sexta-feira, 27 de maio de 2011

Egipto e Tunísia: laboratórios do plano económico neocolonial americano

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O Egipto, apesar de ser um grande exportador de petróleo e de gás natural, tem uma dívida pública de cerca de 30 mil milhões de dólares. A sua economia é dominada por multinacionais americanas e europeias.


Os Estados Unidos já anunciaram que vão assumir os encargos de mil milhões da dívida egípcia para estimular a economia local. O que parece um boa intenção, é na realidade puro ilusionismo. Na realidade, esse dinheiro vai ser usado na obtenção por parte das multinacionais americanas de cotas nas empresas egípcias e de concessões de petróleo. Assim os Estados Unidos vão "reciclar" a "ajuda" na suas próprias empresas que vão ganhar mil milhões de dólares.


Simultaneamente, os Estados Unidos vão emprestar mil milhões de dólares ao Egipto, agravando ainda mais a sua dívida.


Com a ajuda da Europa, os Estados Unidos vão apresentar na cimeira do G8, de 26 e 27 maio deste ano, em França, a criação conjunta de um "fundo de empresas de investimento", de 14 mil milhões de dólares, destinado a "ajudar a transição democrática" do Egipto e da Tunísia. Esse dinheiro destina-se a apoiar as empresas estrangeiras que querem investir nesses países e não aos países em si. 


Só para ter uma ideia das "boas" intenções desse fundo, ficamos a saber que, por exemplo, que o "Fundo  de empresas USA-Egipto" será dirigido por 4 representantes privados americanos e 3 do Egipto, sendo que estes serão nomeados pelo presidente americano!


Por fim, Obama anunciou que os Estados Unidos "vão ajudar os novos governos democráticos a recuperar os bens roubados". Esta referencia também tem como objectivo lembrar os mais de 150 mil milhões de dólares da família de Kadhafi "congelados" pelos Estados Unidos, o Reino Unido e a França. Quando estes forem "descongelados" serão transformados em "fundos de empresas" para assim esses países poderem se apropriar da economia líbia.



Artigo baseado nos dado do texto italiano de Manlio Dinucci:
http://www.ilmanifesto.it/area-abbonati/in-edicola/manip2n1/20110522/manip2pg/03/manip2pz/303602/

Tradução: Octopus

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Al Jazira: a grande mentira

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Considerada na opinião pública como defensora dos povos árabes oprimidos, a criação de Al Jazira foi mais um subtil método de desestabilização mediática do Médio Oriente por parte dos Estados Unidos.



A voz do terrorismo.


A televisão Al Jazira foi criada em 1996 no Catar e veio em grande medida substituir a BBC em língua árabe, sendo que alguns dos seus jornalistas provêm dessa estação televisiva. A fundação oportuna de Al Jazira chegou mesmo a tempo para cobrir os acontecimentos dos atentados do 11 de setembro 2001 e para difundir uma série de vídeos "autenticados" dos vários comunicados da Al Qaeda.. Sem esta estação televisiva os Estados Unidos teriam tido muito mais dificuldades em mundialmente propagar tais documentos.


Al Jazira tornou-se assim, em pouco tempo, o porta-voz mediático do nebuloso grupo terrorista Al Quaeda. Numerosos vídeos apelando à violência e à rebelião contra o ocidente, alguns dos quais do mítico Bin Laden, aparecem regularmente neste canal televisivo com toda a liberdade e sobretudo com toda a impunidade. 


Sim, com toda a impunidade. Basta pensar que uma qualquer televisão que difundisse vídeos de apelo ao crime, assassinato massivo ou que reivindicasse atentados, rapidamente seria alvo de perseguição jurídica e da intervenção dos serviços secretos.


Antes pelo contrário, os media ocidentais contentam-se de reproduzir acriticamente as notícias deste estranho canal de televisão, as informações, essas, foram sempre tidas como verdadeiras e fidedignas.



Um estranho estatuto.


Oficialmente, esta televisão pertence ao seu fundador, o Cheikh Hamad Ben Khalifa Al-Thanir, emir do Catar, que tirou o seu pais do poder com um golpe de estado. Autoproclamado como um espaço de liberdade, Al Jazira está dependente administrativa e financeiramente da família regente do Catar, país dominado por um sistema político oligárquico tribal. Al Jazira beneficia de um estatuto jurídico de excepção e ambíguo entre o público e o privado, estando a sua redacção vedada à população local.


Al Jazira, este objecto mediático não-identificado, difunde assim, estranhamente, vídeos da Al Qaeda a poucos quilómetros da maior base americana no Médio Oriente, o que não deixa de constituir, por si só, um mistério digno dos contos das mil e uma noites.



Ao serviço dos Estados Unidos e de Israel.


Porta-voz das populações árabes oprimidas, Al Jazira nunca apresentou um único programa sobre a controversa política interna do Catar e do sofrimento de parte da sua população. Mas pior do que isso, durante as chamadas revoluções árabes, teve frequentemente uma atitude, no mínimo,  pouco imparcial. 


Recentemente, tudo começou, no Egipto, com a defesa de certos grupos rebeles em detrimento de outros, como foi então o apoio dado ao cheikh Kardaoui, apresentado como o verdadeiro inspirador da revolução egípcia, quando este só muito tardiamente se juntou à revolta.


As dúvidas foram desfeitas quando os espectadores se aperceberam que, enquanto a cobertura mediática das revoltas no Egipto e na Tunísia tinham merecido emissões contínuas, 24 horas sobre 24, os acontecimentos no Barém passaram despercebidos e as poucas reportagens apresentadas foram todas próximas das teses do governo desse país e dos Estados Unidos.


Porque é que a revolta do Barém, uma das mais pacíficas do mundo árabe, não tem direito à neutralidade e até ao apoio de Al Jazira? Será que era uma revolta menos interessante do que as outras ou as suas reivindicações menos justas? Em contrapartida, este canal de televisão não pára de incentivar a população da Síria a revoltar-se contra o regime sírio, apesar das reformas efectuadas pelo seu presidente.


Dois pesos, duas medidas. Na realidade Al Jazira defende os seus "padrinhos" isto é, o plano americano no Médio Oriente. Al Jazira foi criada para atrair um número máximo de pessoas, ganhar credibilidade, para depois a seguir influenciar e "guiar" os povos árabes perturbados pelos recentes acontecimentos.


Outro facto elucidativo, é o de que Al Jazira sempre se mostrou complacente com as atitudes de Israel em detrimento da causa palestiniana. Frequentemente, foram chamados aos seus estúdios comentadores israelitas para expor os seus pontos, pouco coerente com os objectivos defendidos pelos povos árabes. A recente aproximação dos partidos palestinianos e consequente possibilidade de uma solução de paz com Israel, foi em parte deitadas por terra pela revelação por Al Jazira, estilo wikileaks, de documentos secretos comprometedores para os negociadores palestinianos, em janeiro deste ano.


Para dar maior credibilidade a este canal televisivo, os países membros da NATO sempre se mostraram "incomodados" com as suas divulgações e foram até ou ponto de bombardear as suas instalações em 2001, tendo obviamente falhado o alvo. Em 2005, para credibilizar ainda mais o facto de esta televisão ser "incómoda" para o ocidente, o Daily Mirror revela que Tony Blair tinha dissuadido George Bush de bombardear as instalação de Al Jazira.


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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Demolição controlada da economia mundial

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A classe média está cada vez mais à beira de pertencer à classe pobre. Os ricos estão cada vez mais ricos e o fosso entre as duas classes aumenta rapidamente, ao ponto que em breve apenas vão sobrar os extremamente pobres e os extremamente ricos.


Os países ocidentais afundam-se nas suas dívidas e cada vez se torna mais claro que estas são impossíveis de pagar. Alguns economistas ainda tentam ver nesta situação um ciclo normal, outros acham que se trata de um acidente de percurso da economia.


Mas esta situação parece ser, cada vez mais, fruto de um terrorismo económico bem orquestrado, uma demolição controlada da economia mundial.



O caos económico


Ao nível mundial, o preço dos alimentos não para de subir. Nos últimos dois anos, nos Estados Unidos, o preço dos alimentos subiu 50% mais rapidamente que a inflação geral. O preço do petróleo está novamente ao nível de 2008, e o director geral da Gulf Oil, Joe Petrowski, prevê uma subida do preço do barril que deverá atingir 150 dólares ainda este verão.


Por seu lado, a Índia está a estudar o abandono do dólar americano nas suas transacções petrolíferas com o Irão e a sua substituição pelo yen japonês ou o dirham dos Emiratos. Muitos países do Golfo estão também a estudar essa possibilidade.


O director do Centre for Economic and Business Research, Douglas McWilliams, pensa que o poder de compra dos europeus deverá cair em 15% nos próximos 10 anos e que as hipóteses de sobrevivência do euro serão apenas de 10%.


Paralelamente, uma centena de cidades americanas estarão à beira da bancarrota, e o mesmo se passa na Europa com cidades como: Florença, Barcelona, Madrid ou Veneza.



Os Estados Unidos estão à beira da bancarrota.


Os Estados Unidos já não são o motor da economia mundial. A dívida pública americana é semelhante à portuguesa, cerca de 102% do PIB dos respectivos países. Dada a dimensão americana, claro que os números são impressionantes, esta é actualmente de 14 300 mil milhões de dólares ou seja qualquer coisa como 60 vezes o PIB anual de Portugal.



