Portugal é dos países da União Europeia com preços de energia mais elevados, tendo em conta o poder de compra das famílias.
No entanto a electricidade vai sofrer, em 2011, um novo aumento de 3,8% que se traduzirá na realidade num aumento total de 4,7% da sua factura.
De onde vem este valor tão elevado? O que esconde a sua factura de electricidade?
Electricidade cada vez mais cara - EDP cada vez mais lucros.
A electricidade é 23% mais cara em Portugal do que em Espanha
Enquanto os preços médios na UE-27 baixaram 1,5%, em Portugal registaram um aumento de 4,5% em 2009.
Apesar dos lucros de cerca 1.100 milhões de Euros em 2009, a EDP vai aumentar os preços da electricidade em 3,8% em 2011, muito acima da inflação prevista. Na realidade a subida da factura chegará aos 4,7% com a contribuição audiovisual.
Para ficar claro os interesses que a ERSE está a defender, interessa referir que no fim de 2008, segundo o Relatório e Contas da EDP (pág.156), 49% do capital desta empresa estratégica já estava nas mãos de accionistas no estrangeiro (Espanha: 15%; Inglaterra:13%; Resto da Europa: 12%; EUA 9%). E, internamente, alguns dos principais accionistas são grandes grupos económicos (BCP com 3,39% do capital; BES: 3,05%; José de Mello com 4,82%).
E segundo o artº 67º do EBF, que o governo de Sócrates se tem recusado continuamente a alterar, 50% dos dividendos distribuídos aos seus accionistas por empresas que foram privatizadas (e a EDP é uma delas) estão isentos do pagamento de IRS e de IRC, enquanto os rendimentos do trabalho estão sujeitos a impostos elevados. Como refere Eugénio Rosa: "os comentários parecem ser desnecessários".
Se somarmos os lucros líquidos da EDP nos últimos 5 anos e 9 meses, eles totalizam 5.399,1 milhões de euros a preços correntes (a preços actuais são muito superiores), o que mostra, por um lado, que o Estado perdeu uma fonte importante de receitas com a privatização da EDP; por outro lado, que a EDP privatizada se transformou num instrumento importante de exploração dos consumidores e de acumulação dos lucros para os seus actuais proprietários
Uma sanguessuga chamada RTP.
Se pegar na sua factura de electricidade, pode constar o valor pela contribuição audiovisual (antiga taxa de radiodifusão), serve para financiar o serviço público de radiodifusão e televisão e é cobrada indirectamente através da factura da electricidade.
(Neste caso o valor corresponde a dois meses)
A contribuição audiovisual, paga nas facturas eléctricas, vai disparar 29% para 2,25 euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2011.
Os consumidores de electricidade vão assim pagar mais para financiar a RTP para compensar os cortes de indemnizações compensatórias para a televisão pública.
Ordenados acima da média para as mesmas funções, mau serviço público, défice financeiro crónico, uma medida que seria bem-vinda.
As insustentáveis energias renováveis.
Integrado nas negociações para a criação do mercado ibérico de energia (Mibel), o mecanismo de garantia de potência é uma velha reivindicação da indústria, a qual reclamava um tratamento idêntico ao praticado do outro lado da fronteira, onde chegou a pesar 1,2 mil milhões de euros.
Os Governos de Portugal e de Espanha acordaram harmonizar a aplicação dos mecanismos de garantia de potência a adoptar para cada um dos sistemas ibéricos tendo em consideração as especificidades próprias de cada sistema.
Pode verificar no rodapé da sua factura: " o valor indicado inclui os custos relativos ao uso das redes e os custo de interesse económico geral que decorrem de medidas de política energética". Estes somam mais de 50% do valor total.
O solar e as eólicas são, em parte, os responsáveis por termos de pagar a electricidade tão cara. Era bom que os portugueses percebesem bem para onde vai o que pagam na factura eléctrica.
