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Michel Collon, jornalista e escritor belga, revela numa entrevista porque é que a Argélia pode ser o próximo alvo da NATO, assim que esta resolva o problema da Síria e com a sua "revolta popular."
A Argélia é simultâneamente o maior país africano, o maior país do mundo árabe e o maior país do mediterrâneo. Mas a Argélia é sobretudo um dos maior produtores mundial de gás e petróleo.
Próximo alvo: Argélia
As multinacionais nunca irão perdoar as tentativas de independência económica e política, assim como as guerras de independência levadas a cabo por certos países, como a Argélia.
Para elas (as multinacionais), as riquezas e o dinheiro devem servir os seus interesses, não querem ver nesses países políticas sociais na saúde, na educação ou na satisfação dos povos. Como sabem, a Argélia é um dos países modelo em termos de resistência anticolonialista, foi um país que procurou seguir a via dos não-alinhados e tentou a unificação dos países do terceiro mundo.
Considero a Argélia um país punido porque não deixou que as suas riquezas ficassem nas mãos das multinacionais.
Tradicionalmente, as potências imperialistas tentam apoderar-se das riquezas dos países do terceiro mundo com simples pressões, colocando no poder presidentes servidores dos seus interesses. Quando esses seus interesses não são concretizados, não olham aos meios para os alcançar: chantagem, assassinatos encomendados, desencadeamento de guerras civis ou ataque puro e simples dos países não-dóceis.
Vimos esta estratégia com a Venezuela, o Afeganistão, a Bolívia e com todos os países que não quiseram ajoelhar-se. A situação geográfica da Argélia é estratégica. Está claro que os Estados Unidos não vão fazer dela uma excepção. Penso que por enquanto, eles vão continuar a jogar ao jogo da cenoura e do bastão, mas não podemos afastar outro cenário. A Argélia pode ser o próximo alvo se ela não se vergar perante a ganância das multinacionais.
O terrorismo não incomoda os Estados Unidos.
Basta conhecer o mapa petrolífero e as posições estratégicas que ocupam os países para saber onde os Estados Unidos e a Europa querem instalar as suas bases militares.
Não se trata de lutar contra o terrorismo, esse faz parte da estratégia americana. O terrorismo não incomoda nada os Estados Unidos. Terroristas com mandados de captura por atentados contra civis estão neste momento em Miami sob a protecção dos americanos.
Convém lembrar que foram os Estados Unidos que armaram Bin Laden e terroristas para depor um estado progressista no Afeganistão, que apoiam Israel que massacrou um povo inteiro...e os exemplos são numerosos.
A região do Sahel não é excepção, temos que inseri-la num mundo global para perceber a estratégia das potências multinacionais. A instalação das bases militares e a apropriação das riquezas de uma região são os principais objectivos.
Os Estados Unidos não querem eliminar o terrorismo, antes pelo contrário, querem servir os seus interesses, porque para acabar com o terrorismo, tem-de se acabar com a pobreza, a fome, as injustiças e a exploração...
Excerto de uma entrevista com Michel Collon:
http://www.lce-algerie.com/entretiens/10/294-michel-collon-intellectuel-et-militant-anti-guerre-belge-qlalgerie-peut-etre-la-prochaine-cible-si-elle-ne-se-plie-pas-devant-la-cupidite-des-multinationalesq.html
Site de Michel Collon: http://www.michelcollon.info/?lang=fr
Tradução: Octopus
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Infelizmente parece uma análise correcta,enquanto essa máfia que manipula as organizações como peças de xadrez não for completamente denunciada e afastada vamos continuar a ver esse filme!
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