quinta-feira, 11 de julho de 2013
Assange e Snowden: a mesma fraude
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Wikileaks: fim de um embuste
Rapidamente as revelações bombásticas interdiplomáticas revelaram ser apenas verdadeiros "mexericos" dignos de qualquer revista cor-de-rosa: Sarkozy é um palhaço, Chávez é louco, Berlusconi é vaidoso, Putin é machista, Khadafi é hipocondríaco,...
Essas revelações legitimavam as guerras guerras americanas perante a opinião pública, os Estados Unidos tinham de as tornar aceitáveis, necessárias, quase santas.
Wikileaks funciona assim como um contrapoder necessário para dar credibilidade ao poder. Sim, as guerras são sangrentas, sim muitos erros são cometidos, como sempre foram ao longo da história, mas no fundo elas são necessárias. As guerras dos Estados Unidos são assim reveladas com os seus defeitos, por um organismo "independente" e "ético" (Wikileaks) que no fundo as legitima e as desculpa, sem nunca as por em questão.
http://octopedia.blogspot.com/2010/11/wikileaks-fraude.html
O passado de Julian Assange tem factos curiosos. Um deles prende-se com o episódio em que apenas saído da adolescência, já ter sido acusado de ter penetrado nos ficheiros secretos do Pentágono. Será credível que um hacker deste calibre não fosse vigiado de perto pela CIA e tenha conseguido criar um site e recolher documentos secretos sem o conhecimento e a intervenção desses serviços secretos.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Wikileaks e Assange (3ª Parte)

Wikileaks define-se a si próprio como sendo "uma organização multi-jurisdicional para proteger os dissidentes internos, reveladores de informação, jornalistas e blogers, que enfrentam ameaças legais ou de outro tipo por publicar informações cujo interesse principal é o de expor regimes opressivos na Ásia, o antigo bloco soviético, em África subsaariana, e no médio oriente; contudo prestamos assistência a qualquer pessoa de outro país que queira revelar comportamentos não-éticos de governos ou corporações. E procuramos obter o máximo impacto político".
No entanto, um exame mais pormenorizado da postura pública de Assange sobre um dos temas mais controverso do nosso tempo, as forças por trás dos atentados do 11 de setembro contra o Pentágono e o World Trade Center, mostra que Assange parece ter uma postura demasiado próxima do poder.
Essa declaração de uma pessoa que construiu uma reputação de ser anti-sistema é não deixa de ser notável.
Depois das fugas reveladas nos últimos documentos, o New York Times declarou que "às vezes não distinguimos se uma informação em particular é baseada em observações em primeira mão, proveniente de uma fonte secreta e fidedigna, ou se são fontes menos fiáveis baseadas em especulações do autor. Contudo, as revelações apresentadas são claramente incompletas".
Do meu ponto de vista, como ex-agente de contra espionagem, esta é a metodologia que consiste em usar documentos autênticos amplificados com o objectivo de enganar.
O papel do Pentágono.
Agora, com o aparecimento de Wikileaks, temos uma repetição na era cibernética semelhante ao caso dos "Papeis do Pentágono". Qual foi o objectivo dos Papeis do Pentágono? Foi uma operação de engenheiria psicológica que mudou, para consumo público, a responsabilidade do enorme fracasso dos serviços secretos no Vietnam, desde a CIA até aos militares. Afinal, só a CIA e os seus amigos, próximos da indústria militar, beneficiaram com a guerra. Devido aos Papeis do Pentágono, nunca foram apuradas as responsabilidades dos acontecimentos.
Revendo os factos, um autêntico tesouro de documentos "altamente secretos" tinham sido entregues ao New York Times em meados de junho de 1971, por um então desconhecido "Hippie" de um movimento aparentemente contracultura. Chamava-se Daniel Ellsberg. No entanto, o que muitas pessoas não sabiam é que Daniel Ellsberg tinha trabalhado para a secretaria dos Assuntos Internacionais de Segurança, dirigido por Henry Kissinger. Foi assim que Daniel Ellsberg, supostamente um dissidente americano, iniciou uma carreira meteórica como oficial dos serviços secretos americanos.
