terça-feira, 19 de janeiro de 2010

haiti: a guerra da reconstrução já começou...




No Haiti a guerra dos média já começou. Os Estados Unidos controlam o aeroporto, têm 12 000 militares no terreno e querem que todas as câmaras de televisão estejam focadas nas suas estructuras.

Os atrasos nas ajudas, provocados pela incompreensível não autorização de vários aviões no aeroporto controlado pelos americanos, quando outras aeronaves não prioritárias o poderam fazer, tornam-se imcompreensíveis.

Vendo para além da tragédia, estão em jogo questões políticas, diplomáticas e o apetessível negócio da reconstrução de Haiti...



USA, para além da ajuda.



Um avião francês com ajuda médica foi impedido de aterrar, a França protestou, depois voltou atrás dizendo que tinha havido um mal-entendido. Esta guerra diplomática têm como pano de fundo o protagonismo que a França e os Estados Unidos com vista a assumir os comandos na posterior reconsttrução do Haiti. E não é para menos, ontem o Presidente da República Diminicana, Leonel Fernandez, revelou que a reconstrução de país deve ser de 7 mil milhões de Euros ao longo de 5 anos.



Rony Brauman, antigo presidente de Médicos sem Fronteiras, esclarece que "a ajuda após uma catástrofe, significa adoptar uma postura de potância, os que ajudam dizem que têm os meios e manifestam a sua presença na cena internacional". "É sempre uma aposta política e diplomática importante, sem excepção. A dimensão política de uma catástrofe é geralmente pouco conhecida mas essencial para quem examina os factos".


Os Estados Unidos e Obama mostram assim que são indespensáveis e uma potência nos quais os povos do mundo podem contar. Também têm a vantagem de "dorar" a imagem desgastada de Obama.


Claro que toda a ajuda é bem vinda, mas se elas podessem ser instaladas mais rapidamente, em vez de aguarda em aeroportos circundante, teriam sido salvas muito mais vidas. Quando ao fim de uma semana nos dizem que 120 pessoas foram salvas, claro que qualquer vida é importante mesmo que tivesse sido uma única, mas não teria sido possível fazer mais? O aeroporto não sofreu danos importantes, e apesar de muitas estradas intransitáveis, os helicópteros poderiam ter feito um pouco mais.

Guerra mediática...


Nas televisões, a maioria das imagens são da chegada das forças armadas americanas, das suas instalações, dos seus barcos. O resto das reportagens são imagens dos mortos e feridos pinceladas de um certo voyeurismo. Para finalizar todas referem a violência, os motins e a insegurança quando muitos relatos de habitantes do Haiti elogiam a solidadriedade entre os sobreviventes.



Os média, controlados pelos que vão reconstruir o Haiti, vão pouco a pouco nos programando para o que aí vem: Haiti é um povo ingovernável, apenas os Estados Unidos têm capacidade para manter a ordem em contrapartida vão ficar donos do rico subsolo do país, de uma posição geoestratégica fundamental e com grande parte dos 7 mil milhões de Euros da reconstrução.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ocupação americana do Haiti após o sismo.




A desgraça e a dor que afecta o Haiti, depois do seismo, está como seria de esperar em todos os noticiários.


Yves Engler, canadiano, membro do grupo Action Haïti Montréal, refere: "A cobertura mediática do sismo caracteriza-se pela desconecção quase total entre o desastre e a história social e política do Haiti. Repete-se que o governo não estava preparado para fazer frente a uma crise desta dimensão. É verdade. Mas não explicam porquê".





Militares americanos ocupam o Haiti.




"O sismo do Haiti, conduziu a uma das maiores operações de secorro da história dos Estados Unidos" disse Barack Obama ao lado dos seus predecessores George W. Bush e Bill Clinton. Um Fundo Clinton-Bush para o Haiti foi criado, para uma ajuda que poderá levar "meses ou anos". "Ficaremos no Haiti, o tempo que for necessário".



Os Estados Unidos enviaram 12 000 militares, para se juntarem aos 9 000 capacetes azuis, também destacaram o porta-aviões nuclear USS Carl Winson, um navio hospital, três navios amfibios. É verdade que o Haiti apenas dispõe de 2 000 polícias, além das força da ONU, e que nestas circonstâncias é muito dificil manter a ordem num país já de si caótico.


No sábado a bandeira americana foi issada no aeroporto de Port-au-Prince! Após protesto do presidente do Haiti, René Préval, esta foi retirada. Porque é que a gestão do aeroporto foi assumida pelos Estados Unidos? Não seria normal que o fosse pela ONU?


Ajudar o Haiti naõ significa ocupar o Haiti. Mas de facto parece que é o que está a acontecer.


As forças americanas não foram mandatadas para assumir o comando do Haiti. Robert Gates, o secretário americano da Defesa, bem pode afirmar que estão ali "para proteger o povo inocente do haiti" e que "não estão a realizar acções unilaterais, mas sim a trabalhar com os haitianos, que são um povo soberano".


Não parece, são eles que decidem, em função das suas prioridades, quais os aviões que devem ou não aterrar num aeroporto sobrecarregado, perante os protestos da França, do Canadá e do Brasil.

(Aeroporto de Port-au-Prince)


Críticas à ONU e ao presidente haitiano.


É à ONU, sucursal dos Estados Unidos, que competia coordenar as operações, mas esta pouco ou nada tem feito. Quanto ao actual presidente do Haiti, René Préval, este é apenas uma marionete, o verdadeiro poder é exercido pelas forças presentes da ONU manipuladas pelos Estados Unidos e algumas Organizações Não Governamentais controladas pelos americanos.


Foram os Estados Unidos, a ONU e o FMI, entre outros, que ajudaram a classe dirigente do Haiti a submeter-se aos planos económicos neoliberais que empobreceram a população, provocaram a desflorestação e arruinaram a agricultura.


Como outros presidentes americanos antes dele, Barack Obama, ajudou as classe priviligiadas do Haiti, apoiou as multinacionais que aproveitaram a mão de obra barata, reduziu o poder de regulamentação do estado e ajudou a reprimir qualquer forma de resistencia política.





Haiti: matérias primas e posição estratégica...


Há uns anos, foi descoberto no subsolo do Haiti uma grande quantidade de petróleo, mais de 20 zonas foram catalogadas. Númerosos especialista referem que as reservas petrolíferas do Haiti são superiores às da Venezuela. Os Estados Unidos não as exploram por considerá-las reservas estratégicas.

O solo do Haiti também é rico em urânio e irídio. Este último, é extremamente raro, só a África do Sul produz alguma quantidade. Sendo resistente a altas temperaturas, é utilizado nos computadores, nos caros, nos aviões e nos foguetões. Na indústria militar é utilizado para a protecção das cabeças dos mísseis balísticos intercontinentais.

O Haiti também representa, do ponto de vista estratégico, uma zona fundamental para controle do tráfego marítimo que passa pelo canal de Panamá, e uma vigilância apertada a Cuba e à Venezuela.








domingo, 17 de janeiro de 2010

A corrupção organizada da Banca.



Muita gente não faz ideia do funcionamento do sistema bancário e da sua corrupção organizada.


Como dizia Henry Ford: "Ainda bem que as pessoas não compreendem o nosso sistema monetário e bancário, porque, se compreendessem, eu acredito que haveria uma revolução antes do amanhecer."





A Banca cria dinheiro que não existe!




A criação de dinheiro que não existe baseia-se em emprestá-lo às pessoas e negócios, em troca de juros. Chamam-lhe "crédito", que acumula uma enorme dívida dos governos, negócios e da população em geral. Vital para este negócio é permitir aos banqueiros emprestar dinheiro que não têm.



O dinheiro tinha inicialmente sido feito em metais preciosos como o ouro ou a prata e por razões de segurança, os donos começaram a depositar as suas fortunas nos ourives, que tinham salas adequadamente fortes. Os ourives passavam então recibos pelo ouro e a prata depositadose os donos pagavam as suas dívidas, levantando somas conforme necessário. Os recibos em papel passaram a ser aceites como dinheiro.


Raramente se mexia no ouro e na prata. Os ourives começaram então a perceber que apenas uma fracção do ouro e da prata estavam a ser levantados pelos donos e começaram a emitir notas (dinheiro) para outros que não tinham ouro e prata. Cobravam juros para fazê-lo, ou seja, por emprestar a riqueza das outras pessoas. E isto são os bancos.


No final, a maoiria de notas que emprestavam (e com as quais ganhavam os juros), estavam relacionadas ao ouro e prata que os bancos nem sequer tinham, mas como apenas uma pequena quantidade de metais era levantada ao mesmo tempo, estavam seguros. Podiam emitir muitos pedaços de papel em substituição do ouro e da prata que não existia e cobrar juros por fazê-lo.


As pessoas e os governos estão assim submersos na dívida e temtam desesperadamente pagar so juros sobre o dinheiro que não existiu, não existe e não existirá.




Como funciona:



Em média por cada 1 000 Euros que um banco recebe dos seus clientes, empresta (e cobra em juros), pelo menos, 10 000 Euros.


Consegue fazê-lo através da fracção de reserva de concessão de crédito, que significa que apenas têm de manter uma fracção (cerca de um décimo) de todo o seu depósito ou "reserva" no banco.


Isto só resulta se muitos clientes não quiserem o seu dinheiro ao mesmo tempo, o que é raro, e apenas acontece quando circulam rumores acerca da instabilidade de um banco.


Mas aqui também os banco estão a salvo, porque na maioria dos países existem regras ou leis que permitem que um banco feche as suas portas, se muitas pessoas quiserem o seu dinheiro ao mesmo tempo.


Hoje em dia, a maior parte do dinheiro em circulação não é dinheiro físico, notas ou moedas. É representado por números que passam informaticamente de uma conta par a outra, via transferências bancárias ou cartões de crédito.



A arte de transformar dinheiro virtual em bens reais...



Se tivermos um milhão de Euros, apenas podemos emprestar um milhão de Euros, mas se um banco tem um milhão de Euros, pode emprestar dez vezes mais do que esse valor e através desse emprestimo cobrar juros.


Quando vamos a um banco e pedimos um emprestimo, o banco não emite uma única nota ou moeda. Apenas digita o valor do emprestimo na nossa conta. A partir desse momento, estamos a pagar juros ao banco, sobre o que não passam de números digitados num ecrã. Mas se falharmos com o pagamento, do emprestimo "não existente", o banco pode vir retirar-nos os nossos verdadeiros bens, a nossa casa, o nosso terreno, o nosso caro e outras posses, conforme a estimativa do valor que foi digitado naquele ecrã de juros.




Como criar crises financeiras:



O dinheiro é posto em circulação pelos bancos privados que fazem emprestimos e não pelos governos. Isto significa que os bancos controlam quanto dinheiro está em circulação. Quanto mais dinheiros decidirem fazer, mais dinheiro está em circulação e vice-versa. Qual a diferença entre um crescimento económico e uma recessão económica? Apenas uma: a quantidade de dinheiro em circulação.


Através deste sistema as grandes familias financeiras que controlam os bancos privados, decidem quanto dinheiro vai ser emitido e posto a circular. Isto permite-lhes criar crescimentos e recessões económicas à sua vontade.


Acontece o mesmo com as bolsas de valores através das quais estas familias movem billiões de Dólares por dia através do sistema bancário financeiro e decidem se devem subir ou descer, crescer ou cair. As quedas das bolsas não acontecem casualmente, fazem com que elas aconteçam.


Porque o fazem, se têm tanto dinheiro investido nestas bolsas? Bem, se soubermos que a queda está a aproximar, porque somos nós que a estamos a causar, sabemos quando devemos vender as acções quando estão no seu máximo e compramo-las novamente após a queda. Deste modo, conseguimos aumentar as nossas acções em larga escala, adquirindo companhias a uma fracção do custo antes do seu manipulado colapso.



Como é que a Banca controla os governos:



Este sistema aplica-se igualmente aos países. Em vez de criarem o seu próprio dinheiro livre de juros, como poderiam facilmente fazer, os governos pedem-no emprestado aos bancos privados e pagam os juros e capital através da tributação do povo.


Uma enorme quantidade de dinheiro que pagamos em impostos, vai directamente para os bancos privados para pagar de volta os juros sobre o dinheiro que os governos poderiam eles próprios criar (sem juros). Não o fazem porque as grandes familias financeiras controlam os governos, assim como controlam os bancos.


Aquilo a que chamamos privatização, é a venda de bens do estado, como resposta ao pagamento de dívidas criadas pelos bancos. Os países mais pobres do mundo estão a passar o controlo da sua terra e dso seus recursos aos banqueiros, quando não conseguem pagar os emprestimos que pediram, para os encurralar, propositadamente, nesta situação. Fazem-no através do Banco Mundial ou do Fundo Monetário Internacional, controlados pelos Estados Unidos através de grandes familias como os Rothschild.


Como disse Mayer Amschel Rothschild: "Deixem-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não darei importância a quem escreve as leis".


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Haiti: Um país à deriva...

O Haiti foi o palco de mais uma catástrofe natural, com um sismo de intensidade 7 na escala de Richter. A solidariedade mundial está mobilizada.

Altura para lembrar a hipocrisia dos Estados Unidos e da França que são os principais responsáveis da miséria em que o povo do Haiti vive.
A história recente deste povo, não pode ser lembrada apenas pela propaganda mediática das ajudas alimentares...

De um país autosuficiente à dependência alimentar.


