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Paul Krugman, prémio Nobel da Economia, defende o fim do euro para sair da crise. No caso particular da Grécia, que esta já sofreu muitos danos por falta de soluções e pelas imposições feitas pela troika, apesar da tragédia inicial, a saída do euro representa uma luz ao fundo túnel.
Para Paul Krugman, a saída inevitável da Grécia do euro será um pouco como a da Argentina
em 2001, quando esta abandonou a paridade da sua moeda com o dólar que
mantinha desde o princípio dos anos 90 quando precisou de combater a
hiperinflação.
Lembra que o primeiro ano foi terrível, para a Argentina, o PIB real caiu 11%, mas depois a economia recuperou fortemente, em
parte, porque o peso argentino foi desvalorizado, o que foi óptimo para
as exportações.
Da mesma maneira, o primeiro ano da Grécia fora do euro também seria um ano terrível,
embora não tão terrível como foi na Argentina. A economia grega já
sofreu muitos danos e muitos daqueles que poderiam ter ido à falência já
foram. Por outro lado, a substituição dos euros
pelos dracmas será terrível inicialmente, mas o país poderá recuperar através das exportações.
Krugman lembra que a Grécia tem queijo, azeite e vinho, assim como também transporte
marítimo, que não serão muito afectados e irão valer mais em dracmas, por outro lado, o turismo ressurgirá e quando o caos for
ultrapassado e novos pacotes turísticos para as ilhas começarem a atrair
hordas de britânicos.
O paralelismo mais próximo, refere Krugman, é com a França
depois da Grande Guerra, que tinha a sua própria moeda mas um nível de
dívida incomportável. Mesmo assim, as consequências não foram
catastróficas: a desvalorização do franco, e um aumento da inflação
ajudou a reduzir o valor real da dívida, ajudando assim o retorno da
estabilidade.
Krugman considera inevitável a saída da Grécia da zona euro pois nenhuma
das soluções até agora propostas é uma verdadeira alternativa.
A saída da Grécia da zona euro terá como consequência uma fuga de
capital nos países da zona euro e a retirada em massa dos depósitos
bancários mas o Banco Central Europeu (BCE) tem a possibilidade de
enfrentar a situação com injecções de liquidez.
Já há alguns meses, Paul Krugman tinha constatado que o que torna a história verdadeiramente dolorosa é que nada disto tinha
de acontecer. A Inglaterra, o Japão e os Estados Unidos têm
grandes dívidas e continuam a ter empréstimos a juros razoáveis, porque
têm a sua própria moeda, que podem valorizar ou desvalorizar conforme
entenderem. Se o Banco Central Europeu pudesse fazer o mesmo, não
estávamos a viver estes dias negros, mas não existe vontade política de
pôr o BCE a imprimir pelo terror da inflação
Sim, o fim do euro seria uma tragédia, mas eventualmente com luz ao fundo do túnel, enquanto que na situação actual a tragédia é um buraco negro, um poço interminável.
Excertos de textos publicados no Jornal "i":
http://www.ionline.pt/opiniao/se-plano-b-fosse-acabar-euro
http://www.ionline.pt/dinheiro/krugman-diz-saida-da-grecia-euro-pode-ser-igual-crise-2001-na-argentina
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Olá Octopus... Este "Nobelado"... Bem, primeiro é Judeu e nasceu na América ( o que retira logo uma série de pontos!), depois foi membro do "Council on Foreign Relations", membro do "Grupo dos 30", fez parte do Governo de R. Reagan, e para manchar o C.V. fez estágio no Banco de Portugal (mais uma séri de pontos à vidinha)!
ResponderEliminarDe resto já parecia o nosso Ministro a falar sobre pastéis de nata, este fala de queijo e azeite!!!
Como é lógico, a única saída para estes casos é os países recuperam a soberania da emissão de moeda, e fazer colapsar mais uns quantos que é para ninguém se ficar a rir, e assim, mais seguirem o mesmo caminho!
