Tal dinheiro só existe enquanto alguém está disposto e é capaz de pagar juros sobre ele. Esse dinheiro desaparece, total ou parcialmente, em recorrentes crises financeiras. Este sistema exige que novas dívidas sejam criadas mais rapidamente do que os pagamentos do Valor principal e Juros devidos na dívida antiga.
Um sistema financeiro sustentável permitiria à economia real ser mantida década após década, século após século, no seu pleno potencial de utilização sem inflação e recessão recorrentes. Por este padrão, um sistema financeiro que gera dinheiro apenas com a criação da dívida é insustentável.
Quando um banco faz um empréstimo, o montante principal do empréstimo é adicionado ao saldo devedor do banco. O mutuário, (aquele que contrai o empréstimo) no entanto, prometeu pagar o empréstimo, acrescido de juros mesmo que esse empréstimo tenha criado apenas a quantidade de dinheiro necessário para pagar o valor principal, mas não o montante dos juros.
Portanto, a menos que o endividamento cresça continuamente, é impossível que todos os empréstimos sejam pagos na data de vencimento. Para além disso, durante a vigência do empréstimo, uma parte do dinheiro será guardado e re-emprestado por compradores de títulos individuais, por bancos, seguradoras, etc. Estes empréstimos não criam dinheiro novo, mas criam sim dívida.
Enquanto nós usamos apenas um mecanismo ou seja - empréstimos bancários - para criar dinheiro, também usamos vários mecanismos para criar dívida, tornando assim inevitável que a dívida cresça mais rapidamente do que o dinheiro para pagá-la. Ciclos recorrentes de inflação, recessão e depressão são uma consequência quase inevitável.
Se, na tentativa de deter a inflação dos preços, resultantes de uma excessiva taxa de criação da dívida, as autoridade monetárias aumentam a taxa de juros, resultando num provável pânico financeiro. Isto normalmente resulta em numa redução acentuada dos empréstimos.
As autoridades monetárias responderem para socorrer o sistema aumentando as reservas bancárias. Os governos normalmente respondem através do aumento da dívida pública, arriscando tanto a inflação como crescentes deficits do governo
QUATRO regras de senso comum
Governos meteram-se nesta confusão por violarem quatro regras de senso comum sobre as suas políticas, fiscal e monetária. Estas regras são as seguintes:
1. Nenhum governo soberano devera jamais em circunstância alguma, dar o controle democrático da seu fornecimento de dinheiro a banqueiros.
2. Nenhum governo soberano deve jamais, sob quaisquer circunstâncias, tomar emprestado dinheiro de qualquer banco privado.
3. Nenhum governo (em qualquer nível, seja nacional ou regional ) deverá contrair empréstimos em moeda estrangeira para aumentar as compras no exterior, quando existir excessivo desemprego interno.
4. Governos, tal como empresas, devem distinguir entre gastos "capitais" e gastos "actuais" e quando é prudente fazê-lo, financiar os aumentos de capital com o dinheiro que o governo criou para si.
Algumas palavras sobre as duas primeiras dessas regras ...
1- Há uma pressão persistente dos banqueiros centrais e economistas académicos para libertar os bancos centrais da obrigação de considerarem os efeitos das suas acções sobre os níveis de emprego e produção, para que possam concentrar-se na estabilidade dos preços.
Esta é uma péssima ideia. Dominados pelos banqueiros e economistas, os bancos centrais estão inteiramente e demasiadamente propensos a dar atenção exclusiva aos seus próprios interesses com exclusão dos interesses dos trabalhadores. Cartas que altera o banco central para dar-lhes a independência de controlo democrático, ou a criação de "estabilidade de preços" como seu único objectivo seria concluir sua submissão aos interesses dos banqueiros
2- Qualquer pessoa que entenda que os bancos criam o dinheiro que eles emprestam, pode ver que não faz sentido para um governo soberano, o qual pode criar dinheiro a um custo próximo de zero, pedir dinheiro emprestado a um custo elevado a um banco privado que é o caso dos Estados Unidos com o Federal Reserve Bank.
O facto de a maioria dos governos contraem empréstimos de bancos privados é um dos maiores erros do nosso tempo. Se um governo precisa de dinheiro destinado para pagar as despesas públicas, deve criar o próprio dinheiro através do seu próprio banco;
Tradução de um artigo de John H. Hotson
http://www.henrymakow.com/understanding_money.html
No grafico seguinte, podemos ver como é que os bancos criam dinheiro "inexistente":
Olá! Adorei este artigo sobre a Banca. Quanto aos outros ainda não tive tempo de ler, mas voltarei. O gráfico acima ficou cortado do lado dtº.é pena,não dá para ler tudo.
ResponderEliminarObrigada!
Mia
Para quem pretender saber um pouco mais ,
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=U71-KsDArFM
e
http://www.youtube.com/watch?v=QU0XiklHPMc&feature=related