Apesar de oficialmente o Projecto H.A.A.R.P. não ter essa finalidade, pelo menos em teoria, é possível modificar o clima à distância por indução electromagnética da camada da ionosféra.
Um erro a evitar é suspeitar de todo e qualquer fenómeno natural é fruto de manipulação. Sempre existiram e vão continuar a existir, ciclones, furacões, tempestades e outros.
Não devemos cair no absurdo de considerar qualquer destes fenómenos como suspeitos de serem uma qualquer conspiração.
Mas existem alterações climáticas bizarras, como tempestades fora de época, ciclones tropicais em regiões temperadas e até ciclones com trajectos contrários às leis da física!
Aqui fica um desses fenómenos, um ciclone que ocorreu em outubro de 2005 em... Portugal.
Como se forma um ciclone.
Os ciclones formam-se habitualmente nas regiões tropicais entre os 10º e 30º de latitude.
Primeiro, necessitam de muita humidade, razão pela qual se formam por cima dos oceanos, que os alimentam energéticamente.
E em segundo lugar, necessitam de calor, para isso, a temperatura superficial do oceano tem de ter mais de 26,5º C, numa camada com pelo menos 50m de profundidade.
Assim ao deslocar-se para regiões mais frias o ciclone deixa de ter "alimento" e diminui de intensidade. Pela mesma razão ao atingir a costa, deixa de ter a água necessária á sua manutenção, e chega rapidamente ao fim da sua vida.
Os ciclones deslocam-se, no hemisfério norte, inicialmente para Oeste e depois para Nordeste na sua fase de declínio.
Por essa razão, os ciclones formam-se nas latitudes tropicais, e como tal não se podem formar, entre outros, no Atlântico Norte acima da latitude 30º, porque aí as águas são demasiado frias. Apenas no mediterrâneo tal poderia acentecer, já que as águas podem atingir 27º, mas a extensão é demasiado reduzida para que uma depressão tenha tempo de se formar.
Um ciclone em atinge...Portugal!
Como era de esperar, pelo que foi dito, em Portugal "a probabilidade de um ciclone tropical alcançar a nossa costa é muito baixa, podendo ocorrer apenas na sua fase de declínio" segundo a Protecção Cívil.
No dia 8 de outubro de 2005, formou-se o ciclone mais insólito de sempre no Atlântico Norte.
Foi-lhe dado o nome de Vince.
Este ciclone nasce a cerca de 930 km a Sudeste dos Açores, onde as águas tinham a temperatura de 24º C, portanto abaixo dos tais 26,5º C requeridos.
Podemos observar as curvas isotérmicas da superfície oceânica (dia 14 de outubro de 2005) :
Tornou-se numa tempestade tropical no dia seguinte, dia 9 de outubro de 2005, e depois num ciclone. Á medida que se deslocava para Nordeste a uma velocidade de 10 km/h, atingia ventos de 120 km/h. Quando atingiu a costa portuguesa já vinha bastante enfraquecido, tornando-se numa depressão tropical, tendo-se dissipado no dia 11 de outubro de 2005, sem causar vitimas.
http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=18588&visual=3&layout=10
Em toda a história da meteorologia moderna (desde 1851), foi a primeira vez que um fenómeno tropical se formou tão próximo do continente europeu. Por vezes a Europa é atingida por tempestades sub-tropicais, mas estas formam-se nas águas mais quentes do Oceano Atlântico.
A trajectória deste ciclone também tem tudo de insólito. Como foi dito, no Hemifério Norte, depois de se formarem, os ciclones tomam a direcção Oeste, só depois, só numa fase tardia podem inflectir para Nordeste. Este, logo de início, tomou uma direcção contrária ás leis da física, iniciando o seu percurso para Nordeste:
Este estranho fenómeno teve pouco eco em Portugal por ter atingido a costa já bastante enfraquecido e não ter feito vítimas.
En contrapartida, a nível cientifíco, o Centro Nacional de Furacões (NHC) sedeado em Miami (USA), que estuda todos os ciclones a nível mundial está bem documentado e até agora não encontra uma explicação válida. Está referenciado como fenómeno "insólito".
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