Para terminar, apesar de estes rumores poderem fazer parte de uma burla estratégica para deslegitimar Wikileaks, o certo é que os segredos revelados pela organização estão a ser seleccionados de acordo com uma complexa agenda de longo prazo por pessoas que ainda estão por desmascarar.
Wikileaks e Assange (2ª parte)

As revelações mais recentes foram as alegadas fugas de centenas de milhares de páginas de material supostamente sensível, proveniente de fontes americanas, dos Talibãs no Afeganistão e as suas ligações com os membros dos serviços secretos paquistaneses. Isto para já não falar de uma grande quantidade de telegramas diplomáticos de funcionários americanos nos quais são reveladas "fofoquices geopolíticas", algumas das quais relevantes, mais outras meramente divertidas.
Estas provas, no entanto, mostram que longe de ter uma informação privilegiada, Wikileaks faz parte de um programa dos Estados Unidos e actua simultaneamente como uma cobertura para esconder o papel do governo americano no negócio da droga no Afeganistão.
Quem é Julian Assange?
Com centenas de milhares de páginas escritas sobre ele, Julian Assange tornou-se de repente na luz da verdade à custa do seu espectacular golpe mediático. As fugas de Wikileaks colocaram em xeque quase todos os países do mundo.
No entanto, os documentos revelam pouco de verdadeiramente sensível. Uma das pessoas que mais se destacam destas fugas de informação do Wikileaks é Hamid Gul. General reformado e ex-director dos Serviços da Inteligência do Paquistão (o ISI), foi o homem que durante a década de 1980 coordenou a guerra dos mujaidin, financiada pela CIA no Afeganistão, contra o regime soviético. de acordo com os documentos tornados públicos, Gul este é acusado de colaborar com a Al-Qaida e os Talibãs, organizando e levando a cabo atentados contra as tropas da NATO no Afeganistão.
Poderia ter sido revelado muito mais nesta informação, ela esconde mais do que revela. Wikileaks diz alguma coisa sobre Bin Laden? Nem uma palavra. O que não deixa de ser curioso, dado que o governo americano possui milhões de paginas de material a este respeito. Estará vivo? Todos os serviços de espionagem do mundo sabem que morreu em dezembro de 2001.
A acusação de Gul, como o elo de ligação chave com os Talibãs, faz parte de um projecto mais amplo por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido. Os seus recentes esforços para satanizar o actual regime do Paquistão faz parte da chave para resolver os problemas do Afeganistão. Esta demonização reforça consideravelmente a posição do último aliado militar dos Estados Unidos na Ásia: a Índia. Por outro lado, o Paquistão é o único país muçulmano que possui armas nucleares e as forças de defesa israelitas e a Mossad gostariam muito de poder eliminar essas armas nucleares paquistanesas. Uma campanha de desinformação contra o polémico ex-general Gul através do Wikileaks poderá fazer parte dessa estratégia geopolítica.
Estranhamente, Israel sai ilesa dos danos colaterais de Wikileaks. Não se fica a saber nada sobre os assassinatos selectivos realizados pelo governo israelita, nem do uso de míni bombas nucleares para criar um inimigo invisível, como o atentado de Bali em 2002 perpetrado pela Mossad e que matou mais de 5000 pessoas, segundo dados dos serviços secretos militares da Tailândia, nem tão pouco existe qualquer palavra sobre a infiltração de agentes da Mossad nas agências de espionagem americanas.
O nome de Gul aparece em 10 de 180 arquivos classificados americanos que alegam que este, sendo agente secreto do Paquistão apoio militantes afegãs para lutar contra as forças da NATO. Gul disse ao Financial Times que os Estados Unidos tinham perdido a guerra no Afeganistão e que a fuga de certos documentos ajudaria a administração Obama a desvia as culpas sugerindo que o Paquistão era o responsável dessa derrota.
