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Como sublinha Francisco Louçã, no caso da privatização da RTP, estamos perante "a primeira privatização da história de Portugal, em que a empresa que fica com o que é público não só não paga nada como vai receber".
O “plano” é simples:
- primeiro, encerra-se o segundo canal e tudo o resto
que não interessa;
- segundo, entrega-se a um grupo privado a
“exploração” por 20 anos do primeiro canal da RTP, entregando-lhes o
dinheiro dos contribuintes, espoliados através da factura da
electricidade, no valor de 150 milhões de euros a que acrescem as
receitas da publicidade, no valor de 50 milhões de euros;
- terceiro, o
grupo privado a quem for entregue a exploração do canal “público” de
televisão paga as despesas, neste momento estimadas em 180 milhões de
euros, mas ainda fica com rédea solta para as reduzir, despedindo
trabalhadores, reduzindo os salários e tudo o mais que lhe vier à cabeça
para aumentar o seu lucro.
Ou seja, à partida o lucro seria na ordem
dos 15 a 20 milhões de euros – um petisco sem riscos.
Só faltou mesmo
António Borges dizer: temos aqui dois ou três amigos interessados em
fazer o “negócio”.
Esta solução para a “privatização” da RTP tem também a
particularidade de revelar que o governo não quer aliviar um cêntimo a
carga de impostos e as taxas que recaem sobre os portugueses. Qualquer
solução para os destinos da RTP que passe pela extinção da taxa cobrada
nas facturas da electricidade é, na perspectiva do governo, “dinheiro
perdido” que desaparece: não beneficia os amigos, nem entra no Orçamento
do Estado.
Estamos entregues ao Goldman Sachs.
Excerto de um artigo de opinião de Tomás Vasques, publicado em 27 Ago 2012 no jornal "i"
Olá dr, Octopus,
ResponderEliminar...E para completar
Quando o “Duque das Privatizações”, António Borges, diz que “o encaixe resultante da privatização da TAP não será muito elevado», então há que perguntar se nesse caso vale mesmo a pena privatizá-la. Ou não? O conhecido ex-funcionário do FMI – despedido por incompetência – vai ainda mais longe na sua aleivosia acrescentando que “o encaixe financeiro não é o principal objetivo da operação”.
Pois não, Borges, não é: o objetivo imposto pela Troika (dominada em dois terços por europeus do norte) é o de desmantelar uma das duas ferramentas que Portugal dispõe para poder alcançar o mundo da diáspora e da lusofonia: a RTP Internacional (também prestes a ser desmantelada por Borges) e a TAP. Sem a primeira, Portugal eclipsa-se da África Lusófona, que segue com grande fidelidade esse canal, sem a segunda, torna-se um país periférico irrelevante nas importantes ligações para a África Lusófona e para a América do Sul.
Borges, como Passos, estão mais preocupados em agradarem a Merkel do que a servirem Portugal, por isso estão dispostos a seguirem caninamente esse plano germânico de desmantelamento de Portugal, sem se darem sequer ao luxo de o mascararem com a alegação de “encaixe financeiro” mas esperando depois a recompensa: um sumptuoso cargo numa qualquer grande instituição internacional que recompense essa fidelidade e traição a Portugal.
Fonte:
Quintus
Um beijo
Até quando engoliremos tanta coisa...?
ResponderEliminarMuito Obrigada pelas denúncias e por fazer parte da massa crítica.
Há já muitos anos que leio notícias deste tipo -de "rebeldes"- e cheguei a uma conclusão: não adianta um grosso estarmos aqui com tretas! Ou se parte para a luta e se criam grupos armados e de revolta ou mais vale estar calado. Podemos argumentar que temos de nos informar uns aos outros, etc, mas de nada serve.
ResponderEliminarPessoal, quer queiram quer não, a porcaria da privatização vai para a frente. Não é por se divulgar isto que ela deixará de acontecer, tal como muitas outras coisas más. Estou farto de ouvir pessoal dizer "Mas temos de nos manter informados, etc e tal" Partam para o barulho, deixem-se de mariquices e sejam homens e mulheres como os espanhóis e os gregos e não os cordeiros mansos que são os tuguinhas de treta. Da minha parte tenho a consciência limpa pois já tenho agido no que posso.
De conversas estamos nós cheios.
Anónimo em resposta ao seu apelo, apenas lhe digo para guardar mantimentos, água potável e medicamentos para pelo menos seis meses e se for crente, rezar para escapar ao que num futuro próximo irá acontecer. Não estou a ver como se possa combater o caos que foi já posto em acção há uns anos. Se é reversível o tempo o dirá... mas enquanto todos andam aflitos com as guerras, os ditos elitistas estão próximos, muito próximos de atingir o objectivo final: Colapso do euro e do dólar e a chegada da nova moeda, esta sim, baseada no ouro e apenas para priveligiados.
