sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
"Vastarel" (trimetazidina): inútil e perigoso.
Apesar da sua eficácia nunca ter sido demonstrada, apresenta númerosos efeitos secundários com destaque para o risco de indução do sindrome de Parkinson.
Em 2004, em Espanha, uma serie de sindromes de Parkinson foram assinalados induzidos pelo medicamento, tendo regredido após a paragem do "Vastarel".
Em França até 2008, foram resgistados mais de 300 casos de efeitos secundários. Além dos sindromes extrapiramidais (Parkinson, alterações da marcha, tremores) como em Espanha, foram também descritos baixa das plaquetas.
Durante muito tempo, e ainda actualmente, o "Vastarel" foi considerado um medicamento inócuo, dado que era frequentemente receitado a pessoas idosas, os seus efeitos secundários foram menespresados dado que essa mesmo população sofre muitas vezes do sindrome de Parkinson.
A Comissão de Transparencia da Alta Autoridade da Saúde Francesa examinou em maio de 2006, todos os estudos disponíveis do tratamento da baixa da acuidade visual d'origem vascular na qual a trimetazidina ("Vastarel") está preconizada, a conclusão é que este não tem efeito demonstrável. Também examinou outra das indicações da trimetazidina no tratamento das vertigens e acufenos, tendo chegado que os resultados são sobreponíveis ao placebo.
Dada a ausência de interesse terapêutico e o risco de efeitos secundários graves, o "Vastarel" deveria ser retirado do mercado.
http://www.prescrire.org/aLaUne/dossierTrimetazidine.php
http://www.prescrire.org/bin/cqp/index.php?id=26658
http://www.prescrire.org/bin/cqp/?id=24526
http://www.prescrire.org/aLaUne/dossierTrimetazidineBilan09.php
http://www.has-sante.fr/portail/upload/docs/application/pdf/ct032831.pdf
http://www.has-sante.fr/portail/upload/docs/application/pdf/ct-3872_vastarel.pdf
Nimesulida ("Nimed"): Perigo de hepatite por vezes mortal.
Após númerosos casos de hepatites provocadas por este medicamento, será prudente evitar a sua prescrição e até eventualmente considerar a sua retirada definitiva do mercado.
O nimesulida está comercializada na Itália desde outubro de 1985. Actualmente é vendida em 50 países do mundo, e até hoje já foram efectuados mais de 500 milhões de tratamentos.
É um anti-inflamatório não esteróide, usado nas dores agudas, nas artroses e dores menstruais. A sua eficácia é semelhantes à dos outros anti-inflamatórios não esteróides. O problema é que representa um risco, apesar de raro, de hepatite medicamentosa podendo conduzir à morte.
Na Finlândia foi retirado do mercado em 2002, quatro anos após a sua comercialização, por terem sido registados 66 casos de hepatite devido ao nimesulida, com um falecimento e dois transplantes de figado. Uns meses depois foi a vez da Espanha suspender a sua comercialização após 30 casos de hepatite, três dos quais tendo conduzido à morte dos pacientes.
Por ter havido númerosos casos de intoxicação grave do figado, a Irlanda suspende a venda do nimesulida em 2007. Nesse mesmo ano, a Agencia Europeia do Medicamento (EMEA) decide realizar uma nova avaliação do medicamento. Após estudar a toxicidade hepática do nimesulida, e muita pressão do lobby farmacêutico, chegou à conclusão que não se justificava a suspensão do medicamento.
Todavia, para limitar o risco hepático, recomenda que a duração dos tratamentos não ultrapasse os 15 dias e portante preconiza que as embalagens com mais de trinta comprimidos deixem de ser vendidas. Afinal sempre existe um risco!
Desde há vários anos que revistas médicas independentes do lobby farmacêutico, cono "Prescrire", têm vindo a pedir a retirada definitiva do mercado do nimesulida. Dado ter a mesma eficácia que outros anti-inflamatórios não esteróides, o risco não compensa o benefício. Para o alívio da dor deverá ser utilizado preferencialmente o paracetamol ("Ben-u-ron"), caso seja necessário um anti-inflamatório deve ser utilizado o ibuproféne ("Brufen") que tem a melhor relação benefício/risco.
http://www.generation-nt.com/chmp-emea-confirme-profil-positif-rapport-benefices-risques-nimesulide-newswire-48699.html
http://www.esculape.com/medicament/nimesulide_nexen.html
http://www.prescrire.org/bin/cqp/index.php?id=34107
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O ateísmo no mundo árabe (3ª parte)
O ateísmo no mundo islâmico.
Como já foi referido, os ateus nunca foram bem aceites no islamismo: “Que os crentes não tomem por aliados os renegadores da Fé, ao invés dos crentes” (Sura3, Ayat 28). Como nas outras religiões monoteístas, os ateus foram sempre obrigados à clandestinidade, para ultrapassar os riscos a que estavam sujeitos.
No Islão, a apostasia designa a rejeição da religião islâmica por parte de um muçulmano. Existe uma certa confunsão entre o apóstata e o ateu, muitas vezes utilizados como sinónimos. No seu sentido restrito, a apostasia é a renúncia a uma religião ou crença, o que implica que a pessoa em questão mesmo que se tenha tornado ateia, tenha tido uma crença prévia.
Seja como for, a apostasia constitui na religião islâmica um crime grave. O haddith d’Ibn Abbâs relata que Maomé terá dito que « quem muda a sua religião tem de ser morto », todavia esta referência que também se encontra no Al-Boukhari mas não aparece no Muslim.
