quinta-feira, 31 de março de 2016

Portugal ameaçado pelo Daesh

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Como escrito há uma semana atrás neste blogue, Portugal poderá ser um dos próximos alvos do Daesh:




Hoje sabe-se que o auto-proclamado Estado Islâmico, há dois dias, num dos seus habituais canais de propaganda ameaça directamente Portugal. Na mensagem pode ler-se: "Hoje Bruxelas e o seu aeroporto e amanhã pode ser Portugal e a Hungria". A mensagem é considerada válida.


O próximo objectivo do Daesh é mostrar que nenhuma capital está a "salvo" inclusive os países periféricos, como è o caso de Portugal.




Há um mês, um militante francês do Estado Islâmico protagonizou o último vídeo publicado pela organização ameaçando novamente o Ocidente com novos e violentos ataques.


O homem, que durante o vídeo é filmado a executar um homem acusado de ser espião a tiro, aparece com a cara quase totalmente tapada, deixando apenas parte do cabelo loiro à vista. Durante a gravação, o jihadista diz que fala directamente para os inimigos do ‘daesh’ e que estes podem esperar um ataque tão violento “que os vão fazer esquecer o 11 de setembro”.


No entanto, o francês centra os avisos na Península Ibérica, referindo-se à recuperação de Al-Andalus (nome pelo qual era designada a Península Ibérica durante os séculos de hegemonia muçulmana): “A Península Ibérica jamais será esquecida (…) Al-Andalus tem paciência. Não eras espanhola nem portuguesa, mas sim muçulmana”.

Oh querida Al-Andalus! Pensaste que te tínhamos esquecido. Juro por Deus que jamais o fizemos. Nenhum muçulmano pode esquecer Córdova, Toledo e Xátiva (Valência). Há muitos muçulmanos sinceros e fiéis que juram recuperar Al-Andalus”, diz o militante durante o vídeo.

No final do discurso, faz-se uma promessa: “Juro que pagareis um preço muito alto e que o vosso final será muito doloroso. Se Deus quiser, recuperaremos Al-Andalus.”


As imagens, que terão sido filmadas no norte do Iraque, mostram ainda quatro outros militantes a executar cinco homens que falam em árabe.








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A China à conquista da Sibéria

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Ao norte da China estende-se a vasta zona russa da Sibéria, que vai de Vladivostok à Mongólia, com uma superfície equivalente à da Europa, povoada por 6 milhões de habitantes. Do lado chinês, três províncias, com 150 milhões de habitantes ávidos de expansão.


O interesse dos chineses nesta zona não se limita só ao petróleo, gás ao minerais (sobretudo ferro) necessários à economia deste país em pleno desenvolvimento, como Birobijan a 100 quilómetros da fronteira, mas também ao território em si.



 

Calcula-se que na Sibéria oriental existem cerca de 300 000 chineses.


Outrora proibida aos estrangeiros, desde a queda da URSS que são cada vez mais os chineses a instalarem-se do outro lado da fronteira. Esta presença começa a preocupar as autoridades locais.


Ao longo da fronteira russa com a China, existe uma destruição sistemática da floresta que abastece redes mafiosas de exportação para a China que a trata e reenvia para o mercado mundial. Esta destruição poderá colocar em perigo daqui a 20 ou 30 anos a floresta boreal.


Os chineses aproveitam amplamente a corrupção endémica russa. Em Dalnerechensk, ponto de passagem para a madeira da Sibéria, as regras são conhecidas: a polícia local recebe 200 a 300 dólares por cada camião (10% do valor do carregamento) para fechar os olhos.


Pela noite dentro numerosos são os camiões que assim atravessam a fronteira sem qualquer controle. A polícia local chega mesmo a servir de escolta nestas operações.


Em Vladivostok, 70% dos negócios estão nas mãos dos chineses. Muitas das empresas chinesas têm como representante um russo que serve de "testa-de-ferro" a essas empresas.


Perto de Khabarovsk, a 800 Km de Vladivostok, na ilha de Bolchoï Oussouriisk, a Rússia aceitou vender metade da ilha à China em 2004. Actualmente no lado chinês existe um aeroporto, centros comerciais e parques de distracção, uma espécie de mini-Hongkong. No lado russo, apenas alguns estábulos e uma igreja.


A verdade é que o poder central russo tem esquecido e menosprezado as populações da Sibéria. Esta região só serve para produzir matérias primas, sem que tenha sido feito qualquer investimento para melhorar as condições de vida dos seus habitantes.






Um oleoduto com 1 000 Km liga a cidade de Angarsk, a leste da Sibéria, à cidade chinesa de Daqing. Custo? 25 mil milhões de dólares, em grande parte pagos pela China. Contrapartida: 300 000 barris de petróleo por dia durante 20 anos. 








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segunda-feira, 28 de março de 2016

A verdade por trás dos atentados terroristas

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A vaga de atentados terroristas atinge Paris, Londres, Madrid ou Bruxelas, mas não a Alemanha ou a Polónia. Porquê?

Porque é que certos países são atingidos e outros não? 






Claro que a explicação mais simplista, é que estes países são os mais interventivos contra o Daesh.

Pode ser verdade para alguns, mas não para a Espanha ou a Bélgica, com pouca ou nenhuma intervenção.


Além disso alguns são altamente interventivos contra o Daesh, como os Estados Unidos ou a Rússia e não têm esses atentados.




Claro que a explicação é que esses países têm um sistema de segurança altamente eficiente, e que por isso não sujeitos a atentados.

Mas a Bélgica, centro das instituições europeias, também tem alta protecção.