O mecanismo de garantia de potência deve-se ao desastroso investimento anti-económico na energia eolica. No passado não havia nenhum mecanismo de "garantia de potência" porque uma central convencional não pára. E as empresas investem em centrais maiores que as necessidades porque a diferença entre altos e baixos é menor.Ora com as eolicas se não houver vento capaz, milhões de euros de torres eolicas ficam paradas sem fazer nada. Logo é preciso ter uma alternativa com mais milhões de Euros investidos.
Por falta de vento, as eólicas só conseguem produzir electricidade em 30% da sua “capacidade” instalada, há a necessidade de investir em centrais “tradicionais” para acorrer à satisfação da procura de electricidade sempre que as eólicas não funcionem.
Este sobrecusto (de investimento) da factura eléctrica decorrente da intermitência das eólicas (e das solares) soma-se ao sobrecusto, também de investimento, para acorrer à sobreprodução das eólicas, ou seja, nas verbas aplicadas na construção de albufeiras dotadas de equipamento de bombagem que armazenam a energia produzida (sob a forma de água) quando ela não é necessária (perdendo 25% no processo).
A EDP Renováveis aumentou em 32% a sua produção de electricidade durante o primeiro semestre de 2010, face a igual período do ano anterior.
Portugal propôs-se a, em 2010, dispor de 39% da energia eléctrica gerada a partir de fontes renováveis (directiva europeia 2001/77/CE), a 3ª maior contribuição na UE15.
Espanha dispõe de sete centrais nucleares. No caso de ocorrer um acidente na central espanhola mais próxima, a de Almaraz, que dista 100 km da fronteira, o território português será igualmente atingido. No entanto a hipótese nuclear continua a não ser equacionada.
http://economico.sapo.pt/noticias/electricidade-23-mais-cara-em-portugal-face-a-espanha_10703.html
En Vascongadas no se atreve el gobierno español a poner una central nuclear......
ResponderEliminarQuando estive em Sines na central da EDP à semanas atrás fiquei a saber que por hora se desperdiça 1a tonelada de carvão.
ResponderEliminarBoas!
ResponderEliminarVi este artigo no publico.
Denuncia muitas das coisas que são discutidas neste blog sobre as fraudes do marketing farmacêutico.
Fica o link
http://www.publico.pt/Sociedade/medicamentos-a-medida-de-todos-os-clientes-mesmo-que-nao-estejam-doentes_1461536?p=1
Cumprimentos e continuação de boas postagens.
Bom artigo,
ResponderEliminarobrigado pela informação.
É fácil invocar a energia nuclear. É fácil ser reaccionário. É fácil fugir aos custos a curto prazo. Mas daqui a décadas quando as infra-estruturas das energias limpas tiverem pagas e o barril de crude tiver a 500 dollars as pessoas vão perceber a sua importância.
ResponderEliminarAs Facturas da EDP já em 2011 são um escandalo : + de 50 % do seu valor não são consumos electricos...uma fraude monumental.Entidades privadas milionárias em conluio com estes governantes miseráveis e vendidos. Comprove a sua factura e verá. Façam bem as contas e veja bem o rodapé da mesma. No futuro , outras gerações serão impunemente roubadas..
ResponderEliminarEssa devas eólicas serem um problema quando nao ha vento não percebo. Ter de construir alternativas? Então e como e que fazíamos antes das eólicas, as alternativas só teem que ser essas. Ah mas as eólicas só produzem 30℅ de energia! E atão? Ah mas as eólicas teem sobreproducao de energia! Não ha cu que aguente. O que e que esta gente quer. Se vampiros existem são esta gente. Esta gente só pensa em grande. Grandes investimentos para os outro pagarem gerando grandes receitas para os bolsos deles. Depois sempre a grandes problemas falaciosos para justificar que e tudo muito complicado e que e preciso pagar mais aqui por causa disto e mais ali por causa daquilo. Meus amigos isto está uma selva.
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