As dívidas contraídas na última década colocaram as gerações futuras escravas dessas dívidas perpetuas. A economia dos Estados Unidos está à beira do colapso. Alguns números:

- a dívida americana é, como já foi dito, de 14 300 mil milhões de dólares,
- se o governo americano começasse agora a reembolsar a sua dívida, ao ritmo de um dólar por segundo, levaria 440 000 anos para a pagar,
- a dívida americana aumenta em 4 mil milhões de dólares por dia,
- o governo americano contrai 2,63 milhões de dólares de dívida por minuto.



Kotlikoff, professor de economia de Boston, calculou que na realidade a dívida americana é de 202 000 mil milhões de dólares, ou seja 15 vezes mais do que anunciado oficialmente!

O que vai fazer o governo? Uma vez mais, o governo americano vai tentar negociar no congresso o aumento do limite máximo do endividamento.



Uma nova ordem económica e financeira mundial.


A segunda metade deste ano de 2011, deverá ser um momento decisivo em termos de economia mundial. Será aquele em que as roturas financeiras dos Estados e das cidades poderão tornarem-se explosivas por incumprimento do pagamento das dívidas.


Este caos pode muito bem ter sido planeado de longa data para criar um problema que por sua vez deverá causar uma reacção que necessitará de uma solução. E essa solução já está a ser preparada. Uma vez vai contribuir para o enriquecimento daqueles que beneficiam sempre com as crises.


A tendência actual, é a criação de uma nova ordem mundial em que economia será planeada e controlada pelo sector financeiro através de entidades não-eleitas e supranacionais, reforçando assim um modelo que já existe, mas que esses grupos querem ver aumentado, com a finalidade de subjugar as populações através da dívida e a criação monetária privada.





http://theintelhub.com/2010/12/30/all-evidence-points-to-a-dramatic-increase-in-food-prices-worldwide-possible-shortages/

http://www.activistpost.com/2010/12/gulf-ceo-oil-may-near-150-barrel-by.html

http://english.ruvr.ru/2011/01/01/38523281.html

http://www.express.co.uk/posts/view/220339/Living-standards-must-fall-by-15-to-save-the-euro

http://dailybail.com/home/chart-shock-the-real-national-debt-is-202-trillion.html

http://www.bloomberg.com/news/2011-01-02/goolsbee-says-failure-to-raise-u-s-debt-ceiling-would-be-catastrophic-.html

http://www.mondialisation.ca/index.php?context=va&aid=22728

http://www.ionline.pt/conteudo/125009-nos-eua-tambem-se-negoceia-divida-mas-outra-maneira

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dominique Strauss Kahn foi eliminado por ameaçar a elite financeira mundial

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Dominique Strauss Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial.


Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história.


O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn?

Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias.


Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e à ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização.


Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America".


O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que esta tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos.


Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa".


Era impensável o poder financeiro mundial aceitarum tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema.


Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".


A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível"".


Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a alinha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Deixar de fumar de um dia para o outro ou progressivamente tem a mesma taxa de sucesso

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Nas pessoas motivadas para deixar de fumar, ao fim de seis meses, as taxas de sucesso são iguais para quem parou de um dia para o outro e para aqueles que o fizeram progressivamente.


O sucesso para deixar de fumar passa muito pela motivação pessoal e pelo apoio psicológico. Os substitutos nicotínicos contribuem muito pouco na taxa de sucesso.


Foram analisados 10 ensaios clínicos efectuados nos Estados Unidos e na Europa com total de 3760 fumadores, com uma média de idade de 43 anos, que fumavam em média 25 cigarros por dia e que queriam deixar de fumar. Um grupo fê-lo de uma forma brusca, deixando de fumar de um dia para o outro, o outro grupo fê-lo de uma forma progressiva. Todos tiveram acesso a apoio psicológico presencial ou por telefone.


Ao fim de 6 meses foi analisada a taxa de sucesso: 10% de abstinência. Não houve qualquer diferença nos dois grupos. Também não foram encontradas diferença entre os dois grupos nos que utilizaram substitutos nicotínicos, sendo a taxa de sucesso neste casos de 15%.


Apesar da sua fraca eficácia, quando se utiliza um medicamento para deixar de fumar, devem preferir-se os substitutos nicotínicos, em vez do Champix (vareniclina) ou o Zyban (cloridrato de bupropiona), dado que estes podem provocar efeitos secundários graves, como já aqui foi referido neste blogue.


Resumindo, as pessoas motivadas para deixarem de fumar podem fazê-lo de duas maneiras: podem deixar de fumar bruscamente ou progressivamente, globalmente a eficácia é a mesma.





http://www.prescrire.org/fr/3/31/46918/0/NewsDetails.aspx

Para onde vai o dinheiro da ajuda a Portugal?

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Muitos portugueses ainda não fizeram bem as conta e não sabem qual vai ser o destino do empréstimo contraído por Portugal junto do FMI/FEEF. Estes 78 mil milhões de euros representa uma soma colossal e muito útil se fosse aplicada para o desenvolvimento da nossa economia, mais não é esse o seu destino...






