A recente crise mundial financeira estava prevista de longa data e não fez só infelizes. Contribui para o empobrecimento dos mais pobres, para a destruição da classe média e para a redistribuição da riqueza entre os mais ricos. Teve também como finalidade, a dependencia cada vez maior, dos estados, dos grandes grupos financeiros que se escondem por trás da FED, BCE, FMI e outros.
A FED. Quando a finança controla o estado...
A Reserva Federal Americana (Federal Reserve System), vulgarmente chamada de FED, foi fundada no dia 23 de dezembro de 1913, pelos dois grandes grupos financeiros Rothschild e Rockefeller, é um grupo de bancos privados que emitem o Dólar, tornado o meio legal de pagamento pelo governo dos Estados Unidos.
De inicio, o volume monetário de cada país correspondia ao padrão-ouro, mas em 1944 os acordos de Bretton Woods definiram um novo padrão, o padrão Dólar-ouro. Em 1971, este foi abandonado, e foi então suprimida a obrigatoriedade da conversão do Dólar em ouro. Actualmente o Dólar (e as outras moedas) deixaram de ter qualquer valor intrínseco, sendo um meio de transacção baseado na confiança nele depositado.
O problema é que enquanto a riqueza mundial, nos últimos 30 anos, foi multiplicada por 4, a massa monetária foi multiplicada por 40!
O presidente J.F.Kennedy quis acabar com a absurda e lucrativoa emissão de Dólares por parte da FED, e devolver ao estado a produção monetária. No dia 4 de junho de 1963, assinou o decreto 111110, e o estado começou a produção das chamads "United States Notes". No dia 22 de novembro de 1963 foi assassinado. Isto passou-se cem anos depois de uma tentativa semelhante por parte de Lincoln, também assassinado. O sucessor de Kennedy, Lyndon Johnson, suspendeu a emissão de notas estatais e a Fed pôde retomar o seu o monopólio.
Actualmente o Dólar não vale quase nada.
Portanto, o Dólar, actualmente perdeu o seu valor real inicial. 75% da massa monetária mundial são Dólares, em grande parte porque os USA controlam os mercados das finanças e das matérias primas e impuseram-no como referencia nas trocas comerciais. Este permite que os Estados Unidos comprem com dinheiro, que vale cada vez menos, "valores" reais como: ouro, diamantes, cobre, mas também jornais televisões, alimentos, onde detêem o monopólio graças ás suas empresas multinacionais.
Imprimindo cada vez mais Dólares, os USA , compraram "meio mundo" com um "Dólar-padrão" que não vale nada. Os estados de todo o mundo estão cheios de Dólares.
Cada vez mais o Dólar perde parte do seu valor em relação ao Euro. Certos mercados já admitiram a possibilidade de no futuro as trocas serem feitas em Euros.
Em breve poderá vir a ser decretado o fim do Dólar.
Um golpe de mestre que estará em preparação, será a criação de uma nova moeda para substituir o Dólar ou até a sua fusão com o Euro. Isto permitiria saldar as dividas acumuladas nos paises estrangeiros. Estas são actualmente de cerca de 5 200 mil milhões de Dólares! Este estratagema faria por exemplo que uma grande potência emergente como a China (maior credor dos USA com 1 500 mil milhões de Dólares) se afundá-se.
Como se cria uma crise monetária...
Na realidade a Fed, é um conjunto, inicialmente de 5 bancos, hoje em dia de 12. São eles que controlam e produzem os Dólares. Esta empresta esse dinheiro ao estado americano e a outros bancos contra uma divida, com uma taxa de juros defina por ela!
No inicio deste seculo, a Fed desceu as suas taxas de juros até 1%, valor mais baixo atingido em janeiro de 2003, o que fez com que numerosas familias americanas adquirissem casa. Depois, no espaço de apenas 2 anos, subiu essa taxa até 5,25% em junho de 2006, o que fez com que maioria das familias não podessem pagar as suas hipotécas. A partir daí foi uma bola de neve que deveria arrastar todas as economias mundiais, e permitir que organismos supra-nacionais como o BCE ditar as suas leis.
Quem ganha com a crise financeira?
Pensa-se que o grupo Rockefeller detenha mais de 50% das acções da FED.
As crises financeiras são altamente rentáveis para os especulares bolsistas, em particular através do "Short selling", isto é vender acções, que fingimos pessuir, para quebrar o seu valor e compra-las depois, quando o valor é baixo.
Esta crise também foi benéfica para vários grupos fianceiros que aquiriram outros a preços de saldo. A queda da Morgan Stanley, permitiu a subida da JP Morgan Chase, controlada pelos Rockfeller e controlar agora ainda mais (com o Bank of America) o sistema bancário americano.
O governo americano injectou milhares de milhões de Dólares na banca.
O G20 prometeu a injecção de 5 000 mil milhões de Dólares na Dólares até finais de 2010.
O próprio governo português injectou no BPN 2 500 mil milhões de Euros (dinheiro pago por todos nós) isto é cerca de 1% do PIB português. Sendo a banca uma actividade de risco, como qualquer outra empresa, não se compreende essa intervenção. Quando a banca tem lucros fabulosos, nunca estes contribuiram para economia nacional com parte desses lucros!
Os estados europeus perderam grande parte da sua capacidade de manobra com a adesão ao Euro. Á custa de grandes sacrifícios para controlar o deficit publico, com os seus famosos 3%, limite imposto pelo pacto de estabilidade europeu. Isto não impediu que esta grave crise financeira atingisse a Europa. Veja-se o caso da Irlanda, talvés como castigo por não ter dito não ao Tratado de Lisboa.
Esta crise foi desencadeada para que os estados europeus fiquem mais dependentes de instituições supra-nacionais como o Banco Central Europeu que pode assim cada vez mais ditar as suas leis. Outro objectivo é fazer emergir, cada vez mais, a necessidade de um banco mundial controlado pelos grandes grupos financeiros sobretudo americanos.
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