Os ateus são designados por «káfir », termo que designa mais própriamente um não-crente, enquanto que o termo « dhimmi» é utilizado em árabe à «gente do livro », isto é as religiões monoteístas.
A « dhimma » só aparece uma vez no Corão, na Sura 9, Ayat 8 a 10, e refere-se a um regime jurídico de um não-muçulmano num país islâmico. No século VII, o califa Omar firmou um pacto que permitia, mediante o pagamento de um imposto, a « jizya », aos não-muçulmanos em terra islâmica, exercer as suas religiões e assugurava a protecção dos seus bens ; ficou conhecido como o « Pacto de Omar ».
Num Hadith, o callifa Omar aconselha o seu sucessor à seguinte atitude : « recomendo aplicar as leis e regras de Deus e do seu enviado, em relação aos dhimmi, exigir que eles preencham o seu contrato e de não lhes aplicar uma taxa acima das suas possibilidades » (Sahih Bukhari, Vol.2, Livro 23, nº 475).
O judeus, por exemplo, eram assim mais bem tratados nos países árabes que nos cristãos.
Literatura ateísta árabe.
As referências ao vinho que glorifica, são vistas por alguns, como uma metáfora da divindade, no entanto o vinho é proibído no Islão. Outro facto, é a sua insistência termos de aproveitar a vida térrea que não voltará, apesar do Corão prometer a ressurreição e a vida eterna. Estas descrições, para muitos, fazem dele, um dos mais célebres ateus do mundo arabe.
Numa tradução francesa, um excerto referente ao exposto:
(CVII)
« Autrefois, quand je fréquentais les mosquées, je n'y prononçais aucune prière,mais j'en revenais riche d'espoir.Je vais toujours m'asseoir dans les mosquées,où l'ombre est propice au sommeil. »
(CLIX)
« “ Allah est grand !” . Ce cri du moueddin ressemble à une immense plainte.Cinq fois par jour, est-ce la Terre qui gémit vers son créateur indifférent ? »
(CLIII)
« Puisque notre sort, ici-bas, est de souffrir puis de mourir, ne devons-nous pas souhaiter de rendre le plus tôt possible à la terre notre corps misérable ?Et notre âme, qu'Allah attend pour la juger selon ses mérites, dites-vous ?Je vous répondrai là-dessus quand j'aurai été renseigné par quelqu'un revenant de chez les morts. »
Abu-l-Ala al-Maari, nascido na Siria em 973, foi outro grande crítico das religiões em geral. Este grande poeta, escreveu versos bastante arriscados para a época:
« Les habitants de la terre se divisent en deux,Ceux qui ont de l'esprit mais pas de religion,Et ceux qui ont de la religion mais pas d'esprit. »
A liberdade de consciência no mundo arabe.
Como já vimos a apostasia no Islão, refere-se à rejeição da religião islâmica por um muçulmano, « irtidád » é termo que pode ser traduzido por: « voltar atrás ».
Não existe uma atitude homogénia no mundo arabe para punir um apóstata, mas de um modo geral a pena de morte deve ser aplicada com base no Hadith Ibn Abbâs.
Para simplificar vamos englobar num mesmo conceito o não-crente, o apóstata e o ateu.
No início, a persecução aos « hereges » estava intimamente ligada à repressão dos opositores aos califas. Actualmente a situação é a seguinte :
O Egipto admite a possibilidade de mudar de religião ou tornar-se apóstata sem consequências. Isto em teoria, porque a lei nº3 de 29 de Janeiro de 1996, permite ao Procurador da República instalar um processo por crime contra Deus. Existem alguns casos de prisão por muçulmanos convertidos ao cristianismo.
Na Líbia, o apostata perde a a cidadania.
Na Malásia um muçulmano pode mudar de religião, mediante a autorização de um tribunal religioso. Este nega sempre essa autorização e pode condenar o apóstata até um ano de prisão.
Na Arábia Saudita, a apostasia é sentenciada com a pena de morte por decapitação. Mesma coisa na região norte do Sudão ou no Iémen. No Afganistão, a Charia também pune com pena de morte a apostasia.
No Irão, mesmo cenário, com a agravante que para algumas pessoas, o sunismo é considerado como uma forma de apostasia, muitas vezes a pena de morte tem objectivos políticos.
Neste país, a lapidação de mulheres adulteras também é praticado, estando mesmo definido no código penal o tamanho das pedras que devem ser utilizadas : « As pedras utilizadas não devem ser demasiado grandes para evitar a morte instantânea, nem demasiado pequenas. O tamanho médio deve ser o escolhido para que expiação da falta cometida seja feita através do sofrimento » !
Em Marrocos, a apostasia não tem qualquer pena prevista. Porém, a lei marroquina prevê que alguém que tente converter um muçulmano a uma outra religião possa ser condenado a uma pena de prisão até seis meses.
O Líbano é uma excepção nos países árabes. Com uma população muçulmana de 60% e a restante de índole sobretudo cristão, a liberdade religiosa é reconhecida oficialmente.
A liberdade religiosa vista do ponto de vista da liberdade de consciência não existe actualmente nos países islâmicos porque nestes países não existe a separação entre o estado e a religião. A liberdade religiosa constitui actualmente um dos maiores desafios que enfrenta o mundo muçulmano.
. . . . .
