais, fazem constantemente questão de apresentar Chavez como um louco, um ditador e um anti-semita. Hugo Chavez é dos poucos dirigentes que faz frente aos Estados Unidos, o que incomoda muita gente, e cometeu o "pecado" de criticar publicamente Israel.


Todos conhecemos a retórica: quem é contra o sionismo é apontado com o dedo como sendo contra os judeus e portanto racista. Ora, é o Estado de Israel que é racista e não os que o criticam, alias muito judeus criticam Israel.



Chavez "o ditador".


Frequentemente os media ocidentais falam de restricções à liberdade de expressão na Venezuela, por estar nas mão do estado, a verdade é que o sector privado, hostil a Chávez, controla amplamente os meios de comunicação. De 111 canais de televisão, 61 são privados, 37 são comunitários e 13 públicos. Com a particularidade de que a audiência dos canais públicos não passa de 5,4% enquanto a dos privados supera 61%. O mesmo para os meios radiofónicos. 80% da imprensa escrita está nas mãos da oposição, sendo os dois diários mais influentes – El Universal e El Nacional –, adversos ao governo.


Fala-se em manipulação eleitoral num regime ditatorial, mas alguém já viu um “regime ditatorial” ampliar os limites da democracia em vez de os restringir? E outorgar o direito de voto a milhões de pessoas até então excluídas? As eleições na Venezuela só ocorriam a cada quatro anos, mas Chavez passou a organizar mais de uma por ano (14 em 13 anos), em condições de legalidade democrática, reconhecidas pela própria ONU, pela União Europeia, pela OEA, e pelo Centro Carter.



13 anos de governo de Chavez:

- a taxa de pobreza passou de 50% para 24%
- a taxa de extrema pobreza passou de 22% para 10%
- a má-nutrição infantil de 8% para 3%
- analfabetismo de 9% para 5%
- 83% dos jovens frequentam o ensino superior
- a saúde e a educação são gratuitas
- o crescimento anual do PIB de 4,2%
- taxa de desemprego de 6,5%

mas também:

- a economia é baseada quase na sua totalidade no petróleo
- importa 2/3 do que consume
- a inflação ronda os 30%
- fecho de 170 000 empresas
- expropriação de 3 milhões de hectares
- 30 milhões de terras cultiváveis ao abandono
- importa 80% do seu consumo alimentar
- taxa de homicídios é elevada (50 por 100 000 habitantes)



.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ocupar a cadeira presidencial não significa que tenhas o poder

.







É verdade que o Uruguai participa num diálogo qualificado de estratégico com os Estados Unidos que se realiza em Punta del Este (Uruguai), uma reunião dos ministros da defesa do continente com a presença de Leon Panetta, secretário de Defesa dos Estados Unidos.




Temos que esclarecer algumas coisas para entender o que se está acontecendo no mundo, na América Latina e no Uruguai, realidade que conheço em pormenor: Os impérios nunca foram derrotados, o que foi derrotada foi a sua política colonialista. Nunca houve um exército convencional que tenha derrotado o exército do império, apesar de reconhecer que houve resistência armada.


houve uma luta heróica dos povos, inclusive armada, que derrotou a política intervencionista do império, principalmente na América Latina. O império continuava vivo (e continua) que impôs a sua política neoliberal, levando à fome  à miséria milhões de pessoas. Na América Latina, esse processo determinou, entre outras coisas, a acumulação de forças tais, que levou ao governo partidos progressistas, como forma de enfrentar e resistir à pilhagem neoliberal.


Uma nova manifestação do império, que sempre esteve e estará ao serviço do capital, são os grupos económicos que se ligam aos grupos locais para dirigirem um poderoso sistema financeiro mundial. Pela primeira vez (talvez) da história, a batalha chegou ao território do império, com milhões de desempregados e a taxa de pobreza alcançou níveis inimagináveis há 10 anos atrás.


Essas alianças de grupos financeiros são as possuem grande parte do poder nos países da América Latina. No Paraguai, com uma canetada Lugo foi deposto, quase o conseguiram na Bolívia, esses grupos são muito poderosos. no Uruguai sofreram algumas pequenas derrotas, quando não alcançaram um tratado de livre comercio com os Estados Unidos, mas ganharam quando não se pode evitar as manobras UNITAS com o exército dos Estados Unidos. Apesar dos escândalos, também não podemos retirar os soldados uruguaios do Haiti.Conseguimos reduzir os índices de pobreza, o desemprego baixou para os 5%. Em suma, fezes-se uma melhor administração do capitalismo do que aquela feita pelos governos de Batlle ou de Lacalle.


