Fala-se muito das revelações "bombásticas" dos chamados "papéis de Panamá". Até parece que só agora é que se sabe que existem paraísos fiscais sem qualquer regulação. Estas revelações só servem objectivos geo-políticos mundiais.
Muitos não compreendem em que consistem os offshores e o que está realmente em questão.
Contrariamente
ao que muitos pensam, os paraísos fiscais não servem só para branquear o
dinheiro da corrupção, servem sobretudo para as grandes empresas
multinacionais e os bancos fugiram aos impostos e garantirem o sigilo
bancário absoluto.
Para compreender melhor o seu mecanismo, siga a viagem de uma banana...
Uma
empresa compra um quilo de bananas a um produtor da América Latina por
13 cêntimos .
Desses 13 cêntimos 12 vão para a produção e a mão-de-obra,
sendo que apenas 1 cêntimo é o benefício. Só este ultimo é que está
sujeito ao imposto.
Essa empresa "vende" o seu quilo de bananas a uma
filial com sede num paraíso fiscal, sendo as suas actividades
comandadas na realidade na Europa pela empresa-mãe.
Assim
ao custo inicial de 13 cêntimos vão ser somados sucessivamente em
vários paraísos fiscais: 8 cêntimos de despesas de compra nas Ilhas
Caimão, 8 cêntimos de despesas de serviços financeiros no Luxemburgo, 4
cêntimos de direitos de utilização da marca na Irlanda, 4 cêntimos de
despesas de seguro na Ilha de Man, 17 cêntimos de despesas de
distribuição nas Bermudas e 6 cêntimos de despesas jurídicas e de
management na Ilha de Jersey. Todos estes territórios estão isentos de
imposto para as actividades citadas.
O
nosso quilo de bananas passou de 13 cêntimos para 60 cêntimos Estes 47
cêntimos acrescentados estão livres de imposto e entretanto o preço
final teve um aumento de 460%. Os benefícios ficam portanto nos paraísos
fiscais e a Ilha de Jersey torna-se assim o maior exportador de bananas
para a Europa, sem nunca ter visto passar uma única banana.
As
maiores empresas de venda de bananas, Dole, Chiquita e Fresh del Monte,
tiveram um lucro de 1,4 mil milhões de Dólares nos últimos cinco anos,
no entanto apenas pagaram 200 milhões de dólares de imposto, o seja 14%,
quando o imposto nos Estados Unidos onde têm as suas sedes é de 35%.
Isto só é possível porque, como vimos, possuem numerosas filiais em
vários paraísos fiscais que lhes permitem a fuga aos impostos.
.
Os chamados "paraísos fiscais" são o verdadeiro éden para megaempresários, multinacionais, banqueiros multimilionários, traficantes, contrabandistas e criminosos de todos os matizes, políticos corruptos e que tais, promoverem, impunemente, lavagem de dinheiro
ResponderEliminare sonegação fiscal. Essa corja é composta por bandidos de todas as nacionalidades, inclusive por um sem número de compatriotas do nosso Brasil varonil !
Ass.- Paulo José M. de Almeida, Fortaleza-CE
Bom "case study"
ResponderEliminar