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Os pelouros de urbanismo nas câmaras municipais deveriam planear o
território e autorizar apenas construções que respeitassem os planos.
Mas, na prática, isto nunca acontece. Como os vereadores de urbanismo
estão subjugados aos promotores imobiliários que dominam os partidos,
estes ‘patos bravos’ compram por tuta e meia terrenos agrícolas e,
através de um despacho administrativo obtido na câmara, transformam-nos
em urbanizáveis.
Com esta simples operação, esquecem o interesse do povo, multiplicam o
investimento dez e mais vezes e garantem lucros obscenos, apenas
equivalentes aos do tráfico de droga.
O rendimento fica desde logo
assegurado. Porque, das três, uma. Ou constroem, vendem apartamentos a
preços inflacionados e ganham fortunas. Ou acabam por vender caro ao
Estado, porque sobre o terreno, hipervalorizado, vai edificar-se um
qualquer equipamento público.
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