É verdade que quando falamos em "guerrilheiro", a primeira coisa que nos vem à cabeça é a imagem do glorioso Che Guevara e não do ministro da defesa do Uruguai. Então, vamos deixar de lado a palavra "guerrilheiro" para entender melhor (entender não significa concordar) o Partido Comunista do Uruguai que define a Frente Ampla como um governo em disputa, eu concordo. A disputa não é tirar Mujica da sua cadeira presidencial, mas sim para se cumpra o programa de governo. Documento esse com muitas generalidades.


Isto acontece em duas frentes, uma interna da Frente Ampla onde convivem desde cristãos até marxistas, e uma externa da Frente Ampla onde as forças, grupos económicos que defendem os seus interesses, pressionam das formas mais incríveis para atingir os seus objectivos. Por exemplo, uma greve de anestesistas e de cirurgiões colocou em risco todo o sistema de saúde de um país inteiro.


 Do ponto de vista interno, há sectores que defendem que já se fez tudo o que se podia. Uns são a favor de não gastar as reservas do país para estarmos mais bem preparados nas situações de crise, outros sustentam que investir no desenvolvimento do país, fazer investimento público. Também propõem avançar para uma sociedade socialista.


O sector privado (leia-se os grupos económicos ligados ao sistema financeiro internacional) encontra cada vez mais formas de participar nas decisões do governo. A Frente Ampla, essa coligação de vários partidos e vários sectores, como tal, não propõe uma sociedade socialista. Embora se defina como anti-imperialista, não está claramente confrontada com o imperialismo, apesar de às vezes o combater com firmeza, em função de um ou outro ponto de vista dentro da coligação.


Está-se avançando em democracia, ou seja, ao mesmo tempo que se produz uma dura luta ideológica, surgem acordos para melhorara a qualidade de vida dos uruguaios. este processo deveria conduzir a uma sociedade socialista, com definições claras, como as tinha aquela personagem cujo a espingarda não só tinha pólvora e chumbo, como também tinha uma ideologia definida e preparava o assalto ao poder.


Estamos num tempo em que não necessário disparar um canhão para tomar conta de um país ou mudar o seu presidente. Para enfrentar essa forma de imperialismo temos que encontrar novamente a metodologia de análise da realidade dos clássicos Marx, Engel, Lenin, etc. E muito importante, não peçam para "dar um murro em ponta de faca" ("não peçam o impossível).




Texto do meu amigo Néstor (Chumbo) Chaves (nestor.chumbo@gmail.com), do semanário "Acción Informativa" (Uruguai) (http://semanarioaccioninformativa.blogspot.pt), em resposta à estranheza verificada por certos leitores deste blogue sobre a participação do Uruguai numa reunião com o Pentágono.
Tradução Octopus


.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Presidente mais pobre do mundo doa 90% do salário

.






O presidente do Uruguai, conhecido como “o presidente mais pobre do Mundo”, contrasta com outros líderes em todo o planeta. Em lugar de usufruir de determinadas mordomias, José Mujica doa 90% do seu salário, levando para casa 968 euros por mês em vez de 9.680.
Segundo o Diário Digital, o presidente uruguaio, de 77 anos, disse a um jornal espanhol que ganha o suficiente. “Vivo bem com aquela quantia, há muitos uruguaios que vivem com muito menos”, disse.
Mujica também se recusa a viver na residência  oficial, preferindo viver numa casa rural da sua mulher. O seu mais valioso investimento é uma Volkswagen Carocha, no valor de 1.500 euros.



Fonte: http://ianoticia.com/2012/10/03/o-presidente-mais-pobre-do-mundo-doa-90-do-salario/
Também publicado em: http://omeuministerio.blogspot.pt/2012/10/presidente-mais-pobre-do-mundo-doa-90.html

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

As 10 perguntas sobre os incêndios em favelas paulistas

.








Mais um incêndio atingiu na segunda-feira, dia 3, uma favela da cidade de São Paulo. Desta feita, as vítimas foram os moradores da Favela do Piolho, no bairro do Campo Belo, na zona sul da capital, numa área que fica próxima, bem pertinho mesmo, do aeroporto de Congonhas, imponentemente encravado em região nobre da metrópole.