O pior, é que do ponto de vista do "Império", foi Gul ter tido a ousadia de trazer à luz do dia a roupa sujos do exército americano e revelar o papel desse exército na venda de heroína afegã através da base secreta de Manas no Quirguistão. Quase um milhão de páginas de Wihileaks e nem uma sobre a droga. O exército americano está no centro da ajuda aos senhores da guerra afegãos transportando o ópio e a heroína. Além disso, a CIA e o Pentágono estão envolvidos numa guerra em que cada um acusa o outro de se apropriar do dinheiro do tráfico de droga no Afeganistão. E nem uma palavra sobre o assunto no Wikileaks.
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Wikileaks e Assange (1ª Parte)
Mais um artigo sobre Wikileaks. Mas desta vez trata-se de um texto que por ser da autoria de Daniel Estulin, merece ser lido até ao fim, para compreender melhor o enigmático Assange.
Dada a extensão do texto, este foi dividido em 3 partes.
O original pode ser consultado em: http://www.danielestulin.com/2010/12/07/wikileaks-y-assange/
Tradução: Octopus.

Supostamente tem 39 anos, porque supostamente nasceu em Townsville (Austrália) em 1971. E supostamente nunca trabalhou para nenhum serviço de espionagem. Eu sim, como agente de contra-espionagem militar para Moscovo. E por isso sei melhor do que ninguém que existem personagens na sombra cuja biografia é apenas constituída de aproximações.
Quem é Julian Assange, o homem que dizem ter iluminado com a sua luz a verdade das relações internacionais e desmascarado as vergonhas dos todos poderosos Estados Unidos? Quem é o chefe de Wikileaks? De onde veio? Com certeza, deve-se ter materializado de repente do nada. Sem passado verificável além do testemunho da sua infância contada desde os antípodes pela sua mãe, que lhe deu o nome, e que agora teme por ele (Christine Assange disse:"Gente poderosa quer a pele do meu filho").
No KGB existem informações antigas (1986 e 1988) onde o seu nome aparece. Mas não chega. O governo russo, segundo fontes próximas do presidente, designou mais de 2000 agentes para descobrir a verdadeira história de Assange. E este não é o único serviço secreto de espionagem que segue os seus passos. O MI16 britânico está a usar uma verba de emergência para encontrar respostas ás fugas de informação e saber quais são as suas fontes.
As fontes contactadas no interior da CIA, no entanto, estão convencidas que Assange foi recrutado por várias agências de espionagem, entre elas, a Mossad israelita, através de um científico em informática judeu da Universidade de Melbourne, que estaria envolvido com uma comunidade de hackers e que simultaneamente trabalhava para a Mossad israelita.
Poucas vezes na história recente mundial, tantos governos e agências de espionagem afectaram tantos recursos e esforços para desenterrar a verdade de uma pessoa. As fugas de Wikileaks colocaram em xeque todos os países do mundo. Ninguém é poupado, nem os governos, nem as agências de espionagem, nem os gestores das grandes multinacionais. Desde os traficantes de droga, armas, diamantes, até terroristas, passando por empresários, clérigos ou membros do governo de Obama, temem pelas revelações de um homem desconhecido de todos até há muito pouco tempo. Quem é?
O pouco que se sabe é que Assange é um super hacker sócio do Chaos Cumputer Club em Hamburgo (Alemanha). O mesmo clube que em 1988 fabricou um vírus informático que destruiu grande parte dos computadores militares do governo dos Estados Unidos. Por trás desse ataque estavam entre outros Karl Koch e um jovem chamado Assange, na altura com 17 anos de idade. Foram presos por terem invadido os computadores do governo americano, segundo fontes dos serviços de espionagem russos. Naquela altura, já estavam na mira dos serviços secretos alemães por terem vendido o código do sistema operativo do KGB soviético.