12 mil milhões para a banca

 
Sim, 12 mil milhões de euros dos 78 mil milhões de euros do empréstimo vão directamente para a banca, com a criação de um fundo público que se destina ao seu  aumento de capital. Isto deve-se ao facto da União Europeia obrigar os bancos a cumprirem os rácios de solvabilidade de liquidez, o que a banca faz de bom grado, com o nosso dinheiro.


35 mil milhões para...a banca



Mais uma vez a banca sai beneficiada. Este dinheiro destina-se a garantir os empréstimos que a banca precisar de realizar, o que implica que se essas garantias forem accionadas quem paga somos nós, através da dívida pública.


55 mil milhões para pagar as dívidas e os juros



Este é o valor que corresponde ao pagamento das nossas dívidas e respectivos juros durante os próximos 3 anos.


30 mil milhões para pagar os juros do empréstimo



Este empréstimo do FMI/FEEF de 78 mil milhões de euros tem um taxa de juro média anual de cerca de 5,5%, paga ao longo de 7 anos e meio. Feitas as contas, só para pagar o total dos juros deste empréstimo durante esse período, vão ser necessários 30 mil milhões de euros, ou seja, representam 40% do empréstimo, ou seja ainda, temos um endividamento para pagar a própria dívida.


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quarta-feira, 11 de maio de 2011

As várias mortes de Bin Laden

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Sabemos agora, portanto, que a missão oficial da CIA não era capturar Bin Laden, mas sim mata-lo. Uma atitude pouco democrática para os quem critica os outros . Depois de assassinado, foi atirado ao mar, e tudo isto sem testemunhas e também, a partir desse momento, sem cadáver.


Inicialmente, foi-nos dito que este terá resistido durante um tiroteio e não abatido a sangue frio. Também nos foi dito que, para respeitar a tradição muçulmana, terá tido um "funeral" de acordo com a sua religião. Sem falar improbabilidade de haver no navio americano qualquer pessoa conhecedora dos funerais muçulmanos, todos os islâmicos sabem que um muçulmano deve ser enterrado e não deitado ao mar.


A verdade é que Bin Laden vivo, este poderia falar, e toda a gente sabe que a CIA não gosta que fala demais. Como se este romance épico e improvável não chegasse, terá sido um prisioneiro de Guantanamo (aquela prisão que era para ter sido encerrada) que forneceu o nome de um mensageiro que permitiu localizar Bin Laden.




As mortes de Bin Laden...

Tendo graves problemas renais necessitando de diálise, muitos oficiais governamentais, chefes de Estado e especialistas anti-terroristas já tinham dito vezes sem conta que Bin Laden estaria morto desde há muito tempo. Várias vezes a sua morte tem sido anunciada:


Julho de 2001, Bin Laden foi transportado para um hospital americano no Dubai para um tratamento renal. Fontes de agente secretos franceses revelam que foi visitado por um agente local da CIA.


Pouco antes dos atentados do 11 de setembro, cuja autoria ele sempre negou, Bin Laden estava internado num hospital do Paquistão, vigiado pelos serviços secretos paquistaneses que mantêm estreitas relações com a CIA.


Outubro de 2001, Bin Laden aparece num vídeo visivelmente pálido e magro. Dezembro de 2001, num outro vídeo, Bin Laden mostra o aspecto de está gravemente doente e com dificuldades em movimentar o braço esquerdo.


26 de dezembro de 2001, o Fox News transcreve um artigo do jornal Pakistan Observer em que relata que os talibãs afegãos anunciam oficialmente a morte e o enterro de Bin Laden no inicio desse mês.
Vivendo na região montanhosa do Afeganistão terá morrido por falta do tratamento de diálise que necessitava.


18 de janeiro de 2002, o presidente paquistanês Pervez Musharraf anuncia: "Francamente, penso que actualmente ele está morto".


17 de julho de 2002, Dale Watson, nessa alrura chefe do departamento anti-terrorista do FBI, declara: "Penso pessoalmente que Bin Laden já não deve estar vivo", logo depois acrescenta prudentemente: "Não tenho nenhuma prova disso".


Outubro 2002, Hamid Karzai, presidente afegão, declara à CNN: "Tudo me leva a crer que Bin Laden estará morto".


Novembro de 2005, o senador Harry Reid revela que corre a noticia de que Bin Laden teria morrido no sismo de outubro desse ano que ocorreu no Paquistão.


Setembro de 2006, os serviços secretos franceses divulgam um relatório sugerindo que Bin Laden teria morrido no Paquistão.


2 de novembro de 2007, Benazir Bhutto, antiga primeiro ministro do Paquistão declara a David Frost, da Al-Jazira, que Omar Sheikh tinha morto Bin Laden.


