quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Portugal na rota do tráfico de seres humanos

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Calcula-se que há 27 milhões de seres humanos tratados como escravos. Há mais escravos nos dias de hoje do que o número total de pessoas que alimentaram o tráfico negreiro durante quatro séculos.


O tráfico de seres humanos movimenta milhões de euros e é tão lucrativo como o tráfico de droga. Portugal é um dos destinos, mas também ponto de passagem.




Angola: 
Portugal é o principal destino, sobretudo de mulheres.

Brasil:
Existe um grande número de mulheres (em especial da região de Goiás) que alimentam as redes de prostituição em Portugal, mas o nosso país também serve de ponto de passagem para fornecer países europeus.

Letónia:
Neste caso, Portugal é um país fornecedor de mulheres para exploração sexual. Este mercado também é alimentado pela Bélgica.

Moçambique:
Adultos traficados para Portugal para exploração sexual e trabalhos forçados.
 
Moldávia:
Portugal é um dos números destinos de mulheres e raparigas traficadas para exploração sexual.

Roménia:
Portugal é um dos destinos de mulheres para exploração sexual, mas também de homens e crianças para trabalhos forçados.

Ucrânia:
Portugal é um dos destinos de mulheres, mas também de crianças para a mendicidade, de adolescentes para exploração sexual e de servidão sobretudo nas explorações agrícolas.




A maioria das vítimas de tráfico de seres humanos são do sexo feminino: mulheres 66% e raparigas 13%, os restantes são homens 12% e rapazes 9%. Em Portugal o tráfico de menores tem vindo a aumentar de cerca de 14% para 22% entre 2003 e 2006.


Os relatórios mundiais confirmam que as rotas predominantes em Portugal são a rota africana, a rota brasileira e a rota intra UE, sendo a exploração sexual o principal fim e a via aérea a mais utilizada.






Trabalho escravo:

Organizações mafiosas recrutam pessoas em países pobres com a promessa de emprego. Quando chegam aos países de destino, as máfias locais ficam com os seus documentos e obrigam-nos a trabalhar em condições miseráveis e ficam-lhes com grande parte do que ganham com o pretexto de pagarem a dívida da viagem e o alojamento. Nunca chegarão a pagar tal dívida, mas sem documentos, em situação ilegal e muitas vezes sem conhecer a língua local, não apresentam queixa às autoridades.
Portugal é um dos países onde as máfias traficam pessoas oriundas da ex-URSS, mas também serve de plataforma para  o tráfico para outros países.




Tráfico de crianças:
Calcula-se que cerca de mais de 8 milhões de crianças são exploradas por redes de prostituição e escravatura. Muitas das crianças são mortas em práticas sexuais, sobretudo nos países ocidentais. Mais de 246 milhões de crianças, das quais 73 milhões com menos de 10 anos, são usadas em todo o tipo de trabalho.







Tráfico de mulheres:
Além da promessa de trabalho, muitas mulheres são pura e simplesmente raptadas peles redes organizadas de prostituição. Em Portugal o número de mulheres vítimas de tráfico sexual tem vindo a aumentar, oriundas da Rússia, da Ucrânia, da Moldávia e da América do sul. Calcula-se que cerca de 100 000 mulheres brasileiras sejam exploradas sexualmente em toda a União Europeia.





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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Kazantip: sonho e realidade

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Pouco conhecido no ocidente, Kazantip é um dos maiores festivais mondais de musica, que junta durante duas semanas 150 000 pessoas na Crimeia, republica autónoma da Ucrânia.


24 horas por dia, a festa faz-se ao som da música electrónica no meio de muito sol, praia, álcool, droga e sexo. A meio caminho entre as festas de Ibiza e Woodstock, este é o festival mais delirante do planeta.








No país do faz de contas...


A Crimeia sempre foi o local de férias de eleição das elites russas e ucranianas. Com praias e temperaturas de 40º no verão, é neste local que durante 15 dias em agosto, tem lugar anualmente o festival de Kazantip, em 60 000 metro quadrados de praia.


Todo começou em 1992 quando um certo Nikita, presidente da associação de kitesurf, teve a ideia de convidar DJs para animar as competições desportivas. Em 1997 teve a ideia de organizar uma noite de musica techno no interior de uma central nuclear abandonada. Em 2000 deslocou o festival anual para a praia de Popovka, onde ainda se realiza, e chamou a essa zona a Republica laranja e independente KaZantip.



Nikita Marshunok auto proclamou-se presidente desta "república", com o nome de Nikita I, tem um hino que muda todos os anos e até uma constituição. Esta constituição dita os direitos dos seus cidadãos: ser livre, acreditar nos milagres, tornar-se na pessoa que nunca teria ter oportunidade de ser na vida real e sobretudo ser positivo.


Neste mundo irreal podemos-nos cruzar com mulheres bonitas e meio despidas nas areias das praias ou dançando ao som da musica numa das 15 pistas de dança. A média de idade dos participantes é de 25 anos, vindos sobretudo da Rússia e da Ucrânia, mas também (10%) da Europa.








Hedonismo e drogas.


O artigo 15 da constituição de Kazantip "encoraja o amor, em todos os seus aspectos, excepto na promiscuidade", no entanto podemos observar aqui e além casais tendo relações sexuais sem se preocuparem com os passantes.


Este ambiente de conto de fadas, com liberdade e felicidade para todos os participantes é realizado à custa de muito álcool e apesar da organização o desmentir, à custa de numerosas drogas que circulam durante o festival. As relações de Nikita com as máfias locais é pouco clara, assim como com as autoridades locais que fecham os olhos ao tráfico de droga durante o festival.








 Um país onde o milagre é o lucro.


Esta utopia também tem um preço, e um preço elevado: cada ingresso custa 250 euros (quando o salário médio na Ucrânea é de 240 euros) e as bebidas são caras. O seu presidente-ditador, assim como os seus colaboradores tornaram-se milionários, como testemunham os vinte ou trinta yachts ao largo de Kizantip.


O festival atrai cada vez mais o jet-set de Moscovo e de São Petersburgo, mas também a máfia russa que gere o tráfico de droga local e é atraída pela beleza das ucranianas alvo fácil de futura prostituição.


O símbolo, desta república da boa disposição, é uma mala amarela, que os que não têm a quantia de dinheiro necessária para o ingresso no festival podem adquirir por um preço modesto, com a obrigação de a transportarem constantemente consigo, sob pena de exclusão do festival. As malas que vimos por todo o lado são a imagem de marca de Kazantip.


Essa mala tem origem num conto de fadas russo, em que um homem oferece rebuçados às crianças, proveniente de uma mala e assim torna as crianças felizes. A moralidade é que em Kazantip os que conseguem tornar os outros felizes recebem em troca alegria e felicidade.


