segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Arrefecimento global.


Com o decorrer da Cimeira de Copenhaga, muito se tem discutido do aquecimento global do planeta. Antes se tomarem mediadas drásticas, deveriamos reflectir.
O aumento do CO2 não é, nem pode ser, considerado o principal, e muito menos o único, factor do aquecimento do planeta. As alterações climáticas são fruto de múltiplos factores, como as alterações do eixo terrestre, o vapor de água, as correntes maritimas, e sobretudo as tempestades solares.

Podemos até estar neste momento num ciclo perfeitamente normal relacionado com a actividade magnética solar.
Mas antes de poder formar uma opinião, convém conhecer os dados. Todos os gráficos deste artigo provêm das fontes oficiais, facilmente verificáveis.




Como é que é feita a medição das temperaturas.

As temperaturas médias terrestres são fornecidas principalmente por quatro instituições:

- GISTEMP, é a mais conhecida, o Goddard Institut da NASA dirigido por James Hansen. Muito contestado pelo facto das temperaturas estarem sujeitas a numerosas correcções e variações das suas localizações.

- HADCRUT, do Hadley Center inglês. Este instituto também efectua muitas correcções dos dados fornecidos. Rececentemente o caso "Climategate" veio pôr em caso o seu bom nome.

- RSS, Remote Sensing System, finaciado pela NASA. As medições são efectuadas pelos satelites e balões-sonda na atmosféra e portanto as temperaturas são mais próximas da realidade.

- UAH (Universidade do Alabama, Hunstville). Os dados obtidos por esta universidade são muito semelhantes ao do RSS.


O que muita gente não sabe é que os dados publicados por estas quatro instituições não se referem aos valores absolutos das temperaturas, mas sim aos desvios das temperaturas registadas em relação ao às temperaturas médias relativa a uma determinada época anterior. Estes desvios são então batisados de "anomalias". Estes dados partem do principio que o período relativo às temperaturas escolhida como base seja "normal". Este facto, pode então dar origem a um certo alarmismo, dependendo do período escolhido.


Enquanto que o AUH e o RSS escolheram os 20 anos de 1979 a 1998, como período de origem, o HADCRUT escolheu os 30 anos de 1961 a 1990.
O GISTEMP escolheu um período particularmente frio de 1951 a 1980, o que faz com que as temperturas actuais pareçam muito mais quentes.
De referir, que só em 1979 apareceram as primeiras medições da temperatura por satelite. Assim sendo, os dados do AUH e do RSS são mais fidedignos.


Os últimos 100 anos.

Podemos observar que em relação ao período que vai de 1900 a 2010, a tendência é para um aumento gradual da temperatura média terrestre, isto, tendo en conta os períodos escolhidos como base para o calculo da variação das "anomalias". De notar que a fiabilidade dos dados recolhido em 1900 é muito diferente dos efectuados por satelite a partir de 1979.







Os últimos 10 anos.

Se analizar-mos os registros mais recentes, de 1998 a 2008, vemos que a tendência recente é para uma estabilização das temperaturas médias, e até de um ligeiro decréscimo. Bem sei que um período de 10 anos pode não ser significativo em termos estatisticos, mas estamos longe dos valores alarmistas apresentados pelos defensores do aquecimento global e o IPCC (zona sombreada cor de rosa):






O gráfico anterior foi obtido com o conjunto dos dados dos quatro institutos:








Os últimos 7 anos.


Se repararmos apenas nos últimos 7 anos, podemos observar uma nítida tendência a um decrescimo da temperatura média global. Claro que um periodo tão curto não é significativo, mas não deixa de ser dificil encontrar uma explicação cabal sabendo que os níveis de CO2, acusados de serem a principal causa do aquecimento global não pararam de crescer. O ano de 1998, foi um ano particularmente quente devido à grande actividade do "El Niño".




Este gráfico foi obtido com o conjunto dos dados dos quatro institutos:







Temperatura terrestre e actividade solar.




O aquecimento ou arrefecimento terrestre está intimamente ligado à actividade magnética solar. Este campo magnético manisfesta-se na superfície do sol sob a forma de manchas solares.

Nos períodos de grande actividade solar, a terra aquece, e inversamente, quando as manchas solares são raras, assiste-se a um arrefecimento pronunciado da temperatura média terrestre.

Este assunto já foi aqui discutido no artigo "O planeta está a.....arrefecer!"




Estes ciclos são conhecidos desde há muito tempo. Temos ciclos pequenos, de pequena amplitude térmica, com cerca de 22 anos. Depois temos ciclos mais longos de maior amplitude, com duração de 52, 88 e 105 anos. Por fim, temos ciclos ainda mais longos, de pequena amplitude, com duração de 212 e 420 anos.




Apenas vou recordar a sobreposição do vários ciclos.

Como podemos observar, o modelo confirma as observações actuais, a tendência é de um arrefecimente progressivo até 2020-2030 e depois novamente um aquecimento não tão pronunciado como o que tivemos no século passado.

http://www.pensee-unique.fr/indicateurs.html

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