Março de 2009, Angelo Codevilla, antigo oficial dos serviços secretos americanos declara: "Tudo leva a crer que Elvis Presley está hoje mais vivo de que Bin Laden!"


Maio 2009, o prsidente paquistanês Asif Ali Zardari confirma que as suas agências de informação já não tinham qualquer dúvida quanto à morte de Bin Laden há sete anos atrás.




http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,1819280,00.html

http://www.guardian.co.uk/world/2001/nov/01/afghanistan.terrorism

http://www.foxnews.com/story/0,2933,41576,00.html

http://edition.cnn.com/2002/WORLD/asiapcf/south/01/18/gen.musharraf.binladen/

http://www.cbsnews.com/stories/2002/07/17/attack/main515468.shtml

http://edition.cnn.com/2002/WORLD/asiapcf/central/10/06/karzai.binladen/

http://usliberals.about.com/b/2005/11/25/senator-harry-reid-told-osama-bin-laden-killed-in-pakistan-earthquake.htm

http://usliberals.about.com/b/2006/09/23/french-intelligence-also-suspects-osama-bin-laden-is-dead.htm

http://www.youtube.com/watch?v=UnychOXj9Tg

http://www.indianexpress.com/news/zardari-says-osama-dead/515725

http://www.corbettreport.com/osama-bin-laden-pronounced-dead-for-the-ninth-time/

segunda-feira, 9 de maio de 2011

E Bin Laden morre...pela segunda vez

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Continua o Circo de Washington: desta vez  foi publicado um vídeo de Osama Bin Laden que observa a televisão onde aparece...Osama Bin Laden.


O vídeo é genial. Pensem nisso: perante as criticas pela faltas de provas, Washington responde com um vídeo onde aparecem não um mas dois Bin Laden ao mesmo tempo. O primeiro na televisão, o segundo enquanto observa a televisão.


Quem entre os leitores não possui um vídeo do mesmo leitor enquanto observa um próprio vídeo? É uma experiência agradável e gratificante, ninguém consegue resistir.


Ah, obviamente no vídeo aparece uma pessoa envolvida num cobertor de lã e um gorro na cabeça, de costas. Não é a avó de Bin Laden, segundo Washington é Bin Laden mesmo. Não acreditam? Pois, os conspiracionistas de costume.



Tudo numa casa que parece uma taberna da zona portuária.
Como assim? Não é este o interior da luxuosa vivenda, com tantas  super-antenas parabólicas no jardim? Mas explicar isso é simples: Bin Laden sentia falta das grutas onde tinha passado os últimos 9-10 anos e quis recriar o ambiente hi-tech "grutesco" tão familiar e confortável.
Deve ter sido isso.



A verdade é que com este vídeo a Administração americana atinge dois objectivos:
1. Não consegue calar quem acha que Bin Laden já tinha morrido há anos.
2. Consegue calar todos os comediantes que agora terão que ultrapassar-se para atingir os involuntários novos níveis de sátira estabelecidos pela propaganda.



Falando de propaganda: circula uma notícia segundo a qual os limites do "complexo residencial" onde morava a avó de Bin Laden parece recalcar as fronteiras de Israel.
Reportamos isso como simples curiosidade, embora a semelhança exista.

Agora é só esperar: cedo ou tarde alguém aparecerá, apresentando como prova o facto de Bin Laden ter mandado  construir uma vivenda em forma de Israel, uma ocupação "simbólica" portanto...








Texto de Felice Capretta


http://informazionescorretta.blogspot.com/2011/05/continua-il-circo-e-le-ultime-dal-mondo.html



Tradução: http://informacaoincorrecta.blogspot.com/

A violência dos israelitas de que não se fala

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No dia 12 de março deste ano, cinco israelitas foram assassinados em suas casas no colonato de Itamar. Rapidamente, os media ocidentais descreviam estes crimes como pondo fim a um período de "calma relativa", desde o ataque do verão passado perto de Hebron, onde quatro israelitas tinham sido mortos.


En Palestine, tout est relatif : la violence des colons dont vous n'entendez pas parler


Já nessa altura o Washington Post tinha publicado um artigo dizendo que esse ataque do verão passado tinha posto fim a "três anos de paz" na região. 


 Mais uma vez o Washington Post publicou agora um artigo assinado por Janine Zacharia que demonstra uma completa ignorância da situação que ela acompanha, ou que toma  deliberadamente partido pro-israelita, ou as duas coisas.


No seu artigo do 13 de março, Zacharia escrevia: "O jornal isrealita Ha'aretz, citando um inquérito preliminar, relata que as crianças tinham idades de 11 anos, 3 anos e 3 meses. O jornal também refere que uma outra rapariga de 12 anos e dois dos seus irmãos mais novos conseguiram escapar. O ataque quebrou uma calma relativa que se tinha instaurado na Cisjordânia nos últimos meses, Em agosto deste ano, quatro judeus tinham sido mortos num tiroteio na Cisjordânia".


