Com o título "Grippe "porcine": je vaccine mes enfants", o Dr. Marc Girard, conselheiro em farmacovigilância e farmacoepidemiologia, escreveu um artigo sobre as vacinas contra a gripe A e os problemas que estas colocam.
A pertinência deste texto, provém do facto do Dr. Marc Girard ser um especialista nesta matéria, tendo estudado os poucos artigos dos ensaios das vacinas Pandemrix, Focetia e Celvapan, assim como os relatórios da EMEA (Agência Europeia para o Medicamento).
Estes dados são fundamentados e pertinentes, ainda mais quando acabamos de receber a informação que a EMEA considera suficiente uma única dose de vacina, assim um maior número de pessoas vão ser vacinadas das quais muitas crianças.
A importância da informação correcta.
"Cada vez mais existem "peritos" que espalham nos média os "enormes benefícios" da vacina contra a gripe suína, e que nem sequer se deram ao cuidado de ler um único artigo actualmente disponíveis, sobre a eficácia e a tolerância destes novos produtos, como por exemplo os redigidos pela EMEA."
Na verdade, para maioria dos médicos, a única informação que recebe de um novo produto farmacêutico, é através dos laboratórios e dos seus delegados de informação médica. Raros são os que se dão ao trabalho de procurar informações complementares.
A gravidade da gripe A.
Quanto à gravidade da gripe A, "em relação aos anos anteriores, o que é que há de invulgarmente alarmante, nas poucas mortes pediátricas deste ano?" e " com que base comparativa objectiva alguns anunciam que este ano vai haver um maior número de casos graves?"
"O balanço feito na Austrália, para época de 2009, confirma, sem ambiguidade, que tendo já acabado nos países do hemisfério sul, a gripe foi este ano menos grave do que nos anos anteriores, incluído no que toca à mortalidade."
Uma comercialização apressada.
"Os comunicados publicados pela EMEA, confirmam, sem qualquer ambiguidade, que a autorização das vacinas contra a gripe A, não foi feita através de um processo normal, mas sim, e passo a citar, a autorização do Pandemrix foi feita em "circonstâncias excepcionais". Como tal isto significa que não foi possível obter informações completas sobre essa vacina pandémica."
"A EMEA, acrescenta que em consequência desta situação excepcional, as informações relativas à segurança e à eficácia da vacina, foi entregue à empresa que fabrica o Pandemrix." Claro que esta tem todo o interesse em dizer que a sua vacina é eficaz e segura!
Em relação a Focetria, os próprios admitem que "os dados apresentados são muitos limitados e não permitem tirar qualquer conclusão sobre o perfil da Focetria, quando administrada em grávidas"
No entanto este grupo foi considerado prioritário.
Apesar de ainda não ser possível tirar qualquer conclusão sobre os recentes casos de nados-mortos em Portugal, não deixa de ser lícito questionar a relação risco/benefício.
Efeitos secundários numerosos.
Os testes das as novas vacinas, têm alguns questões de forma: os ensaios não foram feitos contra placebo e os laboratórios é que decidem (através dos investigadores pagos por eles), se uma reacção indesejável é ou não devida à vacina.
"os efeitos secundários, contráriamente ao que se diz, um pouco por todo o lado, não se limitam a pequenas reacções locais. Os sintomas gerais, em jovens dos 18 aos 60 anos vacinados, foi de 76,9%, tais como diarreias, nauseas, e... síndromes gripais."
Estes dados provêm de ensaios anteriores feitos com a vacina contra o H5N1, da qual a actual deriva, sendo portanto legitima a semelhança de efeitos secundários entre as duas, aliás, é o que faz a própria EMEA.
Ainda a propósito dos efeitos secundários, "os peritos da EMEA, destacavam com satisfacção, que durantes os ensaios com a vacina contra a gripe A, Focetria, não foi observado nenhum doente com febre superior a 40ºC. Na gripe, normalmente, quando se tem mais de 40ºC, caso contrário, estamos perto de necessitar de ser reanimados..."
Para finalizar, durante os três ensaios com Pandemrix, num total de 2000 pessoas, foram relatadas 5 mortes, que, pelo que dizem os responsáveis, claro que nada tiveram a ver com a vacina, apesar destes ensaios serem feitos em indivíduos saudáveis.
Também foram detectados 2 casos de hepatite auto-imune em crianças dos 3 aos 9 anos, vacinadas com Pandemrix, das 400 que faziam parte do ensaio. Claro que aqui também não se chegou a nenhuma conclusão quanto ao nexo causal.
Um artigo publicado na prestigiada revista "The Lancet Infectious Diseases", diz que o contacto e a contaminação natural com a gripe, confere uma imunidade alargada em relação ao contacto com futuras estirpes de gripe, e que a vacinação pode impedir a instalação dessa imunidade, em particular nas crianças....
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