Porquê alguns países da Europa?

Estes simples facto faz suspeitar que existe por trás destes atentados suicidas um plano mais vasto que se alimenta desses mesmos atentados.



Os bombistas suicidas são "fabricados"?

Não foi Al-Qaeda financiada e armada pelos Estados Unidos? Após o declínio dessa organização, o Daesh  não é financiado pela Arábia Saudita, mantendo o seu regime com a conivência do ocidente?


Os vários atentados alimentam-se do salafismo, financiado pelos países do golfe, com a Arábia Saudita à cabeça. Esse país foi construído artificialmente, após a retirada do Reino Unido da região. É esse país que financia as madrassas extremistas espelhadas pelo mundo com o dinheiro do petróleo.


Apesar de seguir uma linha dura do Islão, com censura e em que as mulheres são subjugadas, é apoiada pelos países ocidentais.  Petróleo obriga.



O Islão não é sinónimo de violência?

O islamismo não apregoa a violência, tal como a igreja cristã também não, o problema é o aproveitamento político que esses países fazem da religião com fins políticos.


O objectivo último é manter a actual sistema capitalista, dominado pelas grandes multinacionais, através de atentados indiscriminados elaborados para manter as populações sob o medo e aceitar o sistema vigente.



Mas então é tudo mentira? Não existem efectivamente atentados?

Existem atentados, mas o objectivo é geopolítico. Isto é, os atentados fazem parte de um esquema mais vasto do que os simples atentados. Manter o medo e fazer pairar que todos podemos ser vítimas, para manter o status quo existente do sistema capitalista, que acabamos por aceitar como o mal menor.



Os malditos muçulmanos não são os responsáveis por esses atentados?

Nada menos seguro. Claro que são muçulmanos. Mas quem são esses muçulmanos. Indivíduos perdidos em bairros insalubres nas periferias das grandes cidades europeias, sem qualquer esperança de vida. Presas fáceis de extremismo.


Aliciados por ideologias extremistas de grupos religiosos, grupos esses manipulados por gurus ao serviço de países estrangeiros. Esses indíviduos tudo farão para satisfazer as suas frustrações, mesmo matar outros seres humanos, muitas vezes irmãos muçulmanos.


Recebendo financiamento e armas, dos Estados Unidos e Reino Unidos, através das monarquias dos países do golfe, teremos combatentes prontos a executar a ideologia programada: fazerem atentados.



Mas então não existem mesmo bombistas suicidas? 

Muitos dos suposto bombistas suicidas não sabem bem qual a sua missão, estão muitas das vezes drogados ou mentalmente programados para executarem uma determinada tarefa da qual não fazem ideia qual o objectivo final.


Isto explica as incongruências dos vários atentados, já referidas neste blogue. 


Prova disso, são os bombistas suicidas que explodem sozinho sem qualquer vítima à sua volta, talvez explodidos à distância. Simples elementos do puzzle. 



Então o que é que está em causa nos atentados?

O que está realmente em causa, além de limitar as nossas liberdades para maior controle das populações, é uma guerra geopolítica para controle de uma região (veja-se as "primaveras árabes) e controle das matérias primas.


Através deste mecanismo de atentados contra o ocidente (a Europa), os planos das multinacionais (americanas e britânicas) controlam ao mesmo tempo qualquer veleidade de autonomia dos povos europeus e controlam o petróleo e gás natural que a abastece.


O sistema ultra-capitalista não tem qualquer problema de consciência em matar alguns dos seus sudbditos para manter o seu poder. Pode chocar muitas pessoas menos atentas, mas numerosos são os casos na história em que tiveram de matar alguns dos seus com false-flag para manterem o seu poder.


Têm ainda como consequência dominar o continente europeu (como outrora o fez com a América do Sul) e contrariar a influência da Rússia.








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sexta-feira, 25 de março de 2016

Para que servem os atentados suicidas ?

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Nada mais traumatizante, para as populações em geral, do que um atentado suicida. É como uma mão invisível e mortal que paira sobre as nossas vidas e que nos pode matar indiscriminadamente sem que sejamos responsável pelas causas desse acto perpetrado.


O motivo que nos é apresentado, para esta vaga de atentados, é misterioso. Dizem-nos que são fanáticos, que querem conquistar o mundo ou que a morte para eles é como uma benção divina.


Temos razão em estarmos perplexos. O que pode levar um qualquer ser humano a morrer (mesmo como mártir) e no seu acto matar outros seres humanos?









A nossa mente não está preparada para compreender o suicídio porque o ser humano está programado para sobreviver. Também não está preparada para aceitar atentados suicidas. Quando o objectivo desses atentados é uma revindicação política ou territorial, apesar de não aceitarmos, compreendemos.


Uma das maneiras de nos fazer aceitar a origem destes atentados é de repetir vezes sem conta que está no fanatismo religioso. Pronto, já estamos preparados para aceitar a origem, dado que tantos meses com a repetição da mesma informação nos faz, pouco a pouco, consentir com a causa.


Agora já estamos preparados para sermos anestesiados pela inundação de imagens televisiveis, passadas vezes sem conta, frequentemente as mesmas durante horas, de vítimas, de testemunhos e de sangue.


Inconscientemente revemo-nos como potenciais vítimas. Poderíamos ser nós as vitimas, dado que frequentamos esses mesmos lugares comuns.


Qualquer um de nós acaba por sofrer de um stress pós-traumático que condiciona pouco a pouco a nossa forma de pensar, de encarar o futuro e que nos deprime. Estamos, então, condicionados para aceitar qualquer solução, mesmo a de aceitar um perda da nossa liberdade para evitar o medo.


