sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Atentados no Iraque sob falsa bandeira.



Só quem não conhece minimamente a religião muçulmana pode acreditar que, apesar das divergências, um sunita poderá matar indiscriminadamente um xiita através de atentados suicidas em que as vitimas serão também mulheres e crianças inocentes.

O Corão proibi expressamente a morte de inocentes e condena o suicídio.Só por má-fé podemos acreditar que possam ser perpetrados por qualquer muçulmano, atentados contra uma mesquita, local sagrado por excelência.







Diariamente, os média relatam atentados no Iraque que fazem dezenas de mortes. Ao fim de algum tempo, instala-se uma certa banalização da barbaria. Tentam fazer-nos crer que esta é devida à crueldade de um povo que não se entende.

Qual a melhor maneira de manter um país a ferro e fogo que de perpetrar e organizar regularmente atentados com carros armadilhados? ... e assim atribuir sistematicamente esses atentados aos islamitas fundamentalistas.

Desta maneira, os Estados Unidos conseguem manter sob pressão o país ocupado fazendo reinar o terror e impedido a sua unidade.

De tão monstruoso, temos dificuldade e acreditar que seja possível matar inocentes com fins políticos, mas é o que se passa actualmente no Iraque. Se é verdade que existem atentados dirigidos contra as forças americanas de ocupação, os que são cometidos às cegas contra a população civil são maioritariamente obra da CIA disfarçados de atentados cometidos por bombistas suicidas. São os cahamados atentados "sob falsa bandeira" frequentemente utilizados pelos servoços secretos americanos. Estes permitem justificar a presença dos soldados americanos para "proteger" a população iraquiana.



Pense dois segundos: acredita que muçulmanos, durante anos, matariam os seus irmãos indiscriminadamente, crianças, mulheres, idosos, por exemplo num mercado ou numa mesquita? Isso tornaria as suas causas mais populares? Simplesmente não faz sentido.



As forças de resistência iraquianas sempre desmentiram esses atentados. Numerosos comunicados foram publicados onde dizem não serem os autores destes actos gratuitos, e que estes não serviriam os seus interesses militares ou morais. Apenas reivindicam os que são dirigidos contra os interesses dos Estados Unidos. Então, porque é que no ocidente as pessoas não acreditam neles e preferem continuar a ouvir a propaganda americana que continua a acusar a resistência?

Como se fabricam atentados...



Imad Khadduri tem um blogue (abutamam.blogspot.com) muito interessante em árabe e inglês na internet. Apesar de ser um blogue marcadamente de resistência contra a ocupação americana, este relata alguns testemunhos dos métodos empregues para fazer crer que os atentados são fruto dos próprios iraquianos. Muito elucidativo.


1º caso:


Um condutor iraquiano é controlado pelas forças americanas presentes no território. Os seus documentos são apreendidos e este é convidado a recuperá-los numa das bases americanas, se tudo estiver em ordem. Este é autorizado a entrar com o seu veículo na base. Meia hora depois, os americanos dizem-lhe que se pode ir embora, mas que para recuperar os seus documentos terá que se dirigir ao posto de polícia de Al Khadimiya que se encontra em zona xiita. Durante o percurso o condutor apercebe-se que o seu veículo parece mais pesado, também repara que curiosamente um helicóptero acompanha-o durante todo o seu trajecto. Pára, abre a mala do carro e descobre 100 quilos de explosivos.


2º caso:


Mesmo cenário em Mosul, um condutor vê os seus documentos apreendidos que poderá recuperar no posto de polícia da cidade. Durante o trajecto o seu carro tem uma avaria. Pára, o mecânico que o socorre descobre que o pneu sobresselente está cheio de explosivos.

3º caso:


Desta vez, um camponês de Hilla, Haj Sijjad, acompanhado do seu filho de 11 anos, transporta na sua carrinha de caixa aberta a sua colheita de tomates para os vender em Bagdad. Pelo caminho são travados por um "check point" americano que inspecciona demoradamente o cargamento de tomates durante uns bons dez minutos. Depois, são autorizados a continuar o caminho. Durante o percurso, o seu filho diz ter visto os soldados colocar um objecto cinzento do tamanho de um melão junto do cargamento de tomates. Ele pára e, sendo um antigo militar, verifica tratar-se de uma bomba com um dispositivo de explosão retardada.

Fica uma questão pertinente: quem beneficia com os atentados no Iraque?

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