quarta-feira, 1 de julho de 2015

Quem quer destruir a Grécia?

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Quais são as verdadeiras causas da evolução vertiginosas da Grécia para o abismo? Com a perda de identidade nacional e a sua humilhação internacional?





Fala-se de uma dívida de 360 mil milhões de dólares, mas outros países têm uma dívida muito superior, no Japão atinge os 500 mil milhões de dólares, assim como no Reino Unido. Esse facto só por si não justifica toda esta ferocidade dos "mercados" contra a Grécia. 



Toda a região à volta da Grécia "aderiu" às políticas dos Estados-Unidos, enquanto a Grécia se manteve um pouco à parte. Por outro lado, existem numerosas potencialidades de petróleo e gás natural no mar Egeu. A arrogância da Turquia nesta região sempre teve a oposição da Grécia. Este país era uma alvo a abater.



Os interesses geo-políticos na região por parte dos Estados Unidos sempre tiveram o apoio de governos pró-americanos como o da Alemanha. Uma das maneiras de destruir a Grécia foi o poder económico: transformar um povo livre num povo submetido e humilhado.



Existe uma vontade de acabar com a singularidade do povo grego e do seu panteão-ortodoxismo, e por outro lado controlar uma linha estratégica: Balcãs-Turquia-Irão que separa a Europa da Rússia.




"O povo grego é anárquico e difícil de domar. Por essa razão, devemos atacar com força as suas raízes culturais: assim poderemos, talvés, força-los a conformarem-se. Quero com isto dizer, claro, atacar a sua língua, a sua religião, as suas reservas culturais e históricas, para neutralizar a sua capacidade de se desenvolverem, de se distinguirem, ou de triunfarem; eliminá-los como obstáculo aos nossos planos estratégicos vitais nos Balcãs, no Mediterrâneo e Médio Oriente."

(Henry Kissinger, em 1974, após a queda do regime dos coronéis)








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4 comentários:

  1. Henry Kissinger, em 1074 ???

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  2. Bem visto :)
    Já foi corrigido, obrigado.
    Trata-se como é óbvio de 1974...

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  3. No entanto somos levados a crer(mesmo quando temos noção que os média seguem em geral a agenda do poder estabelecido)pelos média que os EUA (seu governo oficial)é que defendem a Grécia(e na geo-estratégia convém muito aos poderes ocidentais que a Grécia não passe para a esfera oriental,Russia mais China)da UE,talvez a um certo nível isso seja assim mas a geo-política dá aso a várias políticas contraditórias.A questão é saber qual a política(vindo dos EUA) que está realmente no topo das prioridades?Em última análise parece que os interesses da Europa em geral(e de certos países em particular)vão sempre a reboque do interesse dos americanos mesmo quando parecem estar em confronto.

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  4. Nem mais,

    Não é puro acaso que a Comissão Europeia fez apelo ao FMI para "ajudar" a resgatar países europeus em dificuldade. Países esses atacados pelas agência e "rating" (americanas) que colaboraram na descida da sua avaliação para desencadear uma crise financeira nesses países e assim aproveitar os lucros dos empréstimos e as suas empresas nacionais vendidas ao desbarato.

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