A cronologia de Zacharia é representativa da cobertura mediática deste tipo de acontecimentos. Entrega-se aos americanos e aos consumidores dos principais media uma mensagem simples e clara: israelitas são mortos num intervalo de 6 meses, enquanto que durante esse período estava tudo calmo.


O problema para Zacharia e muitos outros media, é que uma "calma relativa" significa que nenhum israelita foi atacado, ferido ou morto, mas a ocupação e a violência contínua contra os palestinianos é ignorada.



Neste período de "calma relativa", o grupo de palestinianos para os direitos do homem, B'Tselem, recenseou pelo menos 41 palestinianos mortos pelas forças armadas israelitas nos territórios palestinianos ocupados. Entre eles Omar Qawasmeh, um civil palestiniano de 66 anos massacrado na sua cama enquanto dormia e dois civis palestinianos com cerca de 20 anos de idade, não armados, assassinados no mesmo local em menos de uma semana.


O facto que esses artigos possam descrever o assassinato de dezenas de palestinianos como uma "calma relativa" e completamente desinteressante, é repugnante.


Numa abordagem mais pormenorizada e exaustiva, os casos de violência por parte dos israelitas sobre os palestinianos durante este período de seis meses de calma descrito por Zacharia foi de mais de 300. Estes casos de violência deixaram 85 palestinianos não armados feridos, ou mortos, assim como milhares de danos materiais, como oliveira queimadas ou desenraizadas. Deste acontecimentos, temos ainda, 26 casos de incêndios criminais, 59 destruições de bens, 32 ataques físicos, 20 tiros, 60 lançamentos de pedras e 23 roubos.


Estes ataques tiveram origem numa longa lista de colonatos: Adora, Ariel, Ateret, Bat Ayin, Beit El, Beitar Elit, Bracha, Dulip, Efrat, Eli, Eli Zehav, Elkana, Elon Moreh, Haggai, Halamish, Harsina, Havat Gilad, Immanuel, Itamar, Kaida, Karmei Tzur, Karmel, Karnei Shomron, Kedumim, Maale Mikhmas, Maon, Maskiyot, Neve Daniel, Rehalim, Revava, Shama, Shuvot Rachel, Shilo, Sussia, Talmon, Kfar Tappuah, Yaki, Yash Adam and Yitzhar.

Estes ataques foram dirigidos contra 79 vilas e aldeias palestinianas na Cisjordânia, e isto apenas nos últimos seis meses.


Se estes seis meses podem ser descritos de "calma relativa", qual será o tipo de violência contra os palestinianos necessária para ser considerada como marcante para os grandes media!


Num mundo onde tudo é relativo, parece que os media americanos decidiram que as vidas humanas dos palestinianos tem pouco valor comparadas com a dos israelitas. Mas este também é um mundo onde os media tradicionais perderam a sua independência ao não relatar informações que se encontram disponíveis e ao alcance dos dedos.






Adaptação de um artigo de Yousef

Tradução Octopus


http://blog.thejerusalemfund.org/2011/03/in-palestine-everything-is-relative.html

Acabamos de viver dias de grandes progressos civilizacionais. Ou não?



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11 de abril, Costa do Marfim. As forças armadas francesas depõem e prendem o presidente de um país que não agrediu a França, mas que se tinha recusado a entregar incondicionalmente as suas riquezas Não existe qualquer inquérito por parte dos media sobre o petróleo, o cacau ou sobre o que está por trás dessa guerra civil.



28 de abril, Marrocos. Um atentado atinge turistas estrangeiros num momento em que Mohamad VI se depara com uma contestação social e democrática crescente. Não existe qualquer inquérito por parte dos media sobre uma possível implicação dos serviços secretos que muitas vezes aplicam a clássica "estratégia da tensão".


1 de maio, Líbia. A NATO tenta assassinar o chefe de Estado de um país estrangeiro, violando o próprio mandato obtido da ONU que era limitado à "protecção da população civil". Três crianças de 4 meses, de dois anos e de três anos são mortas. Não existe qualquer inquérito por parte dos media sobre o respeito do direito internacional, nem sobre os verdadeiros objectivos de Obama (Exxon), de Cameron (BP) e de Sarkozy (Total). 



1 de maio, Paquistão. Nesse mesmo dia 1, como puro acaso, Obama dá ordens para executar sem processo um Bin Laden desarmado e declara que se "fez justiça". Até os criminosos de guerra nazis tiveram direito a um tribunal. Não existe qualquer inquérito por parte dos media sobre as revelações que Bin Laden poderia ter feito, nem sobre o facto que que a ocupação do Afeganistão deveria, logicamente, cessar presentemente.




