quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As guerras ocultas dos Estados Unidos contra a China.

Os Estados Unidos têm medo da China que está a um passo de se tornar na maior potência industrial e económica do mundo.

Para o impedir, estão a tentar destabilizar a região circundante fazendo que a China não consiga o aprovionamento petrolífero de que tanto necessita. É raro o dia em que esses países não aparecem nos média, fruto sobretudo dos atentados neles perpetrados. Quem está por detrás desses atentados e guerrilhas são os que deles beneficiam.

Abordagem de uma visão geoestratégica da região...



A situação estratégica do Xingjiang.


A província chinesa de Xingjiang ocupa uma situação impar. Faz fronteira com o Cazaquistão, o Quirguistão, o Tajiquistão e o Uzbequistão, mas também e sobretudo com o Afeganistão e o Paquistão. Tudo países com uma população predominantemente muçulmana. Estes paises têm sido palco, nos últimos anos, de atentados e conflitos armados que como iremos ver não são apenas fruto de tensões internas.

A região de Xingjiang pertence à China desde 1759 e é composta por uma maioria Uigur (45% da população), sendo a restante de 40% chineses Han e 15% chineses Hui. Dada a instabilidade dos países vizinhos e uma fronteira com mais de 5 000 km, representa a província mais vulnerável da China. Por ser uma região estratégica para a China, os Estados Unidos tentam de destabilizar esta província desde 1979 com guerrilhas permanente vínculas na comunicação social como etnicas.



Quem controlar a região de Xingjiang controla parte do sul da Rússia e sobretudo parte do eixo Europa-Ásia como podemos verificar neste mapa:






Obama desloca a guerra para o Paquistão.



Não podendo fazer frente directamente à China, tanto do ponto de vista militar como económico, os Estados Unidos estão a deslocar uma das suas guerras do Afeganistão para o Paquistão. Motivo? Cortar a alimentação energética chinesa cujo petróleo iraniano, principal fornecedor, passa pelo Paquistão. Neste país os atentados não param de aumentar e têm como finalidade justificar a intervenção americana. Como podemos ver no mapa seguinte, a propósito do gás, mas também os oleodutos, que abastecem a Índia e a China percorrem o território paquistanês:





Uma outra rede de gasodutos e oleodutos abastece a China através das antigas Repúblicas Soviéticas muçulmanas, também elas palco de recentes conturbações sociais:






A guerra contra o terrorismo serve de desculpa para os Estados Unidos intervirem igualmente no Iémen e na Somália, onde várias guerras etnico-religiosas assolam as regiões, grande parte delas orquestradas pela CIA. Isto não é puro acaso, pelo estreito de Ormuz circula 40% do petróleo transportado por via marítima, ou seja 20% das trocas petrolíferas mundiais.


O exemplo do Cáucaso.



A recente crise do Cáucaso está estreitamente ligada ao controlo dos oleodutos que o atravessam. O ataque da Geórgia à Ossétia do Sul, no dia 7 de Agosto de 2008, foi cuidadosamente planificado pelos Estados Unidos. Este deu-se uma semana após os imponentes exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Geórgia do dia 15 a 31 de Julho desse ano. Com efeito, a Geórgia é um posto avançado da NATO na fronteira com a Rússia e perto dos teatros de guerra da Ásia Central. A Geórgia é sobretudo o ponto de passagem do oleoduto "Baku-Ceyhan Pipeline" que permite o transporte do petróleo de Baku sem o controlo da Rússia, como podemos verificar no mapa seguinte:








Destabilizar as regiões com "atentados terroristas".



Henry Kissinger dizia há 30 anos: "O domínio por parte de um só país da Europa ou da Ásia do bloco Euro-asiático, constitui um perigo para os Estados Unidos. Porque esse país poderia ultrapassar os Estados Unidos do ponto de vista económico ou militar e portanto temos de combater esse perigo".


E pelos visto conseguiram-no bastante bem. Trinta anos mais tarde e milhões de mortes depois, olhando para trás vemos uma sucessão de conflitos dos quais o Afeganistão foi apenas o princípio.


Zbigniew Brzezinski, conselheiro de Obama, escreveu que todos os futuros desafios económicos eram Euro-asiáticos. Quando lhe perguntaram numa entrevista ao "Nouvel Observateur", após ter revelado que a guerra entre a URSS e o Afeganistão fora provocada com base na sua estratégia e do então presidente Jimmy Carter, se não estava arrependido; ele respondeu: "Foi uma ideia genial. Os russos caíram na armadilha afegã e queria que eu estivesse arrependido?".




Muitos são os que acreditam que mais tarde ou mais cedo o Irão irá ser atacado pelos Estados Unidos e Israel. A verdade é que, sendo este o principal fornecedor energético da China, representa um obstaculo aos planos americanos que estes gostariam de ver ultrapassado. Neste momento, o Irão encontra-se completamente cercado pelas tropas americanas como podemos facilmente constatar neste mapa:







1 comentário: