terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A Terceira Guerra Mundial terá início em julho de 2012 ?

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A guerra com o Irão já começou, os Estados Unidos estão apenas à espera de um rosto humano para lhe dar, escreve Michel Chossudovsky no seu último livro, "Towards a World War III Scenario: The Dangers of Nuclear War". 

Se uma terceira guerra mundial será levada a cabo ou não, não sabemos, mas o que é certo é que se está a concentrar no golfo pérsico o maior destacamento de tropas da história mundial.





A necessidade de encontrar um pretexto.


Dificilmente os Estados Unidos e os seus aliados conseguirão vencer uma guerra convencional contra o Irão, que é uma das maiores potências militares da região, disponde de armamento sofisticado e um milhão de soldados. 


Então, a suposta existência de armas nucleares no Irão é um pretexto para eventualmente poderem recorrer a um ataque massivo realizado em várias frentes, esse argumento também foi utilizado no Iraque com a existência de destruição massiva que permitiu um bombardeamento humanitário, perante a passividade da comunidade internacional.


As forças especiais no terreno tentam desestabilizar a economia iraniana através de congelamento de bens, desestabilização da moeda e bloqueamento das exportações de petróleo. No Irão, dado o apoio popular a um estado religioso, os Estados Unidos não têm qualquer hipótese de criar mais uma revolução árabe através de manifestações organizadas contra o regime. 



O bloqueio do estreito de Ormuz.


Dificilmente a Rússia e a China irão permitir um ataque ao Irão, mas tudo dependerá das circunstâncias. Neste xadrez geoestratégico o factor desencadeante poderá ser o bloqueio por parte da União Europeia às importações de petróleo do Irão que entra em vigor no dia 1 de julho deste ano.


A retaliação lógica deste embargo poderá ser o fecho do estreito de Ormuz por parte do Irão, como já foi afirmado por parte dos dirigentes iranianos. Nele passa mais de 40% do petróleo mundial e 20% do transporte marítimo mundial. 


O estreito de Ormuz tem uma pequena extensão, com 54 km de largura mínima e no seu trecho mais largo de 100 km. A norte desse estreito temos o Irão onde está concentrada um grande parte das forças e dos mísseis iranianos, a sul Omã e os Emirados Árabes Unidos.


As forças navais da NATO estão concentradas no Golfo Pérsico e no Mediterrâneo Oriental. Dificilmente estas forças poderão lutar contra o bloqueio iraniano no quadro de uma guerra convencional. 



O improvável bloqueio do estreito de Ormuz.


No entanto, como diz Ignacio Ramonet, é muito improvável que o Irão tome a iniciativa de bloquear o estreito de Ormuz (embora possa tentá-lo, em represália a uma agressão). Em primeiro lugar, porque daria um tiro no pé, já que exporta o seu próprio petróleo por esta via, e que os recursos destas exportações lhe são vitais. 


Em segundo lugar, porque atingiria alguns dos seus principais parceiros, que o apoiam no seu conflito com os Estados Unidos. Principalmente a China, cujas importações de petróleo, que chegam a 15% do consumo, procedem do Irão. A sua eventual interrupção paralisaria parte do aparelho produtivo.


As tensões estão abertas. As chancelarias do mundo observam, minuto a minuto, uma perigosa escalada que pode desembocar num grande conflito regional. Estariam implicados não apenas Israel, os Estados Unidos e o Irão, mas também três outras potências do Médio Oriente: a Turquia, cujas ambições na região voltaram a ser consideráveis; a Arábia Saudita, que sonha há décadas em ver destruído o seu grande rival islâmico xiita; e o Iraque, que poderia romper-se em duas partes: uma xiita e pró-iraniana; outra sunita e pró-ocidental.


Além disso, um bombardeamento das instalações nucleares iranianas pode provocar uma nuvem radioativa nefasta para a saúde de todas as populações da área (incluídos os milhares de militares norte-americanos e os habitantes de Israel).