Fontes da NSA, a maior agência de espionagem dos Estados Unidos, situam-no em Hamburgo durante a primeira guerra do golfo (1991), e anos depois nos serviços de espionagem russos. Foi para Alemanha com 15 anos de idade, em 1986, para assistir a uma festa com os mais virulentos piratas cibernéticos em Berlim Ocidental (Os cinco hackers principais eram Markus Hess, Karl Koch, Hens " " Huebner, Dirk Brezinski, Peter Carl).
Este encontro terá delineado o plano que mais tarde se tornaria num escândalo de espionagem na Alemanha e que passou para a história: cinco hackers informáticos da Alemanha Ocidental venderam informações secretas militares e económicas à União Soviética depois de terem infiltrado as redes de dados secretos, como o laboratório de armas nucleares dos USA em Los Alamos, a sede da NASA, bases de dados dos USA, assim como o banco de dados OPTIMIS do chefe de Estado Maior dos Estados Unidos. Na Europa, também foram atacados: o fabricante de armas franco-italiano Thompson, a Agência Esapcial Europeia ESA, o instituto Max Planck de Física Nuclear em Heidelberg, o CERN em Genebra e o acelerador de electrões DESY em Hamburgo.
Isto tudo foi feito em nome do KGB soviético, que durante um período de três anos, em troca de uma quantia entre 50 000 e 100 000 dólares e drogas, recebeu cinco CD com informações secretas entre maio e dezembro de 1986, num lugar secreto de Berlim Este. Estes CD continham milhares de password e códigos de computadores, mecanismos de acesso e programas que permitiram que a União Soviética tivesse acesso aos centros informáticos do mundo ocidental.
Nessa altura, o porta-voz do governo alemão revelou que este tinha sido o caso mais grave de espionagem ocorrido na Alemanha Ocidental desde 1974, altura em que foi desmascarado Guenter Guillaume, um espião da Alemanha Oriental e que tinha sido conselheiro do chanceler Willy Brandt.
A história tem início em novembro de 1985, quando Koch, líder autoproclamado do Chaos Computer Club, foi abordado por uma mulher oficial do KGB que lhe ofereceu a oportunidade de poder ter um estilo de vida luxuoso em troca dos seus "conhecimentos de hacker". O KGB sabia que Koch era viciado em drogas caras e que a proposta iria contribuir grandemente para resolver os seus permanentes problemas financeiros.
Segundo fontes do KGB, em meados de 1986, Karl Koch disse, a vários amigos durante uma festa de piratas cibernéticos alcoolizados e drogados, que tinha recebido a proposta de um acordo difícil de recusar e que lhe iria resolver os seus problemas financeiros. Um dos presentes na reunião, segundo os arquivos do KGB, era o fundador de Wikileaks, Julian Assange. Outro dos indivíduos que aparece nos arquivos do KGB é o programador Dirk Brezinski, de Berlim Ocidental. Os relatos do KGB falam de Brezinski como sendo um génio informático que trabalhava a tempo parcial para o sistema operativo da Siemens BS-2000.
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Wikileaks: o mártir, as velhices e a CIA
Talvez para a maioria dos leitores isso possa parecer como um facto normal, mas não é: se Assange fosse verdadeiramente um perigo para os Estados Unidos e, sobretudo, para Israel, estaria debaixo de dois metros de terra. E não desde agora.
Velhices

Conclusão: Wikileaks foi uma operação bem pouco sofisticada, mas resultou. E afinal é isso que conta.Por isso é preciso dar os parabéns aos autores. Cujos nomes podem ser intuídos sem grandes esforços cerebrais.
Este excelente artigo, escrito com humor sarcástico, foi publicado pelo não menos excelente blogue em língua portuguesa:
http://informacaoincorrecta.blogspot.com/2010/12/wikileaks-toc-toc-esta-alguem.html
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Wikileaks: o angolano, o amigo português, o ex-general russo e o bloco de urânio...

É sabido que após o desmembramento da ex-URSS o tráfico de urânio tornou-se uma realidade muitas vezes associado às máfias locais.
Mas a última revelação da Wikileaks, de hoje, mais parece um filme policial de um péssimo realizador ou um filme cómico.
