quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A inacreditável pequena ditadura da Tchetchénia

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A tchetchénia, uma das repúblicas da Federação da Rússia, no Caucáso, com apenas 17 000 km2 e um milhão de habitantes, é governada com mão de ferro desde 2007 por um jovem e excêntrico ditador (38 anos de idade): Ramzan Kadyrov.




Milícias e ordem.


Após 5 anos de combates sangrentos, com o pretexto de luta anti-terrorista, contra os separatistas, Vladimir Putin retira 75% dos 100 000 militares russos da Tchetchénia e entrega o poder a Kadyrov para que este mantenha o ordem.


A ordem é mantida com eficácia e crueldade à custa de uma milícia composta por mais de 20 000 homens de confiança de Kadyrov, baptizados os "Kadyrovski". Em troca, Moscovo subvenciona generosamente a Tchetchénia com 6 mil milhões de euros (90% do orçamento) por ano.


Oficialmente, esse dinheiro destina-se a indemnizar os milhares de pessoas que viram as suas casas destruídas durante as últimas duas guerras. Na realidade, poucos são os que recebem uma pequena parte desse dinheiro, os poucos que têm trabalho são obrigados a pagar 30 a 50% para a fundação Kadyrov, se não querem ter problemas com as milícias.








O dinheiro de Alá.


A capital, Grózni, aparenta um ar faraónico com os seus edifícios novos de trinta andares, as suas sumptuosas mesquitas, avenidas grandiosas e estádios de futebol. Numa república com mais de 75% de desemprego, o dinheiro não vem só das subvenções de Moscovo. Existe uma corrupção institucionalizada e existe um acordo secreto com os russos para o trafico ilegal de petróleo.


Quando questionado sobre a origem do dinheiro, Kadyrov responde: "É Alá que o nos dá. Nós próprios nem sempre sabemos muito bem de onde vem o dinheiro".


Como na Rússia, a vida diária é pautada pela extorsão e corrupção, para ter um emprego tem de se pagar. Mas onde arranjar um trabalho quando não existem fabricas, quando tudo o que existe são campos de futebol, hotéis de luxo vazios, centro comerciais e mesquitas em construção?









O protegido de Putin.


Ramzan Kadyrov é um admirador incondicional de Putin, "Quando o meu pai era vivo, eu comparava-me sempre a ele. Agora, um só líder conta, Vladimir Putin: Ele é o meu modelo e tento seguir a mesma política que ele".


No entanto, pouco a pouco, Kadyrov está a ultrapassar as leis russas,com a islamização progressiva do território. Nos seus discursos televisivos, ordena que as mulheres tenha de cobrir o cabelo e saias abaixo do joelho, estimula a poligamia e apregoa o crime de honra. Nos últimos anos a violência física e psicológica sobre as mulheres aumentou.






A extravagância do poder.


Kadyrov não perde uma oportunidade para mostrar a sua devoção islâmica, participando activamente em todas as festividades religiosas, apesar de se deslocar frequentemente numa Rolls-Royce descapotável, seguida de mais de 60 Mercedes pretos para ir rezar à mesquita.


Além da mesquita Akhmad Kadyrov (pai de Kadyrov) construida à imagem da mesquita azul de Istambul, está prevista a inauguração, para o ano, uma mesquita ainda maior (a maior da Europa) a 30 Km de Grózni, com capacidade para mais de 10 000 fiéis.


Em 2011, o novo estádio de futebol foi palco de um jogo entre a Tchetchénia e uma formação internacional composta por nomes sonantes como Maradona, Barthez, Jean-Pierre Papin ou Baresi. Além de luxuosas prendas cada um desses jogadores terá recebido 100 000 dólares.







Luxo desmedido.


Kadyrov vive um enorme palácio com uma decoração ao estilo do Médio Oriente onde se misturam marbres , ouro, metais preciosos, palmeiras e fontes de água. À entrada aviões telecomandados (uma das suas paixões). No parque automóvel: Lamborghini, Maserati, Hummer e Mercedes.






Fora, um lago artificial, um hipódromo, onze puro-sangues e um jardim zoológico com tigres, leões, linces, panteras, ursos e avestruzes. última prenda: um tubarão. Também possui um número impressionante de cães de combate (outra das paixões do ditador), com os quais organiza combates ilegais, dado estes serem proibidos na Rússia.


Kadyrov sabe mostrar-se generoso com os seus fieis aliados, como quando ofereceu um Ferrari aquando do nascimento de um dos seus amigos ou quando ofereceu um lingote de ouro com o peso do bebé do presidente da câmara de Grózni.

Mas também é implacável com os seus opositores com detenções arbitrárias, tortura e morte.







O exemplo pela força.


Em 2013, acusou o seu ministro dos Desportos de não cuidar do prédio do seu ministério, esse foi convocado por Kadyrov num ringue de boxe. Kadyrov, antigo lutador de boxe inicio o combate com um golpe na cabeça do seu adversário para lhe ensinar que deveria por a sua cabeça a funcionar.

O ministro foi autorizado a colocar um capacete, dado que "deveria voltar ao trabalho no dia seguinte". 