Livros consultados:
Diccionário Houaiss, 2001 Instituto António Houaiss.
Tradução do sentido do Nobre Alcorão para língua portuguesa, pelo Dr. Helmi Nasr, com a colaboração da Liga Islâmica Mundial, do complexo do Rei Fahd.
O ateísmo no mundo árabe (2ª parte).
O lugar do ateísmo nas várias religiões.
Nas religiões politeístas, dada a profusão de deuses, os ateus são geralmente melhor aceites. O budismo, por muitos considerado uma filosofia e não uma religião, convive bem com o ateísmo. É sobretudo nas religiões monoteístas que a questão da tolerância se coloca.
Na religião judaica, que é uma evolução do politeísmo para o monoteísmo, a cultura religiosa está intimamente ligada ao modo de vida. O judaísmo progressivamente transformou-se de uma identidade religiosa em uma identidade ideológica, por isso o ateu judeu é um mito. Como tal, é a religião monoteísta que mais dificuldade tem em conviver com o ateísmo.
A religião cristã, por seu turno, sempre conviveu mal com o ateísmo. Já vimos que o herege era tido como um ser à parte, que inicialmente foi perseguido e muitas vezes morto. Este foi pouco a pouco aceite, estando apenas condenado à impossibilidade de uma vida par além da morte, o que não preocupa o ateu.
A religião muçulmana considera os ateus assim como os que pertencem a qualquer outra religião, como infíes, estando-lhes reservado sofrimentos atrozes no além. Aceita melhor os monoteístas, judeus e cristãos, dos quais a religião islâmica tem origem, do que os ateus desprovidos de qualquer divindade.
O Islamismo e a liberdade de culto.
Os seus textos são em grande parte sobreponíveis à Torá judaica e ao Antigo Testamento cristão. Tendo sido a última das três religiões monoteísta a chegar, esta tinha que propor algo de novo para ocupar um espaço religioso já bastante preenchido, e em grande parte conseguiu.
A religião judaica, com um culto complexo, destinava-se à pequena minoria de um povo que se auto proclama como os preferidos de Deus. Na religião cristã, o latim era incompreensível para a maioria das populações que a abraçavam. O islamismo tinha as vantagens de ter os seus textos escritos na língua local e de não fazer distinções de raças.
O termo infiel designa todos os não-muçulmanos, sejam eles judeus, cristãos, politeístas ou não crentes.
Contrariamente às ideias preconcebidas ocidentais, o Corão, em numerosos versículos, mostra-se bastante tolerante em relação à outras religiões. Esto vem do facto de considerar que toda a humanidade faz parte de uma única família, sem distinções de cor ou etnia. “Ó homens! Por certo, Nós vos criamos de um varão e de uma vara, e vos fizemos como nações e tribos, para que vos conheçais uns aos outros” (Sura 49, Ayat 13).
A tolerância para com as outras religiões monoteísta, deve-se à unicidade de Deus, os profetas e os mensageiros são os mesmos: “Da religião, Ele legislou, para vós, o que recomendara a Noé, e o que te revelamos, e o que recomendáramos a Abraão e a Moisés e a Jesus: Observai a religião, e dela, não vos separeis” (Sura 42, Ayat 13).
E ainda: “O Mensageiro crê no que foi descido, par ele, do seu Senhor, e, assim também, os crentes. Todos crêem em Allah e em Seus anjos e em Seus Livros e em Seus Mensageiros. E dizem: Não fazemos distensão entre nenhum de Seus Mensageiros” (Sura 2, Ayat 285).
O Corão refere frequentemente a ligação particular que une os muçulmanos, os judeus e os cristãos. Apelida os judeus e os cristão de “povos do Livro”, referindo-se aos povos que acreditam na Torá e na Bíblia.
Mas a sua preferência vai nitidamente para os cristãos, como revela a Sura 5, Ayat 82: “Em verdade, encontrarás,-dentro os homens-, que os judeus e os idólatras são os mais violentos inimigos dos crentes. E, em verdade, encontrarás que os mais próximos aos crentes, em afeição, são os que dizem: Somos cristãos. Isso, porque há dentre eles clérigos e monges, e porque não se ensoberbecem”.
Uma das passagens mais conhecidas e citadas professando a liberdade de culto é a Sura 18 Ayat 29: “ A verdade emana do vosso Senhor. Então, quem quiser que creia, e quem não quiser que renegue a fé”, apesar de perseguir com “Por certo, preparamos para os injustos um Fogo, cujo paredão de labaredas os embarcará. E, se pedirem socorrimento, terão socorrimento de água, como o metal em fusão: escaldar-lhes-á as faces”.
Os não-crentes têm no Corão um destino terrível no além, os que renegam a Fé “terão doloroso castigo”, “Eles desejarão sair do fogo, e dele não sairão. E terão permanente castigo” (Sura 5, Ayat 37). “Aos que renegam a Fé, cortar-se-lhes-ão trajes de fogo. Sobre suas cabeças, entornar-se-á água ebuliente”, “Com ela, derreter-se-á o que há em seus ventres, e, também, as peles”, “E, para eles, haverá recurvados fustes de ferro”, “Cada vez que desejarem sair dele, por angústia, fá-los-ão voltar a ele. E dir-se-lhe-á: Experimentai o castigo da Queima!” (Sura 22, Ayats 19 a 22).
