Quando pensamos na criação de dinheiro, vem-nos logo à ideia uma impressora de dinheiro a imprimir as notas que utilizamos todos os dia. Portanto bastaria imprimir mais notas quando necessário.
Na realidade, o dinheiro criado pelos Estados representa apenas 5% de todo aquele que existe em circulação. 95% de toda a massa monetária em circulação deve-se a um reconhecimento de dívida a um qualquer banco.
Vamos a um exemplo prático:
um banco empresta-vos 100 euros com 10% de taxa de juros, portanto terá de reembolsar 110 euros. Poderá reembolsar 100 euros, mas não 110 euros. Os 10 euros de taxa de juro não existem, foi o banco que os criou. A única maneira de reembolsar 110 euros, quando só existem 100 euros é fazer um crédito ao banco. Nessa altura o seu problema tornou-se mais grave, dado que agora deve ao banco 110 euros mais os 10% de taxa de juro, ou seja 121 euros.
É assim que aumenta a massa monetária fictícia, baseada em nada e que representa 95% do dinheiro em circulação.
"O dinheiro é uma nova forma de escravidão, destingue-se da antiga simplesmente pelo facto de ser impessoal, não existe neste caso relação humana entre o mestre e o escravo". (Léon Tolstoï)
Outro exemplo:
peço 100 000 euros ao banco para comprar uma casa, pago essa casa à agência imobiliária que vai receber esses 100 000 euros. Nesse momento, existem 200 000 euros no sistema monetário, em vez dos 100 000 euros. Além disso, o banco em causa vai poder emprestar esses 100 000 euros recebidos.
"Dêem-me o controle sobre a moeda de uma Nação, e não terei de me preocupar com os que fazem as leis". (Rothschild)
Uma questão: porque é que os Estados pedem emprestado dinheiro ao sistema bancário com taxas de juros, quando o poderiam criar?
Outra questão é: porque é que se aceita dinheiro baseado na dívida, quando este poderia circular livremente sem ser sujeito a permanentes taxas de juros.
"Sou um dos homens mais infelizes. Inconscientemente arruinei o meu país. Uma grande Nação industrial está controlada por um sistema de créditos. Estamos controlados, não por convicções e votos, mas pelas opiniões e a força de um pequeno grupo de homens dominantes". (Wilson, presidente dos Estados Unidos)
.
A palavra empréstimo já em si é uma falácia. Oras pois, se empresto á alguém 100 euros devo recebê-lo de volta de quem emprestou de mim, num tempo determinado,os 100 euros, nada mais e nada menos. Bom artigo sobre o dinheiro. Lembro sobre o que Karl Marx escreveu sobre o dinheiro como mercadoria em si mesmo.
ResponderEliminarhttps://artedeomissao.wordpress.com/2013/10/31/dinheiro-como-divida/
ResponderEliminar