segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Gripe A: Pânico na Ucrânia!

O pânico está instalado na Ucrânia por causa de um aumento extraordinário de casos de gripe A.


Foram decretadas medidas de excepção por parte do governo. Quais as verdadeiras razões de um tal alarme?

Tentativa de esclarecimento de uma situação invulgar:







A estranha história do microbiologista Joseph Moshé.























(Vídeo:)

http://www.dailymotion.com/video/xb0oj2_h1n1-arrestation-microbiologiste-vs_news



Joseph Moshé, suspeito de pertencer à Mossad os serviços secretos israelitas, tinha-se apresentado numa emissão de rádio do Dr A. True Ott, para dizer que queria entregar provas que possuia, a um procurador de estado dos Estados Unidos, quanto à contaminação voluntária da vacina contra a gripe H1N1 produzida pela Baxter.


Este médico, israelista a trabalhar nos USA é um eminente microbiologista. Ele afirmava que o laboratório ucraniano da Baxter tinha produzido uma arma bacteriológica disfarçada numa vacina, que também continha um adjuvante destinado a enfraquecer o sistema imunitário e ARN tirado do virus responsável pela gripe espanhola de 1918, e isto para provocar uma epidemia a nível mundial.


O surpreendente, é a sua detenção espectacular por parte da polícia, com meios pouco vulgares, para um individuo qualificado de louco pelas autoridades. Posteriormente terá sido libertado e expatriado para Israel, desconhecendo-se o seu paradeiro.


Este episódio além do aparato policial envolvido, tem a estranha coincidência de ter acontecodo dois meses antes do pico inesperado de casos de gripe A, justamente na Ucrânia.



Internet e desinformação.


Circula na internet a informação do que as mortes na Ucrânia seriam devidas, não à gripe A, mas sim à peste pneumónica, doença contagiosa e com uma taxa de mortalidade elevadíssima. Esta notícia sensacionalista, apesar de dar muito jeito para propagar teorias da conspiração, não corresponde à verdade.


Esta informação baseia-se num artigo do site Mignews que refere que alguns médicos chamaram a atenção das autoridades, para a existência dum aumento, na Ucrânia, do número de casos de peste pneumónica.
Apesar de colocado num artigo sobre a gripe A, em nenhuma parte desse artigo é dito que as mortes provocadas pelo virus H1N1 sejam devidas à peste pneumónica.


Isto revela, mais uma vez, que devemos ter muito cuidado nas informações que circulam na internet, e que devemos dentro do possível tentar verificar a sua origem.

http://mignews.com.ua/en/articles/376396.html




Um foco pandémico ainda por explicar.







Oficialmente, com dados do site Mignews, até dia 9 de novembro 2009, e em poucas semanas, registaram-se na Ucrânia 969 247 casos de gripe A, fazendo 155 mortos.




http://mignews.com.ua/en/articles/378161.html

http://mignews.com.ua/en/articles/378003.html


Perante tal pandemia, o governo decidiu tomar medidas excepcionais. Uma delas é o uso de máscara obrigatória, sob pena de multa.
A Primeira Ministra, Loulia Timochenko, declarou no início da abertura do Conselho de Ministros dedicado à gripe A que "todos os estabelecimentos escolares públicos ou privados vão ser encerrados 3 semanas, assim como as salas de concertos e cinemas". Mais polémico é a "proibição de qualquer reunião pública, assim como a intodução de um regime especial, destinado a limitar a deslocação individual entre as regiões".

http://www.who.int/csr/don/2009_11_03/fr/index.html

http://www.lefigaro.fr/flash-actu/2009/11/09/01011-20091109FILWWW00573-h1n1-l-epidemie-ralentit-en-ukraine.php

http://www.tsr.ch/tsr/index.html?siteSect=200001&sid=11427380




Pontos comuns entre a pandemia e as eleições presidenciais ucrânianas.


No dia 17 de janeiro de 2010, vão decorrer eleições presidenciais na Ucrânia. Nelas vão concorrer, entre outros, o actual Presidente, Viktor Louchtchenko, que tem neste momento uma taxa de popularidade baixíssima (cerca de 10% das intenções de voto), e a actual Primeira Ministra Loulia Tymochenko (perto de 20%).

A oposição acusa-os de se servirem da gripe A para influenciar as eleições, através do medo. O exagero das medidas tomadas limitam a circulação de pessoas, impedindo assim a campanha eleitoral por parte da oposição. Em contrapartida, o governo aparece diariamente nas televisões, abafando assim os outros candidatos.
Este tipo de actuação, também permite o desvio das atenções da população, em relação por exemplo aos recentes caso de pedofilia e envolvimente de um deputado de Tymochenko num assassinato. Os 4 milhões de desempregados no país, também passam para segundo plano.




Um outro problema da Ucrânia é o pagamento da quarta e última parte de 3,8 mil milhões de Dólares de um montante total de 16,4 mil milhões, emprestado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). O aumento previsto de 11% do salário mínimo nacional por parte do governo como medida eleitoralista, tem o desacordo dessa instituição.

http://www.lemonde.fr/economie/article/2009/10/30/strauss-kahn-inquiet-de-l-augmentation-du-rmi-en-ukraine_1260919_3234.html




Porquê uma crise pandémica na Ucrânia?


Vários cenários e teorias são possíveis. Com este foco de gripe A concentrado na Ucrânia em poucos dias, várias perguntas ficam no ar:


  1. Será Joseph Moshé um doente mental?

  2. Será ele um elemento iniciador de mais uma teoria da conspiração?

  3. Qual a verdadeira causa da introdução, em janeiro deste ano, do virus da gripe das aves numa vacina sazonal por parte da Baxter? (Ver artigos anteriores)

  4. Qual a razão das encomendas de vacinas por parte de vários paises e da OMS a este laboratório sob suspeita.

  5. Qual o papel dos laboratórios Baxter nesta pandemia ucraniana?

  6. Porque é que Joseph Moshé anunciou a fabricação uma arma bacteriológicas por parte da Baxter justamente na Ucrânia?

  7. Qual o papel do governo ucraniano na amplificação deste medo, quando no ano passado o número de mortos provocados pela gripe foi muitíssimo maior.

  8. Qual a importância das eleições presidenciais próximas e do emprestimo do FMI nesta crise?

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