sábado, 20 de maio de 2017

A tecnologia aproxima quem está longe e afasta quem está perto

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Até que ponto a união de milhares de quilómetros possibilitada pela internet, não afasta quem está a poucos metros de nós? A verdade é que actualmente vivemos para a internet 24h do nosso dia. Ela tornou-se um vício, uma dependência das sociedades actuais.




Manter contacto com pessoas queridas, conversar com quem vive longe, conhecer pessoas mais facilmente (sejam elas da mesma cidade ou de outro continente) e a facilidade de comunicação a nível internacional entre grandes empresas criando assim negócios internacionais e mais amplos foram alguns privilégios que advieram do avanço tecnológico.


Quantas vezes deixamos de dar atenção a quem está ao nosso lado para dar atenção a quem está a quilómetros de distância? São incontáveis as vezes que acabamos por deixar de conversar com as pessoas que estão ao nosso lado num jantar em família ou numa reunião de amigos para ficarmos “teclando” no smartphone, seja num chat, nas redes sociais, em jogos ou noutra aplicação. Neste caso, a internet afasta as pessoas que estão próximas de nós.


“Nos relacionamentos já desgastados, com problemas não resolvidos, o uso da tecnologia pode virar um refúgio perigoso para que essas pessoas não entrem em contacto uma com a outra. Nesse caso, serve mais para afastá-las do que para aproximá-las”. 


“No começo da relação, essas tecnologias funcionam como um facilitador do afecto. Elas mandam mensagens de texto de carinho ao longo do dia, o que faz parte do jogo de sedução de hoje em dia”.
Mas muito depressa o envio de mensagens torna-se rotineiro, e rapidamente procuram contactos com outras pessoas, tornando a relação com o seu companheiro descartável, sendo que as que mantem com os outros muito mais interessantes. 






A possibilidade de adicionar desconhecidos tornou o tamanho da “lista de amigos” um fator de distinção social: quanto mais amigos, maior a popularidade e “melhor” a pessoa. Contudo, quem faz isso dificilmente conversa com todos os seus contactos, o que os transforma em meros números. Ou seja, ter um número alto de amigos não indica uma pessoa querida, carismática e virtuosa. Muito pelo contrário (apesar de haver exceções).

 As redes sócias são capazes de nos deixar sozinhos em um espaço físico, e ao mesmo tempo conectados com uma multidão no mundo virtual.  




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3 comentários:

  1. Tal como qualquer outra tecnologia, a Internet tem de ser sempre usada com cabeça...

    E, o que é relatado, é o mau uso que dela é feito pela maioria das pessoas, na nossa sociedade - que, infelizmente, não prima pela inteligência.

    Eu, por exemplo, apesar de já ir em quase duas décadas de uso intensivo da Internet e computadores, só recentemente comecei a usar smartphones - e só uso os mesmos para finalidades mesmo muito limitadas, que não incluem aceder à Internet pela rede móvel (ou ao Wi-Fi de restaurantes, quando estou acompanhado).

    Esta tecnologia tanto pode, por exemplo, ser usada para vigiar alguém, como para ter acesso a (e espalhar) informação mesmo muito importante que, anteriormente, seria quase impossível de alcançar ou de obter.

    Sendo a eterna situação a de que, a tecnologia é (quase sempre) algo de neutro. Sendo o uso que fazemos dela, esse sim, algo que pode ser positivo ou negativo. (Exemplos: A fissão e a fusão nucleares, tanto podem ser usadas para fazer bombas que matam milhões de pessoas, como para produzir energia que alimenta hospitais que salvam a vida a milhões de pessoas.)

    Pessoalmente, considero a Internet (e os computadores) simplesmente uma das melhores invenções de sempre. E a implementação da mesma uma verdadeira Revolução silenciosa, que permitiu à Humanidade dar mais um passo de gigante, em termos de evolução. E, se não fosse a Internet, não tinha eu conhecido as muito poucas pessoas que para mim têm valor - e seria, tal como muitos antepassados meus, condenado a uma existência muito pobre, em termos de Conhecimento, e mesmo muito "secante" (ou, até mesmo, deprimente) por ser uma rodeada de pessoas ignorantes, com nada de interesse ou de importante a acrescentar à sociedade.

    Bem-vindo de volta, Dr. Octopus. ;)

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  2. E aproxima quem esta longe. Filhos pais e avos que se juntam atraves do skype, estando espalhados por esse mundo fora para uma conversa. Em tudo ha duas faces como numa moeda.

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