sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Ucrânia: revolução com cheiro fascista.

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Manifestantes com a braçadeira do antigo símbolo do partido neo-nazi Svoboda.





À beira da bancarrota e sobre assistência do FMI, a Ucrânia estava dividida entre as promessas de adesão à União Europeia e a ajuda da Rússia.


De um lado, a União Europeia que prometia um crescimento de 6% com a sua adesão e duas tranches de empréstimos de 186 e 610 milhões de euros, além de um apetecível mercado potencial de 500 milhões de consumidores.


Do outro, a Rússia, principal destino das exportações ucranianas, que prometia uma baixa significativa do preço do gás fornecido, assim como um empréstimo de 15 mil milhões de dólares.





A Europa ao serviço dos USA.


A União Europeia, que dificilmente controla a união dos seus 28 países, tem pouco interesse em integrar mais um, quem tem grande interesse na Ucrânia são os Estados Unidos que utilizam a EU como intermediário para satisfazer as suas pretensões.


Do ponto de vista geo-estratégico, a Ucrânia representa mais um passo para cercar a Rússia. Do ponto de vista económico um tampão no abastecimento do gás russo à Europa, aliás, está em marcha a construção de vários gasodutos para contornar gás proveniente da Rússia.




Um odor de fascismo...


Muitos dos manifestantes são estudantes, mas no meio estão infiltrados curiosos manifestantes.
Como diz Nuno Ramos de Almeida no jornal "i" de 25 de fevereiro: 

"Vestem-se como nazis, andam como nazis, comportam-se como nazis, pensam como nazis. Se calhar são mesmo capaz de ser nazis, não acha?".




Antiga bandeira do Svoboda até 2003




Nova bandeira do Svoboda













Um dos partidos da oposição é o SVOBODA, de extrema direita, que até 2003 tinha por símbolo um logótipo muito semelhante ao utilizado pelos nazis durante a segunda guerra mundial, é financiado pela CIA.


Muitas organizações não governamentais americanas têem estreitas ligações com os revoltosos ucranianos. Uma delas é a Freedom House (dirigida pelo antigo dirigente da CIA James Woosley), outra é o OTPOR, criada em 1998 com o apoio da organização americana National Endowment for Democracy e que organizou revoltas violentas em vários países.
 

O "conselho de Maidan", constituído por lideres políticos da oposição, da sociedade civil e grupos radicais, designou Iatseniuk, com 39 anos de idade, pro-europeu, para primeiro ministro.




Um fascista fantoche no poder.


Iatseniuk é pro-americano e anti-russo. A sua ascenção ao poder foi concertada entre a União Europeia, através de Vitoria Nuland (ministra adjunta americana dos negócios estrangeiros encarregada dos assuntos europeus e eurasiáticos) e os Estados Unidos, através de Geoffrey Pyatt (embaixador americano na Ucrânia).




O novo primeiro ministro da Ucrânia, Iatseniuk (ao meio) fazendo a saudação nazi, ao lado de Tyahnybok (à direita) chefe do partido neonazi Svoboda.




Washington ponderou colocar no poder Vitali Klitschko, ex-pugilista, chefe do partido UDAR financiado pelo partido conservador alemão, mas apesar de se ter tornado um parceiro influente ainda não foi escolhido como personagem principal para esta fase.


Outra possibilidade ponderada foi a de Oleh Tyahnybok, chefe do partido neo-fascista da União pan-ucrâneana (Svoboda), mas foi considerado mais útil fora do governo.


Por fim, dos três candidatos, os Estados Unidos apostaram em Iatseniuk que contudo trabalhará durante a sua governação numa estreita colaboração com Klitschko e Tyahnybok.


Para legitimar esta mudança de regime na Ucrânia, os Estados Unidos necessitavam do apoio da ONU, o que foi feito com o enviou por parte de Ban Ki-moon de um enviado especial, Robert Serry, para abençoar esta revolução "democrática".


Sergei Glazyev, colaborador de Vladimir Putin, revelou que os Estados Unidos gastaram 20 milhões de dólares por semana para apoiar a oposição ucraniana, inclusive com armas.







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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ucrânia: a última fronteira

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Durante muito tempo partilhada entre as potência regionais, em 1922 a Ucrânia tornou-se uma das Repúblicas Soviéticas. Considerada o celeiro da URSS, tornou-se progressivamente dependente do abastecimento de gás natural da Rússia.

Partilhada entre as suas origens eslavas e o apelo europeu, tornou-se num palco apetecível para as potências ocidentais para cercar a incómoda Rússia.

É neste contexto que devemos observar o que realmente se está a passar na Ucrânia.




Estados Unidos

O seu objectivo é separar a Ucrânia da Rússia  a para isolar. Os Estados Unidos utilizam a Ucrânia e a União Europeia para os fins para o fim que foi criada: limitar as eventuais potências europeias e isolar a Rússia.



Polónia

A Polónia, neste momento, é a aliada previligiada dos Estados Unidos, aproveitando o seu rancor em relação à França e à Alemanha. Tem todo o interesse em fazer uma aproximação em relação à Europa para poder reconquistar alguns territórios e influência perdidos em 1945.



Alemanha

Tem todo o interesse em "recuperar" a Ucrânia, como o fez em relação à Jugoslávia, além de ser um mercado económico apetecível.



A Rússia

Tem muito a perder em relação à Ucrânia, especialmente em relação à sua situação geo-estratégica regional, mas em caso de desmantelamento da Ucrânia irá "recuperar" a zona Este industrializada e a Crimeia.



França

Tem todo o interesse em criar um eixo franco-russo para a afastar a influência alemã.