Infelizmente esta "república" que preconiza a liberdade social, política e religiosa, o desenvolvimento da democracia, da cultura da ordem e da felicidade, só pode ser utópica. Trata-se no fundo de um festival entre a "rave" e a orgia, onde circula muito álcool e droga patrocinada pela máfia local, dirigiodo por um excêntrico e multi milionário que se intitula ele próprio de ditador.








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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Jogos Olímpicos de Sóchi: censura e corrupção

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Do dia 07 ao dia 23 de fevereiro de 2014, irão realizar-se os próximos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade russa de Sóchi.


Tudo nestes Jogos Olímpicos é delirante, desde a escolha do local com um clima sub-tropical até ao colossal investimento, tudo isto envolto num banho de censura e corrupção.








Jogos de inverno numa estância...balnear!


Sóchi é uma estância balneária situada no mar do Norte e beneficia de um clima ameno durante todo o ano, sendo escolhida por milhares de pessoas para férias de praia.


A primeira questão que se coloca é, porque é que foi escolhido um local ao clima sub-tropical, para jogos de inverno, sendo que a neve nas montanhas próximas é inconstante, quando na Rússia, um país com 17 milhões de quilómetros quadrados não são os locais com neve que faltam.


Como as previsões de queda de neve são variáveis e portanto difíceis de prever, os organizadores fizeram um stock de 500 000 metros cúbicos de neve no local. Custo da operação: 6,3 milhões de euros.


A escolha deste improvável local para realizar Jogos Olímpicos de Inverno tem várias razões.
Primeiro, é o local preferido de Putin para passar férias, onde possui uma das suas vivendas.
Segundo, em termos estratégico, esta localização serve para diminuir a influência dos Estados Unidos na Ásia Central e retomar o ascendente rússo na região.
Em terceiro lugar, esta escolha reforça a posição de Moscovo perante os vários grupos independentistas no Cáucaso.


Simultâneamente, a escolha de Sóchi coloca um enorme problema de segurança, justamente por se situar numa região instável do ponto de vista geo-político. Aliás, o chefe islâmico do Cáucaso, Dokou Ouramov, já jurou tudo fazer contra a realização desses Jogos Olímpicos. Assim sendo, estes jogos podem ser uma montra mundial da potência russa, mas também correm o risco de se poderem tornar num problema para Putin se algum atentado vier a acontecer.







Censura dos media em nome da segurança.


A cidade de Sóchi já se encontram desde há vários meses debaixo de vigilância apertada e em nome da segurança é a própria liberdade de expressão que está em causa.


Os jornalistas não são bem-vindos a Sóchi, que o diga um repórter da televisão norueguesa que foi detido 6 vezes no espaço de 72 horas, sob ordem do FSB, para interrogatório, tendo sido inclusivo acusado de consumo de droga e tendo necessitado da intervenção da embaixada da Noruega para sua libertação.


Como "gerir" a imprensa num país que está no lugar 148 em termos de liberdade de imprensa (Repórteres sem Fronteiras) e onde 52 jornalistas foram mortos desde 1992 (Comité para a Protecção dos Jornalistas) ?


Durante o período dos JO de inverno, de 07 a 23 fevereiro 2014, e dos para-olímpicos, de 07 a 16 março 2014, foi pura e simplesmente decretada a proibição de qualquer manifestação perto de Sóchi.


Os espectadores estão proibidos de colocar as suas fotografia e vídeos nas redes sociais ou no Youtube. Os flashes e os tripés estão proibidos a qualquer espectador perto das pistas ou dos pódios.


Para controlar as informações difundidas durante os Jogos Olímpicos, Moscovo dispõe de um sistema de analise semelhante ao programa PRISM americano baptizado SORM. Este poderá analisar qualquer chamada de telemóvel, e-mail, forum ou rede social, em função de palavras chave ou expressões sensíveis.







Um banho de corrupção.


O custo destes Jogos Olímpicos está actualmente bem acima do previsto (10 mil milhões de dólares), situando-se agora em mais de 50 mil milhões de dólares, quinze vezes mais do que os de Vancouver, nunca em JO de inverno como de verão foi gasta uma tal quantia.


Calcula-se que destes 50 mil milhões de dólares, cerca de metade foram parar nos bolsos de homens de negócios amigos de Putin, fundos opacos de empresas controladas por Putin como GazProm ou Transstroi, ou desviados pelas numerosas máfias russas.


Uma grande parte dos 60 000 trabalhadores, muitos deles estrangeiros, vindos da Arménia, Uzbequistão ou Tajiquistão, ganham 1,5 euros à hora, quando não são expulsos pelas máfias que os recrutaram sem receber qualquer salário.


As zonas destinadas à construção das infra-estruturas foram adqueridas à custa de expropriações forçadas, muitas vezes sem qualquer indemnização. Muitas das construções contribuiram para a devastação de ecossistemas protegidos nesta região do Cáucaso.


Três meses antes do início dos Jogos Olímpico de Inverno, Sóchi já ganhou várias medalhas de ouro entre as quais a da censura e da corrupção.





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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O BCE [Banco Central Europeu] explicado de forma que até uma criança percebe

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O que é o BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.


E donde veio o dinheiro do BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.


E é muito, esse dinheiro?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco. Mas o BCE pode criar virtualmente o dinheiro que quiser limitando-se a digitar as quantias num teclado de computador.





Então, se o BCE é o banco destes Estados pode emprestar dinheiro a Portugal, ou não? Como qualquer banco pode emprestar dinheiro a um ou outro dos seus accionistas.
- Não, não pode.


Porquê?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.


Então, a quem pode o BCE emprestar dinheiro?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.


Ah percebo, então Portugal, ou a Alemanha, quando precisa de dinheiro emprestado não vai ao BCE, vai aos outros bancos que por sua vez vão ao BCE.
- Pois.


Mas para quê complicar? Não era melhor Portugal ou a Grécia ou a Alemanha irem directamente ao BCE?
- Bom... sim.... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!





Agora não percebi!!..
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.


Mas isso assim é um "negócio da China"! Só para irem a Bruxelas buscar o dinheiro!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.


Isso é um verdadeiro roubo... com esse dinheiro escusava-se até de cortar nas pensões, no subsídio de desemprego ou de nos tirarem parte do 13º mês.
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.


Mas quem é que manda no BCE e permite um escândalo destes?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.





Então, os Governos dão o nosso dinheiro ao BCE para eles emprestarem aos bancos a 1%, para depois estes emprestarem a 5 e a 7% aos Governos que são donos do BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6%, a 7 ou mais.


Então nós somos os donos do dinheiro e não podemos pedir ao nosso próprio banco!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.