As revelações:
O jornal Público revela documentos secretos divulgados pela Wikileaks de Julho de 2008, provenientes da embaixada americana em Lisboa, relatava que um informador que se tinha deslocado ao local tinha contado uma história sobre um general russo reformado que teria um bloco de urânio para vender, mostrando uma fotografia da mercadoria. No telegrama comentava-se que "o visitante declarou que não estava a tomar medicação nem consultou nenhum especialista em saúde mental".
O visitante, de nacionalidade angolana, descreve desta vez a agência Lusa citando o telegrama, “declarou que tinha sido abordado há dois meses atrás por um sócio a tempo parcial chamado Orlando para ajudar a vender ‘placas de urânio’ de um ex-general russo a viver em Portugal. Orlando estava a trabalhar através de um ‘velho’ juiz a viver perto do Porto.”
http://www.publico.pt/Mundo/wikileaks-denuncia-de-tentativa-de-venda-de-uranio-em-portugal_1471807
Por seu lado, o Diário de Notícias escrevia: "a única prova que apresentou foi uma fotocópia a cores de uma fotografia, do que parecia ser um tijolo cinzento metálico colocado sobre a primeira página do jornal português Jornal de Notícias".
Na fotocópia estavam também escritas, à mão, as medidas de um rectângulo (21 centímetros de altura do lado esquerdo, 25 centímetros de altura do lado direito, 48 centímetros de largura na parte de cima, 51 centímetros de largura na parte de baixo e 31 centímetros de largura). O peso total era de 25,35 quilogramas.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1739227
O filme:
Enredo:
Este filme é de morrer a rir: um visitante angolano, que tem um sócio ("a tempo parcial"!) português chamado Orlando, que trabalha para um juiz do Porto, teria de ajudar um ex-general russo a vender um bloco de urânio. E como se isso não bastasse, o angolano não contactou a seu embaixada ou as autoridades portuguesas, não, a primeira coisa que se lembrou foi de contactar a embaixada americana em Lisboa. Lógico não?
Personagens:
Portanto, temos: o angolano, o seu amigo português, o juiz, o ex-general russo. Temos que reconhecer que era difícil encontrar um elenco mais atípico. No meio disto tudo encontra-se um bloco de urânio, que acreditam ser proveniente de nada mais nada menos do que de Chernobyl, a passear por Lisboa.
Fotografia:
Para completar este filme absurdo, temo a fotografia de uma espécie de tijolo cinzento em cima ... de um jornal, com as medidas escritas à mão e o prático e facilmente transportável peso de 25,35 kg.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Wikileaks: um projecto secreto da CIA?

Wikileaks: muitas dúvidas.
Quando visitamos o site da Wikileaks, o que mais espanta é a enorme quantidade de documentos. Ao longo da história algumas dezenas de documentos secretos foram divulgados ao público, mas nunca uma quantidade desta dimensão. Parece que subitamente resmas de ficheiros secretos da CIA foram postas à disposição de uma única organização.
Outro facto estranho, é que no site da Wikileaks apesar de centenas de milhares de documentos, estes estão classificados por categorias e permitem a consulta precisa de qualquer documento por tema. Os próprios fundadores revelam que não conhecem o conteúdo de muitos dos documentos, dado o enorme volume de dados. Não deixa de ser curioso este trabalho gigantesco de classificação que deve ter sido obra de uma grande coordenação, não sendo o resultado de qualquer grupo amador.
Tanta informação de tantos centros diplomáticos em simultâneo faz pensar que, ou todos os seus sistemas são permeáveis, o que não deixa de ser estranho, ou que estas informações foram disponibilizadas ao mais alto nível.
Como é que de repente, aparecem tantos documentos secretos?
Porque é que estes documentos são publicados em simultâneo e não ao longo do tempo?
Porque é que não existe uma única referência a Israel, país com uma grande cumplicidade com os Estados Unidos?
Porque é que os jornais escolhidos pela Wikileaks são os controlados pelos grupos financeiros americanos?