Durante uma viajem de carro, um dos seus altos funcionários teve a infeliz ideia de contar uma piada que desagradou a Kadyrov, este abriu a porta do carro em andamento e empurrou-o para fora da viatura. Ainda com a cara em sangue declarou que fazia parte dos riscos da sua função.


Enormes fotografia de Kadyrov, Akhmad (o seu pai) e Putin decorram numerosos edifícios. Câmaras suspensas nos minaretes das mesquitas vigiam permanentemente ruas e jardins. O "olho" de Kadyrov vigia tudo e todos. Para manter o ambiente de terror, o ditador autoriza a difusão de pequenos filmes onde se podem ver torturas, profanação de cadáveres e outras barbáries.




O reino de Kadyrov poderá não durar para sempre. O Kremlin está atento a que o jovem Kadyrov não tenha uma ambição desmesurada, tal como querer um dia a independência da Tchetchénia. Por enquanto a calma e a ordem reinam na Tchetchénia, e para Moscovo isso é o mais importante, qualquer que seja o custo humano a pagar.







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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O silêncio dos culpados

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Na segunda-feira passada, no Porto, uma mulher de 28 anos, quando se preparava para entrar num táxi, despediu-se da amiga com um beijo na boca.

O taxista mandou-a sair da viatura, e quando esta perguntou porquê, foi agredida com um soco na face, atirada ao chão e arrastada para a berma da estrada. Tudo isto à frente de mais dois taxista que nada fizeram para a ajudar.




Não conheço a Sara Vasconcelos, mas saber que ela foi espancada por um taxista no Porto por se ter despedido da namorada com um beijo na boca torna-me a existência insuportável. 


Não me agrada viver num país em que as pessoas são agredidas por amarem. E muito menos num sítio em que a agressão se faz perante o silêncio cúmplice das pessoas que passam sem esboçarem um gesto. 


As causas não são universais por serem pessoalmente nossas e do vizinho do lado, são assim porque revelam uma situação de violência sobre os outros que põe em causa toda a nossa humanidade.


Como dizia Rosa Parks, a mulher negra norte-americana que não aceitou, a 1 de Dezembro de 1955, ser obrigada a dar um lugar no autocarro a um branco porque as leis a obrigavam: "Desejava ser livre, e não estava sozinha. Havia muitas pessoas que desejavam como eu a liberdade." E esse desejo de liberdade, essa intolerância a leis injustas, incendeia almas e muda as coisas. 


Não é por falta de aviso que continuamos nesta situação intolerável: todos os dias temos notícias do número de mulheres assassinadas pelos maridos; há uns anos, também no Porto, uma pessoa foi torturada até à morte por ser transexual; há inúmeros casos de agressões a raparigas quando saem à noite. E nós olhamos para o lado sem fazer nada.


Estas pessoas foram, como a Sara, violentadas pela nossa indiferença e pela nossa passividade. Se os agressores tivessem a nossa condenação física e social, a Sara não teria sido espancada. São igualmente responsáveis a besta que bate e as pessoas que viram a cara. 


Todas essas agressões são semeadas quando não reagimos, lhes tiramos importância, as convertemos em algo pequeno e risível. A defesa da liberdade, mesmo da nossa e dos nossos filhos, começa na defesa da liberdade dos outros. 


Não podemos viajar no tempo, estar numa rua do Porto no tempo e no espaço em que Sara foi esmurrada e pontapeada, mas podemos tornar impossível a vida destes agressores. Basta não transigirmos.





Publicado no jornal i dia 17 dezembro 2014 por Nuno Ramos de Almeida.





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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Apostas desportivas online: a maneira mais fácil de lavagem de dinheiro

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As apostas desportivas movimentam 500 mil milhões de euros por ano, desses cerca de 100 mil milhões são provenientes de lavagem de dinheiro.





O sucesso das apostas desportivas.

Com a explosão das apostas desportiva via Internet, a lavagem de dinheiro tornou-se mais fácil e quase impossível de detectar e controlar.
Existem actualmente mais de 15 000 sites de apostas desportivas, dos quais 85% são ilegais, isto é não têm qualquer legalidade em nenhum território. A grande maioria desses sites ilegais estão sediados na Ásia: Singapura, Tailândia, Hong Kong e China.


A maioria das apostas provêm do continente asiático (70%), culturalmente os chineses gostam de fazer apostas sobre tudo e mais alguma coisa, gostam de arriscar. Já nos países do sul da Europa as opostas recaem predominantemente sobre o clube favorito, enquanto que no países do norte da Europa, estas realizam-se mais sobre o prévio estudo estatístico dos jogos.


As apostas desportivas são feitas prodominantemente nos jogos de futebol, 40%, sendo que na Ásia podem atingir mais de 80%. 


Quem são os comenditários? Como circula o dinheiro? Como são corrompidos os jogadores? Neste tipo de apostas quais são as relações entre as máfias italianas e as tríades chinesas?



Fácil e lucrativo.

Quando se tem uma grande quantidade de dinheiro "sujo", proveniente do tráfico de droga, prostituição ou armas, o objectivo é introduzi-lo na economia legal para o tornar "limpo", mesmo que para isso se perca um pouco desse dinheiro.

