quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Só comemos porcaria...

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Uma dezena de estudos canadianos, americanos e britânicos, condensados no estudo "Still no free lunch" revelam que em 50 anos a fruta e legumes perderam a maior parte das vitaminas e oligoelementos. 





Para ingerir-mos a mesma quantidade de vitamina A que nos anos 1950, em vez de uma banana temos de ingerir 5 bananas, em vez de 1 laranja 10, e em vez de um pêssego 26 !


A batata perdeu 100% do seu teor em vitamina A.

 
As causas deste fenómeno são múltiplas: utilização de inseticidas e herbicidas ou aceleração da velocidade de crescimento das plantas e respectiva diminuição do tempo de fixação dos micro-nutrientes.


Colheitas demasiado precoces para poderem chegar ao consumidor ainda "frescas" ou frutas e legumes que não chegam a amadurecer naturalmente, ao ponto do teor em vitamina C nas maças e damascos estar perto do zero.


As plantas são escolhidas em função do seu rendimento: crescem mais depressa, maiores, mais bonitas, mas sem qualquer valor nutritivo.


Se é verdade que perto de mil milhões de pessoas no mundo sofrem de fome, temos mais de 3 mil milhões que sofrem de deficit de nutrientes.


Por essa razão, cada vez mais os país ocidentais recorrem a suplementos vitaminicos ou a alimentos enriquecidos artificialmente com vitaminas para tentar compensar essa falta, para grande benefício da indústria farmacêutica, quando sabemos que não irão substituir saudavelmente essas faltas.


A agricultura biológica pode inverter esta tendência, senão cair na tentação da rentabilidade. Estes alimentos são subtencialmente mais caros e também têm o problema de serem mais expostos a contaminações por micróbios e fungos.


Comprar "bio" tornou-se, além de uma opção, uma militância, quando não uma moda, e está pouco a pouco a conquistar um mercado em que as grandes multinacionais estão atentas.


A verdade é que a grande maioria de frutos e legumes que chegam aos nossos pratos são propriedade da Monsanto e Syngenta. Controlam, por exemplo, 60% das variedades de tomates consumidos na Europa e 71% das couve-flor.





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3 comentários:

  1. A crise ambiental é mais grave do que a econômica!

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  2. os produtos bio não são assim tão mais caros se adquiridos em lojas especializadas e não nas grandes superfícies que beneficiam muito mais com a venda massiva de produtos sem qualidade
    optar por produtos bio da epoca e locais nao fica muito caro e poupa-se no medico e na farmacia

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  3. Boa tarde, Octopus
    Não sou apologista de modas, mas fico contente que haja "modas" que sejam boas para as pessoas e para o ambiente. Espero que a adesão à agricultura biológica seja mais do que uma moda, seja a transição para uma alimentação mais consciente, saudável e sustentável. E mesmo em escala maior, é melhor do que a agricultura química, sem dúvida.

    Obrigada pela qualidade e importância da informação que aqui divulga.

    Bom fim de semana

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