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Pode parecer paradoxal discutir o exagero do poder judiciário, quando
o nosso modelo democrático assenta na separação dos poderes que formam o
Estado (legislativo, executivo e judiciário). No entanto esse perigo
existe, em parte por culpa dos legisladores que têm vindo a criar
legislação para tudo e mais alguma coisa.
Um Tribunal Constitucional politizado e partidarizado.
O poder
judiciário, através dos seus juízes tem vindo progressivamente a tomar
conta do próprio sistema político tomando decisões que deveriam pertencer ao poder
executivo. Frequentemente, o Tribunal Constitucional extravasa o
exercício da sua função jurisdicional para fazer juízos de ponderação
política, o que representa uma violação do princípio da separação de
poderes.
Ora sendo o Tribunal Constitucional um órgão
de soberania, em que os seus juízes são por definição independentes, não é
menos verdade que dos seus 13 juízes, 10 são eleitos pela Assembleia da
Republica com maioria qualificada de dois terços. Os 3 restantes são
cooptados pelos juízes eleitos.
Os juízes do Tribunal
Constitucional são assim influenciados, não só pela filiação ideológica e
partidária, como também pela presença do seu partido no governo,
tornam-se portanto num "órgão de decisão política". A luta partidária é
também travada no Tribunal Constitucional.
São
os partidos que designam, directa ou indirectamente, os seus juízes, o
que faz com que o Tribunal Constitucional tenha muitas vezes actuado com
despotismo, isto é o poder detém a razão, como no caso do chumbo dos
novos partidos Movimento de Alternativa Socialista e o Partido da
Liberdade.
O poder dentro do poder.
Os juízes em Portugal tornaram-se em fonte
mediática de poder. Na maioria dos países democráticos quando um cidadão é
chamado a depor sobre um determinado processo recebe uma carta a
convocá-lo, em Portugal é sistematicamente detido para depor. Para
acompanhar essa detenção são previamente chamados os meios de
comunicação social, através das famosas "fugas de informação"
proveniente de quem detém os processos.
Qualquer
cidadão é assim julgado na praça pública antes mesmo de se ter iniciado
qualquer processo crime. Os juízes são assim detentores de poderes que
fazem questão de reforçar perante os media.
"Todo
o sistema de justiça português é constituído por lojas maçónicas, que
além de controlar as decisões dos mediáticos processos recentes
(Universidade Moderna, Portucale, Casa Pia, Apito Dourado,...) também
controla a carreira dos juízes e dos magistrados do Ministério Público e
dos altos funcionários do Esatdo" (José da Costa Pimenta, Ex-Juiz).
Um "super juiz".
A actual concentração de processos nas mãos de um "super juiz",
Carlos Alexandre, fere o direito ao "juiz natural". Este gigantesco
acumular de processos mediáticos é dificilmente compreensivo. Operação
Furacão, Caso BPN, Máfia da Noite, Face Oculta, Remédio Santo, CTT,
Operação Labirinto, são estas as pasta que estão na secretária de Carlos
Alexandre. Em 2013 foi considerado o 48º homem com mais poder em
Portugal.
Em Portugal, os juízes estão pouco a pouca a
tomar de assalto o poder, desde o Tribunal Constitucional até aos juízes
de 1ª instância, o que constitui, a médio prazo, ter-mos um governo de
juízes.
Perante a erosão dos outros poderes estatais, o poder judiciário está cada vez mais a ser chamado para resolver conflitos políticos. Contudo, este sistema judiciário não é internamente democrático estando sujeito a interesses corporativos, muitas vezes impeditivo de fazer justiça em nome do povo.
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Se esvaziarmos o excesso de poder do 4º poder, aproximamos mais a justiça do poder que ela deve ter...
ResponderEliminarÉ uma frase poética... mas como faria isso? Qual era o poder que o fazia? Criava um 5.º poder? E depois...o 6.º Poder para controlar o 5.º e... ... ... ?
EliminarP. Lopes
O chamado 5º poder já existe, é o poder dos médai nas mãos das multinacionais e do poder vigente.
EliminarMeu caro: "vindo muitas vezes" ; "cada vez mais" ; " muitas vezes" ; "pouco a pouco" ... tudo o que diz fará sentido, desde que fundamentado, no meu caso gostaria que me desse exemplos concretos, exemplos vividos.
ResponderEliminarO Juiz é em data"X" o "N" homem com mais poder em Portugal ? Não me parece correto comparar o "Poder" de um Juiz com o "Poder" de um politico, uma decisão judicial não se toma por "ajuste directo" .
Estou de acordo no que toca á influencia da maçonaria.
Porém, num momento em que o poder judicial parece tentar delimitar a acção da corrupção politica por em causa a acção do poder judicial, para já, parece-me contraproducente.
P. Lopes
Olá Octopus
ResponderEliminar"legislação para tudo e mais alguma coisa."
Os legisladores seguem em muitos casos a vontade popular! E como a maioria do POVO é irresponsável (VOTA) adora que exista legislação para tudo e mais alguma coisa!
Quanto menos o POVO tiver que se chatear MELHOR!
Não admira por isso que o ESTADO esteja presente em TUDO o que a MANADA faz!
Abraço
VOZ
É bem verdade, existe legislação para tudo e mais alguma coisa, os políticos delegaram os "poderes" nos legisladores e isso é muito mau.
EliminarNão estarão os juízes a tentar "mamar" mais estando o super-magistrado a assumir a face dessa vontade?
ResponderEliminarClaro que a corrupção política tem de ser combatida, mas o poder judiciário não pode ter autonomia e fazer o que "lhe passa pela cabeça". Sobretudo sabendo que o poder judiciário supremo (TC) que deveria ser autónomo está dependente do político.
ResponderEliminarInfelizmente penso que sim...
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