Ora, com as apostas desportivas, não só essa lavagem se efectua facilmente, como também até se pode ganhar muito mais dinheiro do que o investido através da falsificação de resultados. Apostando por exemplo um milhão de euros numa equipa mais fraca, e que por essa razão tem uma cotação de 1 para 5 poderá ganhar com esse milhão investido 5 milhões.


O crime organizado tem assim à sua disposição, através das apostas desportivas na Internet, um meio relativamente fácil, pouco arriscado e com sanções mínimas, à sua disposição. Com a falsificação de resultados o ganho ainda é maior. É muito difícil provar se um jogador fez de propósito para deixar entrar um golo ou outro falhar um golo.



Difícil de controlar.

Para tentar detectar possíveis jogos ou resultados suspeitos, existem equipas especiais ligadas às polícias constituídas de traders e antigo bookmakers, que tentam analisar as cotas dos vários jogos e com a ajuda de programas informáticos detectar evoluções suspeitas. Este detecção é ainda mais difícil quando actualmente se podem fazer aposta em "live betting", isto é no decorrer dos jogos. Durante um jogo de futebol de 90 minutos pode ser transacionado um volume de mais de mil milhões de euros.


Estes fluxos financeiros são extremamente voláteis e evoluem a cada minuto. Mesmo que existisse uma tentativa de uniformização europeia legal das apostas desportivas online, o fluxo de dinheiro nos sites legais é ínfimo comparado com os dos sites ilegais.


Meios financeiros colossais, legislação inadaptada, facilidade de utilização, dificuldade em localizar a proveniência do dinheiro apostado, são algumas das razões do sucesso das apostas desportivas que ameaçam o espírito e a verdade desportiva.






Ler também sobre o mesmo tema, "Máfias Desportivas": http://octopedia.blogspot.pt/2013/11/mafias-desportivas.html







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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O assalto ao poder dos juízes em Portugal

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Pode parecer paradoxal discutir o exagero do poder judiciário, quando o nosso modelo democrático assenta na separação dos poderes que formam o Estado (legislativo, executivo e judiciário). No entanto esse perigo existe, em parte por culpa dos legisladores que têm vindo a criar legislação para tudo e mais alguma coisa.






Um Tribunal Constitucional politizado e partidarizado.


O poder judiciário, através dos seus juízes tem vindo progressivamente a tomar conta do próprio sistema político tomando decisões que deveriam pertencer ao poder executivo. Frequentemente, o Tribunal Constitucional extravasa o exercício da sua função jurisdicional para fazer juízos de ponderação política, o que representa uma violação do princípio da separação de poderes.


Ora sendo o Tribunal Constitucional um órgão de soberania, em que os seus juízes são por definição independentes, não é menos verdade que dos seus 13 juízes, 10 são eleitos pela Assembleia da Republica com maioria qualificada de dois terços. Os 3 restantes são cooptados pelos juízes eleitos.


Os juízes do Tribunal Constitucional são assim influenciados, não só pela filiação ideológica e partidária, como também pela presença do seu partido no governo, tornam-se portanto num "órgão de decisão política". A luta partidária é também travada no Tribunal Constitucional.
 

São os partidos que designam, directa ou indirectamente, os seus juízes, o que faz com que o Tribunal Constitucional tenha muitas vezes actuado com despotismo, isto é o poder detém a razão, como no caso do chumbo dos novos partidos Movimento de Alternativa Socialista e o Partido da Liberdade.





O poder dentro do poder.


Os juízes em Portugal tornaram-se em fonte mediática de poder. Na maioria dos países democráticos quando um cidadão é chamado a depor sobre um determinado processo recebe uma carta a convocá-lo, em Portugal é sistematicamente detido para depor. Para acompanhar essa detenção são previamente chamados os meios de comunicação social, através das famosas "fugas de informação" proveniente de quem detém os processos.


Qualquer cidadão é assim julgado na praça pública antes mesmo de se ter iniciado qualquer processo crime. Os juízes são assim detentores de poderes que fazem questão de reforçar perante os media.


"Todo o sistema de justiça português é constituído por lojas maçónicas, que além de controlar as decisões dos mediáticos processos recentes (Universidade Moderna, Portucale, Casa Pia, Apito Dourado,...) também controla a carreira dos juízes e dos magistrados do Ministério Público e dos altos funcionários do Esatdo" (José da Costa Pimenta, Ex-Juiz).





Um "super juiz".


A actual concentração de processos nas mãos de um "super juiz", Carlos Alexandre, fere o direito ao "juiz natural". Este gigantesco acumular de processos mediáticos é dificilmente compreensivo. Operação Furacão, Caso BPN, Máfia da Noite, Face Oculta, Remédio Santo, CTT, Operação Labirinto, são estas as pasta que estão na secretária de Carlos Alexandre. Em 2013 foi considerado o 48º homem com mais poder em Portugal.


Em Portugal, os juízes estão pouco a pouca a tomar de assalto o poder, desde o Tribunal Constitucional até aos juízes de 1ª instância, o que constitui, a médio prazo, ter-mos um governo de juízes.


Perante a erosão dos outros poderes estatais, o poder judiciário está cada vez mais a ser chamado para resolver conflitos políticos. Contudo, este sistema judiciário não é internamente democrático estando sujeito a interesses corporativos, muitas vezes impeditivo de fazer justiça em nome do povo.