Na realidade, o Haiti nunca conseguiu ser autosuficiente, sempre correu atrás de prejuizo. A agricultura representa 60% da população activa e 35% do PNB, mas apesar do PIB agrícola crescer 1% por ano, a população aumenta nesse período 2%.

O Haiti é um país das caraíbas que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola (assim chamada por Cristóvão Colombo pela semelhança da sua paisagem com a de Espanha), o resto da ilha é ocupada pela República Dominicana. O Haiti tem cerca de 8 milhões de habitantes e é um dos países mais pobres do mundo.
Apesar de tudo, nos anos 70, o Haiti era autosuficiente em açucar e até exportava para os USA, agora importa anualmente 100 000 toneladas de açucar.
Em 1990 era autosuficiente em arroz, hoje importa 80% do arroz que consome.



Como é que foi possível o Haiti chegar a esta situação?

O Haiti foi a primeira república negra do mundo, proclamada no dia 1 de janeiro de 1804.

Mas já em 1825, para obter o seu reconhecimento pela França, antigo colonizador, o presidente Jean-Pierre Boyer, teve de pedir um emprestimo com taxas de juros altíssimas a esse país, para pagar as indemnizações aos agricultores franceses espoliados. Esse emprestimo iria condicionar a economia do Haiti durante mais de um século.


Recentemente, o Haiti foi pressionado para recorrer ao emprestimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). O problema é que, como sempre, este estava condicionado a certas condições, uma das quais era a sua liberalização comercial. O governo não tinha outra saída se não aceitar.
Foi imposta a redução das taxas nas importações. No arroz, por exemplo, estas passaram de 50 para 3%. Resultado, o Haiti foi inundado pelo arroz importado dos Estados Unidos a baixo custo, com a queda da produção local, agravada pela duplicação dos preços mundiais desse produto.


Ocupação americana e ditadura.


O Haiti foi ocupado militarmente pelos Estados Unidos em 1915, um ano após a inauguração do Canal de Panama.
Este país ocupa uma situação previligiada na vigilância desta area maritima de primordial importância.
Mais tarde durante a "guerra fria", com a ameaça de Cuba, o Haiti que fica a escassos quilómetros, tornou-se numa plataforma estratégica fundamental.
Em 1922, é contraído um novo emprestimo aos Estados Unidos que afunda ainda mais a economia.


Em 1957, os Estados Unidos, colocam no poder o ditador François Duvalier e mais tarde o seu filho Jean-Claude Duvalier até 1986.

Estes são anos de terror com os 40 000 membros das temíveis milícias de voluntários paramilitares, os "tontons macoutes".


Jean-Claude Duvalier deposto, refugia-se em França, terá acumulado uma fortuna estimada em 900 milhões de Dólares, soma superior à dívida externa do Haiti.



Uma esperança de democracia liquidada pela CIA.




Pela primeira vez, em 1990, é eleito o primeiro presidente democrático com 67% dos votos, o padre Jean-Bertrand Aristide.


Este padre, ideologicamente de esquerda, representa um perigo eminente para os Estados Unidos. Estes organizam um golpe de estado, simulando uma "oposição popular" que na realidade é fomentada pelo patronato e organizada pela CIA. Oito meses depois da tomada de posse é deposto por um golpe de estado.


Perante a instabilidade do país, os Estados Unidos aceitam o seu regresso em 1994, com a condição de não voltar a exacerbar a luta de classes e de aplicar as recomendações do FMI. Não podendo concorrer a um novo mandato, deixa o poder recandidatando-se em 2000, onde obtem 91% dos votos numa participação de apenas 10% da população.


Desta vez, exige à França o pagamento de 90 milhões de Francos "robados" durante o período de 1825 a 1885. Os Estados Unidos, com a ajuda da França, decidem a realização de um novo golpe de estado.


Novamente, é fabricada uma contestação a Aristide, este é acusado de trafico de droga e de querer instalar uma ditadura.


No dia 29 de fevereiro de 2004, às 2 horas da manhã, forças americanas invadem o palácio presidencial e levam Aristide para Miami para ser julgado por tráfico de droga. É obrigado a demetir-se para salvar a vida.


Ainda antes de uma decisão da ONU, os Estados Unidos e a França, instalam tropas no Haiti.

Um país em morte lenta.


Actualmente 70% da população vive abaixo do limiar de pobreza, com menos de 2 Dólares por dia, 54% vive com menos de 1 Dólar por dia. A taxa de desemprego é de 65% e 4% da população possui 66% das riquezas do país.

Longe da expansão turística do seu vizinho, a República Dominicana, o Haiti vive uma agonia lenta. Só nos momentos de catástrofe é que é ajudado pelos que durante dois séculos tudo fizeram para o empobrecer sem nunca lhe perdoarem a ousadia de ter sido a primeira república negra do mundo.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cabinda: Uma aberração geográfica e política.




Qual é o primeiro e único país no mundo em que uma equipa de futebol tenha sido atacado por metralhadora? Angola.

Só se pode varrer o lixo por debaixo do tapete por algum tempo.

Vamos uma vez por todas esquecer a hipocrisia e dizer algumas verdades sobre este país, considerado por tantos como uma espécie de paraíso. Nada poderia estar mais longe da verdade.




Estas palavras são de Timothy Bancroft-Hinchey, Director e Chefe de Redacção do jornal russo Pravda.






Angola, um país dominado pela corrupção.



Timothy Bancroft-Hinchey diz ainda: "Em 2008, Bob Geldof causou um tumulto durante um discurso proferido em Lisboa, no qual ele afirmou que Angola é um país "gerido por criminosos". Ele, justamente, sublinhou as enormes disparidades nos padrões de vida, num país onde a elite formada pelos dirigentes do partido do governo (MPLA) vivem no luxo, enquanto a grande maioria da população luta para sobreviver.
Muitos dos altos funcionários de Angola são corruptos.


No entanto, Angola é anunciada como uma espécie de paraíso, especialmente em Portugal, onde funcionários do governo fecham os olhos para a flagrante falta de democracia no país. Segundo a Constituição de Angola, o presidente é eleito para um mandato de 5 anos (art. 59 º) por voto universal, directo, igual, secreto e periódico. José Eduardo dos Santos está no poder há 27 anos.


Apesar da flagrante falta de democracia em Angola, apesar das terríveis condições de vida de vastas faixas da população, enquanto a elite corrupta perpetua a sua existência através de um sistema de subornos e comissões (em conluio com os europeus), os países e as empresas estão fazendo fila para assinar contratos lucrativos com uma das economias de mais rápido crescimento do mundo.