Coagidos pelo medo, que inibe o nosso poder crítico, leva-nos a aceitar as forças que nos governam como dirigentes inquestionáveis do nosso destino, dado que não conseguimos raciocinar de forma objectiva.


Tentamos encontrar respostas, e a respostas que nos propões é que se trata de fanatismo religioso, que "essa gente" (o outro) está disposto a morrer por fanatismo e que pouco podemos fazer, a não ser confiar em quem nos governa e nos protege.


Explicações simplistas que aceitamos como causa e soluções, sem nos questionarmos.


Mas...





- Porque é que os atentados suicidas se tornaram "moda" após o 11 de setembro?


- Se "essa gente" não tem medo de morrer, porque é que nesses países a pena de morte é tão frequentemente aplicada como dissuasora?


- Porque é que, no Iraque por exemplo, os extremistas realizam atentados suicidas matando o seu próprio povo e não o ocupante?


- Porque é que estes extremistas religiosos, que têm como infiéis as outras religiões,  não cometem atentados suicidas contra locais de culto cristão ou judaico?


- Porque é que estes fanáticos não comentem atentados suicidas contras as instituições políticas que combatem?




A teoria de grupos fanáticos religiosos que querem o fim do "nosso modo de vida" e que para isso nos matam, sem qualquer outra explicação, parece muito pouco plausível. Não vemos qual o objectivo a não ser a sua próprio descredibilidade sem qualquer retorno positivo. 


Nestes casos, matar inocentes, só por matar, não satisfaz qualquer objectivo concreto desses grupos, como também não faz qualquer sentido um determinado grupo terrorista iraniano matar milhares dos seus (iraquianos) como resposta à ocupação americana no seu país.








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quarta-feira, 23 de março de 2016

Portugal pode ser um dos próximos alvos de atentados terroristas

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Os atentados terroristas têm-se multiplicado de forma crescente nestes últimos anos, agora meses ou semanas. Este tipo de atentados vão aumentar, tendo como alvo mais países europeus. 


As principais capitais europeias já foram atingidas: Paris, Madrid, Londres ou Bruxelas. O próximo objectivo, tudo leva crer, são os países europeus periféricos, para mostrar que qualquer país pode ser atingido.


Neste contexto, Portugal pode ser o próximo alvo por várias razões.




Portugal alvo potencial. 

Dos países periféricos europeus, Portugal é um país que pertence à NATO, tem relações privilegiadas com os Estados Unidos (base da Lajes), tem um governo pouco ortodoxo em relação aos padrões da Comissão Europeia e é acessível a qualquer penetração terrorista.


É de crer que a ameaça terrorista se queira espalhar por toda a Europa, nos próximos meses, deixando de se focar no países europeus dominantes, o que já fizeram.


Segundo o padrão dos recentes atentados, a alvo é sempre a capital desses países, portanto no caso português será sempre Lisboa.




Os alvos privilegiados em Lisboa são:


- A ponte 25 de Abril, símbolo nacional com um comboio que passa por baixo dela.

- O metro, usado habitualmente para fazer um número de vítimas elevado, neste caso toda a rede lisboeta pode ser alvo de atentados.

- Uma estação ferroviária importante, tal como a gare do Oriente, e em menor grau a estação de Santa Apolónia ou do Cais do Sodré.

- Aeroporto de Lisboa.

- Os dois principais centros comerciais: Colombo e Vasco da Gama.

- Um evento desportivo futbelístico internacional, como o do programado Portugal-Bélgica ou outro.




A tranquilidade dos países periféricos europeus deve-se preparar para atentados suicídios futuros. 



Surpreendentemente, o "fanatismo" religioso que os média referem como a causa destes atentados suicidas, nunca têm como alvo locais de culto religioso como o Vaticano, Fátima ou Notre-Dame.
Curiosamente também nunca atingem edifícios militares ou centros de decisões da União Europeia, teoricamente os promotores de todos os pecados atribuídos ao ocidente.








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terça-feira, 22 de março de 2016

Quem beneficia com os atentados suicidas ?

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Os atentados suicidas são uma arma de reivindicação política ou territorial, mas no caso do Daesh estes atentados fazem muito pouco sentido. 

A verdadeira questão é analisar quem beneficia com todos estes recentes atentados.




Todos nós nos lembramos dos kamikazes japoneses que durante a segunda guerra mundial esmagavam os seus aviões sobre os navios americanos para os destruir. Perdiam a vida por uma causa, fazia parte de uma táctica de guerra.


Os terroristas palestinianos também cometiam atentados "espectaculares" matando inocentes, mas tinham um objectivo: a libertação da Palestina.


Mais tarde os atentados suicidas continuaram a ser uma arma para reivindicar objectivos territoriais ou políticos.







Objectivos vagos dos actuais atentados. 

Nos recentes casos de atentados suicidas, os objectivos são vagos, não se percebe muito bem quais são as reivindicações e objectivos do Daesh.


No caso do Daesh, atribui-se os atentados suicidas a fanáticos religiosos que acreditam numa vida após a morte como mártires com histórias rocambolescas como virgens no paraíso.


Na realidade, tanto o Corão como os hadiths não referem qualquer evocação do suicida como forma de luta. Estes texto condenam o suicídio como forma de morte, sendo os seus autores condenados ao inferno.


Portanto a haver atentados suicidas, não o serão por motivos puramente religiosos. Então estes atentados reivendicam o quê? Um movimento político? A autonomia de um povo? A independência de um povo?


Nada disto... 




Qual o beneficio directo de tais atentados suicidas?


