sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O consumo excessivo

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Veja o vídeo clicando no link aqui em baixo






Um dos muitos problemas desencadeados pela sociedade de consumo é o individualismo que cria. Os indivíduos gastam o maior parte da sua vida a acumular rendimentos, pelo trabalho, para depois os gastarem no consumo desenfreado de bens materiais. Nestas etapas, o individuo perde, quase por completo, a noção comunitária.


Na ânsia de satisfazer cada vez mais as suas necessidades, e frequentemente as ultrapassar, o individualismo torna-se palavra de ordem, sendo "o outro" visto como um adversário directo, perdendo-se as relações interpessoais. 


A base da sociedade de consumo, é a criação no indivíduo de uma necessidade para que este adquira um determinado bem a todo o custo, mesmo que este não lhe seja indispensável. Essa necessidade é apresentada como fundamental para que o indivíduo tenha a sensação de pertença, de estima e de realização na sociedade onde se encontra inserido.


Nesse contexto, cada novo produto vem preencher um vazio, vazio esse que não existia alguns meses antes e que não era tido como essencial, injetando uma sensação de felicidade, mas também criando uma nova sensação de vazio perante outros produtos que ainda não foram adquiridos.


Para manter níveis de satisfação elevados, os indivíduos são levados pela publicidade a consumir produtos colocados no mercado a uma velocidade desconcertante, tornando os que já temos desactualizados ou obsoletos. O único momento de felicidade na compra de um qualquer objecto, torna-se assim, sobretudo se for compulsivo, o momento da sua compra.


A solução não é ser-se extremista e deixar de consumir, voltando à idade da pedra. O progresso realizado pelas nossas sociedades permitiu aquirir objetos que simplificam muitas tarefas diárias. O que temos de ter consciência é que a felicidade a longo prazo é constituída por fontes que se perderam, como os encontros, as emoções, as alegras, as dores, os medos, as descobertas. Os bens de consumo não nos fazem sentirmos-nos vivos, têm tendência a esvaziar o nosso caractere e a nossa humanidade. 




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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A amamentação reduz o risco de cancro da mama

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Para além de todos os benefícios já conhecidos para a criança, a amamentação diminui o risco de cancro da mama para a mulher. As gravidezes também diminuem esse mesmo risco.



A conceituada revista médica "Lancet" publicou um artigo, no dia 20 de julho de 2002, em que os autores analisaram 47 estudos epidemiológicos realizados em 30 países quanto à relação existente entre o aparecimento de cancro da mama, a gravidez e a amamentação.


Este estudo representa uma vasta analise com cerca de 150 000 mulheres. 


Chegaram à conclusão que o risco de vir a ter um cancro da mama diminui em 4,3% por cada ano de amamentação e em 7% por cada gravidez. Quanto maior for o número de filhos e a duração da amamentação, melhor será a protecção contra este tipo de cancro.




Fonte: "Breast cancer and breasfeeding: collaborative reanalysis of individual data from 47 epidemiological studies in 43 countries, including 50 302 women with breast cancer and 96 973 women without the disease" Lancet, 20 julho 2002.



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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pílula: tomar preferencialmente Trinordiol ou Microginon

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Todos os anticontraceptivos orais (pílula) aumentam o risco de trombose venosa profunda que pode resultar em embolia pulmonar e potencialmente em morte, mas existem diferenças significativas entre eles.

No início, pensou-se que o problema seria a dose de estrogénios, como tal a dose de etinilestradiol (o estrogénio usado nas pílulas) foi progressivamente diminuído até chegarmos às pílula mini-doseadas. Mais tarde, verificou-se que o progestagénio utilizado também tinha influência.



O mundo das pílulas:


O componente progestagénico da pílula é, tradicionalmente, classificado numa de quatro gerações de compostos, tendo como critério o momento em que ocorreu a sua introdução no mercado, e não a sua estrutura ou acção farmacológica, o que, por vezes, se torna bastante confuso e cientificamente pouco útil.


A pílula anticontraceptiva oral é uma combinação de um estrogénio e de um progestagénio, sendo que o estrogénio utilizado o etinilestradiol. Devido aos efeitos secundários dos estrogénios, sempre se procurou diminuir a sua dose, e para isso foram desenvolvidas novas moléculas de progestagénio.



O quadros seguinte mostra os vários compostos das principais pílulas:



DERIVADOS DA TESTOSTERONA:


1ª Geração : Noretisterona (não usada como anti-contraceptivo)


2ª Geração : Levonorgestrel - Microginon, Trinordiol, Miranova


2ª Geração : Norgestrel (não usado como anti-contraceptivo)


3ª Geração : Desogestrel - Marvelon, Mercilon, Novynette


3ª Geração : Gestodeno - Gynera, Tri-Gynera, Harmonet, Microgeste, Minigeste, Minulet, Tri-Minulet, Minesse,


4ª Geração: Ciproterona - Diane 35



DERIVADOS DA ESPIRONOLACTONA:


4ª Geração: Drospirenona - Yasmin. Yasminelle, Yaz




Yasmin, Yasminelle e Yaz: não utlizar.


Como podemos verificar, os progestagénios até aqui utilizados eram derivados da testosterona. Recentemente, há cerca de dez anos, o laboratório Bayer iniciou a comercialização de uma pílula em que o progestagénio é um derivado, não da testosterona mas sim, da espironolactona, a drospirenona.


A espironolactona é um diurético, isto é, aumenta a eliminação de líquidos no organismo, e por isso é utilizada no tratamento da hipertensão e em certas doenças em que existe retenção de líquidos, como na insuficiência cardíaca congestiva.


A espironolactona tem a particularidade de ser um poupador de potássio, isto é, impede que o organismo absorva muito sal e previne que os níveis de potássio fiquem muito baixos. Este factor poderá estar na origem de um risco aumentado de trombose verificado com a toma das pílulas Yasmin, Yasminelle e Yaz (pílulas de 4ª geração)


http://octopedia.blogspot.pt/2011/12/yasmin-e-yasminelle-triplicam-o-risco.html




A Diane 35 deveria ser definitivamente retirada do mercado.


Após a morte de 4 mulheres, em França, relacionadas com a toma de Diane 35, e a supteitade de mais três casos que estão a ser investigados, a agência francesa do medicamento decidiu a sua retirada do mercado. Além disso, a pedido da França, a Agência Europeia do Medicamento (EMA), vai reexaminar as pílulas anti-contraceptivas de 3ª e 4ª geração.


A Diane 35 é uma pílula de 4ª geração, assim como Yasmin, Yasminelle e Yaz, que apesar de terem um progestagénico diferente, têm sido alvo de muitas queixas contra a Bayer, por parte das utilizadoras, sobretudo nos Estados Unidos, por aumentarem o risco de trombo-embolismo.


A Diane 35, comercializada em 116 países, além de anti-contraceptivo, também é muito utilizada no tratamento do acne, apesar da sua eficácia moderada e apenas observável ao fim de vários meses de tratamento.


As suas contra-indicação são numerosas: má circulação nas pernas, episódios anteriores de isquémia ou trombose, angimna de peito ou infarto, AVC, diabetes ou suspeita de cancro.



Trinordiol e Microginon: o melhor benefício-risco.


Nas mulheres que não tomam qualquer pílula, o risco de trombose venosa é de 5 a 10 casos por 100 000 mulheres por ano, no caso das pílulas de 2ª geração o risco é de 20 casos por 100 000 mulheres por ano, no caso das pílulas de 3ª geração o risco é de 30 a 40 casos, número esse que sobe para 80 casos nas pílulas de 4ª geração.










Todos estes dados sugerem que no caso de uma mulher escolher como meio anti-contraceptivo uma pílula, deverá preferencialmente usar uma da chamada 2ª geração, com levonorgetrel, ou seja Microginon ou Trinordiol.





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