Enquanto Angola é tratada com um grau de servilismo repugnante como uma espécie de Nirvana dos dias actuais e enquanto aqueles que são covardes demais para enfrentar e dizer a verdade fecham os olhos, a verdade é que o World Democracy Audit premeia Angola com um miserável ranking de 116 em 150 pontos (1 sendo o valor óptimo). O mesmo relatório atribui a Angola 132 (de uma escala de 1 a 149) por corrupção, 94 numa escala de 1 a 150 para a liberdade de imprensa, 6 numa escala de 1 a 7, para direitos políticos e 5 para liberdades civis.


Toda a verdade é que Angola, em termos gerais, é um país corrupto, a verdade é que Angola é um país horrivelmente mal governado e a verdade é que Angola é um país antidemocrático. E aqueles que se associam com os criminosos são tão culpados quanto eles, em perpetuar uma sociedade injusta que providencia tudo para alguns e dá absolutamente nada ao cidadão comum.







Breve história de Cabinda.



Cabinda é um território de África Central, situado entre a Républica do Congo ao norte e a Républica Democrática do Congo ao sul e este, tem 200 km de costa a oeste. Com 10 000 km2 e 600 000 habitantes, não possui qualquer fronteira com Angola. Tem uma lingua própria descinhecida em Angola.


O actual território de Cabinda foram os antigos reinos de Kakongo, Loango e Ngoyo. Em 1885, o tratado de Simulambuco transforma este território num protectorado português. Por razões financeiras, em 1956, Portugal, que já não podia dar-se ao luxo de ter dois governadores, um em Cabinda e outro em Angola, coloca um único governador em Luanda, capital de Angola.


A Constituição Portuguesa de 1933 em vigor até 1975, estabelecia uma disteincção nitida entre Cabinda e Angola. Com o 25 de Abril e a independência de Angola, os habitantes de Cabinda julgavam poder tornar-se independentes, dado o fim do protectorado português. Mas POrtugal permitiu que o MPLA se instala-se em Luanda e sobretudo controlar Cabinda.





O problema de Cabinda é ... ter petróleo.



Qual o interesse deste pequeno território? Cabinda é rico em petóleo. A sua exploração começou em 1954, e em 1957, um Decreto-Lei português autorizava à Cabinda Gulf Oil Co. o mono´pólio de pesquisas de petróleo e derivados.


Actualmente as multinacionais petrolíferas são: a Sonangol com 41%, Chevron com 39%, Elftotalfina com 10% e Agip com 10%.


Como sempre, a população de Cabinda vive na miséria e a situação de grande contestação apenas é mantida pela força, exercida pelas forças armadas de Angola.



Quem está por trás do atentado?


A autoria do atentado contra a equipe do Togo foi revendicada pelo FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda), inicialmente pelo FLEC-PM e agora também pelo Flec-FAC.


Questões por responder:


- Por que razão, sabendo o governo angolano da situação em Cabinda, este permitiu que a selecção do Togo viajasse de autocarro, quando as outras selecções viajarram de avião?


- Porque é que durante o tiroteio, que durou cerca de 20 minutos, não houve intervenção dos militares angolanos estacionados em Cabinda? (Cerca de 40 000 soldados)


O presidente da FLEC, N'Zita Henriques, diz que o atentado foi premeditado pelo governo de Angola, "o objectivo é desacreditar totalmente a FLEC, para esta ser endexada como movimento terrorista".


O facto é que, António Bento Bembe, ministro angolano (que já pertenceu à FLEC), disse querer "reiterar o seu apelo à comunidade internacional para que possamos combater estes elementos, persegui-los, e emitir um mandato de captura internacional da mesma forma que se faz para operacionais da al-qaeda"


A representante da Human Right Watch, Lisa Rimli, refere que "os média estatais têm vindo sistematicamente a omitir informações sobre estes ataques, sobre asituação precária de segurança e os jornalistas locais independentes têm vindo a ser intimidados para que parem de noticiar ataques armados".







sábado, 9 de janeiro de 2010

Gripe A: Corrupção na OMS.




O chamado "Dr. gripe", o professor Albert Osterhaus, é o principal conselheiro da Organização Mundial de Saúde (OMS). Desde há muitos anos que prevê a eminência de uma pandemia de gripe.

Na Holandia, está sujeito a um inquérito parlamentar pelas sua ligações com os fabricantes de vacinas.

Neste texto, Willam Engdhal, relata como foi possível um perito da OMS conseguir manipular a opinião pública internacional, exagerar o impacto da gripe A e fazer a fortuna dos laboratório farmacêutico que lhe pagam.

Não ouviu falar desta notícia? É normal, a manipulação dos média não permite a sua ampla divulgação...



Um perito sui generis na OMS.


Durante o decurso deste ano, o parlamento da Holanda manteve suspeitas sobre o famoso Dr. Osterhaus e iniciou uma investigação por conflito de interesses e má administração. Fora da Holanda e da comunicação social dessa nação, só umas poucas linhas foram publicadas na respeitável revista britânica Science, mencionando a sensacional investigação sobre os negócios do Dr.Osterhaus.


Formado em medicina veterinária, desde muito cedo, Albert Osterhaus destacou-se na imunobiologia, até ser convidado pela OMS para fazer parte das investigações da SRA (Sindrome Respiratório Agudo) em Hong Kong.

Não se questionavam, nem as referências de Osterhaus, nem os seus conhecimentos da sua especialidade. O que se põe em causa. como assinalava num simples comunicado a revista Science, é a independência da sua opinião pessoal no tocante à pandemia da gripe A. Referindo-se ao Dr.Osterhaus, a revista Science publicava as seguintes linhas na sua edição de 18 de Outubro de 2009:
«Na Holanda, durante os últimos seis meses, era difícil abrir a televisão sem ver aparecer o célebre caçador de vírus Albert Osterhaus e ouvi-lo falar da pandemia da gripe A. Pelo menos, era isso que se promovia. Osterhaus era o Senhor Gripe, o director de um laboratório, internacionalmente conhecido, no Centro Médico da Universidade Erasmo de Roterdão. Todavia, a sua reputação decaiu rapidamente a semana passada, quando surgiu a referência a uma série de suspeitas sobre o seu desejo de incentivar o temor sobre a pandemia, afim de favorecer os interesses do seu próprio laboratório na elaboração de novas vacinas. No momento em que a Science era impressa, a Segunda Câmara do Parlamento da Holanda anunciava também que o assunto será objecto de um debate urgente.»