Mas, e os nossos Governos aceitam uma coisa dessas?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.


Mas então eles não estão lá eleitos por nós?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois.... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.


E onde o foram buscar?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...


Mas meteram os responsáveis na cadeia?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

Publicado por:
http://citadino.blogspot.pt/2013/11/o-bce-banco-central-europeu-explicado.html 





Jornal PÚBLICO (16.04.2010): Vaz Guedes diz que falência do Banco Privado Português (BPP) custa mais de 700 milhões ao Estado.

DN – Economia (25.10.2011): Injecções de dinheiro no Banco Português de Negócios (BPN) ascendem a 8,5 mil milhões.
 
Diário Económico (26.10.2012): Recapitalização da banca portuguesa vai custar 7,8 mil milhões.
 
Jornal PÚBLICO (31.12.2012): O Ministério das Finanças anunciou a injecção de mil e cem milhões de euros na recapitalização do Banif. […] O Banif torna-se assim no quarto banco a ser recapitalizado com recurso a fundos públicos, terceiro da banca privada. Com esta operação, o Estado terá injectado um total de 5600 milhões de euros na banca privada através da linha de recapitalização o programa de assistência financeira a Portugal, seguindo-se ao BCP (3 mil milhões), ao BPI (1,5 mil milhões) e CGD (1,65 mil milhões) .
 
 
Acrescentado por:


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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Máfias desportivas

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As apostas desportivas na Internet multiplicaram-se nos últimos anos. Movimentam mais de 500 mil milhões de euros por ano. Rapidamente as máfias viram nessa actividade uma enorme fonte de receita e a possibilidade de lavagem de dinheiro proveniente dos mais variados tráficos ilegais. 


Meios financeiros colossais, legislação inadaptada, facilidade de utilização, dificuldade em localizar a proveniência do dinheiro apostado, são algumas das razões do sucesso das apostas desportivas que ameaçam o espírito e a verdade desportiva.




Sem risco.

Um traficante de droga pode ganhar até um milhão de euros por ano, com todos os riscos que isso implica. Mas é possível ganhar a mesma quantia num único jogo manipulado de primeira divisão e sem risco, dado que em caso de investigação o jogador mesmo num site ilegal não será condenado, mas sim o operador.



Lavagem de dinheiro.

 Existem várias formas para a lavagem de dinheiro através das apostas desportivas. A mais comum é apostar num super favorito que quase de certeza irá ganhar, a cotação é muito fraca, mas está quase seguro (mais de 95%) de ganhar e assim recuperar a totalidade do dinheiro e assim efectuar a lavagem do dinheiro proveniente de tráficos ilícitos como droga, armas ou prostituição. Outra maneira é apostar nos três resultados possíveis: vitória de um clube, empate e derrota. Qualquer que seja o resultado, isso permite recuperar uma soma importante do dinheiro apostado.



Apostar em tempo real.

A maioria das máfia da Ásia e da Europa de Leste contratam matemáticos de alto nível para penetrar as deficiência do live-betting (apostas em tempo real). Este tipo de apostas é mais difícil de controlar por parte das autoridades que tentam aperceber-se se existem apostas suspeitas com determinadas cotações irrealistas. ´É um tipo de aposta menos ariscado e permite a lavagem de milhões.



Corromper os jogadores.

O resultado de um jogo de futebol assenta apenas num punhado de jogadores, que muitas vezes são jovens e vulneráveis e dispostos a receber uma determinada quantia em troca de perderem um jogo, quantia essa que é superior ao que iriam receber ao ganha-lo. De todos os jogadores, o guarda-rede é o mais fácil de corromper. Não se trata só de deixar entrar golos para perder um jogo, por vezes trata-se apenas de deixar entrar apenas um único golo a mais, sem que tenha influência no resultado final. Ganhar um jogo por 5-1 ou por 5-2 não afectará a equipa, mas no entanto esse golo deixado entrar fará toda a diferença nas apostas no número de golos.



Intimidação.

Quando um determinado jogador não está "receptivo" a receber uma determinada quantia em troca da perda de um jogo ou de um golo, existe a chantagem e a intimidação verbal ou física. Poderá, por exemplo, receber uma chamada telefónica descrevendo com pormenor o quotidiano da sua mulher ou filhos, e que caso não colabore estes poderão ser alvo das consequências. Corromper um arbitro, treinador ou dirigente desportivo poderá ser ainda mais eficaz.





O futebol, mas também o ténis e qualquer outro desporto, hoje em dia, fazem parte das apostas. A primeira reacção é pensar que a manipulação de resultados se limita a jogos de pouca visibilidade, ligas de futebol de terceira ou quarta divisão, onde os jogadores são menos bem pagos e assim facilmente corrompidos. Mas na realidade todas as primeiras ligas da Europa também são atingidas, assim como a Liga dos Campeões e até o Mundial.


Apesar de tudo, é mais prudente para os grupos mafiosos apostar em jogos de terceira liga de um país como a Bulgária do que em jogos mediáticos e portanto mais vigiados. Hoje em dia já é possível apostar num qualquer jogo de futebol de terceira divisão de países como Moçambique ou Paquistão.


Na Ásia, onde o montante das apostas desportivas é enorme, o maior site asiático, Sbobet, gere por ano um volume de dinheiro equivalente à grande multinacional europeia como Renault.





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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Planeta Máfia

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Se as máfias fossem legais, todas juntas, tinham lugar nas cimeiras do G8


As máfias mais conhecidas são as italianas:
Cosa Nostra na Sicília, N' drangheta na Calábria, Sacra Corana Unita na Apúlia e Comorra na Campânia.
e as americanas:
Cosa Nostra (hoje independente da siciliana).


Mas existem outras:


Jamaica

Várias máfias ligadas ao tráfico de droga. A mais poderosa é o "Shower Posse", o seu chefe Christopher Coke ("Dudus" Coke), actualmente preso por tráfico de droga e armas, após ter sido extraditado para os Estados Unidos. Era protegido pela população da capital onde vivia, tendo ajudado a construir escolas e outras infrestructuras nos bairros pobres. Tinha uma verdadeira armada de soldados às suas ordens.



México

Vários cartéis: Tijuana, Sinaloa, Golfe, Juarez, Zetas, Michoacana,...Ligados ao tráfico de droga em direcção dos Estados Unidos. Actualmente o cartel de Sinaloa é o mais poderoso, tem o apoio tácito do governo mexicano. Este cartel aproximou-se recentemente do cartel do Golfo, os dois juntos terão perto de 100 000 homens armados e realizam o tráfico de ópio e de marijuana principalmente para os Estados Unidos, mas também para o Panamá, Peru, Brasil e argentina.