Muito pouco, a não ser criar um medo generalizado nas populações ocidentais, em que qualquer pessoa pode ser morta inocentemente. Mas será esse o objectivo do Daesh?






Criar o medo nas populações ocidentais serve de alguma maneira os interesse do Daesh?


Tudos estes atentados não parecem ter qualquer retorno positivo para o Daesh.


Então, se não é o Daesh, quem beneficia com esta sucessão de atentados suicidas na Europa?




Temos de considerar várias hipóteses e questões para os explicar:



- Os combatentes do Daesh foram formados e financiados pelos Estados Unidos através da Arábia Saudita.


- Durante meses o Daesh foi combatido pela NATO por pequenos raids aéreos inofensivos, sendo que esta estava era preocupada em apoiar os "rebeldes" sírios, para destituir Bachar Al-Assad.


- Continua a ser um grande mistério, como é que os combatentes do Daesh conseguem tomar conta e continuar a produzir petróleo nas zonas conquistadas sem qualquer know-how?


- Como é que o Daesh consegue transportar o petróleo em camiões através do deserto sem ser incomodado pela vigilância satélite da NATO?


- Quem financia (realmente) o Daesh e que beneficia do petróleo produzido nas zonas por ele controlado?


- Como é que matar gente indiscriminadamente, sem serem reais alvo políticos, quando poderia ser feito, serve os interesses do Daesh?


- Porque é que a Alemanha nunca foi atingida?


- Porque é que os Estados Unidos não são atingido (se exceptuar-mos o mal explicado 11 de setembro de há quinze anos)?


- Porque é que países como Portugal, Itália ou Grécia não são alvo de tais atentados?


- Porque é que invariavelmente está presente um passaporte que identifica os suspeitos?


- Porque é que alguns dos suicidas de paris apenas mataram o próprio?


- Porque é que a polícia belga diz que Salah Abdeslam, o suposto cérebro dos atentados de Paris, está a colaborar com a polícia, quando estava pronto a morrer?









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sexta-feira, 18 de março de 2016

Golpe de Estado em curso no Brasil?

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Existe corrupção no Brasil? Claro que sim, como na grande maioria dos países da América do Sul e Central e em todos os países africanos!


Essa mesma corrupção também existe na América do Norte e na Europa, mas nestes países veste uma forma mais subtil, porque exercida por grandes empresas multinacionais com a conivência do poder jurídico e que contagia o poder político instalado por essas economias dominantes.









A ilusão de alternância do poder.


Claro que se alega, que no países democráticos, de quatro em quatro anos podemos mudar o rumo das políticas instaladas. Mas essa "alternância" coloca no poder sempre os mesmos, numa rotatividade perversa. Promove apenas uma sensação popular de mudança quando na realidade os lugares e os tachos são sempre ocupados pelos mesmos do costume, estão sempre nos lugares dominantes.


Será que o voto é livre quando os média dominantes nos "fazem" escolher um determinado candidato?


Os portugueses não escolheram recentemente o "simpático" candidato presidencial promovido durante mais de uma década pelos média dominantes?


Pois é, quando alguém tenta quebrar este ciclo vicioso é atacado pelos média, isto é, pelo poder instituído, que quer manter os seus privilégios.









Diferenças entre país "desenvolvidos" e "subdesenvolvidos".


A principal diferença é que nos países ocidentais as leis existentes estão de tal forma construídas que nos fazem crer que qualquer indivíduo está protegido por essas mesmas leis, quando na verdade está subjugado ao poder económico vigente através dos grandes grupos de advogados que introduziram nessas mesmas leis de maneira as contornar.


Nos países ditos subdesenvolvidos as leis são mais rudimentares, só existem para fazer crer que existe uma real separação de poder, entre o executivo, o legislativo e o (teoricamente independente) judicial.


No caso do Brasil, todas as leis existentes estão a ser subjugadas por interesse económicos dominados por grupos com interesses americanos na região, prova disso: detenção arbitrária de um cidadão sem causa formada (o ex-presidente Lula) e sobreposição de interesses do poder judicial (perdendo toda a sua imparcialidade) sobre os outros poderes.


Quando não se inventam rebeliões de "primaveras árabes" ou quando já não é possível pura e simplesmente destituir um dirigente para colocar no poder um feito à nossa medida, utiliza-se o poder jurídico vigente para depor regimes incómodos.


Estamos perante um "suave" golpe de estado patrocinado pelos média nas mãos de capitais estrangeiros.








Reflexões de José Mujica...

"Dá a impressão que existe uma espécie de cabaré jurídico no Brasil. Isso também acontece noutros países. Tem gente na Justiça que cria denúncias muito espalhafatosas, feitas sob medida para ter repercussão na imprensa .Estão desesperados por encontrar qualquer coisa que desacredite o Lula".


"Acho que há interesses muito pesados em jogo, a respeito de tudo isso que acontece com o Lula, eu não poderia dizer se é esse ou aquele grupo que está envolvido, mas que há gente interessada em tirar o Lula da disputa presidencial, da disputa política".


"Não tenho dúvidas que há gente nos Estados Unidos que está incómoda com o Brasil, que sente que o Brasil pisou no calo deles em alguns assuntos".


"Golpe no Brasil? Veja, eu vou te responder com uma anedota, uma coisa caraterística do meu país: nos bairros populares, onde vive o povo pobre, as pessoas dizem "eu não acredito em bruxas, mas que elas existem , existem". Isso é o que eu diria , sobre um golpe no Brasil, entende?"



