quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Verdades e mentiras mediáticas sobre a Síria

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Em relação à Síria, os media expressam o que pensa o Pentágono através das suas agências noticiosas internacionais, e obviamente não refletem a verdade.




1 - O governo de Bashar Al-Assad mata milhares. MENTIRA

Os media relatam que o governo está a matar "milhares" de civis "inocentes". Essa informação é transmitida pelo chamado Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, é financiado pelos países do Golfo Pérsico, monarquias antidemocráticas, absolutistas e pró-EUA.
Estes dados não podem ser comprovados por fontes independentes. O governo fala em dois mil soldados e polícias mortos por grupos terroristas e mercenários.


2 - O Exército Síria Livre é formado por desertores. MENTIRA.

Os desertores no exército sírio é pontual. A organização de que se fala é composta por mercenários altamente remunerados e armados, com o dinheiro da Arábia Saudita e do Qatar. Esse "exército" está acampado na fronteira com a Turquia e é apoiado por Israel e os EUA.


3 - A Liga Árabe pede Democracia e Liberdade na Síria. MENTIRA.

A Liga Árabe é um organismo fundado em 1945, composto pelos 21 países árabes e a OLP, é financiada pelas monarquias do Golfo (sobretudo a Ar´bia Saudita e o Qatar) e serve junto da ONU para propor resoluções que os EUA e a UE não teriam a a coragem de o fazer.Está actualmente descredibilizada pelo Iraque, o Líbano, a Argélia e a Síria que já nem comparecem nas suas reuniões.


4 - A Rússia e a China vetaram as resoluções da ONU. VERDADE.

A Rússia e a China ficaram escaldadas com a resolução da ONU que previa apenas a "protecção" dos civis líbios, quando na realidade já foram assassinados mais de 200 mil líbios. A propósito de veto, em apenas dez anos, entre 1972 e 1982, os EUA vetaram 43 resoluções da ONU contra Israel.





5 -  Israel, os EUA e seus aliados árabes são os maiores inimigos. VERDADE.

Os maiores entraves para o avanço da revolução no mundo árabe são as petromonarquias: Arábia Saudita, Kuwait, Emirados àrabes, Qatar, Omã e Bahrein. A essas somam-se monarquias reacionárias, não produtoras de petróleo, pró-EUA.como a Jordânia e Marrocos. O centro da resistência ao avanço revolucionário árabe vem de Riad, no reino dos sauditas. Estes reservaram em 2011 mais de cem mil milhões de dólares para a contra-revolução, e contratam mercenários a peso de ouro. Apoiados pelos EUA e discretamente por Israel através da Mossad. 


6 - Se a Síria cair, isso terá reflexos em todo o Médio Oriente. VERDADE.

Existe hoje em dia um eixo de resistência ao imperialismo estadunidense composto pela Síria, o Iraque, o Líbano, a Argélia e o Irão. A própria luta de resistência palestiniana contra a ocupação sairia muito enfraquecida com a queda do governo sírio e a instalação nesse país de um governo pró-EUA.





7 - A Irmandade Muçulmana encabeça a oposição na Síria. VERDADE.

Essa organização tem os seus tentáculos em mais de 70 países. Funciona como partido político, tendo uma ideologia de carácter teológico de linha islâmica fundamentalista. Na maioria dos países árabes é a única forma de expressão. Prega o fundamentalismo islâmico mais próximo do Wahabiya, linha da família Al-Saud sunita. Sempre fez acordos com o imperialismo britânico e mais recentemente com o americano. São os membros dessa Irmandade que organizam, na Síria, ataques terroristas a prédios públicos, oleodutos, gasodutos, escolas e hospitais.


8 -  A oposição síria não tem unidade e tem força apenas no exterior. VERDADE.

A oposição externa tem os seus escritórios em Londres, Paris e Istanbul. Não tem qualquer credibilidade e é financiada pelas monarquias de Golfo e os EUA. Defende uma intervenção da NATO para atacar a Síria. Como acreditar em "lideranças" que pedem que potências estrangeiras bombardaiem o seu próprio país, ainda que a pretexto de "proteger civis inocentes"?

A oposição interna está dividida em duas partes, uma que defende a construção de um governo de unidade nacional sem ingerência externa, e outra que não dialoga com o governo e prega a intervenção externa e tem como agenda a da CIA, dos EUA, de Israel, da Casa de Saud e do Mossad.