Primeiro a Síndroma Respiratório Agudo Severo.
Albert Osterhaus não é um indivíduo qualquer. Trata-se de um cientista que desempenhou um papel nas grande ondas de pânico que se desencadearam devido à aparição de vírus, desde as mortes misteriosas imputadas à SRAS (Síndroma Respiratório Agudo Severo) em Hong-Kong, onde a actual directora geral da OMS, Margaret Chan, promoveu a sua carreira como responsável da saúde pública a nível local.
Albert Osterhaus está em todas as gripes!
Posteriormente, quando se deixou de falar dos casos de SRAS, Osterhaus dedicou-se a outra coisa, à tarefa de dar envergadura mediática aos perigos daquilo que ele chamava a gripe aviária H5N1. Em 1997, já havia tocado o alarme depois da morte, em Hong-Kong, de uma criança de 3 anos que Osterhaus sabia que tinha estado em contacto com pássaros. Osterhaus desenvolveu o seu trabalho de intriguista na Holanda e em toda a Europa, afirmando que uma nova mutação letal da gripe se havia transmitido aos humanos e que era necessário tomarem-se medidas drásticas. Afirmava ainda que ele era o primeiro cientista em todo o mundo a demonstrar que o vírus H5N1 podia contaminar os seres humanos.

Referindo-se ao perigo que representava a gripe aviária, Osterhaus declarava, numa entrevista que transmitiu a BBC em Outubro de 2005, que: «se o vírus conseguia efectivamente mutar-se de tal forma a poder transmitir-se entre os humanos, estaríamos perante uma situação completamente diferente. Poderíamos estar no princípio de pandemia». E acrescentava: «existe o risco verdadeiro de que as aves disseminem o vírus por toda a Europa. É um risco real que, no entanto, ninguém pôde avaliar até agora, porque não realizámos experiências»

O vírus nunca chegou a mutar-se, todavia Osterhaus estava disposto a «realizar experiências» que seguramente trariam generosas gratificações. Para sustentar o seu cenário alarmante de pandemia e conferir-lhe certa legitimidade científica, Osterhaus e os seus ajudantes de Roterdão, começaram a recolher e a congelar amostras de excrementos de pássaros. Osterhaus afirmou que, segundo os períodos do ano, todas as aves na Europa, até 30%, eram portadoras do mortífero vírus da gripe aviária H5N1. Afirmou também que as pessoas em contacto com galinhas e frangos estavam, portanto, expostas ao vírus.


Uma gripe aviària que nunca existiu.
Osterhaus sustentava a tese de que as aves migratórias seriam capazes de trazer para ocidente o novo vírus mortal, até a regiões tão distantes [da Ásia] como a Ucrânia e a Ilha de Rugen. Ele só precisava de fingir que não sabia que as aves não emigram do este para oeste mas sim do norte para sul.

Para Osterhaus, os dejectos das aves propagavam o vírus ao cair sobre a população e sobre as demais aves em terra. Sustentava firmemente a sua convicção de que aqueles dejectos eram o vector que propagava a nascença mortal do vírus H5N1 a partir da Ásia.

A crescente acumulação de amostras congeladas de dejectos de aves que Osterhaus e os seus associados tinham reunido e conservado no instituto apresentava, sem dúvida, um problema. Nem uma única amostra daquelas conservadas permitiu confirmar a presença do vírus H5N1.
Em 2006, por ocasião do congresso da OIE (Organização Internacional de Epizootias), actualmente denominada Organização Mundial de Saúde Animal, Osterhaus e os seus colegas da Universidade Erasmo de Roterdão, não tiveram mais remédio do que admitir que ao analisar as 100.000 amostras de matérias fecais que tão cuidadosamente haviam conservado, não tinham encontrado a menor prova do vírus H5N1.

Ao comprovar que a gripe aviária não provocava nenhuma vaga de mortes - e depois das companhias Roche, que fabrica o Tamiflu, e a GlaxoSmithKline, que fabrica o Relenza, registarem lucros ascendentes de milhares de milhões de dólares quando os governos decidiram armazenar reservas de vacinas anti-virais cuja eficácia é objecto de polémica - Osterhaus, e os demais conselheiros da OMS, viraram os olhos para campos mais férteis.


Mais uma gripe, desta vez é que é!
Em Abril de 2009, parecia que a sua busca fortificava quando em La Gloria, um pequeno povoado no Estado mexicano de Veracruz, se diagnosticou um caso de um garoto portador da gripe então chamada «suína» ou H1N1. Com uma pressa totalmente fora do habitual, o aparelho propagandístico da Organização Mundial da Saúde, arrancou com todas as suas forças com declarações da sua directora geral, a drª Margaret Chan, sobre a possível ameaça de uma pandemia mundial.

Aparecia finalmente a tão esperada pandemia, aquela que o próprio Osterhaus vinha predizendo desde 2003, quando participou sobre o SRAS na província chinesa de Guandgong.

Em 11 de Janeiro de 2009, Margaret Chan anunciava que a propagação do vírus H1N1 havia alcançado o nível 6 de «urgência pandémica».
Curiosamente, a senhora Chan anunciava nessa mesma comunicação que: «segundo as informações disponíveis até hoje, uma esmagadora maioria de doentes apresenta sintomas benignos, o seu restabelecimento é rápido e total, na maioria dos casos sem recorrer a qualquer tratamento médico». E acrescentava depois: «A nível mundial a quantidade de mortes é pouco importante, não se espera um incremento brusco e espectacular da quantidade de casos graves e mortais».

Posteriormente, veio a saber-se que a senhora Chan tinha actuado dessa forma em consequência dos acalorados debates no seio da OMS, seguindo os conselhos do Grupo Estratégico de Consulta da OMS (SAGE, siglas correspondentes a "Strategic Advisory Group of Experts"). Um dos membros do SAGE, naquele momento e ainda agora, é o nosso «Senhor Gripe», o Doutor Albert Osterhaus.

A indústria farmacêutica comanda as decisões da OMS.

Osterhaus não só ocupava uma posição estratégica para recomendar à OMS que declare a «urgência pandémica» e para incitar ao pânico, como também era ainda o presidente de uma organização que se encontra na primeira linha no tocante a esse tema.
Trata-se do Grupo Europeu de Trabalho Científico sobre a Gripe (ESWI, siglas correspondentes a "European Scientific Working Group on Influenza), que se define como um «grupo multidisciplinar de líderes de opinião sobre a gripe, cujo objectivo é lutar contra as repercussões de epidemia ou de pandemia gripais».
Como os seus próprios membros explicam, o ESW é - sob a direcção de Osterhaus - o eixo central «entre a OMS, em Genebra, o Instituto Robert Koch em Berlim e a Universidade de Connecticut nos Estados Unidos».O mais significativo a respeito do ESWI é que o seu trabalho é inteiramente financiado pelos mesmos laboratórios farmacêuticos que ganham milhares de milhões graças à urgência pandémica, enquanto que os anúncios que fez a OMS obrigam aos governos do mundo inteiro a comprar e armazenar vacinas.
O ESWI recebe financiamentos provenientes dos laboratórios e distribuidores de vacinas contra o H1N1, como Baxter Vaccins, Medimmune, GlaxoSmithKline, Sanofi Pasteur e outros, entre os quais se encontra Novartis, que produz a vacina, e o distribuidor do Tamiflu, Hofmann La Roche.