A sociedade brasileira está fracturada entre os que querem voltar ao passado e os que não aceitam o domínio estrangeiro. Oxalá saiba escolher uma via independente para o seu povo.







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quinta-feira, 17 de março de 2016

Brasil: e se se trata-se de um golpe de Estado...

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Independentemente das acusações jurídicas sobre Lula, convém ver o que realmente está em causa: a destruição de um país que teve a ousadia de se intrometer nas regras da economia mundial dominada pelos Estados Unidos.



 


Os BRIC: uma utopia?


Lula foi o porta-voz de "um outro mundo possível ao movimento alter-mundialista com propostas para sair da crise e do sistema". As oligarquias mundiais nunca lhe perdoaram tais veleidades.


Desde a criação do acrónimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) pelo banco Goldman Sachs, que estas potências emergentes estavam destinadas a ter um papel fundamental no mundo económico e financeiro: um crescimento sustentado, recursos naturais e uma economia estabilizada. Mas também estavam condenadas ao fracasso por serem intoleráveis perante o sistema mundial vigente.


Lula lembrava nas Nações Unidas, em 2008, em plena crise financeira, que apesar da anarquia dos mercados, "desde 2003, o Brasil criou 10 milhões de postos de trabalho, conseguiu redistribuir a riqueza, melhorou os serviços públicos, tirou 9 milhões de pessoas da pobreza extrema e conseguiu que 20 milhões de pessoas atingissem o estatuto de classe média".


Estávamos na época brasileira da utopia e de que um mundo melhor e diferente era possível. Nada menos verdade, esta seria absorvida, pouco a pouco, pelo implacável sistema dominado pelos interesses das grandes multinacionais e ditadura das grandes potências.









Os BRIC: um alvo a abater...


Os BRIC eram uma afronta ao sistema vigente dominado pelas multinacionais americana e britânicas e a suas pretensões de um sistema monetário alternativo à ditadura do dólar, petro-dólar.. Chegaram a constituir o seu sistema bancária e a recusar transacionar as suas economias em dólares.


Esta situação explica que esses países tenham sido alvo de vários ataques.


A Rússia, foi atacada com o problema da Ucrânia, liderada por revoltas nacionalistas promovidas pelo ocidente. Foi alvo de ataques à sua moeda nacional. Foi acusada e diabolizada pelos meios da comunicação social pelos seus "ataques" contra "rebeldes" na guerra contra o Daesh. Isto além da "inundação" mundial de petróleo por parte da Arábia Saudita e Qatar para prejudicar as exportações de petróleo por parte da Rússia e assim fragilizar a sua economia.


A China foi alvo de ataques bolsistas e acusada de "agressões" no mar da China meridional.


Sendo a Índia um país à parte, de difícil controle e ainda pouco influente, sobrava o elo mais fraco: o Brasil.




Reconquistar o Brasil...


Os Estados Unidos nunca viram com bons olhos este país emergente, outrora sob seu controle, com líderes escolhidos por si. Subitamente este país tinha-se tornado na oitava potência económica mundial com taxas de crescimento de 7%.


Petrobas era uma empresa estatal muito eficaz e representava 18% do PIB brasileiro. Este estatuto, juntamente com a descoberta de enormes reservas na chamada "Pré-Sal", vendida a preço de saldo a empresas americanas, representava o início do fim desta empresa estatal.




Os BRIC tentaram mudar as regras do jogo internacional no mercado mundial, mas ainda não foram suficientemente fortes para mudar o mundo.


Tudo isto não vai impedir um golpe de estado institucional no Brasil. Existem várias forças aliadas para derrubar o poder brasileiro: os média na mão do capital, o poder judicial e a maioria do poder legislativo. 


Isto assemelha-se a mais um golpe de estado, desta vez sob a forma de um processo judicial. Uma velha forma de um suave golpe de estado, para mudar o sistema político actual, substituído-o por um outro mais conforme às regras ditadas pelo sistema hegemónico vigente.












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terça-feira, 15 de março de 2016

A Síria: um obstáculo na geopolítica mundial

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Porque é que a Síria, um pequeno país do Médio-Oriente, se tornou num palco de conflitos nos últimos anos?


Esqueçam as divisões internas, que existem, e as revoltas contra o poder central de Bachar Al-Assad, que também existem.


O que está em causa é a estratégia americana para asfixiar a Rússia, através da limitação das suas exportações de petróleo e gás natural para a Europa. 


Em alternativa as essas matérias primas propõem os  produtos de países "amigos" dominados pelos Estados Unidos.







Temos aqui, neste mapa, uma ideia do abastecimento da Europa, através dos vários oleodutos e gasodutos:




Confuso? Sem dúvida, mas mostra quanto a Europa está dependente do petróleo e do gás natural proveniente da Rússia.





No mapa abaixo, temos apenas as alternativas ao petróleo e gás russo:




- Temos o oleoduto Nabucco, que transporta o petróleo e gás desde Baku, Azerbaijão antigo país da URSS, actualmente sob controle americano e que passa pela Turquia.


- Depois temos o contestado oleoduto islâmico com origem no Irão, que passa pelo destruído Iraque e depois pela Síria.


- Finalmente, o mais importante, a aposta americana: oleoduto e gasoduto com proveniência no Catar, que passa pela Arábia Saudita (amigo americano) e que também deverá passar pela Síria para abastecer a Europa.


Exceptuado o oleoduto de Nabucco, as soluções passam por atravessar a Síria, daí a sua importância e fonte dos actuais conflitos. Agora as coisas ficam mais claras, a saber porque é que este pequeno país se tornou subitamente fonte de tantas guerras.




O pecado de Bachar Al-Assad...