Como podemos constatar, nada de muito agradável. De referir que o Corão não é o único a propor inimagináveis atrocidades aos não crentes, o Cristianismo e sobretudo o Judaísmo também são peritos em castigos sádicos deste tipo.
As intolerâncias no Corão.
A religião islâmica mostrou-se bastante tolerante e inovadora em muitos aspectos. Condena a usura, “Allah extermina a usura e faz crescer as esmolas” (Sura 2, Ayat 276).
Até certo ponto dignifica a mulher, tendo em conta a época, “Elas (as mulheres) são uma roupa para vós e vós serdes uma roupa para elas” (Sura 2, Ayat 187).
O problema é que, como em todas as religiões, sejam elas politeísta ou monoteístas, o homem é considerado superior à mulher. As mulheres são relegadas para segundo plano, não é por acaso que todos os profetas foram homens e nenhuma mulher tem uma função de destaque equivalente ao homem em qualquer dos textos, tem sempre uma posição subalterne.
No Islão, a mulher tem assim um estatuto de inferioridade em relação ao homem. “Allah recomenda-vos, acerca da herança de vossos filhos: ao homem, cota igual à duas mulheres” (Sura 4, Ayat 11), a justificação para esta passagem, é que o homem tem responsabilidades maiores, no que diz respeito as despesas com a casa, a família e os filhos, além do “mahr” que concede às mulheres ao casar-se.
O divórcio é aceite, no Corão, mas o marido, e só ele, pode voltar atrás (Sura 2, Ayat 228): “E que as divorciadas aguardem, elas mesmas, antes de novo casamento, três períodos menstruais, e não lhes é lícito ocultarem o que Allah criou em suas matrizes, se elas crêem em Allah e no Derradeiro Dia. E, nesse ínterim, seus maridos têm prioridade em tê-las de volta, se desejam reconciliação. E elas têm direitos iguais às suas obrigações, convenientemente. E há para os homens um degrau acima delas”.
A mulher tem de estar à disposição do marido: “Vossas mulheres são, para vós, campo lavrado. Então, achegai-vos a vosso campo lavrado, como e quando quiserdes...” (Sura 2, Ayat 223).
E talvez o passagem mais polémica: “Os homens têm autoridade sobre as mulheres,...E àquelas de que temeis a desobediência, exortai-as, pois, e abandonai-as no leito, e batei-lhes...” (Sura 4, Ayat 34)
O tema da mulher no mundo arabe, é bastante polémico quando abordado pelos ocidentais, onda ela goza de maior liberdade e igualdade. Um dos temas mais chocantes é o da lapidação. No Hadith Sahih Muslim (682) podemos ler o seguinte: “O profeta disse: Não lapidem a adultera grávida até que esta tenha dado à luz a sua criança....Depois do nascimento, ela foi levada até um fosso, enterrada até ao peito, e o profeta ordenou a sua lapidação...”
Na realidade existe alguma confusão, porque no Corão, a lapidação não existe. Como é que o Corão se referiria ao facto de chicotear os adultérios, homem ou mulher, e não faria referência à lapidação, se esta fizesse parte das suas intenções?
Em nenhuma passagem do Corão está escrito que os infiéis ou os adúlteros devem ser lapidados. Isto só acontece nos Hadiths que são comunicações orais do profeta Maomé. Representa comparativamente o que o Talmude representa para a Torá no judaísmo.
Alguns muçulmanos têm vindo a denunciar estas interpretações autoritárias do Corão. A lapidação estava em vigor nos povos pré-islâmicos e o Corão nunca preconizou tal acto. Sem ir até ao ponto de considerar que a maioria dos Hadiths sejam falsos, estes foram redigidos conforme as guerras de poder no início da instalação da religião. O próprio profeta terá alertado para a eventualidade de falsificações no Hadiths, dizendo que “quando se depararem com um Hadith, comparem-no com o Corão: se este estiver conforme, tomai-lo; senão rejeitai-lo”.
Numa coisa o Corão é muito claro, mesmo tratando-se dos seus próprios pais, se estes renegarem a fé, passam a ser inimigos: “Ó vós que credes! Não tomeis por aliados a vossos pais e a vossos irmãos, se amam a renegação da Fé mais que a Fé. E quem de vós se alia a eles, esses serão os injustos” (Sura 9, Ayat 23).
Breve visão da história.
Em Meca, a Kaaba já era um espaço sagrado, provavelmente aí realizava-se o culto ao Sol ; a actual circunvolução dos peregrinos muçulmanos pode ter tido origem nesse facto. Os rituais sagrados estavam a cargo dos chefes de clãs e cada tribu tinha a sua própria divindade.
No sul, pela razão dos povos serem sedentários, os templos eram feitos de pedra , as práticas religiosas eram mais elaboradas e conduzidas por sacerdotes, eram venerados o Sol, a Lua e Vénus.
Desde há vários séculos que as comunidades judaicas estavam instaladas na península arábica, muito antes da chegada do Islão. Localizavam-se sobretudo no actual Iémen, tinham fugido à repressão romana no século II. Muito menos organizadas, viviam algumas comunidades cristãs, eram na sua grande maioria dissidentes da religião cristã oficial, e constituidas por Monofisitas e Nestorianos, considerados hereges. Estas comunidades viviam em segurança mediante o pagamento de um imposto.
O aparecimento do Islão, com a revelação feita a Maomé inscreve-se na continuação de outros profetas como Abraão, Moisés e Jesus. Com base nos textos judeo-cristãos, propõe o fim do politeísmo nesta região geográfica e por conseguinte a veneração de um Deus único, não sem antes passar por uma fase de henoteísmo, isto é a existência de um deus dominante no meio da panóplia de deuses existentes.
