quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Devemos acabar com os partidos políticos?

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A democracia deveria ser o governo do povo, pelo o povo e para o povo.

No entanto o poder é roubado pelas elites. Os partidos políticos tentam por todos os meios manter o poder numa lógica puramente eleitoralista.







A máfia dos partidos políticos.


Volta e meia, surgem casos de corrupção e clientelismo nas formações políticas, cujo o único objectivo é assegurar o poder, legitimado por eleições. Eleições essas que têm apenas como único objectivo a sua sobrevivência eleitoral e a reeleição dos seus pares.


Os partidos políticos funcionam como uma máfia ou como uma seita: luta de clãs, clientelismo e cálculos eleitorais.


São sempre os mesmos que dividem o poder nos postos chave do poder, mesmo que para isso tenham que acenar com a clivagem direita/esquerda, conceitos hoje em dia ultrapassado.







 

A ditadura das eleições.


O principal problema são as próprias eleições e a transferência de poderes gigantescos nas mãos dos eleitos. Esses eleitos são profissionais políticos que uma vez obtido o voto podem fazer dele o que querem. Existe uma verdadeira profissionalização da política.


Por isso, a classe política recusa qualquer reforma eleitoral que a poria em causa e assim perderem o seu poder.


Como qualquer máfia, uma vez eleitos, os partidos políticos funcionam como um "grande família" que podem distribuir cargos e riqueza como lhes convém.


Após o voto, os eleitores não podem fazer mais nada, a não ser acatar o poder do vencedor.


Os eleitos progressivamente tomam conta do território e controlam qualquer actividade, não só politica, mas também económica. Qualquer cidadão tem de passar pelo crivo do partido eleito, e caso não seja da sua cor terá a vida difícil.








O mito da alternância do poder.


Para mitigar esta aberrante situação eleitoral, os dois principais partidos políticos inventaram a "alternância" do poder, ora mando eu, ora mandas tu, quando na realidade esses partidos têm os mesmos objectivo de poder, são a mesma coisa.


Os dois partidos no poder, que existem em todo o mundo ocidental, excluem qualquer alternativa. E fazem-no através de eleições falsificadas.


A falsificação eleitoral faz-se através de círculos eleitorais desenhado por eles para proibir o acesso a partidos ou iniciativas alternativos. 


Acabar com essa ditadura bi-partidária passa pela responsabilização dos eleitos. Em qualquer organização normal, quando as pessoas não são competente são substituídas. Este facto é impossível no sistema actual.


Está na altura de "inventar" um sistema com um novo sistema político baseado numa democracia verdadeiramente representativa com verdadeiras eleições democráticas.







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6 comentários:

  1. Nada a acrescentar pois o texto esta claro e objetivo e expressa a realidade, desta política, com perfeição. Temos que mudá-la. Temos que ser criativos, como expressa o texto, para inventarmos um novo modo onde haja total respeito e consideração de todos por todos e o bem maior seja sempre a VIDA

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  2. Olá Octopus!

    "Está na altura de "inventar" um sistema com um novo sistema político baseado numa democracia verdadeiramente representativa com verdadeiras eleições democráticas."

    Boa sorte!

    Dado o actual estado do sistema em Portróical em que tens mais de 5.000.000 de animais a proteger o mesmo, apenas se criasses um Exército Livre Tuga e que fosse financiado a armado por forças que gostassem da tua ideia e tivessem algo a ganhar com isso, é que podias tentar alterar o sistema! Ficavas era sob as ordens de quem permitiu destruir o sistema velho!

    Da forma como o sistema está actualmente estruturado, não existe qualquer hipótese de reforma!

    Excepto claro se em 2017 a Grande Festa correr de tal forma bem que o sistema degrada-se sem ser necessário grande esforço!

    Abraço
    voza0db

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    1. Meu amigo,

      Sou optimista por natureza :)

      Penso também que o sistema actual está de tal maneira estruturado que é impossível mudá-lo por dentro. No entanto penso que ainda é possível mudá-lo por fora aproveitando o sistema instituído.

      A longo prazo este sistema está condenado. Irá ser substituído por um novo.

      A experiência que está acontecendo no Uruguai pode ser uma via. Neste país, pouco divulgado, existem estructuras locais que se estructuram em estructuras gerais que tentam resolver os problemas a um nível superior. Todo o contrário do sistema actual vigente.

      Não será necessário esperar por 2017, todo o sistema actual irá desmoronar-se antes desta data.

      Nos próximos meses, anos, haverá uma nova relação de forças no Médio Oriente, o dólar irá cair, a Europa irá estilhaçar-se.

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  3. Duas observações:
    1ª. não são todos os partidos que actuam como descreveu, mas sim os partidos afectos ao sistema de domínio burguês, capitalista;
    2ª as eleições ganham conteúdo de verdadeira escolha quando são realizadas da base ao topo, de orgãos de poder ao nível do local de residência e de trabalho aos de nível intermédio e superior.
    Valerá a pena conhecer os sistemas eleitorais em exercício em Cuba, na Venezuela e na Bolívia.

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    1. Concordo consigo,

      Um exemplo que não me canso de referir é o do Uruguai, em que as decisões importantes são tomadas a nível local e depois a nível mais geral. E o sistema funciona!

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  4. 1- O Estado é criação da burguesia (elite econômica) para a burguesia. O povo não criou o Estado. 2. Os governantes sempre estarão a serviço da burguesia. 3. O povo odeia política. 4. Se eu fosse governo governaria para a elite, única que me cobra um governo para ela. 4. Só irá haver mudança quando o povo deixar de odiar política e participar ativamente de formação política e atuar de forma a pressionar o governo para que as decisões a serem tomadas sejam realmente para todos de uma nação. 5. O povo é a massa e enquanto for massa, podem tirar o cavalinho da chuva. 6. O povo briga pelo futebol e, enquanto assim permanecer o governo vai continuar a servir a elite econômica que cobra do governo.

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