Colômbia

Existem 24 grupos mafiosos, dos quais Los Candelos e Los Rastrojos, formados por antigos para-militares. O famoso cartel de Cali chegou a deter 80% da rede de exportação de cocaína produzida na Colômbia que entrava nos Estados Unidos. Este cartel, desmantelado em 1995, tinha a particularidade de contar nas suas fileiras com mulheres e homens de negócios que exerciam profissões perfeitamente legítimas.



Turquia

Cerca de 40 clãs dividem o tráfico de droga, na sua maioria sediados em Istambul. Existem famílias curdas, próximas do PKK, e turcas próximas do grupo nacionalista "Lobos Cinzentos" (o ramo turco da Operação Gládio). Os chefes de clã são chamados de "baba" (papá). As máfias turcas controlam 3/4 do tráfico de heroína no Reino Unido, mas também estão presentes em França, na Alemanha, em Espanha e na Holanda.
Calcula-se que o dinheiro movimentado será equivalente a metade do PIB turco. Tem excelentes relações com a máfia albanesa e está presente na esfera política, na justiça e no futebol. Além da droga dedica-se também ao tráfico de órgãos, à prostituição e às armas.



Índia

Várias máfias hindus e muçulmanas controlam grande parte do território, com destaque para as mais poderosas, a de Ibrahim Dawood e a de Chota Rajan, com sede em Bombaim. Controlam a indústria do cinema (Bollywood) e numerosas cadeias de televisão. Também operam na extracção ilegal de areia dos rios com a ajuda da corrupção de entidades oficiais e da polícia.



Roménia

Números clãs Roms e não-Roms. A rede Hamidovic actua em França utilizando crianças para roubo ou mendicidade. A Roménia é não só um país de origem, mas também uma ponte de transição para o tráfico de seres humanos. Realizam raptos de mulheres, sobretudo de origem búlgara, com destino à prostituição. As máfias romenas também se dedicam ao tráfico de droga e à lavagem de dinheiro trabalhando algumas delas com as máfias italianas.



Bulgária

As máfias bulgaras estão divididas em 3 grandes grupos: Roms, Turcofonos e Grupvka. Os Roms lideram o rapto de mulheres para alimentar a prostituição europeia e os Turcofonos controlam o tráfico de heroína proveniente do Afeganistão via a Turquia. Além de tráfico de droga e de mulheres, as máfias búlgaras dedicam-se ao tráfico de cigarros, de órgãos e de antiguidades. Têm ligações com as máfias da Rússia, de Creta, da Sérvia, da Macedónia e da Cosa Nostra.



Albânia

Inicialmente situada no norte do país, a máfia albanesa instalou-se mais recentemente no Kosovo depois da guerra dos Balcãs. Agim Gashi, um dos influentes padrinho da máfia albanesa viveu em Milão em 1992 onde estabeleceu uma ligação estreita com a N' drangheta. As máfias albanesas dicam-se ao tráfico de droga, de cigarros e de mulheres, que vendem por cerca de 2000 dólares aos proxenetas. Controlam 1/3 da economia albanesa e são compostas por 15 clãs que dividem e controlam todo o país. Têm uma estreita relação com as forças de libertação do Kosovo.



Rússia

Existem numerosas máfias russas e provenientes dos países da ex-URSS. As mais conhecidas são a Tambosvkaia de São Petersburgo,  Balashilchinski, Orekhov e Solntsevo de Moscovo, Chetchenskaia da Chechênia. Contrariamente à máfia siciliana, aqui a estrutura não é vertical mas sim composta por vários grupos com implantação local. Extremamente poderosas, além dos habituais tráficos comuns a muitas máfias, dedicam-se também à pornografia, manipulação de apostas desportivas e cibercriminalidade como no caso de roubo de cartões de crédito. Contam com 100 000 membros divididos em cerca de 5 600 sub-grupos que controlam 75% do sector privado, dos quais 48 000 empresas e 800 bancos. Operam em 50 países com cerca de 200 células.



China,Taiwan, Hongkong e Macau

As principais máfias em Taiwan são os Bambus Unidos, o Bando dos Quatro Mares e a Via Celeste.
Uma dezena de outras máfias chinesas: Sun Yee On, 14K, Luen, Wo Shing Wo,...
Tráfico de droga, de cigarros, de falsos documentos, controlo de casinos, são alguns dos ramos de actuação. Uma das particularidades é que o dinheiro é em grande parte investido no imobiliário chinês em plena expansão.



Japão

Existem 22 organizações mafiosas japonesas (Yakusa) com uma origem muito antiga e uma organização semelhante à máfia siciliana. A maior família é a de Yamaguchi Gumi. Contrariamente às máfias italianas ou chinesas, estas não são secretas possuem escritório com o seu nome e emblema. O dinheiro provém da "protecção" de empresas e comercio, que estes consideram normais e dizem ser uma espécie de imposto feudal legítimo. Também se dedicam às apostas desportivas ilegais e ao sector imobiliário. Controlam a prostituição do arquipélago. O tráfico de armas é bastante antigo, enquanto que o de droga é mais recente. Estão activos nos países do sudeste asiático e nos Estados Unidos.



Israel

Existem 18 "famílias" mafiosas.
Ver o artigo:
http://octopedia.blogspot.pt/2013/11/as-mafias-israelitas.html





"A máfia é um fenómeno humano e, como todos os fenómenos humanos, tem um princípio, uma evolução e terá consequentemente também um fim"

(Giovanni Falconi, juiz anti-máfia assassinado em 1992)






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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

As máfias israelitas

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Pouco conhecidas do grande público, as máfias israelitas são das mais bem organizadas e das mais violentas do mundo.

Os seus homens são frequentemente recrutados nas unidades de elite das forças armadas israelitas, sendo assim conhecedores de várias técnicas especiais de combate.




As 18 "famílias" 


Existem actualmente 18 grandes "famílias" mafiosas israelitas: os três irmãos Abergil de Tel-Aviv, os dois irmãos Alperon também de Tel-Aviv, os Abutbul de Netenya, Shalom Domrani de Ashkelon,...


As máfias israelitas, também chamada "Israel Connection", têm origem no anos 70 com a chegada de numerosos judeus provenientes da União Soviética, acentuada mais tarde com o fim desse país em 1989. Foram frequentemente financiadas pelas máfias russas. Essas máfias desenvolveram-se rapidamente devido em grande parte ao laxismo das autoridades locais e pelo facto das autoridades estarem mais focadas com a luta anti-terrorista palestiniana.