Wikileaks é um site nebuloso e o seu fundador, Julian Assange, uma personagem ainda mais nebulosa que não gosta de falar do seu passado. E justamente o passado de Julian Assange tem factos curiosos. Um deles prende-se com o episódio em que apenas saído da adolescência, já ter sido acusado de ter penetrado nos ficheiros secretos do Pentágono. Será credível que um hacker deste calibre não fosse vigiado de perto pela CIA e tenha conseguido criar um site e recolher documentos secretos sem o conhecimento e a intervenção desses serviços secretos.
O princípio do fim da liberdade na internet?
A mensagem que querem fazer passar para a opinião pública é que a livre informação, que a internet ainda representa é perigosa, logo tem de ser controlada. Não tardará muito que a liberdade de opinião na internet seja enquadrada legalmente em nome da segurança, tal como as liberdades individuais estão a ser limitadas em nome do terrorismo.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Wikileaks: informação ou intoxicação?

O site Wikileaks reúne e divulga informações confidenciais vindas de pessoas que trabalham para o governo americano.
Este site, fundado em 2006, goza actualmente de uma enorme campanha de divulgação após a revelação, a vários jornais, de informações sensíveis sobre o conflito no Afeganistão.
O que nos revela “Wikileaks”?
A fuga de 91.000 páginas vindas directamente do governo e do estado maior americano, que nos ensina que a guerra é mau, que civis inocentes foram mortos e que os Estados Unidos realizam operações militares secretas para matar líderes inimigos.
O arquivo mais famosos é um vídeo onde jornalistas da Reuters e crianças, entre outros, foram abatidos por soldados americanos de um helicóptero.
Mais interessante, os documentos revelam informações sobre a guerra no Afeganistão e sobre os serviços secretos paquistaneses, a ISI, que secretamente apoiam os Talibãs. De acordo com o Times: “Os documentos sugerem que o Paquistão, aliado de os E.U.A permitem que seus oficiais de espionagem organizem reuniões com os talibãs para estabelecer uma estratégia afim de organizar redes de activistas para lutar contra os soldados americanos no Afeganistão, e até mesmo executar planos para assassinar dirigentes afegãos.”
Há alguns meses atrás, líamos que os E.U.A financiam os Talibãs, Wikileaks diz o oposto. Perturbador.
Denúncia ?
Para quê divulgar “fugas” que apenas servem os interesses americanos, fornecendo argumentos que podem ser usados pelo governo dos E.U.A para estender suas guerras actuais, fugas que não contem qualquer revelação constrangedora. Nenhum alto escalão dentro do estabelecimento americano está seriamente comprometido por essas “fugas”.
Por que não há revelações sobre o sentimento de traição sentida por muitos soldados e oficiais que sabem que a guerra no Afeganistão não tem nada a ver com proteger os E.U.A ou a Inglaterra?
Wikileaks ficou conhecido com este vídeo onde vemos pessoas inocentes mortas por tropas da coalizão. Muito mau … constrangedor … Mas isto não nos diz nada de novo…
O que pensa o fundador de Wikileaks sobre os eventos do 11 de Setembro de 2001?
O fundador da Wikileaks, Julian Assange, está incomodado com a verdade sobre o 11 de Setembro, como ele diz no jornal Belfast Telegraph:
Acerca do 11 de Setembro ? “Sinto-me constantemente irritado por essas pessoas que se distraem com falsas conspirações como os eventos de 11 de Setembro, enquanto que nos fornecemos provas de reiais conspirações, sobre a guerra ou a fraude financeira maciça.”
E sobre as conferências Bilderberg ? “É mais ou menos conspiratório. Nós publicamos as respectivas notas de reunião. “
Ele fala como Chomsky sobre Israel: “A América é o problema, não os banksters internacionais que a possuem ou o lobby sionista que a controla …”
Esta técnica é chamada de “contra-fogo” (fogo posto na frente de um incêndio para impedir a propagação) é uma estratégia para antecipar e assumir a contestação para desactivar o protesto real. É usar a verdade para servir a mentira. Esta é a dialéctica hegeliana da acção-reacção-solução. Muitas boas pessoas são levadas por caminhos errados quando elas acreditam e seguem essas pessoas.