Em 2012, foi o 32º incêndio dessa natureza em São Paulo (média de quatro por mês). Já tinham sido registados outros 79, no ano passado. Só no de segunda-feira, quase 300 casas foram destruídas e mais de mil pessoas ficaram desabrigadas. Não tenho, confesso, condições de fazer afirmações. Mas, como sugeria e ensinava o filósofo grego Sócrates, ao reconhecer que “só sei que nada sei”, posso fazer perguntas. 


Questionar não ofende. E ajuda a pensar. Minhas dúvidas:


1. Será que a Prefeitura de São Paulo nos considera mesmo tolinhos e imagina que vamos acreditar, num exercício de fé profunda, que os incêndios são apenas coincidências, lamentáveis tragédias?


2. Incêndios em favelas nessa quantidade acontecem em alguma outra cidade do planeta? Ou São Paulo é um foco isolado, um ponto fora da curva, uma “metrópole incendiária exclusiva”?


3. Será que apenas os moradores de favelas não sabem acender o gás ou riscar um fósforo, não sabem lidar com o fogo?


4. Por que essa mesma quantidade de incêndios não acontece em condomínios de luxo dos bairros nobres da cidade?


5. Por que a prefeitura paulistana, à época da administração de José Serra, desactivou o Programa de Segurança contra Incêndio, implantado durante a gestão da prefeita Marta Suplicy e que tinha como propósito justamente desenvolver acções de prevenção e orientação especificamente em favelas? E por que o actual prefeito, Gilberto Kassab, não retomou o programa?


6. Por que os bombeiros e as demais autoridades públicas responsáveis pelas investigações não conseguem explicar ou definir as causas e os responsáveis pelos incêndios, com os laudos finais invariavelmente apontando para “motivos indeterminados”?


7. Será que o que de fato move esses incêndios é uma deliberada política de higienização e limpeza social, destinada a expulsar os moradores das favelas, que “enfeiam as paisagens”, para aproveitar os terrenos finalmente “limpos” para a especulação imobiliária, tornando assim a fotografia da capital “mais bela e atraente”?


8. Por que nenhum jornal de referência e de grande circulação faz as perguntas que devem ser feitas, com intuito de construir a melhor versão possível da realidade?


9. Por que os repórteres de emissoras de rádio e de TV que transmitem informações ao vivo sobre os incêndios (incluindo os repórteres aéreos) parecem sempre mais preocupados com os reflexos dos incêndios sobre o trânsito, em apontar rotas alternativas para os motoristas, do que em dedicar atenção às vítimas das tragédias (muitas fatais) ou à destruição de casas e de sonhos?


10. Por que nos acostumamos aos incêndios nas favelas e passamos a considerá-los algo “natural, normal”, como se já fizessem parte da paisagem urbana e do quotidiano da metrópole, aceitando resignadamente a banalização da tragédia e da violência? Em que lugar do passado ficou perdida nossa capacidade de indignação e de reacção?






Publicado por Francisco Bicudo em:
http://oblogdochico.blogspot.com.br/2012/09/dez-perguntas-sobre-os-incendios-em.html

.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

“A primavera árabe” está indo para a América latina?

.







Uma onda de protestos está estourando na Venezuela, Equador e Bolívia – países de forte oposição às políticas dos EUA e de seus aliados na região. Será que estamos testemunhando uma “Primavera Latino-americana”? 



Há sinais de crescente actividade de guerra psicológica por agências e ONG's “pró-democracia”, “pró-direitos humanos” e “de ajuda”, na América Latina, actuando através de seus actores locais alinhados com os interesses dos EUA/Reino Unido/União Europeia. 




Acendendo o Fósforo 


Será que está sendo pavimentado o caminho para coisas bem piores? Aqueles que “riscam o fósforo” que inflama a agitação e os protestos populares já aprenderam muito bem, a partir da sua experiência com a “Primavera Árabe”, como soprar estas chamas que conduzem a catastróficas explosões sociais... 


Alguns alarmes estão começando a disparar em países como Venezuela, Equador e Bolívia, cujos presidentes – Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales, respectivamente – não tocam a melodia dos EUA e seus aliados, que por mais de um século têm exercido dominação económica colonial sobre a América Latina. 


A Venezuela, a Bolívia e o Equador insistem em manter estreitas relações com países, que os EUA e seus aliados definiram como “estados desonestos”, nomeadamente o Irão, a Síria e, até o assassinato público de Khadafi na a Líbia. Será que eles estão destinados a serem cabeças de ponte para uma possível “Primavera Latino-americana” de insurreição programada? 


A chamada “Primavera Árabe” também começou com a erupção de uma grande variedade de queixas populares que evoluíram para demonstrações em massa e rapidamente transformaram-se em violência social descontrolada de todos os lados. 




Redes de Poder 


Para entender como este complexo sistema de dominação realmente funciona, precisamos também olhar para a actividade do sector privado, que é instrumento para a obtenção do controle sobre os países da região. 


Por exemplo, uma entidade privada como a “Sociedade das Américas” presidida por David Rockefeller – fortemente ligada ao Conselho de Relações Exteriores que está bem em frente do outro lado da luxuosa Park Avenue na cidade de Nova York – recentemente foi capaz de catapultar um de seus membros, Juan Manuel Santos, para presidente da Colômbia, um tradicional aliado dos EUA na região. 


Outros membros da Sociedade das Américas incluem poderosos líderes políticos e empresariais regionais e globais, como o presidente do Congresso Mundial Judaico Eduardo Elsztain (empresário argentino sócio de George Soros) e, Gustavo e Patricia Cisneros, proprietários de um poderoso conglomerado multimedia da oposição venezuelana. 


Co-presidindo a Sociedade das Américas com David Rockefeller está John Negroponte, que serviu como embaixador do governo George W. Bush na ONU e no Iraque, e que também era seu Conselheiro de Segurança Nacional. 


Frequentemente, são fatos pouco conhecidos como estes que ajudam a “ligar os pontos” e permitem mostrar onde de fato o poder se encontra, mas que os media ocidental ignoram.


Ainda bem que o mundo está acordando para o fato de que a chamada “Primavera Árabe” não é mais do que um método para impor o estilo ocidental de “democracia” a todos os países muçulmanos, enfraquecendo assim todos os estados soberanos. 


É evidente que isto está sendo arquitectado e financiado com a cumplicidade da Elite de Poder que astutamente tira vantagem das divisões internas e sequestra genuínas reivindicações das populações locais em seu proveito próprio. 


Ela usa todas as armas de que dispõem, geralmente através de operativos da CIA, do MI6 e do Mossad. Também inclui guerra psicológica mediática local que espalha informação falsa/distorcida sobre o que realmente está acontecendo em cada país e por quê. 






Guia dos Sete Passos Para Destruir um País:


Escrevendo a respeito da “Primavera Árabe”, descrevemos um processo de ‘Sete Passos' através do qual a Elite Ocidental pode provocar tumultos até a destruição total. 


1. Eles começam apontando um país que consideram pronto para uma “mudança de regime”, frequentemente carimbando-o como “Estado Covarde”,então... 


2. Espalham mentiras deslavadas através de seus noticiários e jornalistas pagos e, chamam a isso de “preocupações da Comunidade Internacional”, então... 


3. Financiam e promovem contendas e tumultos internos, geralmente evoluindo para fornecimento de armas e treino de grupos terroristas locais pela CIA, MI6, Mossad, Al-Qaeda e membros de cartéis de drogas, e chamam-nos de “Rebeldes Pela Liberdade”, então... 


4. Tentam encenar Resoluções do Conselho de Segurança da ONU permitindo que a OTAN despeje morte e destruição sobre milhões de pessoas, e chamam a isso de “Sanções Para Proteger a População Civil”,então... 


5. Invadem e começam a controlar o país escolhido, e chamam a isso de “Libertação”, então... 


6. Quando o dito país cai sob seu controle, eles fraudulentamente impõem pérfidos governos fantoches e chamam a isso de “Democracia”, até que finalmente... 


7. Eles roubam o petróleo, os minérios e a produção agrícola entregando-os aos Banqueiros e Corporações globais, também impõem Dívidas Soberanas desnecessárias, e chamam a isso de ”Investimento Estrangeiro e Reconstrução”.



Portanto, Equador, Venezuela e Bolívia – e até mesmo Argentina: abram os olhos!
Aprendam a ver através do uso secreto e violento da força e da hipocrisia em público da Elite de Poder.
Porque quando os Poderosos Senhores Globais decidirem vir atrás de vocês, eles dirão que é tudo em nome da “liberdade de expressão”, da “democracia”, da “paz”, dos “direitos humanos”, da “não discriminação” e outras frases de efeito.
Não caiam nessa! 





Reprodução de um artigo, na quase sua totalidade com ligeiras adaptações, de Adrian Salbuchi  



.