...
O ateísmo no mundo árabe (1ª parte)
Se a definição de ateísmo é mais ou menos consensual, já o conceito de “mundo árabe” engloba vários pontos de vista, entre ou quais o geográfico, o linguístico ou o islâmico.
O conceito geográfico deveu-se à expansão do Islão a partir da Arábia no século VII e inclui 22 países divididos em Mashreq a l’Est. e Maghreb a oeste. Estes partilham a língua árabe, sendo este o secundo conceito. Finalmente, têm como religião dominante o islamismo. Estes conceitos não são absolutamente exactos, dado que alguns desses países têm minorias populacionais que não praticam a religião islâmica e alguns povos não têm o árabe como língua dominante, como em certos países africanos.
Seja como for, uma coisa é certa, dificilmente podemos dissociar o mundo árabe do islamismo, sendo que historicamente, temos dois períodos distintos, um pré-islâmico e outro pós-islâmico.
Pensa-se que a palavra “árabe” tenha origem nos habitantes da Arábia. Terá sido uma transformação do termo “arâbâh” derivada da raiz semítica “abhar”, que significa “deslocar-se”. Estes homens que se deslocavam no deserto, eram os povos nómadas de origem beduína.
Qual terá sido, e qual é actualmente, o lugar do ateísmo neste mundo arabe? Para um ocidental, esta perspectiva será sempre inexacta devido ao peso cultural que carregamos.
Apesar de tudo, a visão deste problema por um ateísta ocidental, talvez seja uma das menos preconceituosas, dado que para eles, o islamismo baseia-se numa lenda semelhante a qualquer mito pré-monoteísta.
O Corão, livro de base dos muçulmanos, pode, e deve ser analisado e interpretado como qualquer outro texto, sendo sagrado, apenas para quem nele acredita. A proibição de o criticar baseia-se no dogma da sua intocabilidade, por acreditar que este representa uma verdade absoluta e incontestável. Esta postura não beneficia a sua compreensão e, até certo ponto, é contrária às condutas nele escritas.
A questão fundamental e desapaixonada é a seguinte: poderá um arabe ser ateu num mundo islâmico? Será que um ateu, que aceita as convicções filosófica e religiosas de qualquer indivíduo, tem por parte do mundo islâmico em que vive a mesma tolerância?
A história da humanidade está intimamente ligada à tentativa de explicar o desconhecido. A interpretação dos fenómenos naturais, conduziu o Homem a criar deuses e criaturas sobrenaturais que explicariam a origem da sua criação, o a mecânica celeste e as relações dos seres vivos.
O medo da morte inelutável, levou o Homem a procurar teorias metafísicas que lhes propusesse uma vida para além da morte. Os que agora esboçam um sorriso perante o que classificam de lendas dos povos da antiguidade, são os mesmos que necessitam das novas religiões que as vieram substituir.
Antes de continuar, temos de definir o que é um ateu. Esta palavra é relativamente recente, datará de 1611, a data pode não ser exacta, mas é posterior e muitas vezes utilizada como sinónimo de herege, que no século XIII referia-se às pessoas que não aceitavam a doutrina estabelecida pela fé católica.
Essa doutrina era apresentada como um dogma, isto é como certo e indiscutível, cuja verdade as pessoas têm de aceitar sem questionar. Este conceito é comum a todas as religiões.
Mas, aqui está um primeiro ponto importante. A verdade em termos religioso não é única, dada a multiplicidade religiosa. Se aceitamos como sendo a verdade algo que se encontra conforme aos factos e à realidade, então, existirão várias realidades e portanto várias verdades. As religiões poderão então ser pontes entre os factos e a subjectividade cognitiva do intelecto humano.
Ao aceitar que existe um Deus como sendo um ente infinito, eterno, sobrenatural e existente por si, que define o que é bem e o que é mal, estamos implicitamente a aceitar que nos seres humanos estão ausentes estas noções como o Bem e o Mal, atributo exclusivo dessa divindade. Ora, os conceitos do Bem e do Mal, não são privilégio de um Deus transcendente, são sim juízos e entendimentos filosóficos anteriores às religiões. Por isso é que um ateu não necessita de uma religião que lhe dite essas normas, sob pena de estar sujeito a castigos e recompensas futuras.
O conceito de um Deus todo-poderoso, dono de um universo que ele próprio criou, tem dificuldade, do ponto de vista teológico, em explicar a origem do Mal. Ao refugiarem-se por trás do “mistério de Deus” inacessível, as religiões abdicam da sua capacidade em fornecer uma visão coerente do mundo.
O ateísmo não deve, nem pode ser fundamentalista, caso contrário corre o risco de se tornar numa “religião”, e acabaria por se tornar igual, do ponto de vista dogmático, aos que critica.
Um ateu simplesmente não necessita de uma explicação divina para justificar o seu comportamento moral e encontrar uma resposta para o seu destino. Isto faz com que os ateus, de um modo geral, sejam bastante tolerantes com os que professam uma qualquer crença. O mesmo já não se pode dizer em relação às religiões monoteístas, que não entendem como é que é possível alguém por em questão um conceito que para eles, não só é necessário, como sobretudo inquestionável.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Dalai Lama: uma "santidade" ao serviço da CIA...