Se Julian Dessange embaraçasse o governo E.U.A, ao tempo que ele seria acusado de “alta traição” por divulgar informações que comprometem a segurança do Estado e militar. Ou apenas estaria a seis metros debaixo da terra, o governo E.U.A não sendo conhecido por sua delicadeza para com aqueles que tentam realmente colocar-lhes paus nas rodas.
Suspeito:
Como é que as informações de Wikileaks foram divulgadas pelas manchetes da imprensa internacional ? No passado, eles nunca divulgaram elementos que contestasse a versão oficial sobre os acontecimentos do 11 de Setembro, no entanto, muitos documentos, testemunhas e peritos existem, basta consulta-los. Nenhum título denunciou a falsidade das acusações americanas sobre as armas de destruição maciça, pretexto para uma intervenção militar no Iraque.
Nenhum título deu voz aos economistas que previram o crash da bolsa e a entrada na crise em 2008. E nós deveríamos nos alegrar por eles anunciarem em uníssono que têm em sua posse documentos que permitirão ao público entender o lado negro do conflito no Afeganistão?
Com base nestas revelações, o que podemos pensar de Wikileaks?
É um contra-fogo, ele entrou na estratégia de desinformação do governo E.U.A.
Não denuncia nada que já não se saiba ou que tenha real importância.
Prepara o terreno para uma possível invasão americana no Paquistão ou outras operações em curso.
Veja no site da BBC, Wikileaks “revela” que Bin Laden foi localizado no Paquistão:
“Em agosto de 2006, um relatório de inteligência E.U.A localizou bin Laden numa conferência em Quetta, na fronteira com o Paquistão. É relatado que ele e outros, como o bem conhecido Mullah Omar, estão a organizar ataques suicidas no Afeganistão.”
Então, afinal o diabólico Osama bin Laden não está morto, como pensa a maioria das pessoas que seguem a actualidade,… ele está vivo, de boa saúde e lidera a Al Qaeda e/ou talvez os talibãs para cometer ataques suicidas contras os americanos e seus aliados.
Ok, bem, agora com o Wikileaks, estamos muito bem informados …
Nikopol para AuLapinBlanc.Blogspot.com
Tradução ProvaFinal
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Wikileaks, a fraude ?
As revelações do site Wikileaks estão nas bocas do mundo.Quais são os reais objectivos de Wikileaks? Quem beneficia com essas revelações? Quem fornece esta avalanche de informações tidas como secretas? Quem é Julian Assange? Como é que os serviços secretos americanos o deixam movimentar-se e depois desconhecem o seu paradeiro?
A ideia de confiar documentos secretos, vindos não se sabe bem de onde, a um "guru" mediático, é por si só preocupante.
Revelações secundárias.
Analisemos algumas das revelações "bombásticas" de Wikileaks.
Primeiro temos os documentos secretos de operações militares no Afeganistão. Pois bem, nada de muito radical que já não soubéssemos. Não se trata aqui de revelações, mas sim de confirmações.
Depois temos o jogo complexo e ambíguo do Paquistão e da sua chefia através dos seus serviços secretos? Não podemos propriamente falar de uma descoberta.
Temos também a "revelação" da existência da morte de civis inocentes por "efeito colateral"? Nada que não soubéssemos ou que altere a nossa visão da guerra.
Até agora todas estas "revelações" não tiveram grande impacto nos Estados Unidos e em qualquer outro lugar do mundo em termos puramente políticos ou estratégicos. Um pequeno sobressalto emocional na altura da sua divulgação e depois passamos a outra revelação. A opinião pública aceita bem os "efeitos colaterais" das guerras, sobretudo quando as vítimas são muçulmanas.
Revelações que legitimam as guerras.