Para manter essa vantagem, Albert Osterhaus, o virólogo mais importante do mundo, conselheiro oficial dos governos inglês e holandês sobre o vírus H1N1 e chefe do Departamento de Virologia do Centro Médico da Universidade Erasmo de Roterdão, fazia parte da elite da OMS reunida no grupo SAGE, ao mesmo tempo que presidia ao ESWI, apadrinhado pela indústria farmacêutica. Por sua vez, o ESWI recomendou medidas extraordinárias para vacinar o mundo inteiro, considerando como elevado o risco de uma nova pandemia que, segundo diziam com insistência, podia ser comparável à aterradora gripe espanhola de 1918.


Um único objectivo: o lucro.
O banco JP Morgan, presente em Wall Street, estimava que, principalmente graças ao alerta de pandemia declarado pela OMS, os grandes industriais farmacêuticos, que também financiavam o trabalho do ESWI de Osterhaus, podiam acumular entre 7.500 milhões e 10.000 milhões de dólares de lucro.
Por sua vez, o dr. Frederick Hayden é membro do SAGE, na OMS, e do Wellcome Trust, em Londres. É também um dos amigos mais chegados de Osterhaus. Por serviços «de consulta», Hayden recebe, além disso, fundos da Roche e da GlaxoSmithKline, de ente outros gigantes farmacêuticos que participam no fabrico de produtos ligados à crise do H1N1,

Outro cientista britânico, o professor David Salisbury, que depende do ministério britânico de saúde, encontra-se à cabeça do SAGE na OMS e dirige, além disso, o Grupo de Consulta sobre o H1N1 na OMS. Salisbury é também um ardente defensor da indústria farmacêutica.
No Reino Unido, o grupo de defesa da saúde "One Clic" acusou-o de silenciar a comprovada relação entre as vacinas e o crescimento do autismo entre as crianças, assim como a relação entre a vacina Gardasil e os diferentes casos de paralisia, incluindo mortes



Outro membro da OMS, que também manteve estreitos vínculos financeiros com os fabricantes de vacinas que beneficiam das recomendações do SAGE, é o Doutor Arnold Monto, consultor remunerado pelos fabricantes de Medimunne, Glaxo e ViroPharma.
Pior ainda, nas reuniões de cientistas «independentes» que organiza o SAGE, participam «observadores», e, entre os que se encontram - por incrível que possa parecer - estão os mesmos produtores de vacinas, GlaxoSmithKline, Novartis, Baxter e companhia. Entretanto, impõe-se a seguinte pergunta: Se supõe que o SAGE é composto pelos melhores peritos da gripe do mundo inteiro, por que é que convidam os fabricantes de vacinas a participar nas suas reuniões?

OMS financiada pela indústria farmacêutica.
Diz-se que a OMS é fianaciada pelos países que a compõe, mas em vez de receber fundos provenientes apenas dos governos dos países membros da ONU, como estava previsto no princípio, a OMS recebe actualmente das empresas privadas cerca do dobro do orçamento que habitualmente lhe estabelece a ONU, sob a forma de bolsas e ajudas financeiras.

De que empresas privadas provêm esses fundos? Dos mesmos fabricantes de vacinas que beneficiam de decisões oficiais como a adoptada em Junho de 2009 sobre a urgência pandémica da gripe H1N1.
À semelhança dos benfeitores da OMS, os grandes laboratórios têm as suas entradas em Genebra com direito a um tratamento de «portas abertas e carpete vermelha».
Há muito dinheiro em jogo, assim como redes de influência, carreiras e instituições inteiras! Bastou uma mutação de um dos vírus da gripe para vermos toda a máquina a pôr-se em marcha.»[



Não acha estranho que a OMS tenha modificado a sua definição de pandemia? A antiga definição falava de um vírus novo, de rápida propagação, para o qual não há imunidade e que provoca uma alta taxa de enfermos e de mortes. Hoje em dia, esses dois últimos parâmetros sobre as taxas de infecção foram suprimidas, e foi assim como a gripe A entrou na categoria das pandemias.

Muito judiciosamente, a OMS publicava em Abril de 2009 a nova definição de pandemia, mesmo a tempo para permitir à própria OMS, seguindo os conselhos provenientes, entre outros, do SAGE, do «Senhor Gripe» (aliás Albert Osterhaus) e de David Salisbury, de classificar de urgência pandémica vários casos benignos de gripe, rebaptizada de gripe A H1N1.


F. William Engdahl, é analista económico e político.
Tradução de João Manuel Pinheiro




sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Gripe A: Como criar uma pandemia...

Após o pânico criado pela OMS com a gripe A, númerosos países debatem-se com as sobras das vacinas de uma pandemia que não aconteceu.
Os milhões de Euros gastos com as medidas preventivas e as vacinas tiveram um grande beneficiário: a indústria farmacêutica.
As suspeitas de que as declarações alarmistas da OMS foram orquestradas pelo lobby farmacêutico são cada vez mais evidentes.
Um inquérito vai finalmente ser levado a cabo, esperemos que o poder dos laboratórios farmacêuticos não interfira nas suas conclusões.










O que fazer com as sobras de vacinas contra a gripe A?


A França, que tinha adquirido 94 milhões de doses de vacinas contra a gripe A, tenta agora vender parte delas a vários países, tendo já conseguido acordos com o Qatar e o Egipto. Está agora a tentar com a Ucrânia e o México.


Portugal, que apenas ainda vacinou 11% da população prevista, espera vacinar nos próximos 3 meses 3 milhões de pessoas, nesta que é uma verdadeira corrida contra o relógio para justificar os 48 milhões de Euros investidos só nas vacinas, sem contar outro tanto gasto em instalações de atendimento para a gripe A e material de desinfecção e máscaras.


A Alemanha gastou 700 milhões de Euros. E podiamos continuar a relatar os milhões de Euros gastos em todo o mundo com a pandemia.





Como é que foi possível declarar como pandemia uma banal gripe sazonal?

O Dr. Wolfang Wodarg, médico epidemiologista, presidente da Comissão de Saúde do Conselho da Europa, tem dúvidas, muitas dúvidas. Esta comissão vai abrir um inquérito sobre os processos de decisão que conduziram a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a gripe A como pandemia, e a influência da indústria farmacêutica nessa decisão. Diz, tratar-se "de um dos maiores escândalos de medicina do século".




Diz ainda...


Wolfrang Wodarg declara "ter ficado muito surpreendido com os números da OMS para justificar a proclamação de uma pandemia. Tive logo grandes dúvidas: os números de casos apresentado era muito reduzidos e o nível de alarme muito elevado. Ainda não tinhamos 1 000 doentes, e já se falava da pandemia do século."


" É uma gripe perfeitamente normal. Ela provoca apenas um décimo das vítimas de uma gripe sazonal clássica. O que assistimos foi a uma formidável campanha de pânico, representava uma ocasião de ouro para os laboratórios farmacêuticos que sabiam que lhes sairia a sorte grande, no caso de ser proclamada uma pandemia."