Em 2002, a Turquia e o Catar chegaram a um acordo para o transporte de gás e petróleo para abastecer a Europa, mas esse transporte deveria obrigatoriamente de passar pela Síria.


Quando foi colocada a questão do consentimento a Bachar Al-Assad da passagem desses oleodutos e gasodutos, este recusou para proteger os interesses do seu aliado Russo.


Progressivamente foram instigados e armados "rebeldes" anti Bachar Al-Assad para o eliminar do poder e instalar uma marioneta conivente com os Estados Unidos para depois dar o seu "ámen" ao projeto.




Um conflito com cheiro a gás e petróleo... 
 

De um lado temos os países ocidentais, a Turquia e as monarquias do Golfo, do outro, temos a Rússia, o Irão e a Síria.


No meio deste conflito, a cidade de Homs, tão badalada nos últimos meses, que representa um ponto de passagem obrigatório, isto para além de ter sido descoberto nesta zona de uma importante reserva de gás natural.









Retirada inesperada da Rússia...


Após cinco meses de bombardeamentos, a Rússia conseguiu derrotar muitas das posições do Daesh e dos rebeldes.  Por esta via, conseguiu voltar a dominar a geopolítica mundial. Mas retira-se sem que a questão da Síria e do seu líder esteja resolvida pode parecer um mistério.


É de supor que esta retirada tenha sido negociada com os Estados Unidos para assegurar a manutenção de Bachar Al-Assad no poder como contrapartida da aceitação do "pipeline islâmico". 


Vamos portanto ter um Status quo entre os interesses americanos e russos na região, tendo os Estados Unidos e seus aliados desde já perdido "esta guerra".









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quinta-feira, 10 de março de 2016

O estranho caso das listas do Daesh

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Um suposto dissidente do Daesh entregou à televisão britânica "Sky News" documentos com milhares de nomes e outras informações preciosas sobre a organização terrorista.

É a maior e mais importante fuga de informação dos últimos tempo.

Convém estarmos atentos a este súbito fluxo de "informação preciosa" e sobretudo às incoerências nele contido.

Mas vamos por partes...





Mais um arrependido...

Este fluxo de informações confidenciais lembra fluxos semelhantes, proveniente de delatores ou heróis que lutam pela liberdade de informação, como Julian Assange ou Edward Snowden.


O primeiro revelou documentos secretos sobre as práticas do Exercito americano, coisas que todos nós já sabíamos, e o segundo sobre a vigilância da NSA que também todos já conhecíamos.


Agora estamos perante mais uma revelação semelhante. Dados pessoais dos membros do Daesh que seguramente, com as técnicas actuais de controle satélite das comunicações, os países ocidentais, já sabiam.




Porquê entregues a uma televisão?

Uma das questões que nos deixa perplexos é: porque é que um suposto arrependido do Daesh vai entregar a uma televisão (?) britânica (?) dados altamente secretos e não às autoridades policiais competentes e porquê à Grã-Bretanha?


Porque é que uma televisão detém informações confidenciais, dignas de um filme de James Bond? Os documentos secretos, como o seu nome indica, são secretos, e não para serem divulgados. Porquê esta divulgação?


Não é esse país ocidental, que apesar de todos os meios de satélites não consegue ver milhares de islamitas radicais a percorrer o deserto em direcção a Kobane, no norte da Síria, para irem matar civis, quando esses satélites conseguem ler a hora que marca os nossos relógios de pulso?




Muitas coisas não batem certo...

É pouco provável que os milhares de ficheiros roubados estariam na posse de um "chefe da polícia".


Nos documentos temos duas bandeiras, uma das quais desconhecidas. 


O nome referido é o de "Estado islâmico do Iraque e da Síria", antigo nome do Estado Islâmico, já não utilizado.


Os documentos não são manuscritos, isto é escritos à mão pelos suposto aderente aos Daesh, mas sim processado por computador.


É no mínimo curioso que um dos itens seja a revelação do grupo sanguíneo do jihadista. Para quê? Para uma eventual transfusão de um membro em pleno deserto ou de um bombista suicida "feito em papa"?


O documento tem um símbolo não fazendo parte dos documentos habituais, uma espécie de "pin" utilizado por vídeos antigos do Daesh.


Os documentos são assinados pela "Direcção Geral das Fronteiras", uma denominação desconhecida pelo Daesh que não reconhece fronteiras.


As declarações proferidas pelo arrependido, perante as câmaras de televisão, pode ser facilmente identificado pelos seus pares.

 

 





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terça-feira, 8 de março de 2016

Eva, um erro divino ?

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E Deus criou o homem "à sua imagem", relata a mitologia católica na Bíblia. Isto é criou-o homem e perfeito. E chamou-o Adão.


Vendo que estava sozinho na imensidão do paraíso, tirou uma das suas costelas e fabricou um ser com um aspecto físico um pouco diferente do seu. Ele disse-lhe que era uma mulher e que se chamava Eva.


Deus tinha como ideia de dar à sua fotocópia terrestre alguém que o distraísse, para poder conversar com ele. O Todo-Poderoso achava que não era requintado que a sua criatura passasse o seu tempo a amestrar papagaios, cães, chimpanzés ou qualquer outro animal que passeavam por lá.


Deus adverte Adão e a sua costela que eles poderiam aproveitar todo e comer tudo, excepto a um fruto que lhes era proibido. Deus sabia que Adão nunca lhe iria desobedecer. Mas com Eva, era uma história diferente, porque ele não a tinha feito "à sua imagem". Ela era simplesmente humana e portanto, imperfeita.