Para legitimar as suas guerras perante a opinião pública, os Estados Unidos têm de as tornar aceitáveis, necessárias, quase santas. São então apelidadas de: guerra fria, guerra contra o comunismo, guerra pela liberdade, guerra contra o terrorismo, guerra contra o eixo do mal, guerra cirúrgica, guerra preventiva,... Parece quase que os seus soldados partem para a guerra como se partissem de férias.
A finalidade de Wikileaks será de fazer aceitar as guerras americanas como guerras sangrentas como sempre foram ao longo da história. Explicando melhor, as suas revelações tornam as guerras sangrenta mas estas aparecem na sua forma mais depurada: os arquivos mostram a guerra tal como ela é , mas com o distanciamento informático. Wikileaks encontra-se assim ligada à máquina de propaganda americana.
Funciona como um contrapoder necessário para dar credibilidade ao poder. Sim, as guerras são sangrentas, sim muitos erros são cometidos, como sempre foram ao longo da história, mas no fundo elas são necessárias. As guerras dos Estados Unidos são assim reveladas com os seus defeitos, por um organismo "independente" e "ético" (Wikileaks) que no fundo as legitima e as desculpa, sem nunca as por en questão.
A divulgação de documentos ditos secretos repletos de pequenas mentiras diplomáticas e de pequenos "incidente" militares, aos olhos do público têm por efeito que países como os Estados Unidos sejam desculpabilizados ao "esquecerem-se" de divulgar certos pormenores das suas actuações, mas no fundo, não revelam que não mentem no essencial. Mostram esses governos como sendo menos dissimuladores, menos conspiracionista e menos mentirosos do que muitas vezes se pensa.
As informações divulgadas são de menor importância e apenas beliscam os atingidos. Trata-se muitas vezes de verdadeiros "mexericos" dignos de qualquer revista cor-de-rosa: Sarkozy é um palhaço, Chávez é louco, Berlusconi é vaidoso, Putin é machista, Khadafi é hipocondríaco,... Estes documentos que se evaporam misteriosamente dos seus cofres secretos não passam de informações secundárias. Estas revelações parecem ser fabricadas para serem divulgadas, as revelações verdadeiramente importantes não aparecem. Este é um clássico e tipico método de propaganda e de desinformação.
A CIA não tem qualquer problema em divulgar este tipo de informação. Pelo contrário permite credibilizar o Wikileaks para o poder utilizar quando chegar a altura. Os órgãos de informação habituais perderam recentemente muita da sua credibilidade aos olhos do público. Muitas gente já começou, e muito acertadamente, a desconfiar do que vêm na televisão ou lêm nos jornais. Em contrapartida vêm na internet um último reduto de liberdade de expressão. A internet é agora um órgão cada vez mais credível utilizado por muita gente que procura pontos de vista alternativos aos grandes media, e isso claro, não passou despercebido aos serviços secretos americanos para poder ser usado para atingir os seus fins.
Revelações oportunas.
As revelações sobre a China também são muito oportunas para os interesse americanos. Pequim é acusado de fornecer mísseis à Coreia do Norte, e de ter estado por trás de ataques cibernéticos em vários sites americanos.

Julian Assange, o justiceiro?
Quem é Julian Assange representante de Wikileaks? É uma personagem difícil de definir.
Em Outubro de 2010 recebe o apoio de Daniel Ellsberg membro do CFR (Council of Foreign Relation) criado por David Rockefeller.
Julian Assange, o "inimigo" do sistema, recebe o "Index on Censorship Award 2008" do The Economist. Este homem que faz tremer os USA também recebe um prémio do The Economist que pertence ao Economist Group cujo um dos directores é Lynn Forester Rothschild, e o editor é Micklethwait membro do grupo Bilderberg.
É eleito a personagem do ano 2010 pelo Times. Também foi nomeado uma das 25 pessoas que mudaram o mundo pelo Utne Reader, revista criada por Eric Utne e Nina Rothschild Utne.
Em 2007, John Young, fundador do site cryptome.org, deixa wikileaks por dizer ser uma montagem da CIA.