O recente encontro entre o Dalai Lama e Barack Obama irritou os chineses. Não sendo própriamente um exemplo de democracia, a China não deixa de ter alguma razão.
Os Estados Unidos através dos média (que controlam) apresentam o líder espiritual tibetano como um defensor da paz, simpático e bonacheirão. O que nunca é dito é que o Dalai Lama foi sempre pago pela CIA para destabilizar a China.
O Tibet: um paraíso do feudalismo.
Os defensores do lamaismo descrevem esta religião como fazendo parte integrante da cultura do Tibet. Na realidade, o budismo foi introduzido por volta de 650. O primeiro rei do Tibet, Srong-btsan-sgam-po, foi casado com princesas tibetanas mas tambem chinesas. Da introdução do budismo, que se misturou às crenças animistas, resultou uma nova religião: o lamaismo. Esta foi imposta à força. O rei Trisong Detsen chegou mesmo a decretar que: quem aponte dedo a um monge deverá ter o dedo cortado, quem disser mal de um monge ou do lamaismo deverá ter os lábios cortados, e quem olhar irreverentemente para um monge terá os olhos arrancados.
Pouco a pouco os mosteiros foram construidos. A China apoio os reis tebetanos no poder e mais tarde os Dalai ("oceano") Lama. Não tendo os monges descendência, os Dalai Lamas inventaram que era possível descobrir num recém nascido a reencarnação do Dalai Lama, e quando este falece-se, a criança já adulta tomava o seu lugar e governava o Tibet.
Os mosteiros eram riquissimos e donos de inúmeros terrenos trabalhados por uma população miserável. Antes do exílio do Dali Lama, 626 pessoas possuiam 93% das terras. Dessas 333 encabeçavam um mosteiro. Como vemos, estamos longe da imagem idílica da vida tibetana transmitida pelos média.
A invasão chinesa e a "fuga" do Dalai Lama.
Em 1949, os comunistas chegam ao poder na China. Esta propõe ao Dalai Lama a anexação do Tibet à China e a manutenção da classe tibetana dirigente, assim como o regime feudal vingente. Esse tratado foi assinado no dia 26 de outubro de 1951.
Entretanto, a China constrói os únicos hospitais do Tibet e instala uma rede de saneamento basico de água e de electricidade. Constrói igualmente uma rede de escolas para o povo, sendo que as existente até então eram reservadas aos monges.
Em plena guerra fria, os Estados Unidos através da CIA, começam o apoio militar e financeiro afim de promover a revolta tibetana contra os comunistas chineses.
Muita gente está convencida que a fuga do Dalai Lama do Tibet se deu com a invasão chinesa, mas já tinham passado 9 anos quando esta se realizou. A fuga do Dalai Lama e seu exílio na India, descritos no ocidente como um acontecimento heróico, foi, sabemos agora, organizado pela CIA para transformar o Dalai Lama num símbolo da luta contra o comunismo.
Com o fim da guerra fria, os Estados Unidos passaram a usar o Dalai Lama para negociar com o governo chinês a sua descentralização económica. Para aumentar a sua credibilidade, até lhe deram em 1989 o prémio Nobel da paz.
Com a desclassificação de alguns documentos da CIA, ficámos a saber que entre 1959 e 1972, o Dalai Lama recebeu pessoalmente 180 000 Dólares da CIA, tendo a sua rede mundial recebido no mesmo período 1,7 milhões de Dólares por ano.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Os antidiabéticos: Avandia, Avandamet e Actos, responsáveis por milhares de mortes.
40% de infartos do miocárdio e 29% de mortalidade a mais!
O lucro acima de tudo...
Há muitos anos que revista médicas independentes ("Arznei-Telegramm" da Alemanha e "Prescrire" da França), vinham a alertar para a urgente retirada do mercado do Avandia, do Avandamet e do Actos.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
O mito da eficácia das vacinas...
A eficácia de uma vacina é difícil de avaliar dado o tempo que decorre entre a vacinação e a possível protecção durante toda a vida de uma pessoa. Essa eficácia assenta em suposições e dados estatisticos da constatação da diminuição ao longo do tempo de uma determinada doença numa população vacinada.
Dizem-nos que a diminuição ou a irradicação de muitas doenças se devem à vacinação em massa, mas não é bem assim...
Vacinação em massa e ineficácia.
Antes demais, os programas nacionais de vacinação são muito diferentes de país para país, este quadro mostra alguns dos esquemas adoptados:
Podemos verificar que Portugal é um dos países com o maior número de vacinas obrigatórias.
No Reino Unido entre 1970 e 1990, foram notificados mais de 200 000 casos de tosse convulsa em criança vacinadas (Community Disease Surveillance Center, UK).
Em 1979, a Suécia abandonou a vacinação contra a tosse convulsa devido à sua falta de eficácia. Dos 5 140 casos registados em 1978, 84% tinham surgido em indivíduos vacinados (British Medical Journal, 283;696-697,1981).
Na India, nos anos 70, uma campanha de vacinação contra a tuberculose tinha conseguido vacinar 260 000 pessoas. Nos anos seguintes, um estudo revelou que havia mais casos de tuberculose nos vacinados do que nos não vacinados (The Lancet, 121/80,p73).
Na Holanda, um aumento brusco de tosse convulsa atingiu 27,2 cas por 100 000 habitantes, quando a média entre 1989 e 1995 era de 2,3 casos por 100 000 habitantes. Apesar dos ciclos epidémicos da tosse convulsa, este fenómeno é difícil de explicar numa população 96% vacinada.
