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Diariamente somos confrontados com actos de terror abomináveis: atentados cegos contras certas populações ou etnias, actos bárbaros contra mulheres ou crianças, atentados bombistas, atentados e mais atentados.
De tanta divulgação criamos pouco a pouco um escudo invisível de insensibilidade que nos conforta nas nossas convicções e nas nossas pequenas vidas que, contas feitas "até não é muito má", existem piores.
Todos estes atentados fazem-nos esquecer que pode existir um dialogo e uma rejeição dos conflitos. Não tem de existir um conflito "civilacional". Tem de se substituir a ideia de que "o outro" não deve ser visto como inimigo por não concordar com as nossas ideias.
A história não justifica a acções presentes. O holocausto não justifica a política de apartheid do governo israelita, tal como a acções dos palestinianos não podem justificar acções mortíferas contra os israelitas.
A barbárie é interior e não exterior. São os preconceitos em relação ao "outro" que os torna "estranhos" e "estrangeiros".
Os povos deveriam acordar para o facto desses conflitos que nos querem fazer crer de internos, serem na realidade estimulados pelas potências dominantes para atingirem os seu fins.
Acordei, não vos deixeis conduzir pelos conflitos étnicos ou religiosos, que só beneficiam os que têm um plano traçado. Não acrediteis, como dizia, Jean-Paul Sartre que "o inferno são os outros".
Porque também dizia que "O olhar do outro me objectiva,
me torna real. O outro atesta minha existência e isso instiga e inquieta.
Desencadeia uma crise de aceitação pois só desejo ver reflectido no outro o
melhor de mim mesmo. Porém, o outro enxerga mais do que gostaríamos, desconhece
nossas motivações interiores. O olhar do outro me objectiva,
me torna real. O outro atesta minha existência e isso instiga e inquieta.
Desencadeia uma crise de aceitação pois só desejo ver reflectido no outro o
melhor de mim mesmo. Porém, o outro enxerga mais do que gostaríamos, desconhece
nossas motivações interiores.
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