Deus, apesar do seu "infinito conhecimento" do futuro, não tinha previsto o que se iria passar no paraíso.


Eva tinha chegado ao mundo feliz e vivendo com prazer tudo à sua volta. Brincava com os animais e até com Adão, quando este a deixava. O que acontecia muito poucas vezes, dado que sendo perfeito, era um sábio.


Como ela era curiosa e desejosa em aprender, descobriu que o seu fruto não era o mesmo do seu companheiro. Adão nem sequer deu por isso. A sua sabedoria não lhe permitia reparar nesse tipo de pormenores.


Explorando o seu corpo, reparou que o seu fruto era fonte de agradáveis sensações. E pensou: se esse fruto lhe dava prazer, porque é que aquele senhor barbudo, com olhos claros, pele branca e que dissimulava o seu corpo por detrás de uma nuvem, dizia que era proibido?


O que Eva não poderia saber é que Deus ignorava a imperfecção. E que no que diz respeito às mulheres, sabia muito pouco, dado que nunca tinha tido nenhuma. Nunca poderia saber como a sua pele é sensível.


Foi assim que de risadas, cócegas e outros beijos, Eva conduziu Adão ao pecado. Ele não consegui resistir à tentação. Eva fez-lhe perder a cabeça. 


Foi começando a comer a maça que se escondia entre as pernas de Eva e Adão chegou à conclusão que mais valia ser humano que perfeito. 


A Bíblia não o refere, mas tiveram tanto prazer que se sentiram no paraíso.




Todas as mulheres que queiram redimir-se e afastarem-se do caminho traçado por Eva, devem possuir os méritos e as qualidades de São Paulo, apostolo de Jesus, para quem as mulheres acendem velas e rezam, e as definiu assim: obedecerem, servirem e calarem-se ... em proveitos dos Adãos, claro.

Mas algumas Evas não pensam assim...









Texto de: Gernando Calvo Ospina, jornalista e escritor colombiano, refugiado em França.
Tradução: Octopus





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segunda-feira, 7 de março de 2016

Honduras: violência sem fim à vista

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Tráfico de droga, extorsão e proxenetismo, o Honduras é o país mais violento do mundo com a maior taxa de homicídios mundial. É dominado por gangues violentos.

Um caso extremo que também gangrena, em menor escala, muitos outros países, alguns dos quais ocidentais.






A maior taxa mundial de homicídios...

O Honduras é um pequeno país da América Central, com uma superfície ligeiramente maior que Portugal e uma população de 8 500 000 de habitantes.


San Pedro Sula, com uma população de mais de 500 000 habitantes é a segunda cidade mais povoada (a seguir à capital Tegucigalpa) e é a cidade com a maior taxa de homicídios do mundo com 170 mortos por 100 000 habitantes, 16 vezes mais elevada que em São Paulo, no Brasil.


A taxa de homicídios, no Honduras, é a mais alta do mundo com 90 mortes por 100 000 habitantes, 100 vezes mais do que em França e 25 vezes mais do que nos Estados Unidos. 









Os gangues ditam as leis...

Nos bairros mais violentos da cidade de San Pedro Sula, como o de Rivera, às oito da noite não se vê ninguém nas ruas. 


A Polícia Nacional, com apenas 700 efectivos para toda a cidade, não penetra na maioria das zonas da cidade, a Polícia Militar também não, essas patrulhas estão a cargo de uma força especial, transportada em blindados, chamada Chamelecón.


Aqui quem dita as leis são os gangues Mara Salvatrucha e Mara 18. A lei hondurenha permite que cada cidadão possa ser dono de cinco armas. Qualquer mercado, farmácia ou restaurante tem um guarda armado.







Maras e suas origens...

O quartel general do crime de San Pedro Sula é pardoxalmente a prisão central. Com cerca de 2 300 presos, os criminosos continuam a controlar a cidade. São eles que fazem as leis, circulam à vontade na prisão, como se de uma pequena vila se tratasse, com zonas de comercio, de lazer e controle dos postos de vigilância.


Os Maras são gangues armados que controlam o tráfico de estupefacientes.


O nome "Maras" vem da abreviatura de marabunta, formigas "caçadoras" que promovem grande destruição quando se deslocam em grande número.


Os Maras estão sobretudo presentes no Honduras, El Salvador e Guatemala, em menor grau no México, na Nicarágua e na Costa Rica. 


Os dois principais são o Mara 18 (M18), em referência à 18ª rua de Los Angeles, inicialmente composto por mexicanos, e o Mara Salvatrucha 13 (MS13), em referência à 13ª rua de Los Angeles, formado inicialmente por salvadorenhos.


Após os desacatos de 1992 em Los Angeles, os Estados Unidos decidiram a expulsão de todos os implicados em gangues violentos. Esta decisão fez com que fossem "colonizar" grande parte dos seus países de origem, sendo muitas vezes acolhidos como heróis. 


Chegados aos países de origem, e alguns países vizinhos, impuseram as suas leis com a conivência de Estados demasiado fracos e corruptos. Foram conquistando bairros e territórios cada vez mais extensos extorquindo as suas populações.


Esses bairros foram pouco a pouco delimitados por graffitis e por tatuagens dos seus membros. Vivem do tráfico de droga, vinda da América do Sul em direcção aos Estados Unidos. Lutam entre eles com assassinatos para conquistar uma parcelas de território. São maioritariamente compostos por adolescentes.








Sem fim à vista...

Uma verdadeira economia subterrânea mais rentável que a economia real domina o país. 80% dos carros existentes no país são provenientes de tráfico ilegal com origem nos Estados unidos.