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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Português descobre enzima que combate depressão

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Jorge Ruas e Maria Lindskog descobriram que o exercício físico aumenta os níveis das enzimas KAT que eliminam uma substância tóxica responsável por sintomas depressivos - estudo foi publicado este mês no prestigiado jornal "Cell"
 
 
Jorge Ruas, um investigador do Karolinska Institutet (Suécia), é o coautor de uma importante investigação que vem demostrar que o exercício físico ajuda a limpar o organismo de uma substância tóxica responsável por sintomas depressivos.

 
Há muito que as entidades médicas defendem os benefícios do exercício físico no combate à depressão causada pelo stress. Contudo, ainda não se compreendia bem de que forma ocorria esta proteção. Agora, a investigação liderada pelo farmacologista Jorge Ruas vem demostrar o mecanismo por detrás deste fenómeno. O estudo foi publicado esta semana no jornal Cell. 
 

A equipa do Karolinska Institutet (Suécia) revelou que o exercício físico induz uma alteração nos músculos esqueléticos (aqueles que estão junto ao esqueleto) que ajuda a eliminar uma toxina que o sangue acumula nos momentos de stress e que prejudica o funcionamento do cérebro.
 

Em comunicado de imprensa, o investigador e a sua colega de investigação, a neurocientista Maria Lindskog, explicam que a proteína PGC-1a1, presente nos músculos esqueléticos, aumenta quando se pratica exercício físico. 
 
 
No início da investigação, Jorge Ruas e Maria Lindskog acreditavam que estes músculos com proteína reforçada produziriam alguma substância que ajudava a combater a depressão. Mas após a investigação em ratinhos descobriram precisamente o contrário: a proteína PGC-1a1 ajuda a eliminar uma substância tóxica que o stress acumula no sistema sanguíneo. 
 
 
Os investigadores usaram dois grupos de ratinhos: uns com a proteína dos músculos reforçada e outros com músculos “normais”. Os dois grupos foram expostos a situações de stress (ruído, flashes de luzes, e inversão do ciclo de sono).


Depois de cinco semanas de exposição a momentos de stress ligeiro, a equipa verificou que os ratinhos com menos PGC-1a1 tinham desenvolvido comportamentos depressivos, enquanto os outros ratinhos não mostravam estes sintomas.


Enzimas KAT eliminam substância tóxica
 
Os investigadores verificaram que os ratinhos com altos níveis de PGC-1a1 também tinham níveis mais elevados de enzimas KAT - capazes de converter uma substância que se forma durante os momentos de stress, a quinurenina, transformando-a num ácido que não passa do sangue para o cérebro.


Os peritos ainda não sabem ao certo como atua a quinurenina no cérebro, mas a substância está ligada a estados depressivos e a outros distúrbios mentais.
 
 
O estudo do Karolinska Institutet comprova que, ao aumentarem a proteína PGC-1a1, os ratinhos “normais” conseguiram eliminar com eficácia esta substância nociva, pelo que não são afetados de forma negativa pelas situações de stress.


Aliás, ao longo da investigação estes ratinhos não revelaram, uma única vez, um aumento da quinurenina uma vez que as enzimas KAT a convertiam quase imediatamente, produzindo um efeito protetivo.
 
 
“Este trabalho poderá abrir um novo caminho farmacológico no tratamento da depressão, sendo que o alvo terapêutico poderá passar a ser o músculo-esquelético em vez do cérebro. Este músculo parece ter um efeito de desintoxicação que, quando ativado, pode proteger o cérebro, diz Jorge Ruas no comunicado.
 
 
A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, este distúrbio afeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo.
 
 
 
 
 
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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mais um decapitado...

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Está-se a tornar uma "rotina", mais um decapitado, pelo chamado "Estado Islâmico", só que desta vez trata-se de um cidadão francês, um simples montanhista na Argélia.




A rotina das decapitações.

O vídeo divulgado, sempre pelas mesmas fontes, desta vez é mais convincente: uma única câmara, um som mais "tosco". Já não temos a paisagem idílica do deserto e agora já temos vários intervenientes. Está melhor.


No entanto, a suposta vítima continua, como as outras, continua serena.


De notar que um dos "carrascos" durante toda a cena, não tem mais nada que fazer do que se absorver a ler um papel (guião?) até ao acto final.


Depois, mesma cena, quebra de imagem e visualização da cabeça do decapitado em cima da barriga do degolado, decididamente um fetiche.



Um mal global.

É importante estender o "Estado Islâmico" a outras regiões, o mesmo é dizer que se está a alastrar e que em breve ninguém estará seguro em qualquer lugar do mundo.


Basta conhecer o mapa petrolífero e as posições estratégicas que ocupam os países para saber onde os Estados Unidos e a Europa querem instalar as suas bases militares. 


Não se trata de lutar contra o terrorismo, esse faz parte da estratégia americana. O terrorismo não incomoda nada os Estados Unidos. Terroristas com mandados de captura por atentados contra civis estão neste momento em Miami sob a protecção dos americanos.
 
 
Considero a Argélia um país que irá ser punido porque não deixou que as suas riquezas ficassem totalmente nas mãos das multinacionais.


Tradicionalmente, as potências imperialistas tentam apoderar-se das riquezas dos países do terceiro mundo com simples pressões, colocando no poder presidentes servidores dos seus interesses. Quando esses seus interesses não são concretizados, não olham aos meios para os alcançar: chantagem, assassinatos encomendados, desencadeamento de guerras civis ou ataque puro e simples dos países não-dóceis. 




Um plano a longo prazo.

Uma verdadeira alteração do xadrez geopolítico está a acontecer no norte de África.
Após as "primaveras árabes" do Egipto, da Líbia e da Tunísia, o que está em causa são os dois últimos países ainda não tocados: Marrocos e Argélia.
Marrocos, a mais velha monarquia do mundo, encontra-se relativamente estável devido ao seu desenvolvimento e a mão de ferro do seu monarca. A situação da Argélia é bem diferente: um ditador doente, um país nas mãos das forças armadas desde há 50 anos e sobretudo um país cobiçado pelos seus recursos naturais.
 




Nota: Este blogue não defende, nem nunca defenderá, qualquer acção violenta e condenará sempre este grupo terrorista que não é representativo de qualquer ideologia muçulmana.







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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Quando os jornalistas também são espiões

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Repórteres Sem Fronteiras (não confundir com Jornalistas Sem Fronteiras) é financiado pela CIA






Ser jornalista nunca foi tão perigoso: 88 jornalistas mortos em 2012, 71 em 2013.
Mas também convém salientar que desde a "guerra fria", em que a utilização de jornalistas como agentes de informação era uma pratica comum, que não tinham surgido tantos meios de comunicação social a trabalhar para essas mesmas agências.




A comunicação social ao serviço da CIA.


Existem meios de comunicação que trabalham abertamente para operações da CIA: Radio Free Europe, Radio Free Asia, Alhurra, Radio Sawa e em certa medida a Voz da América.


Durante a "guerra fria" o International Herald Tribune, antes Paris Herald Tribune, era uma das fontes privilegiadas da CIA. Mais tarde tornou-se propriedade do Washington Post e do New York Times. O seu chefe de redacção, Nathan Kingsley, foi nomeado chef do serviço de informação da Radio Free Europe, em Munique. Esta, assim como o Free Europe Commitee, estão ligados à CIA.


A influência da CIA nos media também foi feita através da revista Time, The Miami Herald, The Wishington Star ou CBS News. Austin Goodrich, jornalista independente trabalhava para o Paris Herald Tribune e CBS News, apesar de mais tarde ter sido identificado como agente da CIA, continuou a trabalhar como jornalista em algumas capitais da Europa.


O antigo director da CIA, Richard Helms, tinha trabalhado antes como jornalista na United Press International.


Carl Bernstein, um dos jornalistas que revelou o escândalo do Watergate, referiu, em 1977, na revista Rolling Stones, que nessa altura haveriam cerca de 400 jornalistas americanos a trabalhar para a CIA.




Propaganda mediática.


A propaganda de guerra utiliza cada vez mais a televisão como meio de influência dos quais fazem parte a CNN, France 24, BBC e Al-Jazeera. Estas estações televisíveis utilizam a intoxicação mediática para diabolizar um determinado governo para depois justificar a intervenção militar da NATO numa determinada região.


Alguns jornalistas trabalham para esses media colaborando directamente com eles, outros são agentes de informação que actuam sob a cobertura de serem jornalistas e por fim alguns apesar de verdadeiros jornalista trabalham para os serviços secretos.


Infelizmente, o facto de haver alguns jornalistas utilizado pela CIA em determinadas regiões do mundo, faz com que qualquer jornalista seja visto como possível informador por parte das populações e governos locais. Esta difícil separação faz com que qualquer jornalista se torne num alvo potencial, colocando assim em causa o direito à liberdade de informação e pondo em risco a sua vida.


Nos últimos anos, qualquer jornalista americano nas regiões islâmicas é considerado sistematicamente como um agente da CIA.




James Foley, jornalista americano, recentemente supostamente decapitado pelo Estado Islâmico.

Em 2009 trabalhou para USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), acusada de trabalhar em colaboração com a CIA ou de realizar actividades de inteligência na desestabilização de governos não alinhados com as políticas dos EUA.

Em 2011, foi detido no Afeganistão por posse de droga, confirmado mais tarde pelo próprio, deixou o seu posto de jornalista nesse país.

Nesse mesmo ano cobriu os acontecimento na Líbia ao lado dos rebelde contra o regime de Khadafi, trabalhando para o Global Post.

Mais tarde, pelo Global post acompanhou os acontecimentos na Síria ao lado dos rebeldes contra o regime de Bashar Al-Assad.



Steven Sotloff, jornalista americano, recentemente supostamente decapitado pelo Estado Islâmico.

Judeu com dupla nacionalidade, israelita e americana.

Trabalhou para o a revista Time e The National Interest, esta última criada em 1994 pelo The Nixon Center.

Trabalhou também para o Foreign Policy, revista criada por Samuel Huntington e Warren Manshel, publicado pela Fundation Cranegie, mais tarde comprado pela The Washington Post Company.

Iniciou a sua vida como jornalista no The Jerusalem Post e no The Media Line, dois órgãos próximos da linha dura da direita israelita.






Nota importante: Este artigo não tem por finalidade confundir todos milhares de jornalistas que pelo mundo fora efectuam um trabalho digno de registo.






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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Mais uma decapitação de um jornalista americano: "Take 2"

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Após a divulgação do vídeo da execução do jornalista Foley, (http://octopedia.blogspot.pt/2014/08/execucao-de-jornalista-americano_21.html) surge agora mais uma decapitação de um jornalista, a de Sotloff.
O mesmo sentido estético, agora com algumas ligeiras diferenças.



- A mesma qualidade cuidada na produção, tanto no som como na imagem.


- Desta vez temos muito vento, mas nem por isso afecta a qualidade do som.


- Mesmo cenário e mesmo guarda-roupa.


- Mesma calma do jornalista que vai ser executado, sem qualquer demonstração de ansiedade, sem suores, sem aumento da frequência respiratória, sem tremores na voz.


- Mesma ausência de qualquer sangue, apesar da faca fazer uma dezena de vai-e-vem.


- Mesmo corte de imagem, não mostrando a decapitação na sua totalidade, contrariamente a outros vídeos de decapitações, dado que o objectivo é chocar.


- Neste caso, quando a faca está a cortar o pescoço, a vítima levanta um joelho e desliza para o chão, quando a reacção normal seria empurrar para tentar levantar-se.


- Na cena final, já decapitado, a vítima apresenta os pés extremamente limpos para este contexto.


- Por fim, ao que parece, o carrasco será o mesmo. Deve ser o único jihadista deste grupo especialista neste tipo de decapitação, o que não é de estranhar dado que deve ser o único a conseguir cortar sozinho um pescoço de uma pessoa ajoelhada com uma faca tão pequena!







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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A Cannabis poderá ser útil no tratamento de um grande número de cancros

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A cannabis, também conhecida por vários nomes populares, é composta por mais de 400 substâncias, das quais o tetraidrocanabinol (THC), o canabidiol (CBD) e o canabinol (CBN).




A planta é usada há mais de 5 000 anos, em rituais religiosos e espirituais, mas também como medicamente para tratar várias doenças. Actualmente o seu uso é ilegal na grande maioria dos países, o seu trafico destina-se ao consumo com fins recreativos dado o seu efeito psicotrópico.




Até 1937, era utilizada nos Estados Unidos como tratamento para várias doenças, altura em que foi proibida.


Um estudo tornado público, por ter sido accionada a lei "Freedom of Information Request", isto é a obrigatoriedade de tornar público um documento em nome da liberdade de informação, revela os resultados de um estudo encomendado em 1972 sobre os efeitos do cannabis.


Na realidade, esse estudo pretendia convencer toda a gente que fumar cannabis tinha os mesmos perigos que fumar cigarros. Durante 2 anos, a universidade de Medicina de Virginie realizou um estudo sobre os efeitos do THC sobre o corpo humano.


Descobriu-se que administrado sob a sua forma mais concentrada, por exemplo óleo de cannabis, o THC atacava todas as células defeituosas do organismo e regeneravas a sãs. Contrariamente à quimioterapia, que mata um em cada cinco doentes tratados, o THC actuava na regressão de um grande número de cancros e não tinha efeitos colaterais.


Em 1976, pôs-se definitivamente fim ao programa de investigação universitário e a responsabilidade das investigações foi entregue à indústria farmacêutica que, claro, não conseguiu desenvolver qualquer medicamento à base de cannabis com benefícios para a saúde.


Estudos in-vitro e in-vivo mostram que os canabinóides atrasam o crescimento de um grande número de cancros e reduzem o tamanho de um número significativo. Este efeito anti-tumeral deve-se em parte à sua capacidade em induzir nas células cancerosas a sua própria morte (apoptose).


Apesar da grande relutância em organizar estudos duplamente cegos em seres humanos, os poucos estudos que se conhecem indicam que o uso de cannabis no tratamento de vários cancros poderia ter efeitos bastante benéficos.









Cancro do cérebro

Os canabinóides inibem a proliferação das células cancerosas no glioblatoma multiforme recorrente. essa inibição verifica-se in-vitro, mas também quando foi administrada a 9 doente verificou-se o mesmo efeito.
British Journal of Cancer (2006)


Este estudo mostra igualmente uma inibição e redução dos gliomas (cancro bastante maligno do cérebro) nos ratos, sem efeitos colaterais psicotópicos.
Cancer Res. (2001)


Um estudo em ratos evidencia que os canabinóides têm um efeito protector contra a degenerescencia cerebral.
The Journal of Neuroscience (2001)
http://www.jneurosci.org/content/21/17/6475.abstract



Cancro da mama

Nos casos mais agressivos de cancro da mama, houve uma redução do tamanho do tumor e uma diminuição significativa do risco de metatases (em particular pulmonares) num estudos em ratos.
Breast Cancer Res Treat. (2012)  


O canabidiol, canabinóide de baixa toxicidade, quando administrado, tornou o cancro da mama significativamente menos invasivo en-vitro e menos metastásico in-vivo.
Mol. Cancer Ther. (2007)


Os autores deste artigo sugerem que o uso de canabinóides pode ser útil no tratamento da maioria dos cancros da mama.
Cancer Treat Rev. (2012)



Cancro do pulmão

Os canabinóides promovem uma diminuição da capacidade de crescimento das células cancerosas em certos tipos de cancro do pulmão.
FASEB J. (2012)


Os canabinóides reduziram, no animal de laboratório, a proliferação e vascularização dos cancros do pulmão de não-pequenas células (80% dos cancros do pulmão) e aumenta a apoptose (morte celular programada) das células cancerígenas.
Cancer Prev Res (2011)



Cancro do cólon

Os canabinóides reduzem o tamanho dos cancros do cólon, in-vitro, e o risco de metatases in-vivo.
National Cancer Institut



Cancro do pâncreas

Estudos revelam que os canabinóides promovem a redução do cancro do pâncreas através da apoptos das células tumorais, sem afectar as células normais.
The Journal of Cancer Research (2006)
J. Mol. Med. (2012)



Cancro da próstata 

Alguns componentes dos canabinóides são úteis na regressão dos cancros da próstata recorrentes e invasivos.
Prostate (2003)
 

A próstata possui receptores canabinóides cuja a estimulação produz efeitos anti-androgénicos e apoptose das células malignas. Os autores concluem que deveriam ser levadas a cabo estudos duplamente cegos em seres humanos.
Indian J Urol. (2012)


Os canabinóides reduzem o tamanho do cancro da próstata por apoptose.
Br. J. Pharmacol. (2013)



Cancro dos ovários

Certos tipos de tumores dos ovários poderão regredir por inibição do crescimento das células cancerosas.



Cancro do sangue

As células de certos linfomas e leucemias são induzida à apoptose pelos canabinóides.
Blood (2002)






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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Ebola: mais uma pandemia lucrativa

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O Ebola é uma "febre hemorrágica", doença grave transmitida por um vírus e traduz-se por um quadro febril acompanhado de hemorragias e imunodepressão. A taxa de mortalidade é elevada, podendo atingir os 90% e actualmente não existe qualquer tratamento. A transmissão é feita pelo contacto com pessoas infectadas e não por via aérea.




Um tratamento milagroso.

Após ter sido hospitalizado em Atlanta, nos Estados Unidos, o médico Kent Brantly, saí desse hospital passado poucas semanas, como um herói, curado e rodeado de um aparato mediático impressionante.

Declara: "Deus salvou-me a vida". Após agradecer à equipa médica e às milhares de pessoas que em todo o mundo rezaram para a sua cura, acrescenta: "Por favor, não deixem de rezar para os povos de África Ocidental".

Para além das rezas, Kent Brantly, terá recebido, no hospital, um tratamento experimental e passado poucas horas o seu estado clínico melhorou tanto que até foi visto a deambular no seu quarto.

Este "milagre" levanta algumas dúvidas: será que este médico estava realmente infectado ou tudo não passa de um show mediático, dada a cura inesperada e tão célere?

Será mais uma epidemia mundial com contornos lucrativos por parte do lobby farmacêutico?




Chegou a vez dos...morcegos.

O Ebola é uma zoonose (doença transmitida do animal ao homem), outrora raras estão a tornar "moda", já tivemos as vacas, os porcos, as aves e agora fala-se que inicialmente o Ebola poderá ter tido origem nos morcegos-da-fruta que o terá transmitido aos macacos e aos porcos.




O lobby farmacêutica sempre à espreita...

O novo medicamento, chamado Zmapp, foi desenvolvido pela companhia de biotecnologia Mapp Biopharmaceutical Inc de São Diego, na Califórnia. Esta empresa trabalha em colaboração com a empresa canadiana de biotecnologia Defyrus.

Este medicamento terá sido descoberto durante um programa financiado pelo Instituto Nacional de Saúde e a Agência de Redução das Ameaças de Defesa, ligada ao ministério da Defesa americano e especializado na luta contra ameaças químicas ou biológicas.

A empresa canadiana, Tekmira Pharmaceuticals, também tem um contrato de 140 milhões de dólares com o departamento de Defesa americano para tentar encontrar um tratamento contra o Ebola, o seu protótipo já se encontra em fase de ensaios clínicos desde janeiro de 2014.

No dia seguinte ao repatriamento de Kent Brantly, a cotação da Tekmira subia 33% na bolsa de Nova Iorque. No dia 09 julho deste ano, a empresa Tekmira recebeu 1,5 milhões de dólares da Monsanto, teoricamente para a investigação de produtos na área da agricultura. Esse valor poderá alcançar um total de 86,2 milhões em função do sucesso do projecto.

Entretanto, a empresa japonesa Toyama Chemical, diz ter homologado em março um medicamento contra a gripe, composto por três anticorpos monoclonais, chamado de favipiravir e comercializado com o nome de Avigan, que poderá tratar o Ebola.

A corrida aos milhões está lançada.




A malária mata mais de 3 milhões de pessoas por ano no mundo.
A tuberculose mata mais de 2 milhões de pessoas por ano no mundo.
As doenças diarreicas matam mais de 2,5 milhões de pessoas por ano no mundo.
A SIDA mata mais de 3 milhões de pessoas no mundo.
A poluição do ar mata mais de 7 milhões de pessoas por ano no mundo.
A doenças ligadas às condições de trabalho matam mais de 2 milhões de pessoas por ano no mundo.
A fome mata mais de 3 milhões de pessoas por ano no mundo.
Este surto de Ebola matou mais de 2000 pessoas no mundo.







http://nouvelles3.com/nouvelles/ebola-le-fabricant-du-serum-grimpe-en-bourse

http://conscience-du-peuple.blogspot.pt/2014/08/ebola-une-arme-de-distraction-massive.html

http://www.nowtheendbegins.com/blog/?p=24084

http://www.abovetopsecret.com/forum/thread1025019/pg1


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domingo, 24 de agosto de 2014

Todas as mortes são iguais...

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Mulher israelita chora a morte do marido atingido por um bombardeamento do Hamas





Pai chorando a morte do seu filho de 11 meses atingido por bombardeamentos de Israel 





Pai chora a morte do seu filho pro-russo em Odessa que morreu num ataque ucrâniano





Familiares choram morte de um comandante das forças especiais ucrânianas













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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Execução de jornalista americano: encenação holliwoodiana

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Um vídeo divulgado esta terça-feira na Internet, onde se vê um jornalista freelancer norte-americano a ser decapitado, está a chocar a América e o mundo.



A execução foi reivindicada pelo Estado Islâmico (ex-Estado Islâmico do Iraque e do Levante) e registada em vídeo.

Na gravação, James Foley faz uma curta declaração, na qual condena as acções dos Estados Unidos no Iraque e acusa o Governo de Washington de ser o responsável pela sua morte.




O vídeo, com elevada qualidade de imagem e som, apresenta um jihadista todo vestido de preto, e James Foley vestido cor de laranja vivo (curiosamente as cores dos detidos em Guantanamo) com o deserto em fundo. Mais parece um filme ao estilo de "Lawrence da Arábia", e de facto poderá sê-lo.




Vário pormenores não batem certo:

- Pelos plano apresentados, existem duas câmaras a filmar a cena, o que não deixa de ser curioso.


- As imagens são bem enquadradas, filmadas em HD, com cores e luzes perfeitas.


- O som é perfeito e claro, de alta-fidelidade.


- O jornalista tem, inesperadamente, colocado um microfone de lapela.


- O jornalista que sabe que irá ser executado fala com uma voz calma e clara (como se recitá-se um texto decorado) de cabeça levantada, o que não é habitual neste tipo de situação.


- O executante exibe um punhal que para decapitação não passa de uma faca de cozinha, decapitar alguém necessita de um sabre ou catana, dado a dificuldade em quebrar as vértebras cervicais.


- Esse punhal possui um cordão, que pode ser colocado em volta do punho, que no momento da execução não existe.


- As execuções habitualmente são feitas no local de detenção e não no meio do deserto.
- O executante tem curiosamente um sotaque britânico. 


- Habitualmente, os executantes são mais do que um.


- Habitualmente, o executado (neste contexto) é colocado no chão, dado que com este pequeno punhal é muito difícil decapitar alguém de pé ou ajoelhado.


- Ao cortar o pescoço a uma pessoa pelo o lado da frente, imediatamente começa a jorrar sangue pelas lesões das carótidas.


- Os vários vídeos de decapitações praticados pelos jihadistas apresentam o vídeo sem cortes, neste, quando começa a decapitação existe uns segundos de interrupção (a negro, sem imagens). Se o objectivo dos jihadistas era de chocar, porquê interromper as imagens? Não querem ferir a susceptibilidade das pessoas mais sensíveis?


- Depois da decapitação, existe uma pequena poça de sangue junto do pescoço (demasiada pequena) no entanto a cabeça está ensanguentada e não existe qualquer rasto de sangue na túnica do executado.







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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Matar em nome de Alá

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Um Australiano que foi combater com o Estado Islâmico na Síria, publicou no Twitter a fotografia do seu filho, de 7 anos de idade, segurando uma cabeça decapitada, dizendo orgulhoso: "Este é o meu filho!"




O Estado Islâmico massacrou mais de 3 000 yazidis e raptou mais de 5 000. Por causa da sua religião, os yazidis são considerados pelos jihadistas como "adoradores do diabo". Muitos foram decapitados ou crucificados.


Os yazidis têm uma língua próxima da curda, são monoteístas não-muçulmanos, têm uma religião com raízes iranianas antigas. São cerca de 300 000 os que vivem no norte do Iraque, com minorias dispersas em toda a região até ao Cáucaso.









Os jahidistas que auto-proclamaram a criação do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, agora simplesmente chamado de Estado Islâmico, pretendem estender o Califado a todo o Médio Oriente, à Índia, á metade norte de África, á Península Ibérica e á parte do sueste da Europa até à Áustria.


Abaixo o mapa do plano de invasão a concluir nos próximo 5 anos:


 



Além das atrocidades cometidas, este novo Califado impõe regras aberrantes e anedóticas em nome da Sharia. Quando conquistaram Mosul, impuseram que as cabeças dos manequins femininos das montras fossem cobertas, os ginecologista masculinos foram afastados dos hospitais, os cabeleireiros e barbeiros encerrados e até os criadores de gado foram obrigados a cobrir as tetas das vacas por serem julgadas indecentes.


A Liga Árabe acaba de acusar os jahidistas do Estado Islâmico de crimes contra a humanidade no massacre dos yazidis, e que os seu responsáveis deveriam ser traduzidos em justiça.








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