segunda-feira, 15 de maio de 2017

Quem vai pagar a factura do próximo Festival da Canção?

 .










A tradição faz com que quem ganha o Festival da Canção da Eurovisão será o organizador no ano seguinte. Mas isso tem custos.

Claro que os pequenos países vêm nessa "oportunidade" a ocasião de serem "badalados" e de fazer crescer o turismo. Os países mais poderosos vêm esse evento como um gasto de dinheiro inútil.




Existem sempre cinco candidatos a vencer o festival: a França, a Itália, a Alemanha, o Reino-Unido e a Espanha. A organização de um desses festivais tem um custo de cerca de 40 milhões de euros.

O custo cabe à televisão pública nacional de cada país. Ou seja, ao contribuinte que como em Portugal está a cargo da RTP. Portanto serão os contribuintes a pagar o próximo festival em Portugal.


Durante estes últimos anos, a Bulgária, a Croácia ou Eslovénia recusaram-se a participar na competição por razões financeiras.


Todos os anos, a televisão nacional organizadora apenas recebe a venda dos bilhetes, uma parte do sponsoring e uma parte do dinheiro dos votos (chamadas, SMS,..).

Os custos são enormes: cena, luzes, electricidade, empregados, segurança, infrastructuras, transporte, recepção.


Por todos estes factos é que muitos países "favoritos" não estão minimamente interessados em ganhar o festival, por isso mesmo se compreende a disparidade de votos no momento da "escolha" do candidato vencedor e por consequência o país organizador da próxima edição.


Neste contexto, podemos questionar: qual o país que quer ganhar? Nenhum.

A desgraça de ganhar e de ter de organizar o próximo festival é uma verdadeira desgraça. É um empreendimento vocacionado à perda, porque contrariamente ao futebol, não existe publicidade durante o Festival da Eurovisão. E como já foi dito as únicas receitas são as taxas dos votos, os bilhetes e alguns sponsors, ou seja muito pouco.


Os países do sul da Europa estavam a afastar-se do festival da Eurovisão, era necessário um desses países ganhar. Portugal já estava "encalhado" para ganhar.

Portugal ganha com uma canção banal, sem qualquer nível artístico particular, já estava dado como vencedor.


Pode parecer muito elogioso, mas tudo isto estava planeado com antecedência, daí a votação inesperada e inusitada.

Dizem que o retorno dos 40 milhões de euros investidos pela nossa televisão publica (dinheiro de todos os contribuintes) poderá ser de 80 milhões, mas nessa caso trata-se de retorno de empresas privadas de turismo ou hotelaria que não se irá traduzir com um retorno para todos nós, só para empresas privadas.





.





5 comentários:

  1. Eu notei que estava tudo a desafinar de propósito para perder, até o macaco se enganou na coreografia!

    ResponderEliminar
  2. O facto de que Salvador Sobral já era o vencedor pré-determinado pelo júris europeus viu-se, não só pela ênfase exagerada que a imprensa controlada fez da sua participação antes da final e pelas casas de apostas que o colocavam como favorito a uma vitória, como pelo facto de que, não só a canção não vale nada, como o próprio intérprete da mesma disse, numa entrevista durante o festival, que a sua prestação nesse dia tinha sido péssima.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigo Fernando,

      Fui muito criticado, após este "intervalo" de textos, por criticar uma canção banal, mal cantada e concordo contigo como um exemplo escolhido par "interpretar" um "modelo".
      Mas enfim, é o que temos: euforia desproporcionada e fabricada.
      Um abraço

      Eliminar
    2. Sim. E, no que toca aos "modelos" que são escolhidos, então, isso é algo que também se pode ver nos Óscares - em que os filmes nomeados e premiados são filmes como o "Brokeback Mountain", "A Rapariga Dinamarquesa", ou o vencedor deste ano "Moonlight".

      Até já quem faz parte desta "sociedade do espectáculo" começa a achar isto estranho: http://blitz.sapo.pt/principal/update/2017-02-28-Joao-Braga-sob-polemica-Agora-basta-ser-se-preto-ou-gay-para-ganhar-Oscares (e, se o critica, é logo apelidado de homofóbico e afins).

      Nunca se viu (ou ouviu) falar tanto de homossexuais (e afins) como agora. São presenças e referências constantes. Quando, em condições normais (que não incluam crianças que possam ter sido lavadas ao cérebro pela televisão) esta população anda à volta dos 3% do total.

      (Porquê estas constantes, e também muito desproporcionais, referências? E também as constantes presenças na televisão (ex: um júri em que toda a gente gosta de homens - https://www.youtube.com/watch?v=QRqVM50dnw4)? E, qual é a necessidade de referir sempre a "aceitação" destas pessoas, se nem no tempo do Salazar os homossexuais eram perseguidos?)

      À custa de quererem degenerar e alterar a sociedade para pior (pessoalmente, acho que é apenas uma questão de tempo até que as pessoas achem que não tem mal nenhum as crianças serem adoptadas por casais homossexuais - ó para o Salvador Sobral a defender isto mesmo: https://www.youtube.com/watch?v=2NePclovp2I) estão constantemente a bater nesta tecla.

      (Se têm dúvidas do que eu digo, olhem para outras populações muito minoritárias e vejam se também elas têm tanta presença na dita "cultura popular"...)

      Eliminar
  3. So falta dizer que isso. Essa despesa do proximo festival nos vai levar a novo resgate. Esta gente diz mal sempre ganhemos ou percamos

    ResponderEliminar