9 - Bashar Al-Assad é um sanguinário e genocida. MENTIRA.

É evidente que os processos eleitorais não seguem os mesmos padrões que os do mundo ocidental, mas os mesmos monarcas que falam em "democracia" na Síria, são os que mais reprimem os seus próprios povos, como são o caso a Arábia Saudita, o Qatar e o Bahrein. A Síria, nesse contexto,  é um país mais livre em termos de partidos políticos, tem 13 partidos com direito a concorrer nas próximas eleições, e tem 147 órgãos de imprensa. Não sendo uma democracia avançada, tem um aprlamento eleito de quatro em quatro anos, constituído por oito partidos.


10 - A Síria é o único país árabe a apoiar com firmeza a causa palestiniana. VERDADE.

Após a queda de Saddam Hussein e de Muammar Khadaffi que resistiam ao imperialismo estadunidense e a Israel, apenas resta a Síria. O derrube de Bashar Al-Assad significa o enfraquecimento libanês e palestiniano e o isolamento do Irão. 


11 - A NATO e Al-Qaeda estão aliados. VERDADE.

Líderes da Al-Qaeda actuam na Síria abastecida com dólares dos petróleo árabe das monarquias do Golfo e dinheiro da CIA e do Mossad, via território curdo.




12 - A Turquia virou as costas aos árabes. VERDADE.

Boa parte da população turca já admite uma certa islamização da sociedade, mas o grande sonho é integrar-se à Europa e para isso tem de virar as costas ao mundo islâmico. Apoiou os ataques da NATO à Líbia e apoia abertamente o derrube do governo Sírio. Dá abrigo ao exército mercenário estacionado nas suas fronteiras com a Síria.


13 - O relatório sobre a situação da Síria só vale quando fala mal do governo. VERDADE.

Os relatórios produzido por representantes da ONU são facciosos, tendenciosos e parciais. No primeiro relatório, não foram ouvidos os representantes do governo sírio, apenas opositores no exílio o relator nem sequer se deslocou à Síria. No segundo, integrado por 160 pessoas, ao não atestar o número exorbitante de mortos que a imprensa ocidental divulgava, foi rejeitado pela NATO.


14 - Os EUA vivem uma indignação selectiva. VERDADE.

Os EUA colocam-se contra o Irão e o seu programa nuclear pacífico, mas nada falam sobre as duzentas ogivas nucleares que Israel possui. Falam do "ditador" Bashar Al-Assad, mas nada dizem das monarquias absolutistas, obscurantistas, fascistas e feudais do Golfo, por estes serem seus aliados, amigos e pró-Israel. 


15 - Os terroristas agem abertamente na Síria. VERDADE.

Os atentados contra edifícios públicos, oleodutos, gasodutos, escolas e hospitais, são feitos por mercenários contratados e pagos a peso de ouro pelo obscuro Exército da Síria Livre. O objectivo desses ataques é quebrar a infraestrutura do país e jogar a opinião pública contra o governo. Esses grupos mercenários são apioados pela NATO que os treina a partir de acampamentos na fronteira da Turquia. Estão envolvidos nessa operação a CIA, o MI6 e o Mossad.






Autor: Lejeune Mirhan:
http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=8&id_noticia=8100

Pode ler o artigo completo no Blogue do meu amigo Burgos em:
http://burgos4patas.blogspot.com/2012/02/siria-verdades-e-mentiras-e-midia-do.html




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4 comentários:

  1. Temos que trabalhar em cooperação para que chegue ao conhecimento do maior número de pessoas.

    Blogueiros unidos, jamais serão vencidos! hehehehe

    Muito obrigado meu amigo

    Um grande abraço

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  2. Tenho traduzido uma série de artigos com a outra versão dos acontecimentos na Líbia, Síria, Irão, mas parece-me que o comum mortal Português não está nem aí. Olham só para dentro de portas... isso é lá para as Américas...

    Mas é de continuar. Sem Dúvida.

    Parabéns pelo artigo.

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  3. Parabéns pelo artigo. É escandaloso o que se tem feito no médio oriente, sob a falsa capa da democracia e da liberdade, com a ajuda discreta dos paises europeus que, convenientemente, olham para o lado...

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  4. Parabéns pelo artigo e o meu agradecimento.pois fiquei assim mais elucidado àcerca da Pulhice do anglo-saxão Imperialismo e do Sionismo.

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