Os laboratórios farmacêuticos apostam nas doenças crónicas porque são as mais rentáveis. Não estão interessados em curar um doente com uma patologia curável porque esse já não necessitará de mais medicamentos, e isso é o fim do negócio.
Nos países em via de desenvolvimento existem muitas doença curáveis. A OMS criou uma comissão par avaliar essas doenças. Vai emitir em breve uma conclusão.
Tudo começou no dia 8 de dezembro de 2009, quando o mundo inteiro estava focado na gripe A, H1N1, um relatório confidencial da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre as doenças dos"pobres", chamadas doenças negligenciadas, relatava que os laboratórios farmacêuticos não estavam interessados nessas doenças porque não davam lucros. Esta informação foi colocada na internet pelo site Wikileaks, especializado em divulgar documentos sensíveis.
Este relatório, redigido por um grupoo de especialistas da OMS, fruto de sete anos de reflecção, deveria propôr soluções para por fim a doenças que afectam milhões de pessoas nos países em via de desenvolvimento.
Junto a esse documento constava um relatório de 11 paginas e um mail da IFPMA (Federação Internacional de Fabricantes de Medicamentso), de 1 de dezembro de 2009, redigido pelos membros dos maiores laboratórios farmacêuticos.
Neste relatório, a IFPMA, assinalava que a proposta do Brasil de instaurar uma taxa sobre os benefícios da indústria farmacêutica, podendo render 120 milhões de Euros, era preocupante.
Também considerava que uma iniciativa da Unitaid, que visava crear um sistema de gestão colectiva dos direitos de propriedade intelectual, como por exemplo no tratamento contra a SIDA, para fazer baixar o preço dos medicamentos, era também par aeles preocupante.
A pressão do lobby farmacêutico poderia ter ficado por aqui se não fosse uma se durante uma reunião da OMS no dia 18 de janeiro de 2010, nada constava das prepostas de melhoramento das doenças dos países em via de desenvolvimento.
Pelos visto o grupo de reflecção criado pela OMS para discutir das soluções para fazer frente às doenças dos países em via de desenvolvimento tinha sido abafado pelo lobby farmacêutico.
No dia 17 a 21 de maio deste ano, a OMS vai relatar as conclusões deste grupo de reflecção. vamos aguardar para ver as suas conclusões.
Doenças esquecidas:
As doenças "esquecidas" ameaçam mais de 400 milhões de pessoas no mundo.
Dos 1556 novos medicamentso introduzidos no mercado entre 1975 e 2004, só 21 (1,3%) foram par doenças tropicais , quando estas representam 11,4% das doenças no mundo.
A leishmaniose visceral, é segunda parasitose mais mortal no mundo, após o paludismo, com 500 000 novos casos por ano.
A doença do sono, mortal sem tratamento, afecta 50 milhões de pessoas por ano.
A doença de Chagas, uma parasitose, afecta 100 milhões de pessoas por ano.
Todas estas doença são menosprezadas porque são tratáveis não são rentáveis para os laboratórios farmacêuticos que apostam nas doenças crónicas em que os doentes têm de tomar um medicamento a longo prazo.
http://www.lemonde.fr/web/recherche_breve/1,13-0,37-1119028,0.html
http://www.lemonde.fr/web/recherche_breve/1,13-0,37-1119018,0.html
(Informação enviada por pureza. oliveira@gmail.com , à qual agradeço)
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