terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tráfico de cigarros: mais rentável que a heroína

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Por cada 1 000 dólares investidos, o tráfico de cigarros gere um retorno de 43 000 dólares, ou seja o dobro do tráfico de heroína.



O contrabando de armas ou droga chama mais a atenção dos media, no entanto dezenas de milhares de dólares são produzidos pelo tráfico de tabaco, alimentando da mesma forma as máfias e rede terroristas.


Esta actividade é extremamente lucrativa. Na Ucrânia, um maço de cigarros custa 1,33 euros, enquanto que em Portugal custa 4,20 euro, no Reino Unido 9,03 euros e na Noruega 10,45 euros.







O tabaco proveniente da Ucrânia, da Moldávia e da Bielorússia viaja por via terrestre directamente para a Eslovénia e para a Itália, ou via Grécia, onde por via marítima chegam à Itália. É na Itália que grande parte do tráfico de tabaco é centralizado pelas diversas máfias locais.


No porto de Génova a logística está a cargo da 'Ndrangheta, em Brindisi está a cargo do clã Sacra Corona Unita, em Naples e Salerno é a Camorra e na Sicília a Cosa Nostra.







O principal produtor de tabaco contrafeito é a China, de onde viaja por via marítima até ao Dubai, onde é armazenado, seguindo posteriormente por via marítima até à Itália. Por vezes também utilizam a Grécia e o sul de Espanha como portos.


O destino final de todo este tráfico são os países europeus onde o preço do tabaco é mais elevado: França, Suíça, Alemanha, Bélgica, Holanda e países nórdicos.


Actualmente 20% dos cigarros de contrabando vendidos são de contrafação, em África são cerca de 80%.


Calcula-se sejam produzidos por ano 1 000 000 milhões de cigarros no mundo, desses, cerca de 1/3 são vendidos ilegalmente, e desses 80% através do crime organizado.


O tabaco contrafeito contem, em relação ao lícito, 3 vezes mais arsénio, 5 vezes mais cádmio, 6 vezes mais chumbo, 80 vezes mais nicotina, 133 vezes mais monóxido de carbono e 160 vezes mais alcatrão.


Recentemente foram descobertos no Reino Unido cigarros contendo canabis com anfetaminas e crack, para fidelizar uma clientela mais jovem.


O tráfico de tabaco (produto lícito) encontra-se muito menos punido do que o tráfico de droga, por exemplo, dado que não se trata de um crime, mas sim de um delito fiscal. As sanções limitam-se na maioria dos casos à destruição da mercadoria ou a multas irrisórias, raramente a penas de prisão. Esta situação torna o tráfico de tabaco altamente atractivo. 


A possível introdução a nível de legislação europeia de uma embalagem genérica, sem logótipo e sem marca, apenas com imagens chocantes a titulo preventivo, poderá ter um efeito amplificador do comercio ilegal de cigarros, dado que para as máfias será muito mais fácil a produção de um maço branco ou com uma fotografia.







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3 comentários:

  1. Pelo que eu ouvia, a diferença no preço do tabaco, há 15 anos atrás, era supostamente tal, que, contavam-me que, entre os turistas que iam de França para o Reino Unido, surgiam sempre pessoas a aliciá-los a comprar tabaco em França, nas quantidades limitadas com as quais era permitido entrar no Reino Unido, apenas para depois o revender aos contactos de tais aliciadores no outro lado do Canal da Mancha, por ser esta uma actividade lucrativa, quer para tal rede, quer para quem servia de correio, que ainda recebia uma boa quantia.

    Agora, se tal era tabaco legítimo, que realmente não se podia transportar, em quantidades grandes, através do Canal da Mancha, ou se isto era apenas uma desculpa para que tais turistas servissem de mulas no tráfico de tabaco contrafeito, sem o saberem, é que já não sei...

    Mas, tráfico à parte...

    Sempre que penso em desperdício de recursos naturais e em coisas que podiam ser eliminadas, o tabaco surge em primeiro lugar...

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  2. A minha resposta pode ser entendida como quiser. Informo desde já que não sou consumidor de cigarros. Não entendo essa guerra ao tabaco, mas entendo a ganância dos Governos ao simples consumidor e o aproveitamento das gangues a essa mesma ambição de lucro. O tráfico de tabaco existe porque as legislações dos diversos países assim o permitem. Mas falamos de desperdícios e assim aí vai: Desperdício alimentar é um escândalo
    Mais de 1/3 dos alimentos produzidos no planeta acabam no lixo, isto enquanto 1 em cada 6 pessoas sofre de má-nutrição.
    O desperdício acontece a todos os níveis: no produtor, no transporte, no armazenamento, nos hipermercados e por fim nas nossas casas.
    60% do peixe vai para o lixo.
    No mar, os barcos de pesca rejeitam ao mar cerca de metade do pescado, isto porque alguns peixes não têm o tamanho exigido ou porque as espécies pescadas são interditas ou não são vendáveis.
    Depois de selecionados os peixes ou crustáceos que não interessam são rejeitados ao mar, sendo que mais de metade está ferido ou morto, e nos feridos 70% não irão sobreviver.
    Todos os anos, mais de 30 mil milhões de quilos de peixe, em todo o mundo, nem sequer chega à lota. Nas águas situadas a oeste da Irlanda e da Escócia, esse desperdício situa-se entre 30 a 90%.
    30% da produção agrícola vão para o lixo.
    Na fruta e legumes, os hipermercados impõem as suas leis. Os produtores são obrigados a produzir unicamente determinadas espécies e o aspecto deve obedecer a certas normas. Assim cerca de metade da produção de certos frutos da União Europeia vai logo para o lixo.
    Durante o transporte e armazenamento também existem algumas perdas, mas é, sobretudo nos hipermercados que ela se faz notar. Cerca de 4% da fruta e legumes exposta vai parar no lixo.
    O desperdício global na agricultura é de 6% na colheita, 8% nos supermercados e 13% da responsabilidade do consumidor final.
    Quer mais desperdícios para se preocupar além do tabaco?
    Para sua informação: Nos Estados Unidos, reino do desperdício, o desperdício alimentar poderia alimentar duas vezes os mil milhões de pessoas que sofre de desnutrição no mundo.
    A água doce disponível naturalmente é de 0,6% da água existente e deste total 98,8% é água subterrânea e somente 1,2% se apresentam sob a forma de rios e lagos. Com o aumento do consumo evidentemente tornar-se-á um elemento cada vez mais caro (fruto apetecível para usurários).
    A atividade industrial que mais consome água é a industria textil com 1000 metros cubicos de agua por tonelada de tecido, em segundo o refinamento do petroleo com 290 m3 por barril refinado e a industria de papel, 250 m3 por tonelada de papel (Bem podemos andar a pé, sem os trapos vestidos, nus que é muito bom, quanto ao papel não faz falta alguma, nem para os livros, ninguém lê). O desperdício acarreta mais impostos e menor competitividade do país. Todo e qualquer setor de atividade humana que usou corretamente os recursos naturais provavelmente desenvolveu ou utilizou recursos tecnológicos, investiu em formação e qualificação de mão de obra, conseqüentemente, saiu em vantagem em relação aos competidores.
    O senhor está preocupado com o tráfico de tabaco e considera mesmo eliminar esse mal! qual do tabaco em si mesmo ou o papel que enrola o cigarro? É que o tabaco em si não traz alcatrão nem nada dessas substâncias nocivas, a não ser a nicotina, que é usada até em medicamentos. Está preocupado com sua saúde, deite então culpa às industrias exploradoras e de extração de matérias primas, as quais são as maiores poluidoras do mundo, com a agravante de serem também as maiores exploradoras de mão de obra, com salários abaixo do limiar de miséria.
    Eu sempre que penso em desperdício de recursos naturais e em coisas que podem ser eliminadas, o capitalismo, o consumismo desenfreado e a usura podem ser eliminados deste planeta que não fazem falta alguma


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  3. E eu com isto................perdi meu tempo

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