Muitos outros exemplos poderiam ser dados, pondo em causa a eficácia das vacinas.
http://omnium.chez.com/lettre-info-octobre-2009.htm
http://www.eurosurveillance.org/images/dynamic/EM/v04n12/v04n12.pdf
Os gráficos que nunca são mostrados:
Os gráficos que vimos de númerosas doenças infecto-contagiosas mostarm um grande decréscimo das mesmas ao longo do anos. Então afinal, a vacinação em massa terá conseguido os seus objetivos? Não, porque na realidade o que nos mostram sempre são os gráficos referentes aos anos do inicio da vacinação em massa. Se virmos os mesmos gráficos com a evolução dessas doenças desde o inicio de 1900 até hoje, as coisas mudam. Constatamos um decréscimo acentuado e progressivo muito antes da vacinação em massa do anos 1950-60. Portanto as vacinas naõ são responsáveis por essa descida, como podemos constatar no Reino Unido para a difteria:
para a tosse convulsa:
Desta vez um gráfico com a maioria das doenças sujeitas a vacinação, no Reino Unido:
UK Disease Mortality 1901 to 1965 Measles, Typhoid, Pertussis (Whooping Cough), Diphtheria, Scarlet Fever - Published: Roman Bystrianyk, healthsentinel.com
A mesma coisa nos Esatdos Unidos:
USA Disease Mortality 1900 to 1965 Measles, Typhoid, Pertussis (Whooping Cough), Diphtheria, Scarlet Fever, Influenza & Pneumonia, Tuberculosis - Published: Roman Bystrianyk, healthsentinel.com
Razões da menor incidência de doenças infecciosas:
Durante a guerra de 1939-45, devido Às condições de vida miseráveis, os casos de tuberculose eram frequentes na Holanda. Nunca este país recorreu à vacinação para esta doença (BCG), no entanto, a tuberculose foi irradicada. Em contrapartida, os países como Portugal, a Polónia ou a Bulgária, em que a vacina é obrigatória, são os que actualmente apresentam o maior número de casos na Europa.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Quem é que está a avariar a Toyota?
A Toyota, o maior construtor automóvel mundial vai chamar milhões de veículos em todo o mundo por vários defeitos de fabrico. Os carros mais fiáveis sujeitos uma série de avarias. Surpreendido?
Quem benificia com estas avarias súbitas? Para além das notícias, quem é que está por trás destes inesperados acontecimentos?
Defeitos em série...
Tudo começou no dia 28 de agosto de 2008, com uma chamada desesperada para o sistema de emergência americano, de um automobilista que relatava ao telemóvel, que o seu Lexus tinha um problema de travões e que este não conseguia controlar o seu veículo. Resultado 4 mortos.
Um mês depois, a Toyota aconselha a 3,8 milhões de condutores que devem retirar os tapetes dos seus carros (Toyota e Lexus) para evitar que o pedal do acelerador fique preso.
Um mês depois em Dallas, um Toyota tem mais um acidente com quatro mortos. Segunda vaga de chamada de carros e cessação da venda de 8 modelos nos USA.
Pouco depois defeito nos pedais do modelo Prius, da Toyota. Pedais esse fabricados nos Estados Unidos!
As acções da Toyota caiem 15 mil milhões de Euros na bolsa. As venda, só nos Estados Unidos descem 16%, com o respectivo aumento da General Motors e da Ford. A toyota número um da qualidade e fiabilidade cai a pique...
http://www.challenges.fr/magazine/1/0199-028648/comment_toyota_a_perdu_le_controle.html
No dia 12 de fevereiro deste ano, a Toyota decide a recolha de 8 000 dos seus camiões Tacoma nos USA, por defeito na transmissão. Esta terá fissuras que podem provocar a sua rotura e consequência perda de controle, isto num modelo construído este ano.
O Japão vira à esquerda...
No final do ano passado, pela primeira vez em 54 anos, o partido do centro esquerda (PDJ) ganha as eleições no Japão. O partido conservador (PLD), pró-americano, no poder desde 1955 perde as eleições, no que constitui uma verdadeira revolução.
http://www.radio-canada.ca/nouvelles/International/2009/08/29/004-japon-election.shtml
Revolução mais significativa quando sabemos que o actual Primeiro Ministro japonês, Yukio Hatoyama, numa entrevista ao "New York Times", afirma que "a época da mundialização debaixo da direcção americana, está perto do fim, estavamos a caminhar para uma época multipolar como resultado da derrota no Iraque e da crise financeira".
De salientar que o partido conservador (PLD) foi fundado para apoiar a politica americana no extremo-oriente durante a guerra fria. Depois, continuou a apoiar a política americana, incluído na guerra do Iraque, quando a maioria da população estava contra.
De realçar que os USA nunca apoiarem o Japão perante os problemas que tiveram com a Corea do Norte e a China. Assim sendo, o partido democrata aposta na aproximação à China, para grande desagrado dos Estados Unidos.
http://www.swissinfo.ch/fre/index.html?cid=298396
Como se a afronta da eleição de um Primeiro Ministro critico do seu "amigo" americano não bastasse, os habitantes de Okinawa, já estão fartos das bases americanos nas suas terras. Okinawa representa 0,6% da superficie do Japão, mas tem, nada mais nada menos, que 34 bases americanas. Com base num acordo assinado em 2006, a base de Futenma deveria ser transferida para Henoko, apesar da oposição da sua população que num referendo de 1997 tinha manisfestado a sua oposição.