"Nada justificava um tal alarmismo pandémico, todos os anos aparece um novo virus "gripal" deste tipo. Esta nova gripe é uma gripe normalíssima. Isto só foi possível, porque a OMS mudou em maio do ano passado a definição de pandemia. Antes dessa data, não só era necessário que a doença atingisse vários países simultâneamente, mas também que tivesse consequências muito graves com um número de casos mortais acima da média habitual. Foi suprimido este último aspecto para apenas reter o critério da difusão da doença."

"Foram utilizados adjuvantes em certas vacinas, cujo os efeitos não foram suficientemente testados". "A vacinas da Novartis por exemplo, foi fabricada a partir de células cancerosas, uma técnica nunca antes utilizada. A inócuidade deste novo processo não foi demonstrada. Não podemos excluir que proteínas, restos das células cancerosas, presentes nas vacinas, não conduza ao aparecimento de um tumor nas pessoas vacinadas".


Corrupção na OMS.



"Sem falar em corrupção directa, que estou convencido existir, os laboratórios farmacêuticos têm mil e uma maneiras de exercer a sua influência sobre as decisões da OMS".
"Certos membros da comissão dos Sábios, grupos de peritos universitários do conselho da OMS, estão financeiramente ligados aos produtores de vacinas, em particular a GlaxoSmithKline, a Roche e a Novartis."


"Vamos também investigar a atitude de certos institutos como o Robert Koch da Alemanha e o Pasteur em França, que deveriam ter aconselhado os seus governos de uma maneira crítica. Em certos países isso foi feito, como na Finlândia e na Polónia, em que vozes críticas disseram:"Não precisamos disso"".


"A OMS deveria ser mais transparente, deviamos poder saber claramente quem decide e que tipo de relações existem entre os participantes dentro da organização. Deveria existir uma câmara de eleitos capaz de reagir de maneira crítica, onde cada um podesse exprimir-se. Este reforço do controle publico é indespensável".




http://www.ionline.pt/conteudo/40866-portugal-so-vacinou-11-das-pessoas-previstas

http://www.humanite.fr/2010-01-07_Societe_Grippe-A-L-implacable-requisitoire-du-depute-Wodarg

http://www.lesoir.be/actualite/sciences_sante/2010-01-06/grippe-a-vers-une-enquete-sur-le-lobby-pharmaceutique-747250.shtml

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Delírio securitário e terrorismo amador.

Depois de nos fazerem crer que, uma organização terrorista terá sido capaz do fundo das suas grutas, de realizar o complexo atentado do 11 de setembro, surgem agora terroristas amadores que falham os seus atentados.

Primeiro foi o caso do atabalhoado nigeriano que se queimou ao tentar fazer explodir um pó que não poderia ser detonado. E agora temo o recente caso de um terrorista que tenta matar o autor das famosas caricaturas de Mahomé com um...machado.


Estes atentados falhados alimentam o medo que conduz a implantação de medidas de segurança limitadoras da liberdade individual.
Servem igualmente para legitimar as intervenções militares, que de outra maneira seriam dificilmente aceites pela população.



Scanners corporais inúteis.


A instalação nos aeroportos de scanners corporais tem um interesse limitado na prevenção dos atentados terroristas. Serve apenas para criar um sentimente de segurança e são um enorme negócio para os quatro fabricantes mundiais de scanners.
Se o material for de baixa densidade, como pó, líquido ou plástico pouco espesso, as ondas passam através dele e o objecto não é visualizado no ecrã. Só os materiais de alta densidade, como uma faca, uma arma ou um plástico espesso são visíveis.


Primeiro fomos obrigados a descalçarmo-nos, após o atentado falhado em 2001, agora o scanner corporal, qual será o próximo passo?
Em setembro do ano passado, um terrorista tinha tentado fazer-se explodir na Arábia Saudita com 800 gr de explosivos escondidos no recto. Podemos pensar que na próxima tentativa de um terrorista para fazer explodir um avião com esse método, nos aeroportos os passageiros terão de se submeter à verificação dos seus orifícios anais e vaginais!



A verdadeira dimensão terrorista.


O terrorismo fez nos Estados Unidos, em 2009, 16 mortes. Isto já tendo em conta o estranho caso do "atentado" em Ft. Hoot. Em comparação, nesse mesmo ano, 50 000 americanos morreram por falta de cuidados médicos devido à falta de seguro de saúde. Conclusão, nos Estados Unidos, o terrorismo é 3 000 vezes menos mortífero que a falta de cuidados de saúde!



http://firedoglake.com/2009/12/29/terrorism-still-less-deadly-in-us-than-lack-of-health-insurance-salmonella/



O curioso atentado ao caricaturista dinamarquês.


Um homem originário da Somália, a viver na Dinamarca, tentou matar, após ter entrado na sua casa, o autor das famosas caricaturas de Mahomé. Este jovem de 28 anos, terá utilizado um... machado. Foi detido pela polícia.

Curiosa e pouco eficaz maneira, para um terrorista, de executar um homicídio. Curioso também, apesar da casa do caricaturista estar ligada directamente à polícia, a rapidez com que esta chegou ao local, terá demorado apenas alguns segundos.

Somália e Iémen, os próximos países do "mal".


Dois atentados falhados, que vêm justificar a intervençaõ americana na Somália e no Iémen, este último já sujeito a bombardiamentos desde há semanas.

Além do petróleo da Somália que os USA querem vir a explorar e não o querem deixar para os chineses, como já o fazem no Sudão, este país tem uma posição geoestratégica fundamental assim como o Iémen. Permitem o controle de 70% do transporte maritimo mundial do petróleo e do comercio.




http://www.alterinfo.net/BIENTOT-DES-FOUILLES-RECTALES-DANS-LES-AEROPORTS-ET-LIEUX-PUBLICS_a41001.html?preaction=nl&id=9310505&idnl=61023

http://www.alterinfo.net/LE-TERRORISME-EST-3000-FOIS-MOINS-MEURTRIER-QUE-L-ABSENCE-DE-COUVERTURE-SANTE_a41000.html?preaction=nl&id=9310505&idnl=61023

http://www.independent.co.uk/news/uk/home-news/are-planned-airport-scanners-just-a-scam-1856175.html




segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Petróleo é praticamente inesgotável !

Foi-nos sempre dito que o petróleo é um combustível fóssil, que surgiu há 500 milhões de anos, tendo por origem a decomposição algas, de plantas e animais mortos. Restos de organismos teriam sido aprisionados no fundo dos oceanos numa camada de lama e cobertos por outras camadas de solo, submetidos a altas pressões e temperaturas formando ao longo do tempo o petróleo.

