O Egipto, apesar de ser um grande exportador de petróleo e de gás natural, tem uma dívida pública de cerca de 30 mil milhões de dólares. A sua economia é dominada por multinacionais americanas e europeias.
Os Estados Unidos já anunciaram que vão assumir os encargos de mil milhões da dívida egípcia para estimular a economia local. O que parece um boa intenção, é na realidade puro ilusionismo. Na realidade, esse dinheiro vai ser usado na obtenção por parte das multinacionais americanas de cotas nas empresas egípcias e de concessões de petróleo. Assim os Estados Unidos vão "reciclar" a "ajuda" na suas próprias empresas que vão ganhar mil milhões de dólares.
Simultaneamente, os Estados Unidos vão emprestar mil milhões de dólares ao Egipto, agravando ainda mais a sua dívida.
Com a ajuda da Europa, os Estados Unidos vão apresentar na cimeira do G8, de 26 e 27 maio deste ano, em França, a criação conjunta de um "fundo de empresas de investimento", de 14 mil milhões de dólares, destinado a "ajudar a transição democrática" do Egipto e da Tunísia. Esse dinheiro destina-se a apoiar as empresas estrangeiras que querem investir nesses países e não aos países em si.
Só para ter uma ideia das "boas" intenções desse fundo, ficamos a saber que, por exemplo, que o "Fundo de empresas USA-Egipto" será dirigido por 4 representantes privados americanos e 3 do Egipto, sendo que estes serão nomeados pelo presidente americano!
Por fim, Obama anunciou que os Estados Unidos "vão ajudar os novos governos democráticos a recuperar os bens roubados". Esta referencia também tem como objectivo lembrar os mais de 150 mil milhões de dólares da família de Kadhafi "congelados" pelos Estados Unidos, o Reino Unido e a França. Quando estes forem "descongelados" serão transformados em "fundos de empresas" para assim esses países poderem se apropriar da economia líbia.
Artigo baseado nos dado do texto italiano de Manlio Dinucci:
http://www.ilmanifesto.it/area-abbonati/in-edicola/manip2n1/20110522/manip2pg/03/manip2pz/303602/
Tradução: Octopus
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