 

Ucrânia

No meio de tudo isto, o presidente da Ucrânia, apesar do poder oligárquico instalado, teve o crédito de tentar conciliar as "duas" Ucrânias, a de Leste e a de Oeste, pressionar a Rússia e a União Europeia. Tinha que assegurar as exportações para a União Europeia e ao mesmo tempo negociar com os seu principal fornecedor energético: a Rússia. Foi um dos seus erros: os Estados Unidos nunca lhe iriam perdoar. Tal como não o fizeram com Noriega, Saddam Hussein, Chevardnadze, Khadafi,...





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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A corrupção passou dos médicos para as farmácias...

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Com a prescrição de medicamentos por DCI (Denominação Comum Internacional), isto é pelo nome da molécula em vez da marca, a corrupção em Portugal passou dos médicos para as farmácias.





Há vinte anos atrás, os laboratórios farmacêuticos aliciavam os médicos com os seus medicamentos de marca, através da sua promoção e respectiva prescrição, em troca de bens materiais que iam de uma simples caneta até electrodomesticos e viagem de sonho.


Não era raro os médicos serem visitados por uma dezena de delegados de informação médica antes da suas consultas com essas aliciantes propostas em troca de umas dezenas de prescrições.


O problema não seria grave se alguns desses médicos se limitassem a prescrever uma determinada marca para uma mesma patologia em detrimento de outra.


O problema é que para atingir um certo numero de embalagens, muitos não hesitavam em prescrever um medicamento inútil para a doença do doente (com os seus devidos efeitos secundários) quando éticamente não o deveriam fazer.


Este tipo de corrupção existiu, todos sabemos, apesar de pelo peso do lobby médico existente, raramente tenha sido comprovado.


Nos últimos anos foi incrementada a prescrição por DCI com inegáveis benefícios para os doentes, pela baixa do preço dos medicamentos, mas também para as farmácias.


Com efeito, agora são as farmácias que decidem, em grande parte, qual o genérico que vendem, e esse facto faz com que tenham vantagens financeiras em vender um determinado genérico em detrimento de outro. 


Um dos problemas dos numerosos genéricos colocados no mercado é que muito têm uma origem duvidosa, apesar da Infarmed nos dizer que são seguros e bioequivalentes em relação aos medicamentos de marca. 


Tudo se passa nas farmácias como na concorrência entre a Coca-cola e a Pepsi-Cola nos restaurantes: se vender Coca-Cola (em vez da concorrente) terá 3 de borla por cada 10 vendidas. Então o restaurante, tal como a farmácia, escolhe a marca que lhes é mais rentável.


É tão simples quanto isto, a corrupção transferiu-se dos médicos para as farmácias. Agora, cada vez mais delegados de informação médica "dedicam-se" às farmácias em vez de visitar os médicos.






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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Brasil: o mundial do medo

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A revista FRANCE FOOTBALL traz sempre belíssimas capas, ilustradas com fotos de lances sensacionais, golos, troféus, torcidas celebrando com suas bandeiras, etc.... Mas esta semana veio com uma "Edição de Luto".
 

A capa toda negra, onde se lê "Peur sur le Mondial", algo como: "O mundial do medo", sendo que a letra "O" da palavra "mondial" está na bandeira do Brasil, e onde deveria estar escrito "Ordem e Progresso", foi colocada uma tarja negra. 





Do paraíso à realidade.
 
No subtítulo diz: Atingido por uma crise económica e social, o Brasil está longe de ser aquele paraíso imaginado pela FIFA para organizar uma Copa do Mundo, a menos de 5 meses do mundial, o Brasil tornou-se uma terrível fonte de angústia.

A revista FF é a mais respeitada publicação de futebol no mundo. O prêmio "Ballon d'Or" foi criado por ela, e a FIFA teve que pagar para ter o direito de promover tal prêmio. Também foi dela a série de reportagens que culminaram na suspensão do campeonato Italiano de 2005/06, assim como as denúncias de corrupção que resultaram na queda de João Havelange.



ALGUNS FATOS SOBRE A COPA:


POLÍTICA:

- Apesar do lema brasileiro: "Ordem e Progresso", o que menos se vê na preparação deste mundial, é Ordem ou Progresso.

- A FIFA não pediu ao Brasil para sediar a Copa, foi o Brasil que procurou a FIFA e fez a proposta.

- A corrupção no Brasil é endêmica, do povo ao governo.

- A burocracia é cultural, tudo precisa ser carimbado, gerando milhões para os Cartórios.

- Tudo se desenvolve a base de propinas.

- Todo o alto escalão do governo Lula está preso por corrupção, mas os artistas e grande parte da população acham que eles são honestos, e fazem campanhas para recolher dinheiro para eles.

- Hoje, tudo o que acontece de errado no Brasil, a culpa é da FIFA, antes era dos EUA, já foi de Portugal, o brasileiro não tem culpa de nada.

- O Brasileiro dá mais importância ao futebol do que à política.

- O Brasileiro elege jogadores de futebol para cargos públicos.

- Romário (ex-Barcelona) é hoje deputado. Aproveita o descontentamento com a Copa para se auto promover, mas nunca apresentou um projeto de lei sobre saúde ou educação. A sua meta é ingressar no da Copa para pobre (como se essa fosse a prioridade para um pobre brasileiro)

- O Deputado mais votado do Brasil é um palhaço analfabeto e banguela, que faz uma dança ridícula, com roupas igualmente ridículas, e seu bordão é: "pior que está não fica". Será?

- Numa das suas músicas deste palhaço analfabeto ele diz: "Ele é ladrão, mas é meu amigo!", Isso traduz bem o espírito do Brasileiro.

- Brasileiros identificam-se com analfabetos.

- A carga tributária do Brasil é altíssima maior  do que da França, e os serviços públicos são péssimos comparáveis aos do Congo...





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