No dia 24 de janeiro deste ano, o presidente de câmara que ganhou as eleição recusa a transferência da base americana. Com a agravante que os próprios habitantes de Futenma também já não a querem lá. O Primeiro Ministro japonês, Yukio Hatoyama decidiu renogociar a presença americana em Okinawa.
A incrível série de avarias da Toyota, num construtor automóvel até aqui exemplar, tem vários objectivos: castigar um governo japonês hostil e pouco maleável às intenção americanas e ao mesmo tempo relançar o seu sector automóvel fortemente abalado com a recente crise económica.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Ginkgo biloba (Gincoben, Abolibe e Biloban) não tem qualquer utilidade clínica.
Aliás, a prescrição de vasodilatadores e outras plantas que supostamente melhoram a memória e as capacidades cognitivas não têm qualquer efeito no atraso do aparecimento da doença de Alzheimer.
Por ano, são gastos 450 milhões de Dólares na compra de medicamentos à base de ginkgo biloba, dinheiro este gasto inutilmente pelos doente, dado que esta planta não tem qualquer efeito. Este dinheiro deveria sim, ser investido na melhoria dos cuidados médicos que estes doentes necessitam, assim como ao maior apoio das familias.
Em novembro de 2008 foi publicado na revista JAMA (The Jornal of the Americain Medical Association) um estudo teve a colaboração do National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM).
O estudo foi realizado entre 2000 e 2008 num total de 3069 pessoas com mais de 75 anos. O ginkgo biloba (Gincoben, Abolibe ou Biloban) tem supostamente propriedades anti-oxidantes, neuroprotectoras e de vasodilatação. Este não demonstrou reduzir o risco de demência ou de Alheimer nas pessoas de idade em boa saúde.
Esta planta também não revelou qualquer melhoria nas pessoas que sofriam de deficiência cognitiva ligeira. Não tem igualmente qualquer benefício na prevenção das doenças coronárias ou dos acidentes vasculares cerebrais.
Neste último ponto, até houve um ligeiro aumento dos acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos nas pessoas que tomavam o ginkgo biloba. Apesar da taxa não ser estatiticamente significativa, os autores aconselham o esclarecimento futuro dessa situação.
Em 2008, um estudo italiano publicado na revista Neurology, assinala que o nível de educação e sobretudo o exercicio diário das faculdades cognitivas, são os principais factores que garantem uma memória de qualidade nas pessoas atingidas pela doença de Alzheimer.
Portanto em vez de gastar dinheiro em produtos sem qualquer interesse clínico, o estado e as familias deveriam dar um maior apoio na promoção da actividade diária das pessoas de idade.
http://pharmacritique.20minutes-blogs.fr/archive/2008/11/22/le-ginkgo-biloba-n-a-pas-d-effet-sur-la-memoire-ou-la-sante.html#more
http://jama.ama-assn.org/cgi/content/abstract/300/19/2253
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Neurotoxicidade das vacinas provada em macacos.
Apesar da suspeita do autismo poder estar relacionado com as vacinas, poucos são os estudos publicados. Este facto deve-se em muito ao lobby farmacêutico junto das revistas médicas que rejeitam a maioria das publicações que apontam nesse sentido.
A revista Neurotoxicology teve a coragem de publicar um artigo que relata a neurotoxicidade das vacinas.
Com o título: "Delayed acquisition of neonatal reflexes in newborn primates receiving a thimerosal-containing Hepatitis B vaccine: Influence of gestational age and birth weight" o Dr Wkefield e outros 8 cientistas de renome, estudaram as alterações neurológicaos provocadas pelas vacinas em macacos.
A primeira fase deste estudo, foi publicado há três meses na prestigiada revista médica Neurotoxicology, e incidiu sobre as duas primeiras semanas de vida quando os macacos vacinados receberam uma única vacina para a hepatite B, que imita o esquema vacinal E.U..
Os resultados são perturbadores. Os macacos vacinados, ao contrário de seus pares não vacinados, sofreram de uma perda acentuada dos seus reflexos.
Dr. Wakefield e seus colegas cientistas estão à beira da publicação do estudo completo, que seguiu os macacos com o calendário vacinal de infância E.U. durante um período de vários anos.
Não há dúvida de que a publicação do estudo em macacos dará credibilidade substancial para a teoria de que a vacinação das crianças está desencadear danos neurológicos, incluindo possivelmente ao autismo.
A ser verdade, este facto é de fundamental importância do o crescente colocação no mercado de cada vez mais vacinas.
os bastidores, a pressão para impedir o trabalho do Dr. Wakefield e dos seus colegas de ser publicado é grande. Poucas revistas médicas aceitam a publicação de trabalhos que pões em causa a segurança da vacinação em massa, por isso a publicação por parte da conceituada revista "Neurotoxicology" só pode ser saudada.
O calendário de vacinação na União Europeia, foi recentemente aumentado com 10 novas vacinas, passando para 36. Nos últimos anos, o autismo tem aumentado de forma dramática, sem que haja uma razão conhecida para tal. Seria importante haver mais trabalhos científicos para de uma vez por todas saber da relação qntre a vacinação em massa e o autismo, mas os interesses financeiros dos laboratórios farmacêuticos têm sido um entrave a sua realização.