Quase todos os membros das Maras exibem imponentes tatuagens do seu gangue e que serve de aviso aos gangues rivais, assim como uma sensação de pertença a um determinado grupo social que representa a sua "família".


A integração nestes gangues está sujeita a um ritual que passa por matar um rival. A partir daí, as suas vidas limitam-se a matar ou serem mortos.


A polícia local tornou-se quase tão perigosa quanto os gangues. De dia obtêm os seus lucro à custa dos automobilistas e à noite participam no crime organizado. Quando não são os cabecilhas de grupos de narcotráficos, fecham os olhos para perpetuar os crimes.


O erro é ver a situação do Honduras como um caso isolado. Existem numerosos bairro no mundo, muitos deles nos países ocidentais com os mesmos problemas. Mais tarde ou mais cedo ficarão incontroláveis.


Neste caso, 51% da população do Honduras tem menos de 18 anos, 40% vive abaixo do limiar da pobreza e a emigração implodiu as famílias. 14 homicídios por dia. qual o futuro?







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sábado, 5 de março de 2016

O dinheiro não existe

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Quando pensamos na criação de dinheiro, vem-nos logo à ideia uma impressora de dinheiro a imprimir as notas que utilizamos todos os dia. Portanto bastaria imprimir mais notas quando necessário.


Na realidade, o dinheiro criado pelos Estados representa apenas 5% de todo aquele que existe em circulação. 95% de toda a massa monetária em circulação deve-se a um reconhecimento de dívida a um qualquer banco.





Vamos a um exemplo prático: 
um banco empresta-vos 100 euros com 10% de taxa de juros, portanto terá de reembolsar 110 euros. Poderá reembolsar 100 euros, mas não 110 euros. Os 10 euros de taxa de juro não existem, foi o banco que os criou. A única maneira de reembolsar 110 euros, quando só existem 100 euros é fazer um crédito ao banco. Nessa altura o seu problema tornou-se mais grave, dado que agora deve ao banco 110 euros mais os 10% de taxa de juro, ou seja 121 euros.


É assim que aumenta a massa monetária fictícia, baseada em nada e que representa 95% do dinheiro em circulação.


"O dinheiro é uma nova forma de escravidão, destingue-se da antiga simplesmente pelo facto de ser impessoal, não existe neste caso relação humana entre o mestre e o escravo". (Léon Tolstoï)





Outro exemplo:
peço 100 000 euros ao banco para comprar uma casa, pago essa casa à agência imobiliária que vai receber esses 100 000 euros. Nesse momento, existem 200 000 euros no sistema monetário, em vez dos 100 000 euros. Além disso, o banco em causa vai poder emprestar esses 100 000 euros recebidos.


"Dêem-me o controle sobre a moeda de uma Nação, e não terei de me preocupar com os que fazem as leis". (Rothschild)





Uma questão: porque é que os Estados pedem emprestado dinheiro ao sistema bancário com taxas de juros, quando o poderiam criar?


Outra questão é: porque é que se aceita dinheiro baseado na dívida, quando este poderia circular livremente sem ser sujeito a permanentes taxas de juros.


"Sou um dos homens mais infelizes. Inconscientemente arruinei o meu país. Uma grande Nação industrial está controlada por um sistema de créditos. Estamos controlados, não por convicções e votos, mas pelas opiniões e a força de um pequeno grupo de homens dominantes". (Wilson, presidente dos Estados Unidos)









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quinta-feira, 3 de março de 2016

A dívida pública nunca poderá ser paga

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"Dívida pública". "Como é que vamos encher este buraco?". "Simples, vamos cavar outro buraco".




Em 2015, a dívida pública da zona euro era cerca de 100% do seu PIB, sem contar a dívida escondida.


Os critério de Maastricht fixaram o limite dessa dívida suportável em 60% do seu PIB. O excedente da dívida pública europeia atingiu 3 000 milhões de euros, o equivalente ao PIB alemão, o que é insuportável a longo prazo.


Na grande maioria dos países europeus essa dívida pública nunca poderá ser paga, muito menos com os rigores impostos e a taxa de desemprego actual, em que seriam os trabalhadores que pela sua produção a deveriam pagar.


Esta dívida foi aumentada pelo resgate aos bancos que beneficiaram com a especulação dessa mesma dívida.











 A dívida nunca é para ser paga, mas sim negociada.

Como dizem alguns economistas, sugerido por Karl Max, as dívidas são fictícias, as dívidas nunca existiram para serem pagas, apenas para se diluírem numa negociação permanente.


As dívidas públicas são então uma contínua degradação e roubo do crescimento produtivo, aqueles que verdadeiramente produzem com salários de miséria, que lhes permitem apenas sobreviver para poderem consumir e manter o sistema, são as vítimas deste sistema especulativo.




Resumindo, é impensável para os países mais fracos, como Portugal, ter a veleidade de pagar a sua dívida, tendo em conta os actuais critérios dominantes do norte da Europa.


A grande maioria dos países europeus não respeitam tais critérios de dívida pública, sem qualquer sanção, porque é que Portugal tem de se sujeitar a eles, quando isso representa uma limitação ao seu desenvolvimento?


Portugal deve cumprir as suas obrigações europeias fingindo que está muito preocupado em cumpri-las, como os restantes Estados europeus, mas não as cumprindo.


Em vez de se subjugar aos ditames burocratas europeus, Portugal deve seguir uma rota própria aproveitando os seus potenciais turísticos, a sua plataforma marítima e a sua situação geo-estratégica e a sua influência ímpar nessa mesma Europa.







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