ResponderEliminarAs pessoas, salvo um nº residual, só se começaram a aperceber de que algo está mal e de que a democracia não funciona, quando já é tarde demais.
TV demais faz muito mal...
Quanto à divulgação... ao menos que alguns saibam qual foi ou foram, as causas do que está a acontecer.
Tem agido? e então? e aos gregos, adiantou alguma coisa? aos espanhóis, adiantou? e franceses e alemães, também?! Venha daí uma bazuca, uns tanques e uns drones e pode ser que consigamos alguma coisa... venham então as armas! Pode dispensar algumas?
Caro anónimo,
ResponderEliminarConcordo consigo quanto à acção que deve ser bem real e que é muito difícil, senão impossível mudar o sistema por dentro. Também me espanta o "pacifismo", deveria dizer o amorfismo do povo português.
Apresa-me ver que algumas pessoas agem. Eu por minha parte também já o tenho feito várias vezes, mas continuou também a achar que a informação livre e alternativa é fundamental.
Claro que sim dr. Octopus,
EliminarSenão acontece como me aconteceu a mim, que como activista que sou, já tenho ido a várias manifestações. Mas a mais frustante foi uma anti OGM, em que os transeuntes passavam na rua e ficavam a olhar para nós como um boi para um palácio, sem saber o que isso queria dizer, nem sequer a palavra transgénico... suponho que genéticamente modificado também não, pelo menos muitos que perguntavam ficavam baralhados... Como se pode lutar por algo que não se conhece?
Depois pela via pacífica, é aquilo que sabemos.
E aqui vai outra novidade já com uns mesitos, não sei se sabia:
ResponderEliminar" Temam: voltaram a ser legais as prisões administrativas e os presos políticos em Portugal!
No passado dia 11 de Maio foi publicada em Diário da República a revisão do Lei n.º 44/86,de 30 de Setembro, ou o Regime do Estado de Sítio e do Estado de Emergência, permitindo e facilitando ao Governo decretar o Estado de Sítio ou de Emergência, portanto suspender as liberdades, direitos e garantias dos cidadãos e as públicas, sem sequer consultar previamente a Assembleia da República e sem o obrigar a justificar-se com fundadas ou ponderosas razões para tanto, ou sem que existam as respectivas justificações adequadas, necessárias e proporcionais e, ainda muito mais grave, a raiar a ditadura, sem sequer a necessidade de prévia consulta à Assembleia da República e a sua necessária aprovação.
Os partidos políticos, da direita à esquerda, por meio desta revisão legal e atribuição de poderes excecionais ao Governo, dando-lhe a possibilidade de recorrer à arbitrariedade pública, sem necessidades ou razões presentes e públicas prementes que se justificassem, mostram, uma vez mais, serem autores diretos e coniventes com um grave, severo e discricionário ataque à liberdade dos cidadãos e aos livres direitos de reunião e manifestação populares.
Mais uma vez fica demonstrado o regime fascizante, repressivo e antidemocrático defendido e suportado pelos Partidos Políticos com assento na Assembleia da República: promovem a prisão arbitrária e política dos cidadãos, recolocando em vigor as prisões administrativas e arbitrárias de cidadãos pacíficos por meros delitos de opinião.
Os Partidos Políticos com assento da Assembleia da República, com unanimidade partidária, bem mostram que odeiam o povo e tudo fazem para os asfixiar neste regime e sob a pata deste Regime Político e deste Estado que nos conduzem à miséria e à fome.
Temam estes actuais fascistas e ditadores que se sentam na Assembleia da República! "Diploma "legal" :
http://dre.pt/pdfgratis/2012/05/09200.pdf
Agora imagine com armas... seria a guerra civil e pelos vistos, só assim há alternativa à escravidão...
Minha amiga,
ResponderEliminarO nosso regime "democrático" não funciona, nem pode funcionar porque não se trata de uma verdadeira democracia.
Esta e outras leis que passam "na calada" contra o povo, mas com a bênção dos partidos políticos presentes na Assembleia, são exemplo de como o "fascismo democrático" actua.
Como escrevia hoje no "diário de Notícias" o escritor Modesto Navarro: "Um homem prestigiado, professor e médico cardiologista de grande inteligência, dizia recentemente que não reconhece qualquer direito de governar a esta gente que tem em Passos Coelho o boneco articulado de Angela Merkel e em Paulo Portas o secretário de Obama e de Hillary Clinton para os desígnios e estratégias de destruição de civilizações erguidas na Europa durante os últimos decénios. A conspiração em Portugal atinge directamente o que foi conseguido depois da revolução de 25 de Abril de 1974, passo a passo, área a área, benefício ou conquista de direitos."