Um pequeno vídeo mostra a localização das forças presentes no estreito de Ormuz e o cenário do seu eventual bloqueio:



 




Sugiro a leitura de um texto do general Pedro Correia sobre esse assunto publicado no blogue "A viagem dos argonautas":
http://aviagemdosargonautas.blogs.sapo.pt/935546.html

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28 comentários:

  1. Poderá começar já em Abril, na sequência das eleições legislativas gregas.

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    1. e como fica o brasil nessa história ?

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    2. Provavelmente ficará do lado do Irã, pois Lula é meio que amigo de Ahmadinejad.

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  2. Vou divulgar. Já tinha pensado em o fazer a partir do que li hoje no "i"

    http://www.ionline.pt/mundo/michel-chossudovsky-estamos-num-cenario-terceira-guerra-mundial-todos-vao-perder

    Uma opinião publica alertada poderá(?)ainda dissuadir a esta aventura... embora creia que nada os fará parar

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  3. Amigo Rogério,

    Sou assinante do jornal "i" e também li a mesma notícia esta manhã. A introdução em negrito é do "i".

    Um abraço

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  4. A possibilidade é sempre latente…porém seria um erro em todas as frentes e para todos os envolvidos por demais evidente, o que me parece ser mais lógico é a exploração do medo da guerra que todos os humanos possuem para através desse medo conseguir avanços diplomáticos e comerciais conducentes ao isolamento do Irão e conseguir o controlo dos seus recursos petrolíferos e o controlo do preço mundial de crude…mas algo pode correr mal e os média já gritam por sangue…e tentam despertar os mais animalescos instintos humanos…assim lhes ordenam…o imaginário colectivo desgastado com uma crise inventada, foi formatado durante quase 30 anos através de jornais, filmes profecias, videntes e outras tretas que uma 3.º Guerra Mundial era inevitável…e agora já com 12 anos de atraso…o nervosismo instala-se, são tretas…mas tretas poderosas que condicionam o pensamento colectivo, resultam em sondagens que granjeiam votos e políticos sem escrúpulos, a guerra sempre foi um assalto perpetuado por um grupo armado contra outro grupo que se arma para resistir…a carga ideológica e nacionalista faz parte da propaganda de massas…senão como iriam convencer o pessoal a pegar em armas? Parece naif ? e é…mas se tiverem razão ( espero que não) não se esqueçam que fazemos parte da NATO e arriscamo-nos a ir lá bater com os costados, até porque existe uma corrente ideológica que profetiza que o planeta tem gente a mais e recursos a menos…pois é quem agora esta na bancada a clamar por sangue pode daqui a uns meses estar na arena a “alimentar” os leões… depois reconstrói-se tudo, talvez outro plano Marshall … já viram isto ? Pois… é mais do mesmo…

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    1. Muito bem escrito Bruno (como sempre).

      É verdade que após a "criação" de cada crise económica o passo seguinte tem sido a criação de um pretexto para uma guerra generalizada.
      Também é verdade que a opinião pública tem sido preparada, de longa data, para uma terceira guerra mundial.

      Mas no caso de Irão existem vários factores difíceis de contornar e controlar.

      O interesse no Irão é devido, claro, ao seu petróleo, mas sobretudo à sua posição geográfica estratégica para os planos dos Estados Unidos: cercar a Rússia e cercar a China, e neste caso também enfraquecer a sua economia dado que 15% da importação de petróleo vem do Irão.

      Mas o Irão é um país com características bem particulares. É um país onde 90% da população é xiita e sendo a religião oficial do estado, estado e religião são a mesma coisa.

      Contrariamente à ideia transmitida no ocidente, o xiismo adapta a religião muçulmana à evolução dos tempos, em contrapartida o sunismo está congelado nas sunas, que são texto de interpretação do Corão que foram elaborados inicialmente por interesses políticos específicos e que os países árabes sunitas (todos menos o Irão) seguem à risca essas sunas ultrapassadas e inflexivas.