Alguns interesses tentam fazer-nos voltar à época colonial, quando o único direito reconhecido era o direito do mais forte. Saquear as riquezas mundiais é o do interesse das multinacionais, mas os povos pelo contrário têm interesse é na paz, e portanto à cooperação Norte-Sul para acabar com a pobreza. Estas guerras são também contra nós.





Artigo de Michel Collon

Tradução Octopus


http://www.michelcollon.info/Des-journees-de-grands-progres.html?lang=fr





quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Rússia entra no Facebook

 





Uma empresa russa entrou no capital do Facebook e com ela, a lavagem de dinheiro e a manipulação de mercados. Tudo com a colaboração de nossa velha conhecida Goldman Sachs. 




Facebook uma rede...de interesses.


A rede social Facebook começa bem este ano de 2011. Além dos rumores da sua compra pela Apple, fala-se também de um aumento de capital com, nada mais nada menos, o Goldman Sachs (que está em tudas) em 450 milhões de dólares e com a empresa russa DST Digital Sky Technologies em 50 milhões de dólares.
 
O Facebook vale assim actualmente 50 mil milhões de dólares.


De salientar, que muitos dos antigos colaboradores de Goldman Sachs estão agora na Digital Sky Technologies: John Lindfors, em setembro do ano passado, após 17 anos na Goldman Sachs; Alexander Tamas, em 2008; e Verdi Israelian. Portanto não é com surpresa que assistimos à entrada de uma empresa russa, a DST, no Facebook.



Facebook lava mais branco!


O CEO da DST é Youri Milner e por trás dele está o multimilionário Usmanov. 
Quem é Youri Milner o investidor de Facebook? 
Este homem da finança nasceu em Moscovo, onde realizou os seus estudos de Física,  em 1990 vai para os Estados Unidos onde obtem um MBA na Wharton School of Economics, passa pelo Banco mundial em Washington e volta para a Rússia. Encontra Gregory Finger, um investidor interessado como Milner na Internet e junto criam a empresa Digital Sky Tecnologies. 


A Goldman Sachs com este investimento financeiro pensa poder retirar algum dinheiro da Rússia de uma forma "transparente". Investindo no Facebook, está a investir numa empresa cuja a actual valorização escapa às regras do mercado, dado que não está cotada na bolsa, e por conseguinte, não o segue as regulamentações habituais do mercado. Quando quiser recuperar o dinheiro, vai fazê-lo através de um outro investidor que por sua vez o vai entregar no ocidente numa empresa "segura". 


Agora investe-se na Internet, antigamente era no sector imobiliário que este esquema funcionava, mas era mais longo e difícil, dado que tinha que se comprar um terreno e fingir que se iria construir qualquer coisa.
Com o investimento no sector da Internet, as manipulações estão facilitadas, dado que as suas valorizações escapam às regras do mercado e do bom senso, até poderá acontecer que alguns "idiotas" acabam por comprar mais caro o dinheiro aí investido. 
 
 
Este esquema permite que o dinheiro do milionário Usmanov, de origem duvidosa, seja reciclado e lavado através do Facebook. Ele está a ser "ajudado" pela Goldman Sachs, especialista em manipulações fraudulentas, como quando inventou produtos financeiros fictícios para permitir à Grécia esconder o seu estado financeiro.



Actualmente a composição dos accionistas no Facebook é a seguinte:






Neste gráfico podemos observar que 30% das acções são detidas pelos seus colaboradores e 24% pelo seu criador, Mark Zuckerberg. Mais interessante é constatar que 10% são detidas pela empresa russa Digital Sky Technologies e 4% pela Goldman Sachs. De assinalar que 3% são de Peter Thiel, fundador do PayPal e, surpresa, 1,5% são de Bono, volaclista dos U2, através da sua empresa Elevation Partner.


Decididamente, Facebook interessa cada vez mais os investidores, e não estamos só a falar da CIA. Aqui fica mais um dado para reflexão: na nova versão do interface do Facebook, o anonimato já não será possível, o site vai obrigar os internautas a identificarem-se.




http://www.tubbydev.com/2011/01/nouveaux-investissements-dans-facebook-bulle-calcul-ou-embrouille-.html

http://www.journaldunet.com/ebusiness/le-net/portrait/yuri-milner-qui-est-youri-milner-le-nouvel-investisseur-de-facebook/qui-est-youri-milner-l-investisseur-russe-de-facebook-des-etudes-americaines-avant-la-fin-de-l-urss.shtml

http://www.lemonde.fr/technologies/article/2011/03/02/facebook-veut-mettre-fin-a-l-anonymat-dans-les-commentaires-sur-le-web_1487101_651865.html#ens_id=1227433

http://www.lemonde.fr/technologies/article/2011/01/03/facebook-recoit-500-millions-de-dollars-d-investissements_1460241_651865.html

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A face oculta de Bono (cantor dos U2)

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Ao investigar quais são os accionistas que investiram na rede social Facebook, descobrimos com espanto o nome de Bono, cantor dos U2.


