quarta-feira, 3 de março de 2010

Ilusões e perigos dos OGM.

Maior rentabilidade para os agricultores, necessidade de menos pesticidas, muitos são os benefícos dos OGM (organismos geneticamente modificados) apresentados pelas grandes empresas agro-alimentares, e tudo isto sem qualquer problema para a saúde. Mas a realidade é bem diferente e assustadora...





O mito da rentabilidade dos OGM:



Com uma planta OGM resistente a um determinado herbicida (vendido pela mesma empresa que vende as sementes), o agricultor pode utiliza-lo durante todo o desenvolvimento da planta, dado que esta lhe é resistente. Na prática, isto faz com que este utilize geralmente uma maior quantidade de herbicida. Portanto o mito vendido pelas multinacionais de que uma menor quantidade de quimico é aplicada não corresponde à verdade. Existe o risco de resistência, que frequentemente se desenvolve com certas ervas daninhas. Certos insectos também vão desenvolver alguma resistência, além de outros insectos morrerem, como as joaninhas, sendo preciosos aliados naturais na luta contra certas pragas.





Perigos para a saúde:



A inocuidade dos OGM para a saúde humana ainda não foi demonstrada. Em contrapartida, o risco alérgico alimentar é bem real. Existe igualmente um problema quanto à utilização de certos antibióticos no genoma da planta, dado que poderá conduzir a uma resistência e ineficácia quando for necessário utiliza-lo para tratar algumas infecções no homem.

Após um pedido oficial da União Europeia, algumas empresas de OGM foram obrigadas a divulgar os seus estudos, com vista à introdução de OGM na UE. Estes revelaram que ratos alimentados durante três meses com OGM apresentavam alterações dos níveis da glicémia, dos globulos brancos e vermelhos. Estes dados, claro, não foram valorizados pelas multinacionais. Estudos apontam que o uso de Roundup (pesticida da Monsanto) pode induzir no ser humano alterações do sistema reprodutor, mutações embrionárias e cancerigenas.





A mentira do fim da fome no mundo:



O mito de que os OGM vão acabar com a fome no mundo é mais uma mentira. Na realidade a utilização de OGM não revelaram um aumento da produtividade. Mais grave ainda, os pequenos agricultores ficam dependentes das multinacionais, como Monsanto, quanto à compra de sementes, adubos e pesticidas.

Nos Estados Unidos, 90% da soja e 60% do milho plantados são trangénicos. Um grupo independente de cientitas do Union of Concerned Scientist (UCS), publicou no dia 14 de maio de 2009, um estudo que prova que a produção com recurso aos OGM não melhorou o rendimento agrícola em comparação com as culturas feitas com sementes tradicionais.





O monopólio de Monsanto.



A empresa Monsanto controla 90% da produção mundial de OGM. Está presente em 46 países, com 17 500 empregados e tem um volume de nogócios de mais de 8 mil milhões de Dólares. Nos últimos anos comprou mais de 50 empresas do ramo para dominar o mercado mundial de sementes.

Na India quase todo o algodão cultivado é ONG, as sementes de Monsanto tem um preço quatro vezes mais elevado do que as tradicionais e necessitam da mesma quantidade de pesticida. Uma praga, em 2006 nesse país, destrui grande parte das culturas de algodão trangénico e mais de 700 camponeses suicidaram-se em seis meses. No Paraguai, no Brasil e nos Estados Unidos, alguns agricultores tiveram as suas culturas contaminadas por OGM e tiveram que pagar à Monsanto "royalties" sem nunca terem tido a intenção de produzir OGM.





A batalha dos OGM esconde enormes interesses financeiros. O colocar um gene artificial numa determinada planta, estas multinacionais obtêm a patente dessa planta, portanto são donas delas.







http://www.autourdubio.fr/?post/une-etude-montre-que-les-ogm-n-augmentent-pas-les-rendements-965

http://www.greenpeace.org/belgium/fr/news/BASFpotatoe2

Sem comentários:

Enviar um comentário