      Isto tudo para dizer que, exceptuando os países do magrebe, o Irão é bem mais progressita que os países árabes que o envolvem. É um país desenvolvido onde a coesão social é muito forte e portanto menos permeável a "primaveras árabes" desencadeadas pelo ocidente.

      Aqui a única solução será militar. Se será em julho ou não, é apenas uma questão de tempo. Mas o Irão, com a excepção de Israel, é o país da região mais bem preparado militarmente, daí a hesitação dos Estados Unidos. Por vontade de Israel, um conflito já teria acontecido.

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    2. Bem observado meu caro Octupus...a componente religiosa que desconhecia é para ser levada muito a serio nesses locais, mas só me ocorre que ainda tenho idade para ser mobilizado…e estes “parceiros” da Nato são uns autênticos vampiros…

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  5. Não sei se seria essa dificuldade toda derrotar militarmente o Irã: hoje a chave da vitória é o Poder Aéreo e isso o Irã tem em parca qualidade e quantidade, aeronaves e armamentos dos anos 70 contra as aeronaves e armas hi-tech da OTAN. Como sempre, o domínio dos céus seria rapidamente obtido. Um milhão ou mais de soldados em terra e milhares de blindados e peças de artilharia pouco ou nada valem sem o 'guarda-chuva' aéreo, são meros 'sitting ducks'.

    O eterno erro da OTAN é outro: tentar passar da VITÓRIA MILITAR à fase de OCUPAÇÃO MILITAR. É sempre aí que as coisas começam a ir mal...

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  6. Existe dificuldade, e muita, em derrotar o Irão. Não só nos custos militares, mas principalmente nos custos políticos e económicos, embora qualquer um que use o cérebro não duvide da derrota do Irão. Agora saber quem tem as bolas no sitio para pagar o que essa vitória vai custar já é outra história, para além de dificilmente Rússia, China e Índia aceitarem passivamente isso (Cada um com razões diferentes)

    Porque com a capacidade de retaliação militar iraniana a chegar tão longe como +2000 kms, as aeronaves que devem manter esse domínio dos céus iranianos, ou vêm de bem longe, usando Tankers para se reabastecerem de e para (aumentado custos logísticos para a estratosfera), ou então sujeitam-se a ficar com as suas bases sob mira e atacadas. As bases de partida para as forças terrestres idem, resta a tradicional chuva de mísseis de cruzeiro americanos, com a correspondente resposta iraniana.
    Nesta troca de mísseis também ninguém duvida quem vai sair por baixo, mas o custo para os países da OTAN quando a quase totalidade dos terminais de processamento de petróleo no MO estiver a arder, também não vai ser barato.

    Ao Irão não interessa, nem é viável, tentar ir buscar uma qualquer paridade de poder militar com a OTAN. Basta ganhar e manter a capacidade de vender tão cara a derrota que qualquer um tenha de pensar muito bem e pesar as contas todas na balança.

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    1. Caro anónimo; caro Túlio: “custos políticos e económicos” são, salvo melhor opinião, a parte barata do conflito e todos eles mais ou menos fictícios…o grande e verdadeiro custo em qualquer guerra são as vidas humana, o sofrimento humano, algo de uma grandeza esmagadora e que não cabe no chavão de “danos colaterais” e que tanto quanto sei (ou estarei desactualizado) não faz parte do currículo de nenhuma academia militar neste planeta. Tanto o Sr. Anónimo como o Túlio falam com grande rigor dos componentes estratégicos e bélicos..mas e a parte humana,os mortos, os feridos, os desalojados as familias destruidas?…fico triste de ver tanto rigor empregue na “actividade mais estúpida alguma vez inventada pelo ser humano” (mas admito que o defeito seja meu) a guerra é de facto um mal necessário por vezes… mas não me parece que seja este o caso. Outra questão que me dá “arrepios” é a referencia Hi-tech às armas da NATO…Se esse Hi-tech fosse aplicado ao desenvolvimento de energias alternativas e desenvolvimento sustentado nada disto faria sentido. Dissertam os senhores acerca dos possíveis vencedores do possível conflito…atrevo-me a afirmar: Não haverá vencedores, apenas vencidos, (nós inclusive), talvez uns mais que outros mas nunca o suficiente para em verdade declarar vitória, a única forma de vencer uma guerra é evita-la e não vejo muita gente empenhada nisso, infelizmente.