Pesquisando um pouco mais, constatamos que este defensor de causas nobres, possui um império com aplicações financeiras estranhas, deslocaliza-se para fugir aos impostos e é membro de um clube secreto pouco recomendável.



Um homem de negócios que foge aos impostos.


Nascido em 1960 na Irlanda, Bono (cujo verdadeiro nome é Paul David Hewson), é o cantor e autor das músicas do grupo U2.
Em pouco anos, tornou-se num conhecido homem de caridade e habituamo-nos a vê-lo, vestido com um blusão de cabedal preto e óculos se sol escuros, a frequentar os políticos mais influentes do mundo.


Bono é conhecido pela suas lutas contra a pobreza e contra a SIDA. Em 1999 criou uma ONG (Organização Não Governamental), a DATA: Debt, AIDS, Trade in Africa (Dívida, SIDA, Comércio com África), que tem por finalidade incetivar os países ricos a ajudarem os países africanos.



A face menos conhecida de Bono é a de homem de negócios que faz todos os possíveis para pagar menos impostos. Assim, a sociedade que detém os direitos musicais do grupo, U2 Limited, deixou a Irlanda em 2006 para se instalar na Holanda. Com efeito, a Irlanda decidiu que a partir de 2006 os artistas que ganhassem mais de 250 000 euros teriam de  pagar impostos, e U2 Limited ganha mais de 100 milhões de euros por ano.



Aplicações financeiras curiosas.


O facto de Bono ser dono de um grande hotel em Dublin e de uma cadeia de restaurantes, não belisca este apregoador de boas vontades. Com uma sua fortuna pessoal avaliada em 700 milhões de euros, o que é mais intriga é a sua participação na empresa de investimentos Elevation Partner, que ajudou a fundar, e que investe na área dos media e curiosamente, ou não, com uma participação financeira de 40% na revista Forbes.


Mas ainda mais curioso é a sua participação no Facebook. A finalidade real da rede social Facebook,  como muitos sabem, é a recolha de dados pessoais fornecidos pelos seus utilizadores, que  posteriormente  são centralizados em gigantescos bancos de dados. Não é por acaso que a CIA  investiu no Facebook. A Elevation Partner, de Bono,  também tem 1,5% das acções do Facebook, ou seja 750 milhões de dólares.


É portanto sem surpresa que Bono preconiza, num artigo publicado no New York Times, onde colabora regularmente, que para evitar a pirataria, discográfica, entre outras, é necessário aumentar a filtragem dos conteúdos que circulam na Internet. A esse propósito diz ser com satisfação que tem assistido aos esforços desenvolvidos pelos Estados Unidos nesse sentido.



Imagens de guerra para um homem de paz.


A Elevation Partner tem participações em dois fabricantes de jogos de computador: a Edmonton e a Bio Ware Corp.. Estas têm dois jogos de guerra chamados "Destroy All Humans 2" e "Mercenaries 2: World in Flames", onde é descrito a invasão da Venezuela por mercenários. Este tipo de jogos mancha a imagem pacifista de Bono que no entanto se recusou que fossem retirados do mercado.



O lado negro das suas relações.


Muitos dos seus fans não sabem que Bono é membro do elitista e secreto Bohemian Club. Todos os anos os seus 2000 membros reúnem-se numa propriedade de 11 Km2 em Monte Rio na Califórnia, nos Estados Unidos, nas duas últimas semanas de julho. Participam a essas reuniões antigos e recentes presidentes dos Estados Unidos, a fina nata financeira mundial, e muito milionários, na sua maioria americanos. 




O jornalista Alex Jones conseguiu infiltrar-se numa dessas reuniões e filmar um documentário, onde se pode ver uma cerimónia pagã  chamada de Cremation Care. Nesta cerimónia, ao pé da estátua de um mocho com 12 metros de altura, o símbolo do clube, um caixão contendo a imagem de uma criança é queimado, à semelhança do que era praticado no culto ancestral do demónio Moloch.


Bono também é um participante assíduo das reuniões da elite financeira mundial no World Economic Forum de Davos.


Célebre e rico, Bono tem beneficiado por parte dos media da imagem de um milionário filantropo dos tempos modernos. Mas poderá não ser bem assim,  e não passar de um daqueles ídolos controlados pelo sistema e que serve de corrente de transmissão à imposição de uma ideologia mundial elitista.




http://www.richescelebres.com/musique/bono-49/

http://fr.wikipedia.org/wiki/Bohemian_Club

http://musique.fluctuat.net/blog/15545-le-charity-business-de-bono.html

http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aqdKjGJi9cHc&refer=home

http://www.zdnet.fr/actualites/bono-du-groupe-u2-se-prononce-pour-la-surveillance-du-net-afin-de-limiter-le-piratage-39711912.htm