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Está-se a tornar uma "rotina", mais um decapitado, pelo chamado "Estado Islâmico", só que desta vez trata-se de um cidadão francês, um simples montanhista na Argélia.
A rotina das decapitações.
O vídeo divulgado, sempre pelas mesmas fontes, desta vez é mais convincente: uma única câmara, um som mais "tosco". Já não temos a paisagem idílica do deserto e agora já temos vários intervenientes. Está melhor.
No entanto, a suposta vítima continua, como as outras, continua serena.
De notar que um dos "carrascos" durante toda a cena, não tem mais nada que fazer do que se absorver a ler um papel (guião?) até ao acto final.
Depois, mesma cena, quebra de imagem e visualização da cabeça do decapitado em cima da barriga do degolado, decididamente um fetiche.
Um mal global.
É importante estender o "Estado Islâmico" a outras regiões, o mesmo é dizer que se está a alastrar e que em breve ninguém estará seguro em qualquer lugar do mundo.
Basta conhecer o mapa petrolífero e as
posições estratégicas que ocupam os países para saber onde os Estados
Unidos e a Europa querem instalar as suas bases militares.
Não se trata de lutar contra o
terrorismo, esse faz parte da estratégia americana. O terrorismo não
incomoda nada os Estados Unidos. Terroristas com mandados de captura por
atentados contra civis estão neste momento em Miami sob a protecção dos
americanos.
Considero a Argélia um país que irá ser punido porque não deixou que as suas riquezas ficassem totalmente nas mãos das multinacionais.
Tradicionalmente, as potências
imperialistas tentam apoderar-se das riquezas dos países do terceiro
mundo com simples pressões, colocando no poder presidentes servidores
dos seus interesses. Quando esses seus interesses não são concretizados,
não olham aos meios para os alcançar: chantagem, assassinatos
encomendados, desencadeamento de guerras civis ou ataque puro e simples
dos países não-dóceis.
Um plano a longo prazo.
Uma verdadeira alteração do xadrez geopolítico está a acontecer no norte de África.
Após as "primaveras árabes" do Egipto, da Líbia e da Tunísia, o que
está em causa são os dois últimos países ainda não tocados: Marrocos e
Argélia.
Marrocos, a mais velha monarquia do mundo, encontra-se relativamente
estável devido ao seu desenvolvimento e a mão de ferro do seu monarca. A
situação da Argélia é bem diferente: um ditador doente, um país nas
mãos das forças armadas desde há 50 anos e sobretudo um país cobiçado
pelos seus recursos naturais.
Nota: Este blogue não defende, nem nunca defenderá, qualquer acção violenta e condenará sempre este grupo terrorista que não é representativo de qualquer ideologia muçulmana.
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