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  7. Com tudo isto quem vai ganhar é a Galp... bota subir o preço...

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  8. Desde o fim da Guerra Fria, os EUA e seus aliados europeus da NATO expandiram-se por toda a Europa e combinaram esse esforço com a criação de uma NATO asiática. Faz parte da reactivação, revitalização e expansão de outras alianças militares, com técnicas baseadas na Guerra Fria da NATO:
    «Organização do Tratado Central (CENTO), o Tratado do Sudeste Asiático (SEATO) e o Tratado de Segurança Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos (ANZUS).
    Mas o que se está actualmente a construir é muito mais extenso do que os três anteriores em conjunto e , aliás, não são complementares, mas estão em conjunto com a NATO».

    Se vai ou não passar à 3ª GG não sei... mas sei que os maiores vendedores e traficantes de armas do Mundo são os membros permanentes da ONU. O que lhes der mais dinheiro será a decisão que tomarão, independentemente do resto. Tenho ouvido rumores que a guerra mundial generalizada estouraria quando o barril de crude chegasse aos 200 dólares. A escalada vai a pique. O que eu acho também, é que uma guerra nuclear... nunca... não é rentável para os donos da guerra. Há que manter o Mundo no terror constante em guerra fria com genocídios entre etnias, para que a indústria do armamento progrida e o nº de habitantes do planeta seja reduzido...

    Um ótimo artigo como sempre dr. Octopus.

    Um beijo.

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  9. errata: Queria dizer: Membros do Conselho de Segurança da ONU.. Rússia, China, EUA, França e Reino Unido.

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  10. Li agora o seu comentário, dr. Octopus e lá está... enfraquecer o regime iraniano através de uma guerra, é quebrar barreiras para que sunitas e xiitas se matem uns aos outros. Penso que é esse o fim que os senhores da guerra almejam. Veja o Iraque com três etnias religiosas diferentes e em paz, ainda que relativa e debaixo do pulso forte do ditador. O ditador foi o factor coesão... daí terem acabado com ele. O Iraque nunca mais terá estabilidade e paz muito menos. Penso que é isso que pretendem com o Irão e ainda fornecer armas a ambas as facções, mas armas como metralhadoras, pistolas, granadas... sim essas que qualquer um pode manejar, até crianças. Essas, dar-lhes-ão muito lucro no futuro. A Al Qaeda foi um bom exemplo. Claro que Israel está por detrás da venda de armamento... escusado será dizer... Esses agiotas assassinos. Estão por detrás de tudo o que é perverso.

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  11. Ainda tenho esperanças que o processo pare.

    Vejam o caso da Síria. Estava tudo preparado, para mais uma invasão e terminarem o que os mercenários infiltrados no país, recrutados por agências da Arábia Saudita e do Qatar iniciaram.

    Mas aconteceu o veto duplo da Rússia e da China a 4 de Fevereiro de 2012.

    Eu traduzi um artigo interessante da rede voltaire.
    http://artedeomissao.wordpress.com/2012/02/16/fim-do-jogo-no-medio-oriente/

    Não podemos esquecer que os órgãos de comunicação social Ocidentais foram na Líbia, estão a ser agora com a Síria e o Irão, agentes da propaganda.

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  12. Mais uma vez peço desculpa pelo erro. Etias e/ou grupos religiosos, não etnias religiosas.

    "A força reacionária que tem cometido os massacres contra a população síria, em estreita parceria com o imperialismo, é a organização da Irmandade Muçulmana. O Imperialismo e, sobretudo, sua força central, o imperialismo norte-americano, vem recebendo graves golpes dos Movimentos de Libertação Nacional Árabes, desde a agressão sionista de Israel contra o Líbano, em 2006, até as revoltas populares contra os regimes reacionários árabes, fiéis aos Estados Unidos e que mantêm relações estreitas com o sionismo, como os regimes egípcio e tunisiano, cujas peças principais caíram, mas, no entanto, os povos egípcios e tunisianos ainda têm muita tarefa pela frente para garantir e aprofundar sua libertação nacional e construir sua emancipação.Neste momento, o imperialismo global lança um feroz contra-ataque contra o movimento de libertação nacional árabe.

    A face mais visível deste ataque, em termos de objetivos de expansão, é a agressão da OTAN contra a Líbia, em plena coordenação com os regimes árabes reacionários. Houve uma tentativa de encobrir esta agressão com uma poderosa campanha midiática cujos temas privilegiados foram: «espalhando democracia» e «direitos humanos».A finalidade principal da violação da Líbia e sua brutal pilhagem foi escorar a integridade do Império, que vacila sob a crise e as contínuas frustrações e derrotas.

    Em paralelo com a crescente pressão sobre a Síria, exercida há algum tempo pelos Estados e centros imperialistas ou por reacionários regimes árabes associados a estes centros, utilizando a Liga dos Estados Árabes, os reacionários árabes se movimentam em uma atividade frenética que dê um pretexto ao Conselho de Segurança e outros órgãos das Nações Unidas para tomar decisões agressivas com a cobertura da chamada “legitimidade árabe”, que é completamente falsa. Todos os regimes de Golfo apóiam generosamente todos os movimentos reacionários que estão operando na Síria.Turquia, braço da OTAN na região, desempenha um papel fundamental no exercício de todos os tipos de pressão sobre a Síria, desde políticas, passando pelas pressões econômicas, até o apoio explícito e direto às organizações armadas terroristas e sua hospitalidade aos chefes dessas organizações.
    (...) O povo sírio tem uma história, que é um acervo nacional, na luta contra o colonialismo.

    Não foi à toa que um representante do imperialismo francês, Charles de Gaulle, um dia disse: "É uma ilusão pensar que se pode submeter a Síria".

    Um beijo dr. Octopus e obrigada pelo serviço público que presta, além de nos dar a oportunidade de desabafar e trocar ideias com comentadores tão esclarecidos como os que geralmente por aqui passam.
    É a pessoa mais corajosa que conheço.

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  13. http://www.tehrantimes.com/politics/95558-iranian-naval-ships-cross-suez-canal-into-mediterranean-sea

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  14. (Eu teria muito cuidado com o jornal i. Pois, para além de este ter sido já gerido pela comentadora da RTP, Inês Serra Lopes, foi também já elogiado pelo mais-que-controlado The New York Times...)

    O objectivo de atacar o Irão é também impedir o progresso deste país.

    A energia nuclear é uma muita boa aposta que este país está a fazer no seu futuro. E quantos mais países se desenvolverem industrialmente, mais difícil será, para o Ocidente, dominá-los e conquistá-los.

    Ainda que não bloqueie a sua parte do Estreito de Ormuz, o Irão irá certamente não autorizar mais a passagem de petroleiros ocidentais pelas suas águas territoriais. E aí é que as coisas ficarão mesmo muito tensas...

    Eu não sei mesmo no que é que isto vai dar...

    Será o recolocamento de tropas ocidentais nesta zona do globo apenas bluff ou irá mesmo haver um ataque?

    Será que é desta que começa mesmo uma 3ª Guerra Mundial?

    Cada vez que penso nisto, só me sai é a expressão "Isto é do c..."

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  15. Fernando,

    Sou assinante do jornal "i" que considero diferente nos temas abordados, muitos deles polémicos e pouco divulgados nos restantes jornais.
    Contudo, estando politicamente muito próximo das tuas ideias, tenho plena consciência que a sua linha editorial está profundamente embebída numa ideologia de direita (se é que ainda existe alguma diferença entre a chamadas direitas e esquerdas moderadas). Basta ler os texto editoriais para o constatar.

    Não podia estar mais de acordo contigo no que diz respeito ao objectivo de travar o progresso iraniano, um dos países mais desenvolvidos do médio oriente, como eram também o Iraque e a Líbia.

    Sem querer fazer um exercício de futurismo, continuo a pensar que a tensão irá continuar a subir nesta região do médio oriente, mas que um ataque militar clássico contra o Irão é pouco provável.

    A estratégia será uma tentativa de desestabilização interna do país por parte dos serviços secretos americano, ingleses e israelitas, apoiando organizações iranianas "democrática" pro-ocidentais. Esta estratégia será extremamente difícil de por em prática porque contrariamente ao Iraque, à Síria ou ao Líbano, que foram construídos artificialmente com base em fronteiras coloniais, o Irão é um país milenário e coeso do ponto de vista social e religioso.

    Vamos assistir a uma demonstração de forças por parte dos vários intervenientes, mas ninguém, no seu perfeito juízo, quere arriscar um conflito que na situação actual se tornaria generalizado.

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    1. Ainda sobre o desenvolvimento industrial do Irão... Incluído na tentativa de sabotagem deste mesmo desenvolvimento, está também o objectivo geral de desindustrialização do Mundo inteiro, que vemos já a ocorrer na Europa, com o objectivo principal de preservar os recursos naturais para as elites.

      Espero que tenha razão, e que não haja um ataque... Eu continuo-me a "passar" com isto... Pois conhecendo eu já, como conheço, as elites ocidentais e sabendo o quão loucas estas são, continuo com uma séria dúvida sobre o que irá acontecer...

      Fico contente por saber que está politicamente muito próximo das minhas ideias. ;)

      Um abraço.

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  16. Octopus

    Mesmo não achando que o Irã tem a força que os EUA querem que a gente pense que eles tem, eu acho que logo logo o negócio vai ferver no Oriente Médio. É só esperar....

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  17. Eu queria saber se essa guerra so vai acontecer pra fora!? ou ela vai ser no mundo todo.oque vocês podem me dizer sobre isso?eu sou apenas uma adolecente e fiquei enteresada no assunto!oque realmente vai acontecer nesse ano de 2012?como vocês podem ter certeza que vai acontecer essa guerra ?ficaria agradecida se alguem me fala sobre isso!obrigada.

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  18. Pessoalmente,

    cada vez mais, acho que havera apenas um confllito, ou varios conflitos, muito localizados nessa zona e nao e´ de esperar um conflito mundial tal como o entendemos.

    E´ muito pouco provavel uma guerra generalizada como as que conhecemos durante a 1ª e 2ª guerras mundiais.

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  19. O Irão é um país que não é parvo, E.U.A também não o eixo ainda não está formado a 100%
    e não é de um pretexto que necessitam de fazer a guerra.Por essas teorias a guerra já teria começado.
    Que há muita coisa fora do nosso conhecimento há,
    mas nem tudo é verdade.
    Fugas e informação e mentiras também existem os interesses de jogos de poder vai muito além do que é aqui falado. Para todos os enfeitos a "guerra fria" nem acabou ainda está só a envoluir o "terrorismo" é só uma mascara...

    De alguns comentários lidos acho que essas pessoas andam a "ver" muitos "filmes" américanos.

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  20. Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velhote(88anos)simplesmente me resta dizer que fico mais elucidado ao ler êstes
    elucidativos artigos de Octopus e os muitos e justos comentários aqui estampados especialmente os comentários da Fada do Bosque.Hoje é que descobri êste Blog de Octopus,pois eu não sei tirar o melhor partido do computador que me foi oferecido,um computador já velho em que algumas letras do teclado já desapareceram e para mim é de facto uma máquina fantástica mas muito complicada.Ei limito-me a enviar emails,a comunicar com os meus familiares em Portugal,a ler Notícias de Portugal e a escrever os meus desabafos ou comentários.Aqui o meu Obrigado a Octopus,à Fada do Bosque e a todos os que partilham do mesmo Ideal.

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