Uma coisa sempre me faz confusão: Tantos tipos com "Nobel", tantos crânios, tantos doutores, tantos especialistas... e estamos nesta miséria total e absoluta, para a maioria da MANADA é claro... Provavelmente é para isto mesmo que este grupo "especial" de indivíduos é bem pago, e bem tratado!
Abraço!
Descalabro total em Portugal, só falta cobrarem o ar que respiramos.
ResponderEliminar.
Hoje dei conta que a Câmara de Almada ( comunas de merda parasitas ), colocaram uma portagem ( cancela eletrônica ) para arrecadarem umas massas á malta que quer ir a praia.
Bem, a notícia em si não me surpreende, o que me causa impressão, é de quem parte esta iniciativa, os comunas de merda parasitas.
Até tu Alvaro Cunhal !!!!!!!!!!!!
Venho aqui sugerir aos comunas de merda parasitas uma nova medida para aumentar as receitas, CHIP´s RFID no CÚ de todos os Portugueses ( homens / mulheres / crianças / maricas, os maricas vão adorar ), tudo monitorado via satélite, os americanos já tem a tecnologia, é só pedir ao Black Men OBAMA.
Cobram ao quilometro percorrido desde que saem da porta de casa, tipo um euro por KM, vai ser uma razia na malta, já viu ........... muitos milhões só para a malta da Câmara aí de Almada.
Depois dessa experiência pioneira das novas tecnologias, podia se expandir a todo nosso querido Portugal, como o Pinóquio Passos do Coelho, mais o Maçonico do José Relvas " o das secretas " que me faz lembrar um antigo presidente militar da república brasileira que dizia EU PRENDO E ARREBENTO ( um tal de João Figueredo, muito simpático militar da ditadura brasileira ).
Á Portugal, o que te fizeram .................... já ninguem mais salva este país !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Pelo andar da carruagem, só falta cobrarem pelo ar que respiramos, e quem não pagar ....... mete-se uma rolha na boca, mais duas no nariz, e por ultimo o grande finale, uma rolha no meio do cú para quem não pagar a taxa do ar.
Portugues que não tem dinheiro para pagar impostos, mais vale estar morto, na opinião dos nossos ilustres governantes:
- Presidente da República das Bananas Anibal Cavaco Silva
- Primeiro-ministro Passos Coelho
- etc ....................................
Para mandar 470 milhões de euros este ano para os países africanos + Timor, para isto há muito dinheiro, é claro, temos nós os palhaços dos contribuintes Portugueses.
Quero que enfiem a solidariedade Portuguesa com outros países no meio do cú dos politicos Portugueses.
Estou farto destes cabrões todos !!!!!!!!!!!!!
Um abraço Portugueses, mostrem os dentes PORRRA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Ramiro Lopes Andrade
Ramiro Andrade,
ResponderEliminarEm 3 anos de blogue, nunca me vi obrigado a eliminar qualquer comentário por injúria ou escrita racista ou de apelo à violência gratuita.
As suas palavras são injuriosas, e por muitos motivos que tenha, perda qualquer razão mesmo que a possa ter.
Sendo apartidário não irei aqui defender os comunistas aqui visados, outros o farão melhor do que eu, mas deixe que lhe diga que a grande maioria das autarquias comunistas têm feito um excelente trabalho.
Sendo este um espaço de dialogo, agradecia que se abstivesse de nele participar enquanto mantiver esta sua linguagem.
Olá dr. Octopus,
ResponderEliminarSerá que sai mesmo? Já sabia disto?:
Segundo o Financial Times, o Banco Central Europeu começou ontem a injectar cem mil milhões de euros no sistema bancário grego, de modo a evitar o colapso da moeda única. Caso para dizer que quem tem cu tem medo. Foi preciso chegar a este extremo para o senhor Draghi acordar. Oficialmente, no pasa nada.
Alexis Tsipras, o líder do Syriza, ontem em Paris:
Qual a perspectiva para corrigir a austeridade de que é vítima o povo grego?
Primeiro, "Restaurar a estabilidade social e económica do país", dito de outra forma, restaurar a ordem capitalista na Grécia.
A seguir, numa perspectiva de restauração da estabilidade económica e social à escala europeia. Trata-se "de repensar toda a estratégia actualmente executada, pois ela ameaça não só a coesão e a estabilidade da Grécia como também é fonte de instabilidade para a União Europeia e a própria zona euro".
Tsipras acaba com um vibrante apelo à colaboração de todas as forças para salvar a Europa , e à concentração das decisões no escalão europeu:
"O futuro comum dos povos da Europa está ameaçados por estas escolhas desastrosas. É nossa convicção profunda que a crise económica é de natureza europeia e que a solução não pode ser encontrada senão ao nível europeu".
A habilidade dos media dominantes, na Grécia, em França e alhures, consiste e fazer passar um servidor zeloso da União Europeia do capital, a nova personagem de uma social-democracia de substituição, como o chefe da oposição de esquerda ao consenso liberal e europeísta dominante.
Com uma tal oposição oficial, a classe dominante europeia pode ao mesmo tempo continuar sua política de super-austeridade enquanto neutraliza a emergência de uma alternativa política a este sistema económico predador, que é o capitalismo, e esta construção política anti-democrática que é a União Europeia.
http://resistir.info/grecia/syriza_13mai12.html
Um beijo.
Não Fada,
ResponderEliminarNenhum país sairá do euro.
Nunca acreditei em tal hipótese e continuo a não acreditar. Esta estratégia faz parte da instalação do medo e do desmoronamento da União Europeia.
O euro foi criado pelas grandes potências para sugar os pequenos países europeus periféricos.
Já se fala até na possível criação de uma espécie de euro paralelo para a Grécia, em que essa moeda manteria a paridade com o euro.
Não a Grécia e os outros países não sairão do euro, na realidade estão prisioneiros do euro. Existem muitas razões para que tal não aconteça:
- os bancos credores querem recuperar o dinheiro investido,
- os Estados Unidos (que fomentaram a criação do euro) estão interessados em manter a paridade com o euro para esconder o facto que o dólar já não vale nada,
- a coesão europeia faz parte da estratégia delineada pelos grandes grupos financeiros para anular qualquer iniciativa de soberania nacional,
- os Estados Unidos necessitam da coesão europeia para fazer frente aos blocos emergentes: China, Índia e Rússia,
- o euro é fonte de riqueza para os grandes com as privatizações impostas pelas medidas de austeridade.
Como vez não existe qualquer intenção de acabar com o euro, o que existe são manobras de bastidor para nos fazer crer que o fim do euro seria a catástrofe e para o salvar, e portanto para nos salvar, são necessárias mais medidas de austeridade.
Não se cria uma moeda para acabar com ela quando surge um pequeno país, sem peso real na economia europeia, que não se dá bem e está em crise. O objectivo é sugar, sugar, até aquele limite em que está debilitado, mas não morto, não convém matar a galinha de ovos de ouro. Nenhum comerciante mata o seu fornecedor, vai sim espreme-lo até ao limite, mas sem o matar, caso contrário acaba o negócio.
Um beijo
Julguei que tinha deixado aqui um comentário, logo que editei o meu post com esta mesma data e a avisá-lo que tinha feito um link para este artigo. Só hoje dei por o não ter feito.
ResponderEliminarFica aqui o testemunho de uma intenção que não passou disso.
Amigo Rogério, tudo bem.
ResponderEliminarGostei muito dos teus recentes artigos em relação à união das esquerdas.
Parabéns.
Fico muito contente por finalmente encontrar alguém que não vê no abandono da moeda única, um problema a longo prazo.
ResponderEliminarVou passar a seguir o blog.
Um abraço