segunda-feira, 1 de abril de 2013

Passear pela floresta poderá reduzir o risco de cancro

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Já há muitos anos que a Agência Florestal do Japão aconselha à sociedade nipónica o "banho" florestal como prática de relaxamento. 


O contacto com a natureza reduz os níveis de adrenalina e cortisol no organismo, substâncias que se encontram aumentadas durante o stress e ansiedade.
Mas esta prática também poderá reduzir o risco de cancro.





A prática do "Shinrinyoku" (passeio pela floresta) é aconselhada por muitos médicos japoneses como prevenção de problemas de saúde. 


Recentemente,  a sociedade Internacional da Natureza e Medicina Florestal (Infom), sedeada no Japão, foi mais longe: dado que o stress é um dos factores que diminui a produção de "natural killer celles", decidiram fazer a sua medição sanguínea ao fim de três dias de passear num bosque.


As "natural killer cells" (células exterminadoras naturais) são um tipo de glóbulos brancos responsáveis, em parte, no nosso corpo pelo combate às infecções virais e às células tumorais responsáveis pelos cancros.


O estudo concluiu que ao fim de três dias a passear pela floresta as "células exterminadoras naturais" aumentavam no sangue dessas pessoas até 56%. 


Os investigadores questionaram-se depois em saber se a produção dessas células poderia ser estimulada unicamente pelos aromas produzidos pelas natureza, mesmo inalados fora dela. 


Convidaram 12 pessoas a passarem três noites fechadas em quartos individuais, em que metade dos quartos foram permanentemente vaporizados com óleo de hinoki (uma espécie de cipreste).


No fim da estadia, os participantes dos quartos vaporizados apresentavam um aumento de 20% das "células exterminadoras naturais", enquanto que os participantes dos quartos não-vaporizados tinham o valor das suas células inalterado.


Também os finlandeses estão a apostar nos efeitos da floresta para melhorar a saúde, projecto liderado pelo Finnish Forest Research Institute.


O ambiente florestal impulsiona as proteínas intracelulares anticancerígenas dos linfócitos e aumenta a actividade destas células durante um período de sete dias depois da realização da caminhada, por isso aconselha-se a realização de um passeio pela floresta uma vez por semana e nas cidades, caminhar sempre que possível perto de árvores.





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4 comentários:

  1. Excelente artigo!
    Não há como sentir uma floresta, quando necessito de carregar as "baterias", passeio na floresta e se for de montanha, melhor!
    Um abraço!

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  2. Caro Paulo,

    Desde a minha infância sempre tive a mesma sensação, e ainda hoje recarrego as minhas baterias num passeio solitário pela floresta.

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  3. Isto é do mais reconfortante que se pode ler.
    Fantástica noticia.
    Eu sempre senti melhorias na saúde sempre que ando por matas, caminhos pedestres e serras.
    E Portugal ainda tem lugares fantásticos para se poder relaxar.
    E agora vem ai o tempo ideal para esta actividade.
    Parabéns pelo artigo.

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  4. Uma coisa posso garantir...

    No que toca à parte psicossomática (de como a mente, ou o chamado "estado de espírito", influencia o bem-estar físico) ajuda, de certeza...

    Caminhar por uma floresta é um dos maiores prazeres na vida que conheço. E aquele que foi, de longe, o melhor ano da minha vida, foi um passado a trabalhar no meio de uma - e a passear, nos tempos livres, nas zonas junto à mesma... :)

    Chegava a sentir momentos de muito grande paz, tranquilidade e bem-estar, no meio desses passeios, que nunca senti em mais lado nenhum.

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