quinta-feira, 10 de março de 2016

O estranho caso das listas do Daesh

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Um suposto dissidente do Daesh entregou à televisão britânica "Sky News" documentos com milhares de nomes e outras informações preciosas sobre a organização terrorista.

É a maior e mais importante fuga de informação dos últimos tempo.

Convém estarmos atentos a este súbito fluxo de "informação preciosa" e sobretudo às incoerências nele contido.

Mas vamos por partes...





Mais um arrependido...

Este fluxo de informações confidenciais lembra fluxos semelhantes, proveniente de delatores ou heróis que lutam pela liberdade de informação, como Julian Assange ou Edward Snowden.


O primeiro revelou documentos secretos sobre as práticas do Exercito americano, coisas que todos nós já sabíamos, e o segundo sobre a vigilância da NSA que também todos já conhecíamos.


Agora estamos perante mais uma revelação semelhante. Dados pessoais dos membros do Daesh que seguramente, com as técnicas actuais de controle satélite das comunicações, os países ocidentais, já sabiam.




Porquê entregues a uma televisão?

Uma das questões que nos deixa perplexos é: porque é que um suposto arrependido do Daesh vai entregar a uma televisão (?) britânica (?) dados altamente secretos e não às autoridades policiais competentes e porquê à Grã-Bretanha?


Porque é que uma televisão detém informações confidenciais, dignas de um filme de James Bond? Os documentos secretos, como o seu nome indica, são secretos, e não para serem divulgados. Porquê esta divulgação?


Não é esse país ocidental, que apesar de todos os meios de satélites não consegue ver milhares de islamitas radicais a percorrer o deserto em direcção a Kobane, no norte da Síria, para irem matar civis, quando esses satélites conseguem ler a hora que marca os nossos relógios de pulso?




Muitas coisas não batem certo...

É pouco provável que os milhares de ficheiros roubados estariam na posse de um "chefe da polícia".


Nos documentos temos duas bandeiras, uma das quais desconhecidas. 


O nome referido é o de "Estado islâmico do Iraque e da Síria", antigo nome do Estado Islâmico, já não utilizado.


Os documentos não são manuscritos, isto é escritos à mão pelos suposto aderente aos Daesh, mas sim processado por computador.


É no mínimo curioso que um dos itens seja a revelação do grupo sanguíneo do jihadista. Para quê? Para uma eventual transfusão de um membro em pleno deserto ou de um bombista suicida "feito em papa"?


O documento tem um símbolo não fazendo parte dos documentos habituais, uma espécie de "pin" utilizado por vídeos antigos do Daesh.


Os documentos são assinados pela "Direcção Geral das Fronteiras", uma denominação desconhecida pelo Daesh que não reconhece fronteiras.


As declarações proferidas pelo arrependido, perante as câmaras de televisão, pode ser facilmente identificado pelos seus pares.

 

 





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1 comentário:

  1. Dá a impressão que realmente esses países com toda a tecnologia em ação não sabem quem é quem, ou não sabem onde encontrar alguém. Aqui no Brasil, quando a polícia federal faz buscas, bate direto no local marcado sem delongas ou erros.

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