Mas o que é que aconteceria se toda esta história não tiver nenhum fundamento e tudo não passar de uma lenda?





A origem controversa do petróleo.


O que seria se o combustível petróleo não fosse de origem fóssil, não proviesse de organismos extintos, mas fosse de outra natureza? E se o petróleo, afinal, existe em abundância e continua a ser formado ininterruptamente pela Terra? E se não existir nenhuma crise energética e nenhum "Peak-Oil"?

De onde veio, no fim de contas, a história de que o petróleo teria surgido de fósseis de organismos vivos e seria, portanto, biótico?

O geólogo russoMikhailo Lomonossov teve esta ideia pela primeira vez em 1757: "o petróleo surge de pequenos corpos de animais e plantas, enclausurados em sedimentos sob alta pressão e temperatura e transformam-se em petróleo após um período inimaginável". Não sabemos que observações o levaram a afirmar isso, simplesmente esta teoria nunca foi confirmada e é aceita sem provas há mais de 200 anos e ensinada nas universidades.

Porém, nunca foram encontrados fósseis de animais ou plantas nas reservas de petróleo. Esta falta de provas mostra que a teoria do combustível fóssil é unicamente uma crença sem qualquer base científica. Os geólogos que espalham a teoria do combustível fóssil, não apresentaram ainda qualquer prova da transformação de organismos em petróleo.



Origem abiótica do petróleo.

Na Terra, as placas continentais flutuam sobre uma inimaginável quantidade de hidrocarbonetos. Nas profundezas do manto terrestre surgem, sob determinada temperatura, pressão e condições adequadas, grandes quantidades de hidrocarbonetos. A rocha calcária anorgânica é transformada num processo químico. Os hidrocarbonetos que daí resultam, são mais leves que as camadas de solo e rocha sedimentares, e por isso sobem pelas fendas da Terra e acumulam-se sob camadas impermeáveis da crosta terrestre.

O magma quente, é o fornecedor de energia para este fenómeno geológico. O resultado dá pelo nome de petróleo abiótico, porque não surgiu a partir da decomposição de formas biológicas de vida, mas antes por um processo químico no interior da Terra. E este processo acontece ininterruptamente. O petróleo é produzido continuamente.



As provas da teoria do petróleo abiótico.


Eis alguns dos argumentos mais relevantes que comprovam que o petróleo é de origem abiótica (não fóssil):

- O petróleo é extraído de grandes profundidades, ultrapassando os 13 km. Isso contradiz totalmente a tese dos fósseis, pois os restos dos seres vivos marinhos nunca chegaram a tais profundidades e a temperatura (elevadíssima) teria destruído todo o material orgânico.

- As reservas de petróleo, que deveriam estar vazias desde os anos 70, voltama encher-se novamente por si mesmas. O petróleo fóssil não pode explicar este fenómeno. Só pode ser explicado pela produção incessante de petróleo abiótico no interior da Terra.

- A quantidade de petróleo extraída nos últimos 100 anos supera a quantidade de petróleo que poderia ter sido formado através da biomassa. Nunca existiu material vegetal e animal suficiente para ser transformado em tanto petróleo. Somente um processo de fabricação de hidrocarbonetos no interiorda Terra pode explicar esta quantidade gigantesca.

- Quando observamos as grandes reservas de petróleo no mundo é notório que elas surgem onde as placas tectónicas estão em contacto uma com as outras ou se deslocam. Nestas regiões existem inúmeras fendas, um indício de que o petróleo provém do interior da Terra e migra vagarosamente através das aberturas para a superfície.

- Em laboratório foram criadas condições semelhantes àquelas que predominam nas profundezas do planeta. Foi possível produzir metano, etano e propano. Estas experiências provam que os hidrocarbonetos podem formar-se no interior daTerra através de simples reacções anorgânicas - e não pela decomposição de organismos mortos, como é geralmente aceite.

- O petróleo não pode ter 500 milhões de anos e permanecer tão "fresco" no solo até hoje. As longas moléculas de carbono ter-se-iam decomposto. O petróleo que utilizamos é recente, caso contrário já se teria volatilizado há muito tempo. Isto contradiz o aparecimento do petróleo fóssil, mas comprova a teoria do petróleo abiótico.



As dificuldades da perfuração a grande profundidade.


Em 1970, os russos começaram a perfurar poços a grandes profundidades, ultrapassando os 13.000 metros. Desde então, as grandes petrolíferas russas, incluindo a Iukos, perfuraram mais de 310 poços e extraem de lá petróleo. Neste último ano, a Rússia ultrapassou a extracção do maior produtor mundial, a Arábia Saudita.


Os russos dominam a complexa técnica de perfuração profunda há mais de 30 anos e exploram inesgotáveis reservas de petróleo das profundezas na Terra. Este facto é ignorado pelo Ocidente. Os russos provaram ser totalmente falsa a explicação dos geólogos ocidentais de que o petróleo seria o fruto de material orgânico decomposto.

Nos anos 40 e 50, os especialistas russos descobriram, para sua surpresa, que as reservas petrolíferas se reenchiam por si próprias e por baixo. Chegaram à conclusão que o petróleo é produzido nas profundezas da Terra e emigra para cima, onde se acumula. Puderam comprovar isso através das perfurações profundas.

Entretanto, nos anos 90, a Rússia estava de tal modo à frente do Ocidente na tecnologia de perfuração profunda, que Wall Street e os bancos Rockfeller e Rothschild forneceram dinheiro a Michail Chodorkowski com a missão de comprar a empresa Iukos por 309 milhões de dólares, a fim de obter o know-how da perfuração a grande profundidade. Pode-se agora perceber por que é que o presidente Wladimir Putin fez regressar a Iukos e outras petrolíferas novamente para mãos russas. Isso era decisivo economicamente para a Rússia, e Putin expulsou e prendeu alguns oligarcas russos.

A mentira do fim do petróleo.
Entretanto, os chamados "cientistas", os lobistas, os jornalistas a soldo e os políticos querem que acreditemos que o fim do petróleo está a chegar, porque supostamente a produção já atingiu o seu pico e agora está a decrescer.

Naturalmente, a intenção é criar um clima que justifique o alto preço do petróleo e com isso obter lucros gigantescos. Sabe-se agora que o petróleo pode ser explorado praticamente em toda a parte, desde que se esteja disposto a investir nos altos custos de uma perfuraçãoprofunda.

Qualquer país pode-se tornar independente em matéria de energia. Simplesmente, os donos das petrolíferas querem países dependentes e que paguem caro pelo petróleo importado. A afirmação de que existe um máximo na extracção de petróleo é, de facto, um golpe e uma mentira da elite global.

Trata-se de construir uma escassez e um encarecimento artificial. Tudo se resume a negócios, lucro, poder e controle.


Artigo de Peter J. Morgan, publicado no Canada Free Press no dia 14 de julho de 2008: