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Os valores financeiros no futebol são colossais e atraíram operações mafiosas apenas reveladas ultimamente.
Esta modalidade desportiva foi elevada a desporto rei para promover a alienação das massas que a sustenta para fazer esquecer o dia a dia dos oprimidos.
É o pão e circo do romanos. Não que o circo seja mau em si, dado que de tempos a tempos necessitamos de esquecer os problemas quotidianos, mas foi aproveitado para outros fins, como nos romanos, para alianação.
A rivalidade entre clubes pode ser benéfica quando não se confunde adversário e inimigo. Não é o que está a acontecer. O clube "inimigo" tornou-se uma obsessão e um alvo a abater, abater no verdadeiro sentido da palavra. Um simples jogo torna-se numa verdadeira guerra.
O futebol tornou-se numa espécie de religião, uma religião laica, que permite, como um droga, responder a uma sociedade globalizada ao sentimento paradoxal da solidão das massas.
O futebol reúne todos os elementos reprimidos pela sociedade globalista: a noção de pertença a um grupo e o empolamento nacionalista, mas também reúne os valores machistas e exibicionistas desses mesmos valores.
Reúne noções políticas e étnicas. É uma diversão niilista tornada numa diversão despolitizante e fascizante em vez de uma pura distração popular.
Os termos empregues pelos actores desportistas e sobretudo pelas os seus dirigentes são ricos em palavras de ódio e guerra. Os futebolistas vão para este campo de batalha como verdadeiros gladiadores com o intuito de aniquilar o adversário a qualquer custo.
As claques, movimentos primitivos fascizantes, colocam em estado de sitio as vilas locais e têm de ser enquadradas por forças policiais.
Longe vai o tempo dos jogos de futebol de confraternização. Hoje em dia têm todos os ingredientes fascistas: gigantismo, hierarquia, slogans simplistas, símbolos, som altíssimo, cores e bandeiras identitárias.
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