Nos anos 80, as famílias mafiosas lutavam entre elas através de explosões de carros armadilhados e ajustes de contas à metralhadora. Mas foi no fim dos anos 90 que esta guerra atingiu o seu auge com Zeev Rozenstein a declarar-se "o padrinho dos padrinhos". Este viria a ser detido em 2007 nos Estados Unidos e condenado a 12 anos de prisão pela importação para este país de mais de 850 000 pílulas de ecstasy.


Zeev Rozenstein está actualmente detido em Israel, numa célula de alta segurança, tendo sido já vítima de 11 tentativas de morte, uma das quais através de um míssil disparado de um carro que acabou por falhar o alvo. 



Conecções políticas.


A grande especialidade das máfias israelitas é o tráfico de drogas sintéticas, como o ecstasy. Outras das actividades são o controlo dos casino dos Países de Leste para lavagem do dinheiro proveniente do tráfico de droga, mas também a prostituição, a reciclagem de detritos e a "protecção" de comerciantes.


A presença das máfias israelitas na Europa é feita através do porto de Anvers, na Belgica, sendo uma placa giratória para os tráficos no resto do continente.


As máfias israelitas beneficiam de uma certa conivência com certos sectores políticos desse país. A família Alperon, por exemplo, está ligada ao partido do Likoud. Encontram-se também ligadas a certos sectores político americanos.



As máfias como instrumento político.


Outro importante ramo de actividade das máfias israelitas é o de tráfico de armas. Israel é actualmente o 4º maior exportador mundial de armamento, atrás dos USA, Rússia e GB, tendo ultrapassado a França o ano passado. Além da venda legal de armas, as entidades oficiais israelitas toleram e estimulam o tráfico de armas dado que faz parte de um vasto plano político de desestabilização de vários países.


Essas armas permitem ajudar minorias a desestabilizar governos, armar etnias, dividir e finalmente desagregar países inteiros que serão mais tarde ocupados pelas multinacionais dos países ocidentais. è que se está a passar actualmente em África, na América Latina ou no médio Oriente.


Actualmente, a guerra das máfias faz mais vítimas no território de Israel do que os atentados terroristas palestinianos.



As máfias palestinianas.


Na Palestina, também existe várias máfias que lutam quarteirão a quarteirão. O clã mafioso mais importante, que controla quase todo o território da Faixa de Gaza, é o clã Dagmoush, que conta com mais de 7000 membros, sendo Mumtaz Dagmoush o seu lídere.


Este clã tem um tal poder que recentemente obrigou o Hamas a desistir de um local, controlado pelos Dagmopush, onde deveria ser instalado um quartel general dessa organização. Um único dos seus membros possui mais de 20 imóveis na zona mais luxuosa de Gaza.


O clã Dagmoush detém o maior número de armas e mísseis de toda a Faixa de Gaza, sendo que o tráfico passa maioritariamente pelo Egipto graças ao suborno das autoridade locais.





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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Estatinas: do milagre ao pesadelo

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As estatinas têm sido aclamadas como um medicamento milagroso para a prevenção das doenças cardiovasculares. O objectivo principal hoje em dia é baixar o colesterol a todo o custo.


O colesterol, muito à custa de estudos patrocinados pelos laboratórios farmacêuticos que produzem as estatinas, tornou-se assim o inimigo público número um.


Milhões de pessoas tomam assim estatinas, muitas vezes prescritas levianamente, esquecendo os seus efeitos secundários.





O risco de vir a ter cataratas é 10% a 20% mais elevado nas pessoas que tomam estatinas, em comparação com aquelas que não as tomam.

Num estudo publicado na revista JAMA Ophthalmology, no dia 19 de setembro deste ano, os autores fizeram um estudo retrospectivo entre 2003 e 2010 em que dividiram os 46 249 doentes em dois grupos: 13 626 tinham tomado estatinas pelo menos durante mais de 90 dias e 32 623 nunca tinham tomado estatinas.

Concluem que o uso de estatinas, sobretudo na prevenção primária, aumenta o risco de cataratas e deve ser muito bem ponderado.





O risco de doenças músculo-esqueléticas é mais elevado nas pessoas que tomam estatinas, em comparação com as que as tomam, e isto em indivíduos com actividade física regular.

O estudo foi realizado para o mesmo período que o estudo anterior e os pacientes divididos em dois grupos: o dos que tomaram pelo menos estatinas durante 90 dias e o dos que nunca tomaram estatinas.

Constataram que em indivíduos fisicamente activos, os que se encontravam medicados com estatinas tinham vindo a sofrer mais frequentemente de artropatias, lesões musculares e dores musculares.





Numa meta-analise proveniente de 135 estudos randomizados e controlados, abrangendo 246 955 doentes, um artigo inglês publicado na revista American Heart Association chega a diversas conclusões:

Apesar dos efeitos secundários não serem muito frequentes com o uso de estatinas, e do seu uso não estar associado a um aumento do risco de cancro, a sua toma regular está associada a um maior risco de vir a desenvolver diabetes.

Quanto às várias estatinas, a sinvastatina e a pravastatina parecem serem mais bem toleradas e mais seguras.





Quanto ao risco do aumento de diabetes provocado pela toma regular de estatinas, a revista Lancet já tinha chamado a atenção para esse facto numa meta-analise publicada em 2010, esse aumento será de  cerca de 9% em relação ao placebo, e isto sobretudo nas pessoas idosas.






Nos doentes que já tenham tido um episódio de hemorragia cerebral, e que não tenham riscos cardíacos, a toma de estatinas reduz a esperança de vida, dado que esses doentes têm um maior risco de recidiva de hemorragia cerebral.

Com efeito, um colesterol LDL baixo aumenta o risco de hemorragia cerebral. Contudo, convém lembrar que a grande maioria de AVC são do tipo isquémico e não hemorrágico.





Todos estes estudos permitem concluir que a opção pela toma de estatinas deverá ser sempre ponderada entre o benefício na prevenção de acidentes coronários e acidentes vasculares cerebrais isquémicos e os possíveis efeitos secundários.


A maioria dos estudos publicados concluí que as estatinas, e em particular a sinvastatina, reduzem em 25% o risco dos acidentes cardiovasculares, contudo, a redução dessa morbilidade não afecta a taxa de mortalidade global de todas as causas juntas.






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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Incongruências no ataque de gás sarin na Síria


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Thierry Meyssan analisa as contradições e as incoerências dos serviços secretos estadunidenses, britânicos e franceses a propósito do suposto massacre químico de Ghouta.



Thierry Meyssan: Os serviços secretos ocidentais estão seguros, a 100%, de coisas que não são lógicas:
  1. Eles pensam que os gases de combate podem descriminar entre homens e mulheres.
  2. Eles observaram a preparação de gases de combate, mas não interviram para impedir o seu uso. Pelo contrário, propuseram punir aqueles que os usaram.
  3. Eles explicam que as crianças foram mortas no dia 21 de Agosto, enquanto os vídeos são anteriores e as crianças provêm de famílias que apoiam o Estado sírio e o governo de Bashar al-Assad.
  4. Eles dizem dispor de intercepções telefónicas. Mas, não são eles que fazem essas intercepções telefónicas.
  5. E, finalmente, o caso da "linha vermelha". Visto que, de acordo com o chefe do Comité Conjunto dos Serviços Secretos britânico, Jon Day, a Síria teria usado, anteriormente, 14 vezes gases de combate. Mas, sem isto ter sido claramente documentado. Porquê 14 vezes antes? Porque, 14 vezes é o número de uso, pelos EUA, de armas químicas no Iraque, em 2003-2004. E, evidentemente, esta seria simplesmente a 15ª vez que permitiria atravessar a famosa "linha vermelha" que necessita de uma resposta da parte das grandes potências.






O massacre de Ghouta
As contradições dos serviços secretos ocidentais

TM: O governo dos EUA e também a França asseguram que o exército árabe sírio - o exército legítimo do Estado sírio - procedeu a um massacre químico nos arredores de Damasco, na cintura agrícola - a Ghouta - que rodeia Damasco, no anterior dia 21 de Agosto.
Então, vou-vos mostrar que tal afirmação é completamente fabricada e que em nada corresponde à realidade. Para isso, vou-me basear em documentos publicados, muito oficialmente, pelos governos dos EUA, Reino Unido e França.





1 - O número de vítimas varia na proporção de 1 para 5

TM: Na nota de informação que foi publicada pelos EUA, podemos ler que tal ataque causou a morte de, pelo menos, 1429 pessoas.
Mas, quando vemos o documento francês equivalente, já se trata de apenas 281 mortos, que foram contados, observando vídeos na Internet. Esses mesmos documentos precisam que uma "Organização Não Governamental" (é preciso usar o termo entre aspas), os Médicos Sem Fronteiras, contou, pelo governo francês, 355 mortos em hospitais na região de Damasco.
Portanto, a diferença de avaliação do problema varia, de um a cinco, consoante a fonte.
Depois, uns e outros fazem referências aos vídeos, para atestar a veracidade dos factos.
E, estes mesmos vídeos, não estão de acordo quanto ao número. De acordo com os documentos dos EUA, há uma centena. Enquanto que, de acordo com o governo francês, há apenas 47.





2 - Paris e Washington validaram os vídeos anteriores a 21 de Agosto

TM: Quando vemos estes vídeos, podemos constatar que alguns são anteriores ao massacre.
Com efeito, se vocês os virem no YouTube, verão que eles foram publicados no dia 20 de Agosto. Poderia ser o dia anterior - mas não necessariamente - dada a diferença horária de 9:00 horas entre a Síria e a Califórnia, onde se encontram os servidores do YouTube. Contudo, podem constatar que, nas cenas exteriores, o Sol está no seu zénite.
Pelo que, é cerca de meio-dia. E isto não pode ter sido publicado no dia 21 de Agosto. Teve, necessariamente, de ser registado antes desta data.
É, portanto, em provas sem valor que se fundamentam os serviços secretos dos EUA e da França.





3 - Um gás que poupa as mulheres

TM: Nesses documentos, dizem-nos que a maior parte das vítimas são crianças.
Efectivamente, se virmos estes vídeos, podemos ver que muitas das crianças estão a agonizar. São todas crianças da mesma idade. Há também adultos, mas os adultos são todos homens, geralmente, de idade de combate.
Não há mulheres. Com duas excepções, não há mulheres entre as vítimas anunciadas. Das 1429 vítimas contadas pelos Estados Unidos, não haverá mais de duas mulheres.
Esta seria a primeira vez em que gases descriminam as pessoas de acordo com o seu sexo.





4 - As vítimas são prisioneiros dos jihadistas

TM: Quando estas imagens são difundidas, a primeira coisa que sobressai é que estas crianças não estão acompanhadas.
Isto é muito chocante, de acordo com a cultura do Médio Oriente, porque, jamais se deixam os corpos dos mortos sem estarem acompanhados, especialmente, quando se tratam de crianças.
Portanto, estas crianças estão sem os pais.
E vemo-las nas mãos de pessoas, que são apresentadas como auxiliares de acção médica a tentar salvá-las. Mas, não compreendemos bem o que esses auxiliares de acção médica estão a fazer.
De facto, há uma razão muito simples... Que é que, estas crianças não são vítimas de ataques químicos.
São crianças que foram raptadas há duas semanas, no princípio de Agosto, na região de Latakia, a 200 km de Ghouta.
Foram raptadas durante um ataque dos jihadistas contra aldeias alauítas fiéis ao governo. A maior parte das famílias foi massacrada. Alguns sobreviveram. Nos sepulcros em redor de Latakia, houve mais de um milhar de mortos.
E estas crianças, das quais estivemos sem notícias, durante duas semanas, reaparecem nestes vídeos.
Aquelas que têm familiares ainda vivos foram reconhecidas por eles e essas famílias apresentaram queixa por assassinato porque, se não perceberam, nos vídeos, o cuidado que lhes está a ser prestado é, simplesmente, que elas não sejam ajudadas.
Estão-lhes a dar injecções intravenosas de venenos, para as assassinar em frente às câmaras.





5 - Os serviços secretos teriam um meio secreto de analisar amostras humanas

TM: Os estadunidenses, britânicos e franceses dizem que as vítimas foram gaseadas com gás sarin, com uma mistura de gases que inclui gás sarin. E, para isso, baseiam-se em análises feitas pelos seus próprios laboratórios a partir das suas próprias amostras, colhidas no sítio.
O que é totalmente impossível, porque a ONU também foi a esse local, colheu amostras e precisa de mais doze dias suplementares para poder cultivar os tecidos humanos, que foram colhidos, e ser capaz de os analisar.
Portanto, dizem-nos que os EUA, França e Reino Unido têm métodos secretos de investigação, totalmente desconhecidos do mundo científico, que permitem, instantaneamente, cultivar tecidos humanos e saber o que daí advém.





6 - Os Estados Unidos terão observado a preparação do crime, durante quatro dias, sem terem interferido

TM: Ainda mais estranho, na nota de James Clapper, Director dos Serviços de Informações estadunidenses, aprendemos que, como prova final, os EUA terão observado, durante os quatro dias anteriores, o exército sírio a misturar os componentes de gás sarin e a preparar o veneno mortal para uso imediato.
Mas, o que não compreendemos é que, se viram isso durante quatro dias porque não disseram nada e porque não interviram?





7 - Uma intercepção telefónica fornecida por Israel

TM: Da mesma maneira, os EUA, Reino Unido e França afirmam, cada um, ter interceptado conversas telefónicas entre um alto funcionário do Ministério da Defesa sírio e o chefe das unidades que lidam com gases de combate, em que o Ministério sírio terá entrado em pânico devido ao uso desses gases. Isto, seriam mais provas da responsabilidade síria.
Mas, estas provas não foram colhidas por tais serviços secretos. Foram-lhes fornecidas pela Unidade 8200 da Mossad israelita, tal como anunciou, perante tais serviços secretos, a televisão israelita...

Televisão israelita: "As forças armadas israelitas afirmam ter interceptado comunicações do governo sírio que demonstram que o regime de Bashar al-Assad é responsável pelo recente ataque químico que causou centenas de mortos, entre civis, num país devastado pela guerra."





8 - Ausência de sintomas causados por gás sarin

TM: Nos vídeos, as vítimas têm tremores e babam-se. Isso é muito característico, normalmente, das intoxicações com gases de combate.
Excepto que, o gás sarin não causa uma baba branca, mas uma baba amarela. E não é isso que vemos nesses vídeos. Por isso, não pode ter sido gás sarin que foi usado para intoxicar as pessoas que morreram.





Os dirigentes dos Estados Unidos, Reino Unido e França são passíveis de ter de enfrentar o Tribunal Penal Internacional

TM: Em conclusão... Este caso é totalmente fabricado. Emerge da propaganda de guerra. E a propaganda de guerra é, de acordo com o Direito Internacional, um crime muito grave, porque é um crime contra a Paz, o qual permite a perpetração de outros crimes, incluindo crimes contra a Humanidade.







Texto traduzido do francês por Fernando Negro do vídeo publicado pela Rede Voltaire

O vídeo pode ser visto no blogue de Fernando Negro:

http://blackfernando.blogspot.pt/2013/10/a-mentira-com-que-nos-tentaram.html 





terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tráfico de cigarros: mais rentável que a heroína

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Por cada 1 000 dólares investidos, o tráfico de cigarros gere um retorno de 43 000 dólares, ou seja o dobro do tráfico de heroína.



O contrabando de armas ou droga chama mais a atenção dos media, no entanto dezenas de milhares de dólares são produzidos pelo tráfico de tabaco, alimentando da mesma forma as máfias e rede terroristas.


Esta actividade é extremamente lucrativa. Na Ucrânia, um maço de cigarros custa 1,33 euros, enquanto que em Portugal custa 4,20 euro, no Reino Unido 9,03 euros e na Noruega 10,45 euros.







O tabaco proveniente da Ucrânia, da Moldávia e da Bielorússia viaja por via terrestre directamente para a Eslovénia e para a Itália, ou via Grécia, onde por via marítima chegam à Itália. É na Itália que grande parte do tráfico de tabaco é centralizado pelas diversas máfias locais.


No porto de Génova a logística está a cargo da 'Ndrangheta, em Brindisi está a cargo do clã Sacra Corona Unita, em Naples e Salerno é a Camorra e na Sicília a Cosa Nostra.







O principal produtor de tabaco contrafeito é a China, de onde viaja por via marítima até ao Dubai, onde é armazenado, seguindo posteriormente por via marítima até à Itália. Por vezes também utilizam a Grécia e o sul de Espanha como portos.


O destino final de todo este tráfico são os países europeus onde o preço do tabaco é mais elevado: França, Suíça, Alemanha, Bélgica, Holanda e países nórdicos.


Actualmente 20% dos cigarros de contrabando vendidos são de contrafação, em África são cerca de 80%.


Calcula-se sejam produzidos por ano 1 000 000 milhões de cigarros no mundo, desses, cerca de 1/3 são vendidos ilegalmente, e desses 80% através do crime organizado.


O tabaco contrafeito contem, em relação ao lícito, 3 vezes mais arsénio, 5 vezes mais cádmio, 6 vezes mais chumbo, 80 vezes mais nicotina, 133 vezes mais monóxido de carbono e 160 vezes mais alcatrão.


Recentemente foram descobertos no Reino Unido cigarros contendo canabis com anfetaminas e crack, para fidelizar uma clientela mais jovem.


O tráfico de tabaco (produto lícito) encontra-se muito menos punido do que o tráfico de droga, por exemplo, dado que não se trata de um crime, mas sim de um delito fiscal. As sanções limitam-se na maioria dos casos à destruição da mercadoria ou a multas irrisórias, raramente a penas de prisão. Esta situação torna o tráfico de tabaco altamente atractivo. 


A possível introdução a nível de legislação europeia de uma embalagem genérica, sem logótipo e sem marca, apenas com imagens chocantes a titulo preventivo, poderá ter um efeito amplificador do comercio ilegal de cigarros, dado que para as máfias será muito mais fácil a produção de um maço branco ou com uma fotografia.







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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Segurança da peregrinação a Meca nas mãos de uma empresa privada pro-Israel !

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Desde 2010 que a segurança da peregrinação anual à Meca (Arábia Saudita) é assegurada por uma empresa privada G4S, com o nome de Al-Majal G4S nesse país.


Esta revelação foi feita pelo jornal libanês Al-Akhbar. Essa mesmo empresa G4S também fornece, desde 2007, equipamento de segurança aos colonos nos territórios ocupados e participa nos interrogatórios, por vezes sob tortura, aos prisioneiros palestinianos, incluíndo mulheres e crianças, em várias prisões israelitas.


A G4S é uma empresa britânica/dinamarquesa, com sede no Reino Unido, que opera em 125 países, empregando mais de 600 000 pessoas (o segundo maior empregador privado mundial, a seguir a Walmart), é a maior empresa mundial de prestação de serviços de segurança.


G4S é responsável pela segurança de 150 aeroportos no mundo.


Neste caso,  a G4S possui milhões de dados de informações de identidade de muçulmanos que realizam a peregrinação a Meca, e essa informação pode, como é óbvio ser fornecida a terceiros.


Em consequência destes dados, a Arábia Saudita deveria corta imediatamente relações com a G4S







http://www.g4s.com.sa/en-SA/

http://www.zonebourse.com/G4S-PLC-9590209/societe/

http://www.g4s.ma/fr-MA/








sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Efeméride - o Assassinato de John Kennedy

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27 de Setembro de 1964 - após uma investigação de 10 meses foi publicado o relatório da Comissão Warren sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy no qual se concluiu que não houve conspiração e que Lee Harvey Oswald, o suposto assassino, agiu sozinho.







No seu leito de morte em Janeiro de 2007 o ex-agente da CIA Howard Hunt (envolvido em casos-chave como o Watergate, a Baía dos Porcos e o Irão/Contra) faz a sua última confissão: “quem matou Kennedy foi um complot liderado pelo próprio Governo dos Estados Unidos apoiado numa equipa de operacionais da CIA. O depoimento, recolhido pelo seu filho John "Saint" Hunt cita em concreto uma lista de nomes (1) envolvidos na operação de assassinato. À cabeça encontra-se o vice-presidente Lyndon B. Johnson, um homem cuja carreira foi orientada por J. Edgar Hoover do FBI, quem deu directamente as ordens de execução da operação e ajudou depois a guiar a Comissão Warren para a tese do único e solitário atirador (2)




Escassas horas depois do assassinato, a bordo do Air Force One, Lyndon B. Johnson é empossado como novo presidente. No restrito staff que acompanha o acto (famoso pela piscadela de olho de Johnson) pode ver-se Jack Valenti (nº2 na foto), o amante que satisfazia as apetências homossexuais de J. Edgar Hoover, que tinha sido instalado na Casa Branca como elemento de ligação entre Kennedy e o vice-presidente Johnson (3). De facto nada se passava dentro da Sala Oval que não fosse dado a conhecer aos conspiradores. A principal razão para a decisão de abater Kennedy foca-se no seu discurso anti-Sionista contra as Sociedades Secretas (4), entre elas a mais poderosa (a Reserva Federal) ameaçada de ser impedida de continuar a emitir a moeda nacional a favor de grupos financeiros privados, leit-motiv para a entrada em cena da Mossad. Neste contexto, toda a Administração Kennedy estava cercada de poderosos delegados do Grupo Bilderberg.



Jack Valenti e Lyndon Johnson
Pela natureza das suas funções Hunt é um homem formado para mentir, manipular e aldrabar – e a sua confissão, dando crédito ao seu descrédito, teve amplas honras de difusão nos meios de comunicação. Estaria Hunt a esconder o envolvimento de certas pessoas a quem se manteve fiel, incluindo pessoas que ainda estão vivas? Certamente que sim. É qualquer coisa de verosímil num operacional caçador de escalpes, e as suas declarações só podem ser aceites com cautela e um cepticismo saudável. Apesar de tudo, o cenário descrito onde se desenrola a caça mantém um fundo de verdade. A CIA matou JFK utilizando várias personagens, reais e fictícias, mesmo de figurantes vadios que introduziu em cena para tornar a operação complexa e de investigação extremamente difícil (5)

  
Kennedy foi alvo de 129 tiros dis-
parados de 43 angulos diferentes

Apesar disso, com a profusão de provas obtidas por uma imensa multidão de testemunhas e historiadores, hoje, 50 anos depois, o crime está resolvido. Falta só conseguir que os responsáveis sejam julgados e condenados – isto é, todas as administrações norte americanas que se seguiram àquela fracção de minuto onde foi abatida a ilusão de uma América romântica, sob a mira de uma numerosa equipa de snipers.



Prescott Bush e Nixon
Além de Howard Hunt , quem mais estava nesse momento na Dealey Plaza? Frank Sturgis, David Atlee Phillips, Orlando Bosch, Guillermo Novo, o próprio Herbert Bush. Todos eles membros integrantes da “Operation 40” – e a "Operation 40" é a menina dos olhos do secretário de Estado Allen Dulles, de Richard Nixon, do depois secretário de Estado Henry Kissinger e de George Herbert Bush (depois director da CIA, vice-presidente e presidente dos EUA). Investigando qualquer um dos indivíduos da CIA envolvidos na invasão da Baía dos Porcos, é impossível ignorar ou negar as ligações directas com a criminosa família Bush (6) que se perpetuaram posteriormente em operações secretas na Indochina e na América Latina. George Herbert Bush estava profundamente conectado com um pequeno círculo de elites Texanas ligadas à Máfia, à CIA e aos grupos terroristas Alpha66 de exilados cubanos sediados na Flórida que combatem o regime revolucionário de Cuba. O principal objectivo seria atingido através da Operação Northwoods, conduzida pelo General Lyman Lemnitzer (7) que visa perpretar ataques terroristas contra norte-americanos com a finalidade de culpar Cuba e assim justificar a guerra contra o regime comunista de Fidel Castro. Naturalmente, Kennedy tinha recusado aprovar este plano criminoso que visava primeiro que tudo matar cidadãos norte-americanos.



Esta é na verdade, em linhas gerais, a história real da conspiração, cuja forma mais eficaz de ser combatida é de facto a proliferação de milhares de teorias de conspiração que, consoante o dilúvio de interpretações, ajudam a afogar a verdade.

    notas e fontes
 
 

(1) O homem que matou John F. Kennedy - Listagem dos envolvidos

(2) A teoria da "bala mágica" que atingiu três alvos duma assentada foi desmontada pelo antigo atirador especial da Marinha Craig Roberts

(3) Jack Valenti viria a tornar-se o homem mais poderoso no controlo do meio audiovisual dos Estados Unidos, ao assumir por décadas o cargo de presidente da Motion Picture Association of America. Foi o maior detractor do filme "JFK" de Oliver Stone, o qual apelidou de "uma fraudulenta e monstruosa charada", justificando-se em 1991: "Eu devo tudo aquilo que sou hoje a Lyndon Johnson. Não poderia encarar-me a mim mesmo se ficasse em silêncio permitindo que um cineasta enxovalhasse a sua memória" (fonte)

(4) Discurso anti-Sionista contra as Sociedades Secretas. Concretizando as palavras com actos, ao assinar o Decreto Executivo 11110 que passava para o Estado a emissão de moeda, Kennedy ditou a sua sentença de morte

(5) CIA operatives E. Howard Hunt and Frank Sturgis kill JFK

(6) O ódio dos Bush aos Kennedys remonta aos tempos da Lei Seca, quando os patriarcas dos dois clãs se digladiaram para abastecer ilegalmente o mercado negro de bebidas alcoólicas (ler mais

(7) O general Lemnitzer prestou serviço no "Rockefeller Committee" dando cobertura a Howard Hunt e a Frank Sturgis (ABCNews).

(8) Esta última sinistra personagem, Frank Sturgis, viria já na década de 80 igualmente a ser referenciada como envolvida no assassinato do 1º Ministro Francisco Sá Carneiro e do Ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, no que ficou conhecido como o "Caso Camarate". O facto desta operação se integrar na famosa operação norte-americana "October Surprise" (cujo objecto foi o escândalo Irão-Contras, só pode significar que a natureza criminosa dos sucessivos governos em Portugal desde há 40 anos é equiparada aos seus congéneres criminosos norte-americanos, aos quais todos eles prestam vassalagem.








http://xatoo.blogspot.pt/2013/10/efemeride-o-assassinato-de-john-kennedy.html





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