A Toyota, o maior construtor automóvel mundial vai chamar milhões de veículos em todo o mundo por vários defeitos de fabrico. Os carros mais fiáveis sujeitos uma série de avarias. Surpreendido?
Quem benificia com estas avarias súbitas? Para além das notícias, quem é que está por trás destes inesperados acontecimentos?
Defeitos em série...
Tudo começou no dia 28 de agosto de 2008, com uma chamada desesperada para o sistema de emergência americano, de um automobilista que relatava ao telemóvel, que o seu Lexus tinha um problema de travões e que este não conseguia controlar o seu veículo. Resultado 4 mortos.
Um mês depois, a Toyota aconselha a 3,8 milhões de condutores que devem retirar os tapetes dos seus carros (Toyota e Lexus) para evitar que o pedal do acelerador fique preso.
Um mês depois em Dallas, um Toyota tem mais um acidente com quatro mortos. Segunda vaga de chamada de carros e cessação da venda de 8 modelos nos USA.
Pouco depois defeito nos pedais do modelo Prius, da Toyota. Pedais esse fabricados nos Estados Unidos!
As acções da Toyota caiem 15 mil milhões de Euros na bolsa. As venda, só nos Estados Unidos descem 16%, com o respectivo aumento da General Motors e da Ford. A toyota número um da qualidade e fiabilidade cai a pique...
http://www.challenges.fr/magazine/1/0199-028648/comment_toyota_a_perdu_le_controle.html
No dia 12 de fevereiro deste ano, a Toyota decide a recolha de 8 000 dos seus camiões Tacoma nos USA, por defeito na transmissão. Esta terá fissuras que podem provocar a sua rotura e consequência perda de controle, isto num modelo construído este ano.
O Japão vira à esquerda...
No final do ano passado, pela primeira vez em 54 anos, o partido do centro esquerda (PDJ) ganha as eleições no Japão. O partido conservador (PLD), pró-americano, no poder desde 1955 perde as eleições, no que constitui uma verdadeira revolução.
http://www.radio-canada.ca/nouvelles/International/2009/08/29/004-japon-election.shtml
Revolução mais significativa quando sabemos que o actual Primeiro Ministro japonês, Yukio Hatoyama, numa entrevista ao "New York Times", afirma que "a época da mundialização debaixo da direcção americana, está perto do fim, estavamos a caminhar para uma época multipolar como resultado da derrota no Iraque e da crise financeira".
De salientar que o partido conservador (PLD) foi fundado para apoiar a politica americana no extremo-oriente durante a guerra fria. Depois, continuou a apoiar a política americana, incluído na guerra do Iraque, quando a maioria da população estava contra.
De realçar que os USA nunca apoiarem o Japão perante os problemas que tiveram com a Corea do Norte e a China. Assim sendo, o partido democrata aposta na aproximação à China, para grande desagrado dos Estados Unidos.
http://www.swissinfo.ch/fre/index.html?cid=298396
Como se a afronta da eleição de um Primeiro Ministro critico do seu "amigo" americano não bastasse, os habitantes de Okinawa, já estão fartos das bases americanos nas suas terras. Okinawa representa 0,6% da superficie do Japão, mas tem, nada mais nada menos, que 34 bases americanas. Com base num acordo assinado em 2006, a base de Futenma deveria ser transferida para Henoko, apesar da oposição da sua população que num referendo de 1997 tinha manisfestado a sua oposição.
No dia 24 de janeiro deste ano, o presidente de câmara que ganhou as eleição recusa a transferência da base americana. Com a agravante que os próprios habitantes de Futenma também já não a querem lá. O Primeiro Ministro japonês, Yukio Hatoyama decidiu renogociar a presença americana em Okinawa.
A incrível série de avarias da Toyota, num construtor automóvel até aqui exemplar, tem vários objectivos: castigar um governo japonês hostil e pouco maleável às intenção americanas e ao mesmo tempo relançar o seu sector automóvel fortemente abalado com a recente crise económica.
Não é assim tão simples a questão da Toyota, é bem mais complicado para nós que estamos cada vez mais a ser monitorizados "Chip incorporado no automóvel" pelos que nos quererão controlar em um futuro breve de forma a ser mais eficaz saber a nossa posição em caso de nos mostrar-mos contra aos seus ideais depois da Lei Marcial ser aprovada em regime de certos medos.
ResponderEliminar