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Porque a memória é curta...
O Estado Novo esforço-se para consercar a mulher no seu posto tradicional: mãe, dona-de casa e submissa ao marido.
- O marido era o "chefe" de família.
- As mulheres (na sua maioria) não tinha direito a voto.
- A mulher não tinha direito ao exercício de qualquer cargo político.
- A lei atribuía à mulher casada os trabalhos domésticos como obrigação.
- O divórcio era proibido, devido ao acordo estabelecido com a Igreja
Católica na Concordata de 1944, pelo que todas as crianças nascidas de
uma nova relação, posterior ao primeiro casamento, eram consideradas
ilegítimas. E havia duas alternativas no acto do registo: a mulher ou
dava à criança o nome do marido anterior ou assumia o estatuto de "mãe
incógnita". O que não podia era dar o seu nome e o do marido actual.
- As mulheres não tinham o direito ao exercício de certas profissões, reservadas aos homens, como a magistratura, a diplomacia ou a política.
- As enfermeiras não podiam casar, e as as professoras só podiam casar com um homem que tivesse um vencimento superior ao delas e tinham de ter a autorização publicada no Diário da República.
- Uma mulher casada tinha de ter a autorização do marido para se deslocar ao estrangeiro.
- O marido está autorizado pela leia a abrira correspondência da sua mulher.
- O
marido podia chegar a uma empresa ou estabelecimento público e dizer:
eu não autorizo a minha esposa a trabalhar. E ela tinha que vir embora,
tinha que ser despedida.
- A falta de virgindade da mulher ao tempo do casamento era considerada
motivo para anulabilidade do casamento. O marido poderia até matar a
mulher em flagrante adultério, ou a filha em flagrante corrupção, tendo
como pena o desterro de 6 meses para fora da comarca.
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Os espaços públicos, como cafés, eram destinados aos homens, e
recusavam-se a servir uma mulher que não estivesse acompanhada por
alguém do sexo masculino.
- Nos livros escolares
estava explícito que à mulher competia-lhe os cuidados domésticos,
educação dos filhos e prestar ao marido os deveres conjugais e a
submissão que lhe eram devidos como chefe de família.
- Em 1970 havia cerca de
31% de mulheres analfabetas contra 19,7% de homens analfabetos.
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CARLOS MATOS GOMES – ENTRE A MENTIRA E O LOGRO
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Uma eleição livre e justa é possível num regime de mentira e de canalhas,
de pós-verdade? Nós, a multidão, … More
Há 2 horas
É verdade, parece inacreditavel que não há muito tempo essa era uma realidade social portuguesa.
ResponderEliminarHavia quem gostasse, e dá-me a impressão que ainda há um saudosismo latente em muitas mentes.
Este filmezinho com entrevistas em que foca ao longo da sua passagem esses direitos não deixa de ser elucidativo
http://www.youtube.com/watch?v=s5e32yCWZhk
Isto, de tão ridículo que é... Só dá mesmo é vontade de rir... hehe :)
ResponderEliminarE, que tudo isto tenha durado 40 anos - e que, em plena década de 70, do século XX, ainda uma coisa destas estivesse em vigor, em Portugal...
O que diz isto sobre o quão atrasado é, ou era, este País?